sexta-feira, 29 de março de 2013

Continuação parte 26 Versão Valentina

- Você tem razão. - minha irmã Valéria concordou comigo. - Mas, me diz pra onde foi com o Tom Rios?
- AH, fomos dar uma volta.
- Humm, achei que fosse apaixonada pelo Ben. - começou a me zuar e eu fiquei muito sem graça.
- Para! Não é legal me zuar com isso.
- Larga a mão de ser chata, já disse que não tem problema você e o Ben.
- E você acha que eu não te conheço, Valéria? Você pode enganar a Louise, o pessoal do colégio, mas a mim não, você está chateada com isso, gosta do Ben ainda.
- Eu amo ele ta?! Mas eu errei, enganei ele, enganei você, e afastei vocês dois sem nem ao menos curtir ele, então vocês merecem ficar juntos, e além do mais logo, logo eu supero isso!
- Não sei se supera.
- Valentina, para de pensar sempre em todo mundo menos em você!
- Talvez eu pare, quando você parar de fingir estar bem quando na verdade não está!
Legal ! Nossa primeira briga depois de toda aquela confusão, ela entrou em casa sem me dar uma resposta, e com lágrimas nos olhos. Fiquei um tempo parada lá fora, sentei-me na escadinha de entrada e fiquei ali pensando na vida.
Meu celular tocou, abri a mensagem:
" Nunca duvide que estou observando vocês! - V."
- Quem é "V"?
- Quem é o que? - Daniel se aproximou de mim, e sentou-se ao meu lado.
- Nada. E aí está tudo bem entre meus pais?
- Pra dizer a verdade sim, estão conversando numa boa, não os vejo mais implicando um com outro.
- Eu queria que pelo menos eles se tornassem amigos já que não conseguem voltar.
- Dê tempo ao tempo.
- Tem razão. Dan, e a Mel?
- Na casa dela, eu acho. Já faz uns três dias que fez cirurgia e que não vejo ela.
- Mais a cirurgia deu certo?
- Acho que sim.
- Não parece feliz.
- Não é isso...
- Então o que é?
- Benjamin agora será o herói dela, e antes de ser herói já era o cara perfeito, não tenho mais chances.
- Não fala assim.
- Minha única chance era se você ou a Valéria voltassem com ele.
- Eu acho que o Ben não ficaria com a Melissa.
- Não sei não.
- Por que diz isso?
- Por que? Oras, ele está carente, ela frágil, os dois irão se aproximar muito, ela vai querer agradecer  e você vai estar  de rolo com o Tom.
- O que? - engasguei quando ele terminou a frase.
- Qual é? Você e o Tom logo, logo voltam. Eu vi vocês dois juntos hoje. Tom é esperto, é a oportunidade dele, e ele seriam um idiota se deixasse passar.
- Tom está confuso.
- Logo não estará mais. - levantou-se - Vai dizer que hoje ele não tentou te beijar ou não te beijou? - perguntou, mas não esperou a resposta e eu  lembrei-me de como foi passar a a manhã com Tom...

- Está melhor?
- Sim. Onde estamos?
- Na casa da árvore que tem na minha casa.
- Não me diga. - brinquei.
- Eu e meu pai construímos antes dele falecer, e sempre que ficou mal aqui me ajuda a melhorar, pensei que talvez funcionasse contigo também.
- Acho que está funcionando. - sorri pra ele que fez o mesmo.
- Sei que sua vida deve está de ponta cabeça, né? Mais sabe não quero falar sobre isso, eu quero te distrair dos problemas.
- Tipo como?
- Video-game? - puxou um lençol de cima do video-game, o que me fez rir.
- Eu topo. - jogamos por horas, e eu só estava ganhando.
- Não vale. Você ganha todos, como faz isso?
- Sorte. - ri. - Jogo como coração, não com estratégias.
- Quem te ensinou?
- Meu pai. - ri novamente. - Ele sempre jogou comigo desde muito novinha, e eu nunca me interessei em aprender os botões certos pra jogar, e mesmo assim quase sempre ganhava dele.
- Então quer dizer que se eu parar de olhar pro controle e jogar com o coração eu ganho de você?
- Sim. - confirmei sorrindo.
- Ok, vamos tentar. - ele fechou os olhos, e começamos o jogo, quando acabou a partida ele havia ganhando. - Ah! Não acredito, isso funciona mesmo! - me abraçou forte.
- Eu disse! Parabéns! - beijei seu rosto, e no mesmo instante ele me olhou nos olhos. - É...
- Obrigado.
- Pelo que?
- Por ter vindo comigo até aqui. - acariciou meu rosto, foi se aproximando mais. - Você nem imagina o quanto é incrível.
- Você que é. - sorri, mas por dentro estava muito assustada, meu estomago parecia ter milhões de borboletas voando.
- Eu quero muito te beijar, mas não é justo contigo nesse momento. - selou seus lábios nos meus num selinho. - Um selinho fica no meio do caminho, quem sabe decida continuar a caminhar. - falou tudo sem tirar os olhos dos meus, e então meu celular tocou.
- Alô. - atendi sem tirar os olhos dele. - Ok, Valéria, estou indo te encontrar.Beijos. - desliguei - Preciso ir, obrigada por me tirar da escola. - beijei seu rosto e levantei-me.

