quinta-feira, 14 de março de 2013

continuação parte 23 VERSÃO VALÉRIA>

Acordei no hospital, e quando abri inteiramente os olhos vi minha mãe deitada no sofá tirando um cochilo. Há meses não acordava me sentindo como agora: segura!
- Filha. - a dona Vitória acordou me chamando, e vendo que eu estava acorda logo estava do meu lado. - Está tudo bem?
- Eu que pergunto. Por que estou aqui?
- Você e sua irmã estava correndo dos bandidos e  não virão um carro vindo a toda velocidade, e  foram atropeladas.
- Cadê a Valentina?
- No quarto ao lado.
- Ela está bem? - me preocupei.
- Só uma amnésia, ela não se lembra de algumas coisas, mas o já tem alta amanhã. Porém você tem que ficar mais.
- Por quê?
- Você quebrou a perna, e teve algumas faturas graves.
- Quero ver minha irmã.
- Ela vai vim aqui, fique tranquila.
- Quem está com ela?
- O Benjamin, ele se ofereceu pra cuidar dela, queria ser o primeiro que ela visse quando acordasse.
- O que? Por quê? Eu sou a namorada dele. - não gostei de ouvir aquilo, ele devia estar no meu quarto.
- Filha, muita coisa mudou desde que pensamos que você havia falecido. Foram 8 meses, não 8 dias.
- O que está querendo me dizer?
- Melhor o Benjamin te contar. Bom, vou pedir que te tragam algo pra comer. - minha mãe saiu da sala e eu fiquei ali sem entender nada, o que será que havia acontecido de tão sério que ela não quis me contar. Ouvi baterem na porta.
- Louise! - sorri feliz em vê-la. Ela é minha melhor amiga desde .... Desde sempre!
- Oi, amiga. - falou bem devagar, e eu estranhei.
- O que foi?
- Acho que tem muita coisa que você não vai gostar de saber.
- Tipo?
- Tipo... - foi interrompida com a porta se abrindo...
- Olá. - Ben falou com uma voz firme e grossa. - Louise, você pode nos deixar conversar?
- Claro. Eu volto mais tarde, amiga. - ela me mandou beijos no ar e saiu como se estivesse fugindo.
- O que foi, Ben?
- Não sei por onde começar. - abaixou a cabeça, ele não conseguia me olhar nos olhos.
- Pelo começo. - falei firme e forte, mas no fundo estava morta de medo.
- Eu amava a Valentina, você mentiu, e eu comecei a namorar você. Então pensei que tinha morrido. Eu e sua irmã sofremos muito juntos. Coisas estranhas aconteceram que nos fizeram descobrir sua mentira. A Valentina demorou a assumir que você queria estragar a vida dela, mas quando percebeu isso começamos a namorar, e ainda estamos. - fiquei sem palavras, totalmente em choque. - Não vai dizer nada?
- Desculpa. - era só o que eu tinha a dizer. - Não queria ter mentido, mas precisei, e com o tempo comecei a gostar de você. Eu amo você. E sinto muito por ter estragado tudo entre você e minha irmã, mas agora você quem despedaçou meu coração. - comecei a chorar.
- Valéria, não chora. - ele me abraçou. - Eu te desculpo. E te peço desculpas por te machucar, não queria isso, apesar que quando descobri fiquei com muita raiva de você.
- Vai embora. - fechei meu olhos..
- Por quê?
- Vai. Me deixa sozinha. - não conseguia olha-lo.
- Não vou te deixar sozinha nesse estado.
- Para de ser perfeito, vai embora, vai cuidar da Valentina.
- Não sou perfeito, se eu fosse não estaria te magoando. Eu gosto de você, mas não da mesma forma que você. Espero que sejamos amigos, afinal de contas seremos cunhados.
- BEN, ME DEIXA SOZINHA! - gritei não aguentando mais segurar tantas lágrimas que teimavam escorrer. Ele se retirou devagar se querer me deixar, mas acabou saindo do quarto.
Meu coração nunca doeu tanto como agora, parecia que não dava mais pra respirar. Mas, já me decidi, ninguém vai saber da minha dor, nisso eu sou muito diferente da Valentina, ela sempre deixa tudo transparecer, já eu sempre escondi bem.

CONTINUA>>>

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