Velórios nunca são muito agradáveis, as pessoas choram pelos seus entes queridos e os amigos não sabem muito o que dizer, como consolar...
- Tadinha da Emily. - Dayana comenta.
- Tadinha nada tá num grude só com o Dougie.
- Gabi! - Manu a reprende. - Eles são muito amigos, desde que ele passou a morar com a gente estava sempre lá nos piores momentos do pai dela, e eu também estava, vocês sabem que foi algo difícil, mas não era vocês que secava as lágrimas dela cada vez que o pai piorava.
- Ain, desculpa, tem razão, é que isso dele ligar pra ela todos os dias e ter sumido da minha vida me incomoda.
- Vai lá falar com ele, o Tom foi lá ficar com ela. - Daya palpita e Gabi faz exatamente isso, segue para próximo de Dougie, que tinha ido até a cozinha.
- Oi. - ele se vira pra ela, olha nos olhos dela e depois para o chão.
- Oi.
- Senti muita sua falta.
- Eu também senti.
- Fica, não vai embora não!
- Tenho que terminar o ano lá.
- Será que posso pedir pra me ligar?
- Melhor não.
- Dougie, eu te amo, não faça isso.
- Fazer o que?
- Não se afaste, estou sofrendo, naquela noite eu havia bebido muito e foi o Harry quem cuidou de mim, natural eu ter chamado por ele.
- Jones, eu conheço você por inteira. Seu tom de voz fica diferente conforme suas emoções, sua expressão facial não muda quando não quer, mas o tom de voz você não consegue esconder.
- Eu amo você, não me ama?
- Você não me ama não.
- Amo sim. - ele vai andando pra porta e ela o segura pelo braço. - Olha pra mim. - ele se recusa. - Olha pra mim! - ele então olha. - Você ainda me ama?
- Isso não importa mais.
- Importa pra mim, me diz.
- Não, eu não amo mais. Acabou. - se solta e sai da cozinha a deixando sozinha e anestesiada.
CONTINUA....
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