Tudo que eu precisava! Agora eu estava encantada por Tom, que é um perfeito príncipe dos contos de fadas mas também estava amando Benjamin Scott um príncipe da vida real com direito à muitos conflitos. E pra ajudar Daniel havia me deixado mais confusa ainda, porém agora já estava fundindo.
 E por isso resolvi que era melhor parar de pensar em garotos e ir falar com a minha irmã sobre a mensagem de "V".

- Val. - bati na porta.
- Entra. - entrei. - O que foi?
- Desculpa pela maneira que falei contigo.
- Tudo bem, me desculpe também. - nos abraçamos. 
- Não quero brigar com você por causa de meninos.
- Muito menos eu, sis. - sentamos na cama dela. - Eu também recebi uma mensagem de "V".
- E o que dizia?
- Pra que eu não duvidasse que está do observando.
- Quem será que está zuando com a gente? Quando eu descobrir eu acabou com a raça. - ela falou brava, e seu rosto estava avermelhado, ela provavelmente estava a flor da pele.
- Duas. Mais quem será?
- Louise. Com certeza.
- Ou Benjamin.
- Por que ele? Não faz sentido.
- Talvez queira se vingar de nós. Afinal, ele ficou sem nenhuma de nós.
- Não faz sentido, Valentina.
- É tem razão.
- Você queria que fosse ele né? - brincou.
- Eu? Por que ia querer?
- Ué, pra você ter um motivo pra conversar com ele. - riu, e eu joguei a almofada nela.
- Para de me zuar!
- HAHAHA a Valentina está gamadinha no Benjamin Scott .- mostrou a língua pra mim que mostrei de volta.
- HAHAHA engraçadinha, você também está! - ela abriu a boca mostrando sua indignação de brincadeira.
- Sua.. Sua sem graça. - rimos juntas deitadas na cama. - Senti sua falta.
- Imagino que eu também. É muito ruim ser sequestrada?
- É. Me senti presa, sem  ser eu. Espero que descubram logo quem foi. - o nosso celular tocou junto.
"Não irão descobrir, porque não deixarei - V."
Olhamos uma pra outra assustadas e desconfiadas, rapidamente levantamos e olhamos pela janela, ninguém estava lá.
- Olá! - Louise abriu a porta, e estava cheia de sacolas. - Trouxe uns presentinhos pra vocês, vejam como sou boa, nenhuma quis ir as comprar comigo, mas mesmo assim lembrei de vocês.
- Obrigada. - dissemos juntas.
- Vocês estão bem?
- Claro. - falamos juntas novamente.
- Advinhem só.
- O que? - falamos  de novo juntas.
- Vocês querem parar com isso, já basta serem gêmeas  não precisam falar juntas. O Tom me ligou.
- E? - questione.
- E me chamou finalmente pra sair! Temos um encontro.
- Onde vão? - questionei de novo incrédula que depois da manhã que tivemos ele ia sair num encontro com Louise.
- No sarau. Romântico, não? Eu estou muito ansiosa preciso ir me arrumar, beijos. - já ia saindo quando virou-se pra nós. - Vocês vão adorar o que comprei. - saiu.
- Eu sei que é ruim dizer, mas o Tom não combina com ela.
- Está com ciúmes? - perguntei a minha irmã.
- Não claro que não.
- Temos um gosto muito parecido, é hora de tomarmos cuidado. - ela riu do que disse.
- Por mim a gente dividi os dois. - me mostrou a língua e entrou no banheiro.
- Boba! Vai sair?
- Vou.
- Pra onde?
- Vou ao sarau, vamos?
- O que? - ela apareceu na porta de toalha.
- Quero ver se essa história é mesmo verdade.
- Não confia na sua melhor amiga?
- Confio nela, mas não confio no ego dela.
- HAHA, você não mudou nada.
- E você me ama assim mesmo!
- Convencida! - fingi indignação.
- Mais sério, todos da escola vão estar lá, vamos curtir um pouco, e quem sabe você e o Ben não se acertam.
- Será?
- Basta você querer.
- Ok, se ele estiver lá vou falar com ele!
- Assim que se fala. - ela piscou pra mim. - E se não cruzar com ele, quem sabe no domingo cruza. Chama o Dan pra ir com a gente.
- Tá, vai logo nesse banho. - gritei - Daaaaan!
- Que? - ele apareceu na porta. - Vamos no sarau, se arruma.
- Não.
- Se arruma!
- Ok. - bufou.



Nenhum comentário:

Postar um comentário