sábado, 30 de setembro de 2017

AMIZADE, LANCE E ROMANCE! ( Parte 9)

- Por que está tão brava? - Kaio pergunta seguindo a irmã até o carro.
- O Pedro não me leva a sério! - bufa furiosa.
- Ciúmes?
- NÃO ESTOU COM CIÚMES! - ela grita muito brava, chega a ficar  bastante vermelha, e o irmão dá risada o que a deixa mais nervosa. - DO QUE ESTÁ RINDO?
- Calma, Kate! Mas, é óbvio que está com ciúmes! Precisa se controlar mais. - ela respira fundo. - Fez papel de maluca lá! - ela respira fundo mais uma vez.
- Você está certo!
- Estou. - afirma com covicção.
- É que o Pedro e a Samantha parecem um casal perfeito.
- Eles são só amigos.
- Mais ela quer ser mais que amiga dele.
- Mais ele não quer mais que isso.
- Por enquanto. - ela bufa agora frustrada. - A Sam é inteligente, linda, a melhor amiga dele, além de menos complicada para se envolver.
- Mana, você também é linda e inteligente. Sobre ela ser menos complicada, isso não é atrativo algum. E além do mais, você é a pessoa mais complicada com quem ele podia estar envolvido no momento, e mesmo assim ele decidiu continuar envolvido. MAS, se continuar surtando feito uma maluca com a Sam, ela vai passar a ser algo complicado também, e vai ser o proíbido divertido já que você estará sempre discutindo a relação, o que homens odeiam, na verdade o que qualquer um odeia.
- Acho que está certo. - fica pensativa.
- Melhor eu dirigir. - desce do carro dando a volta até a porta do motorista, ela pula o câmbio para chegar no banco do passageiro deixando o irmão sentar e dirigir para casa.

Pedro caminhou até sua casa, ele não entendi porque Kate estava tão brava, afinal Sam era sua melhor amiga desde sempre assim como o Danilo, estava triste por Kate entender tudo errado, mas não sabia bem o que fazer, chegou em casa tomou banho, deitou em sua cama ainda pensando em Kate quando seu celular toca.

- Alô!
- Oiiiiii, Pê! - automaticamente ele sorri ouvindo a alegria contagiante de Sam do outro lado da linha.
- Oi, Sam. O que manda?
- Estamos comemorando minha vitória aqui em casa, minha mãe pediu pizza. Então eu pensei que o meu treinador, o cara que foi responsável pela minha vitória deveria estar aqui também. Vem pra cá!
- Ah, não sei.
- O Danilo prometeu trégua! Não aceito um não como resposta. Ah, traz seu pai, minha mãe está solitária. - riu da mãe que sorriu vermelha com o comentário dela.
- Nossos pais e essa paquera sem fim. - ele ri também. - Tudo bem, estou indo. - desligaram, ele gritou o pai para ir nos vizinhos.
- Boa noite, Daves! - a senhora Cohen quem abre a porta para os dois. - Entrem!
- Parabéns, Samantha. - o senhor Daves abraça Sam que estava bem ao lado da mãe.
- Obrigada, tio! Mas eu não conseguiria sem a ajuda do Pedro.
- Que isso, Sam. - Pedro fala sem graça.
- Parabéns ao dois então. - senhora Cohen finaliza o assunto puxando o senhor Daves para cozinha.
- Está tudo bem?
- Está sim.
- Não minta pra mim. - Sam arqueia a sobrancelha esquerda. - Eu te conheço, e além do mais a Kate deu um show, só não entendi bem porque.
- Acho que ela está com ciúmes de você.
- De mim? - se surpreende. - Mas, por quê?
- Ela acha que você gosta de mim. Acho que é por isso.
- E se eu gostar, você não gosta. Isso que importa. - ele fica confuso com a resposta da amiga.
- Você está com o Matheus.
- Não. Nós estamos nos conhecendo melhor, só isso.
- Não pra ele. - dá de ombros.
- Você sabe que não é tão fácil assim.
- Como assim?
- O Matheus é muito bacana, mas meu coração está ocupado, leva um tempo pra esquecer.
- Sam... - abre a boca pra falar, mas não sabe se deve continuar.
- O que? - ela o encara.
- A Kate está certa em sentir ciúmes?
- Não sei, me diz você. São os seus sentimentos que vão definir se ela está certa ou não.
- Somos só amigos.
- Grandes amigos. - ela sorri, e seu celular toca. - Se for a Kate chama ela. - se afasta para que ele atenda o telefonema, aproximando-se dos outros amigos no sofá.
- Alô.
- Oi.
- Kate, eu não gosto de brigar com você.
- Eu também não. - os dois suspiram com ar de tristeza.
- Me desculpa.
- Pelo que? - ele fica mudo sem saber o que dizer. - Se não sabe o que fez de errado por que está se desculpando?
- Por que quero ficar bem com você.
- Podemos nos ver?
- É que eu estou no Danilo.
- No Danilo e na SAM, né?
- É. - ele fecha os olhos esperando pelo chilique dela, mas ela fica calada, então ele resolve falar. - Ela te chamou pra vir pra cá, quer vir?
- Não sei.
- Se preferir vou até aí.
- Você viria?
- Claro.
- Vem me ver aqui, eu e a Sam vamos precisar conversar, e prefiro fazer isso amanhã.
- Tudo bem. Até daqui a pouco.
- Até. - desligam, Pedro se aproxima dos amigos.
- Galera, eu vou ter que ir.
- Já? - Sam pergunta desapontada.
- Preciso conversar com a Kate.
- Eu entendo. Vai lá.
- Boa sorte, amigão. - Mari diz depois de Sam.
- Obrigado. - enfia as mãos no bolso. - Boa comemoração. - beija a bochecha de Sam.
- Te levo até a porta. - caminham juntos, e os amigos cochicham.
- Essa história ainda vai render. - Mari comenta.
- Que história? - Danilo não entende.
- Cara, esse triângulo, digo, quadrado, ou talvez um ... Polígono amoroso. - Anthony tenta explicar.
- Do que vocês estão falando?
- Danilo, presta atenção. - Matheus começa a falar calmamente. - A Mari gosta de você que gosta da Kate que gosta do Pedro que também gosta da Kate, mas talvez tenha uma pequena queda pela Sam, que gosta do Pedro. E eu gosto da Sam,  e além de mim acho que o Kaio também gosta dela. Acho que a única pessoa do grupo tranquilo e sem problemas é o Anthony que não gosta de ninguém e ninguém gosta dele, certo, amigo?
- Certo. - Anthony confirma dando risada.
- Caraca, que loucura esse nosso grupo. - Danilo fala por fim assimilando todo o polígono amoroso. - Mas acho que não é políngono. - Mari dá risada e fala.
- Nem a matemática consegue explicar.

