domingo, 10 de fevereiro de 2013

Continuação, parte 12

ANTERIORMENTE.....

- Que seja. - bufei, os meninos ficaram meio que sem reação eu diria. - E eu achando que não tinha como piorar.


1 semana e meia depois...

- Ben! - ele veio em minha direção. - E aí o que o médico disse?
- Está fora de risco! - o abracei.
- Não acredito! Obrigada meu Deus!
- Eu te disse que ficaria tudo bem. - Tom chega.
- Boas notícias?
- Sim! Meu pai está fora de risco! - abracei Tom agora após responde-lo.
- Te falei que tudo ia ficar bem.
- Ainn, amo vocês! Obrigada por tudo. - os dois sorriram.Minha mãe se aproximou.
- Como ele está?
- Fora de risco. - respondi, e me surpreendi como sorriso que ela deu.
- Graças a Deus.
- Tudo isso é medo de ter que cuidar de mim se ele morresse.
- Olha só, mocinha, não admito que diga isso,pois eu já cuidei muito de você.
- É mais nos abandonou na primeira oportunidade.
- Eu tinha que seguir meu sonho.
- Parabéns! Nem ao menos pode dizer o que sentia pra sua filha, e agora quem sabe pode dizer. Ouuu, não dá, ela morreu! - eu estava com tanta raiva que não medi minhas palavras.
- Me desculpe. - ela abaixou a cabeça e lágrimas começaram a escorrer. - Eu fui egoísta. Você tem razão. Vou pra casa, mas me avise quando seu pai poder receber visitas. - ela saiu triste, muito triste, me senti mal.
- Você foi muito dura com ela. - Tom falou.
- Ela nos abandonou não sei se realmente fui dura.
- Ok, sem situações tensas logo pela manhã, vamos tomar café, o Tom trouxe coisas muito boas.
- O Ben está certo. - nos sentamos para comer logo em seguindo que concordei com eles. - Vocês tem notícias da Melissa?
- Não a vejo desde da cachoeira.
- Eu precisava tanto dela.
- Talvez ela tenha seus motivos para não estar aqui. - Tom tentou deixar as coisas mais tranquilas.
- Nada justifica. Ela não veio aqui nenhum dia da semana.
- Talvez ela não lide muito bem com esse tipo de coisa. - Ben a defendeu.
- É. - eu não podia acreditar que no momento mais difícil da minha vida a minha melhor amiga nem me telefonou para saber como estou.
- Linda, agora vamos ter que ir pra escola. O Daniel está chegando pra ficar contigo. - Tom me avisou e beijou meu rosto, Ben fez o mesmo em seguida.
- Valeu, meninos, você são os melhores. - eles sorriram e saíram. Um tempinho depois e Daniel chegou.
- Oi, prima.
- Oi, Dan. Você tem falado com a Mel?
- Sim, digo não. - achei estranha a resposta dele, mas tinha certeza que ele estava falando com ela, porém não quis perguntar.- Brigou de novo com a tia?
- Sim.
- Valentina, tente entende-la.
- Entender o que? Que ela nos trocou por turnês, e que nem ao menos ligava, ou mandava cartas? OU eu devo entender ela ter feito isso por seis anos. Meu pai durante esses seis anos chorou muito por sentir a falta dela, a Valéria então. E ela nunca se importou com nada disso, apenas com ela mesmo. Agora vem querer dar de boazinha e que nos ama? Nunca vou entende-la.
- Eu sei que ela errou, mas ela e o seu pai decidiram que seria melhor ela viver o sonho dela.
- É, eu sei, mas ninguém nunca me perguntou como eu me sentia por não ter mais a minha mãe por perto, ou como eu me virei sem ter uma mãe quando ninguém na escola gostava de mim. Meu pai tentou, mas ele não conseguia entender a cabeça de uma menina de 11 anos, afinal ele nunca tinha sido uma garota.
- Eu sei que está muito magoada.
- Sabe, Dan, é melhor não falarmos mais sobre isso. - ele ia se pronunciar quando o médico se aproximou.
- Oi. - sorrimos. - Ele está fora de risco, porém é possível que não volte a andar, ainda iremos fazer alguns exames. Ele irá acordar a qualquer momento é bom que algum parente esteja por perto quando acontecer.
- Ok, estaremos lá.
- Agora me deem licença. - o médico saiu após Dan responde-lo, pois eu estava meio que em choque.
-E se ele não andar mais?
- Calma, ainda não sabemos se isso vai mesmo acontecer.
- Mais se acontecer o papai vai... Entrar em depressão. Como ele andar de bike todos os dias, ou como vai subir para o se quarto que fica no segundo andar da casa? E o pior de tudo como ele vai jogar basquete. Se a Vitória não tivesse ido viver seu sonho, talvez o papai estivesse vivido o dele, ele esperou esses seis anos para poder seguir o sonho dele, e quando isso iria começar a acontecer... Não consigo nem falar. isso é culpa... - Daniel me interrompe.
- Não é culpa da sua mãe, pare com isso!
Fomos para o quarto do meu pai, esperávamos pelo momento em que ele fosse acordar, mas isso não aconteceu pela manhã, os meninos chegaram no período da tarde e nada do meu pai acordar.
- Vamos beber um café? - Ben sugeriu.
- Não vou sair daqui até ele acordar.
-Tudo bem, então vamos lá buscar alguma coisa pra ela comer, Tom?
- Vamos. - os dois saíram e eu fiquei ai pertinho do meu pai esperando que ele abrisse seus olhos verdes e me dissesse que ficará tudo bem.
- Me disseram que você pode me ouvir. Eu sei é meio ridículo ficar falando com alguém que está dormindo, mas não custar tentar. Não é? Bom, pai, acorde logo, estou sentindo muita a sua falta, não quero voltar pra casa e ficar com a Vitória. E tem tantas coisas que queria conversar.Estou chateada sabe? Minha melhor amiga não é quem eu pensava que era. Eu estava sofrendo por que gostava do mesmo cara que ela, e me afastei dele, me senti infeliz fazendo isso, mas eu não podia magoa-la. E agora ela quem me magoou, nem ao menos se importou de cuidar de mim quando preciso tanto dela, e o garoto, é ele quem está cuidando de  mim. O que eu faço, pai? - comecei a chorar - Sei que nunca tivemos conversas assim, mas prometo que se acordar começaremos a ter. Eu nunca tinha percebido que precisava tanto de você. Pai, acorda logo, os médicos disseram que você irá acordar logo, mas pra mim já está demorando demais. - comecei a cantar a musiquinha que ele cantava para eu dormir. - Sentada na porta em sua cadeira de rodas ficava, seus olhos tão lindos sem ter alegria tão triste chorava, mas quando eu passava a sua tristeza chegava ao fim, sua boca pequena, no mesmo instante sorria pra mim, aquela menina era a felicidade que eu sempre esperei, mas não tive coragem e não lhe falei do meu grande amor, que agora por onde anda eu não sei,... Hoje eu vivo sofrendo e sem ter alegriaa, não tive coragem bastante pra me decidir, aquela menina em sua cadeira de rodas, tudo eu daria ... - ele acordou cantando.
- Para ve-la novamente sorrir.
- Pai! - o abracei.
- Não tão forte, querida. - ele brincou.
- Senti sua falta.
- Eu também, meu amor.


                                                       CONTINUA....

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