segunda-feira, 25 de março de 2013

CONTINUAÇÃO PARTE 25 ( Valentina)

Estar na escola  e ter que ver o Benjamin após passar o fim de semana inteiro ouvindo o que vivi e não me lembro era no mínimo tenso.

- Não quero encontrar ele.
- Ai, maninha relaxa. - Val falou como se tudo que eu estava sentindo fosse pura frescura. Louise se aproximou.
- Olá, girls! - respondemos. - Como está a Melissa? 
- Ah, não muito bem, precisa muito do transplante.
- Não está sabendo? - Louise falou e eu e Valéria não entendemos.
- Não do que? 
- Valéria, o Benjamin vai doar sue rim para Melissa. - Não sei se a Valéria ficou como eu, mas entrei em choque, fiquei um tempo parada sem dizer nada.
- Oi, meninas. - Tom passou cumprimentando com aquele sorriso que te faz esquecer qualquer coisa, é, foi ele quem me tirou do transe.
- Me conta está história melhor, Louise? - perguntei.
- Não tem o que contar. Ele é compatível com ela, e vai doar para salva-la. Não é romântico? - minha irmã cutucou a amiga. - Digo...
- Tudo bem. Vou pra aula, precisa de ajuda Valéria?
- A Louise me ajuda, vai em paz. - sai de perto delas sentindo  seus olhares me seguirem. Sentei-me no banco ao lado da minha sala esperando que desse a hora da aula, pois ali ficava vazio e eu poderia ficar quietinha na minha, mas acho que alguém também teve a mesma ideia.
- Oi. - arregalei os olhos ao ve Benjamin Scott em pé na minha frente.
- Oi. - e um silêncio  horrível predominou, como se fosse uma barreira entre nós. - Você vai doar seu rim pra Mel?
- Sim.
- Por quê?
- Ela é minha melhor amiga, eu sou compatível, não vejo motivo para não doar.
- Mais se você doar nunca vai poder jogar basquete.
- A vida da melissa vale mais pra mim.
- Mais é seu sonho, quem sabe não haja outro doador.
- Agora se preocupa comigo?
- Não seja grosseiro. - minha voz saiu fraca.
- Que seja, meu sonho não é tão importante quanto a vida dela. E também nem estou fazendo nada para realizá-lo, assim como você com relação a líder de torcida.
- Agora se preocupa comigo? - dessa vez minha voz foi irônica e bem alta. Ele revirou os olhos e bufou antes de falar qualquer coisa.
- Eu sempre me preocupei com você, nunca percebeu?
- Se se preocupa volte a ser meu amigo.
- Amigo? - seus olhos se encheram de lágrimas. - Eu não sou o Tom Rios, sinto muito. - ia saindo de perto.
- Onde vai? - levantei-me, aproximei-me. - Nunca quis te magoar.
- Mas magoou. - ele continuou de costas pra mim.
- Eu sinto aqui no peito. - segurei as mãos no peito. - tudo de especial que temos, mas é tudo muito estranho pra mim ainda, o sentimento está aqui, mas a história não se encaixa ainda em mim. Eu sei que você deve estar com muito ódio de mim no momento, mas por favor, não me deixa por completo, seja meu amigo, seja paciente. - meu olhos derramaram lágrimas, e ele por fim se virou de frente pra mim.
- Desculpa, mas não posso ser seu amigo, eu não posso continuar ao seu lado e não te ter, dói muito. Pelo menos por agora não dá. - ele falou tão baixinho que quase não ouvi, e depois saiu, pensei em ir atrás dele, mas o pessoal da turma entraram entre eu e ele.
- Está tudo bem? - ouvi uma voz conhecida bem atrás de mim.
- Está sim, Tom.
- Você não me engana.
- Eu esqueço que agora somos amigos. - sorri disfarçando minha tristeza.
- Ei, vamos sair daqui.
- Pra onde?
- Vem comigo.
- Mais e aula?
- Confia em mim.
- Não sei se posso, não me lembro como você é.
- Sou o cara legal que ficou do seu lado quando seu pai sofreu um acidente, e o mesmo cara que levou um fora seu e continuou sendo seu amigo.
- Você me convenceu. - sorri e agarrei sua mão.


             CONTINUA...

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