Pedro foi até a casa de Kate, mas quem abriu a porta foi a senhora James...

- Quem é você? - a senhora James questiona assim que abre a porta e o vê na frente de sua casa.
- Oi, sou o Pedro. A Kate está aí?
- O que quer com a minha filha? - arqueia a sobrancelha direita, o analisando por completo.
- É,... - Pedro fica desconsertado com os questionamentos rudes da mãe da sua namorada.
- Oi, Pedro! - Kate fala descendo as escadas e caminhando até a porta.
- Oi. - responde sem graça.
- Quem é esse garoto?
- Mãe, eu sei que resolveu ser uma mãe desde o almoço, mas não te interessa quem ele é.
- Katharine James, eu te coloco de castigo. - Kate bufa e revira os olhos.
- Um amigo, mãe. Não posso ter amigos? E se ele fosse meu namorado? Algum problema?
- Namorado? - o olha novamente. - Ele não seria seu namorado. Eu sei que gosta do luxo.
- Vou sair. - corta o assunto e passa pela mãe, Pedro a acompanha. - Desculpa por isso.
- O que ela quis dizer com "eu sei que gosta de luxo"? - continuam caminhando pela rua sem direção certa.
- Nada. Ela acha que me conhece.
- Achei que sua mãe não se importasse com suas atitudes.
- E não se importava, mas parece que ela e meu pai estão se separando, ou ele tem uma amante, não sei bem, e aí ela resolveu ser uma mãe do tipo que almoça com os filhos no domingo, e que exige algo de nós.
- Não sei dizer se é bom ou ruim.
- Eu também não. - suspira. - Talvez eu prefira morar com o meu pai.
- Onde seu pai mora? - ele se preocupa.
- São Paulo.
- Mas isso é longe daqui.
- Não muito.
- Mais o suficiente para não estudarmos mais juntos. - ele para a encarando.
- Você se importa mesmo?
- Claro. Eu estou aqui não estou?
- Sim. - olha pra baixo, mas ele levanta seu rosto com o dedo indicador.
- Eu gosto tanto de você que se for melhor pra você morar em São Paulo podemos namorar a distância. - ela sorri com a proposta.
- Mesmo? Me veria muito pouco, muitas meninas ao seu pé por aqui.
- Nenhuma é melhor que você.
- Por quê? - ela ri, e ele sorri marotamente se aproximando dela, segura sua cintura com as duas mãos forçando o corpo dela a se aproximar também.
- Porque só você dispara meu coração assim. - pega uma das mãos dela e coloca em seu peito a fazendo ouvir as batidas do coração, depois de alguns segundos se encaram e lasca-lhe um beijaço, daqueles de tirar o fôlego.

