segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Oh, Jones! parte 69.

- Gabi!
- Oi. - ela se vira. - Lizzie?
- Oi. Posso falar com você?
- Posso, mas preciso me trocar pra aula de ginastica, tenho cinco minutos.
- Estou preocupada com o Dougie.
- Por quê?
- Ele sabe de algo que não sei, e finge odiar minha mãe, mas sei que odeia meu pai. Ele trabalha igual um louco, vai reprovar, a coordenadora ligou pros meus pais, ele não me ouve. - começa a chorar e falar aceleradamente.
- Calma.  Não precisa chorar.
- Ele me odeia, não fala comigo mais. - chora muito.
- Espera, ele não te odeia.
- Ele só conversa com você, ele te escuta.
- Ele terminou comigo ontem.
- O que?
- É.
- Ele te ama desde o jardim da infância. Não pode ter terminado.
- Mas terminou. - respira fundo. - Faz assim, eu vou falar com ele, vou ver o que consigo saber pra te ajudar.
- Jura?
- Sim. - abraça ela.
- Obrigada.
- Magina. Só que tem uma coisa, ele não pode ver nós conversando.
- Claro, tranquilo.
- Agora preciso ir. - se afasta, e Dayana se aproxima correndo.
- Estava falando com a Poynter?
- Sim.
- O que ela queria?
- Ajuda, está com medo do irmão reprovar, e odiar ela pra sempre.
- Vixi, que barra.
- É... Deixa eu ir pra aula. Até mais tarde.

Na aula de ginastica, onde se preparavam para torcer para os meninos, Gabi estava dando o seu máximo, e percebeu que amiga não estava lá. Enquanto isso Dougie tentava fazer Emily falar...

- Fala comigo. Harry terminou com você? Ei, porque olha pro nada? - passa as mãos na frente de seu rosto. - Daves? Cadê a Emily Daves que põe todo mundo no chinelo? .... Você não deixa a vida te derrubar, queria ser como você. - o silêncio predomina. - Eu não sou forte como você, eu desisto das coisas. Eu desisti da minha mãe, da Gabi, da escola, da vida. Minha mãe aceitou uma culpa que não era dela pra que eu parasse de trabalhar, e para que não perdêssemos a casa, e eu a recompensei brigando, saindo de casa. Minha irmã quer saber a verdade, mas não posso dizer, ela também vai odiar nosso pai, e eu prefiro que ela me odeie então, a decepção será menor. Em., fala comigo. - olha pra ela que continua parada como uma estátua. - Eu preciso que me diga que está ouvindo. Então sei lá mexa as mãos se me ouve. - ele olha na expectativa, e quando ia desistindo ela mexe. - Dividi sua dor comigo.
- Eu fiz Harry ficar confuso com seus sentimentos porque vi o que não existia. Briguei com a minha melhor amiga. Briguei com meus pais,e fugi, mas ninguém sabe. - lágrimas escorrem. - Meu pai tem câncer, e eu não consigo ir vê-lo no hospital, fiquei tão culpada que quis ver mais problemas, e acabei inventando um que afastou o Harry de mim no momento em que mais precisava dele.
- Eu estou aqui. - segura a mão dela. - Vai dar tudo certo.
- Não conte a ninguém, por favor.
- Não conto se não contar. - pisca, e ela o abraça chorando muito.
- A Emily abraçada com o Dougie? - Pierre vê ao longe, disfarçadamente tira uma foto, depois sai do ambiente.

CONTINUA...



Nenhum comentário:

Postar um comentário