ANTERIORMENTE.....
- Você acha que ela não foi?
- A polícia achou pedaços do barco, mas não achou nem o corpo nem a bandeira.
- Valéria está viva. - ele concluiu.
Bati na porta, que logo se abriu.
- Valentina? - Louise ficou surpresa e meio tensa ao me ver.
- Oi, eu quero ver os sms.
- Os sms? É que meu celular está lá em cima.
- Está no seu bolso. - Ben disse antes que ela começasse a subir as escadas, e eu sorri pra ela.
- Aé! Que cabeça a minha. Entrem. - entramos e nos sentamos na sala, ela deixou o celular na minha mãe e foi até o banheiro ao lado.
- O que diz? - Ben perguntou, e eu li.
- "Louise, faça da vida da Valentina um inferno, ou eu farei da sua um"; "Sei de muitas coisas da sua vida, não arrisque não me obedecer"; " Tom saberá da sua paixonite por ele, e dos cadernos lotados com coisas que guarda dele, se ele irá achar estranho, tenha certeza, portanto faça o que eu mando". - ela voltou.
- Você é apaixonada pelo Tom? - perguntei surpresa.
- Eu não apaguei essa?! Droga! Olha esqueça, ta?
- Relaxa, não irei contar nada à ele.
- Obrigada. - sentiu-se aliviada.
- Quando recebeu essas mensagens?
- Bom a primeira logo quando as buscas deram sua irmã como morta. A segunda foi um pouco antes de eu começar a pegar no seu pé. E a terceira foi ontem um pouco depois de eu ver vocês se beijando.
- E você conhece o número?
- Não. Mais as mensagens sempre chegam em momentos que você começa a ficar bem.
- Por que minha irmã ia querer me ver mal?
- Desculpa dizer isso, mas ela sempre implicou contigo. A galera popular falava pra ela te levar nas festas, e ela sempre dizia: "Ela é nerd, vocês não vão gostar dela", ou " Ela é um clone meu, que só parece por fora mesmo!"
- Ela dizia isso?
- Sim. Ela também, ain, eu não devia te contar essas coisas, ela é minha melhor amiga.
- Louise, me conte tudo. Você precisa da minha ajuda.
- Está bem. Ela nunca foi... - olhei-a em sinal que continuasse. - Nunca foi apaixonada pelo Ben, mas... Você não podia ter um namorado antes dela. Claro que como tempo ela começou a gostar dele. - Ben só nos olhava calado.
- Mais eu era afim do Tom.
- AH para! Qualquer um via que bastava o Benjamin se declarar pra vocês ficarem juntos.
- Mais como pode, eu e e ela nos divertíamos tanto juntas. - não aguentei e uma lágrima escorreu, mas limpei rapidamente.
- Ela te ama, mas não consegue aceitar que você seja melhor que ela, pois você já era a queridinha do seu pai.
- Meu pai sempre nos tratou igual.
- Ela dizia que você era como a mãe de vocês, e que isso fazia com que seu pai gostasse mais de você.
- Eu parecida com a Vitória?
- Olha, ela passava horas falando de vocês duas e em como vocês são perfeitas e não deixaram nenhuma perfeição pra ela.
Tudo aquilo que descobri me deixou confusa, não entendi por que ela tinha raiva de mim, e me achava melhor que ela, pois ela sempre teve mais amigos que eu, sempre se vestiu melhor e chamava atenção dos garotos, era líder de torcida algo que sempre foi meu sonho ser, pois a mamãe era, digo a Vitória. Ela era popular tinha o cara mais gato aos seus pé, que é o Tom, sua melhor amiga é a garota mais rica da cidade, ela velejava melhor que eu, e sempre foi a princesinha do papai. Isso não fazia sentido.
- Como está?
- Meio perplexa.
- Oooh, minha linda, eu imagino, porque também estou um pouco.
- Por que ela queria ser como eu se podia ser ela?
- Você é uma pessoa apaixonante, e talvez ela sempre teve medo de todos gostarem mais de você do que dela.
- Sou apaixonante?
- Eu não disse nada. - comecei a rir. - Você é demais. - beijei seu rosto. - Obrigada por ser tão fofo comigo.
- Eu aceito pagamento em forma de beijo. - brincou.
- Ah é? Então vem cá. - nos beijamos, minha mãe abriu a porta nos pegando na escadinha da entrada.
- Valentina?
- Olá, senhora Mckenzie. - Ben a cumprimentou.
- Rápido, hem, garoto!
- Vitória! - eu a repreendi.
- É uma história muito complicada, senhora.
- Ótimo! Adoro histórias complicadas. - sorriu forçadamente.
- Ben, me desculpa por ela. - lhe dei um selinho. - Nos vemos amanhã.
- Tem certeza que não quer que eu fique?
- Tenho. Eu explico pra ela.
- Tudo bem, então. Até mais, senhora Mckenzie. - ele se retirou.
- Explique. - me olhava de cara feia.
- Não estou afim agora.
- Valentina, eu sei que não está muito feliz com a minha volta, mas não é certo namorar o namorada da sua irmã que acabou de morrer. - comecei a gritar não sei por que.
- Primeiro, a Valéria mentiu pra namorar ele, e nem foi porque ela gostava dele, mas sim porque não queria que ele me namorasse. Segunda, ela não morreu e quer fazer da minha vida um inferno e terceiro você parece que também quer fazer da minha vida um inferno! - eu me descontrolei, tinha muita coisa na minha cabeça. depois da gritaria eu iniciei um choro qe não tinha fim, minha mãe se assustou e veio me abraçar, eu recusei à princípio, mas ela forçou e eu acabei deixando..
- Filha, se acalma, eu estou aqui com você, sei que estive por muito tempo longe, mas agora juro que não vou a lugar algum.
- Jura?
- Juro, querida! Eu quero te ajudar a superar tudo isso que vem te acontecendo.
- Você acredita em mim?
- Que sua irmã mentiu pra namorar o cara que você gosta? - fiz que sim com a cabeça. - Claro que acredito, sua irmã sempre quis ser como você, mas...
- Mas?
- Filha, existem muitas coisas que você não sabe sobre a sua família.
- Como assim?
- Vem comigo. - entramos e seguimos até o sótão. O que será que eu ainda não sabia sobre minha família.
CONTINUA.....
Nenhum comentário:
Postar um comentário