Enquanto isso na festinha de comemoração nos Cohen.

- Amiga, está tudo bem? Você não devia estar radiante? - Mari pergunta assim que se senta ao lado de Sam.
- Por quê? - pergunta distraída.
- Porque ganhou a vaga que sempre quis, e também porque foi o motivo da primeira DR do Pedro e a Kate.
- Mari! - repreende a amiga que ri.
- Não minta, você amou vê-la com ciúmes de você.
- Ok, não vou mentir. Foi uma sensação muito boa, mas sei lá, é errado,não é?
- Se é errado eu não sei, maaas acho que o Pedro não está totalmente apaixonado.
- Como assim? - não entende.
- Ele sente algo por você. Cara, ele te deu a maior atenção, e ficou do seu lado mesmo sabendo que magoaria Kate.
- Ah, fez por amizade.
- Hellooo! O Danilo é o melhor amigo dele de infância e ele não brigou nenhuma vez com a Kate por isso.
- Ah, mas eu também sou a melhor amiga dele de certa forma, e a Kate não teria ciúmes do Danilo, mas de mim sim.
- Eu ainda acho que você tem uma chance.
- Chance de que? Ficou maluca?
- Sam, se prefere continuar negando, ok! Mas nós duas sabemos que alimenta um sentimento pelo Pedro faz muito tempo e nunca teve coragem de admitir.
- Não é verdade.
- É tão nítido quanto que Anthony está mega afim do Kaio, e a Kate louca pelo Pedro, mas eles admitem. Bom, o Anthony ainda não é tão óbvio, mas é recente.
- Ai Mariana, pra mim é nítido que o meu irmão está interessado em você isso sim.
- Isso eu já não tenho certeza, mas só de sermos amigos, amigos próximos já vale a pena.
- Falando de mim? - Danilo se aproxima brincando e as duas se calam e sorriem sem graça. - Que foi, meninas?
- Nada. - Mari fala imediatamente com medo que ele notasse que estava certo e falavam mesmo dele.
- Mana, o Matheus está maluco e enlouquecendo a todos por um tempinho a sós contigo. Está lá no jardim. - olha para a porta e Sam resolve ir até o garoto.
- Esse Matheus! - Mari comenta ainda sem graça.
- E você está bem?
- Eu? Por quê?
- Está tudo certo em casa? - ele a encara sério, mas com olhar protetor.
- Meu pai ainda cai de bebado, mas não bateu em ninguém por enquanto.
- Menos mal. Contou pra Sam?
- Não, tenho vergonha.
- Mais vocês são tão amigas.
- Eu sei, mas... Sei lá.
- Acho que entendo. - segura a mão dela de forma carinhosa e ela nota o gesto repentino. - Desculpa. - ele solta percebendo o clima.
- Tudo bem. - sorri sem mostrar os dentes. - Amigos podem dar as mãos, não é mesmo?
- Claro. - ele sorri aliviado por ela não interpretar de outra forma.

Sam não sabia o que esperar de Matheus e se devia ou não corresponder.

- Oi, me chamou? - Matheus abre um lindo sorriso ao vê-la, e isso a faz sorrir de volta.
- Chamei sim, princesa. - segura a mão dela e se aproxima. - Talvez eu esteja forçando a barra, mas desde o dia da festa só penso em você.
- Você não é esse tipo de cara. - ele franzi a testa.
- Que tipo de cara eu sou?
- Popular, usa do humor pra conquistar todas as meninas, e pelo que me lembro só te vi namorar uma única vez, e foi com a Larissa, que cai entre nós não tem nada a ver comigo. - ele sorri maroto, ela não entende.
- É justamente porque você não tem nada a ver com a Larissa que estou interessado. Eu realmente sou popular, mas isso não faz de mim um cara mau.
- É, não.
- E sobre ficar com várias, acho que acontece quando queremos somente diversão. Quando gosto de alguém não é pra me divertir, tá, é pra me divertir, mas não só isso.
- E gosta de mim?
- Gosto. - fala sinceramente e sério, ela se assusta, pois nunca viu Matheus falando sério.
- Você nunca fala sério.
- Pra você ver como estou falando a verdade. - se aproxima ainda mais dela, respirando o mesmo ar, encosta sua testa na dela.
- O que está fazendo?
- Estou querendo experimentar do seu beijo. - ela sorri, mas ele coloca a mão em suas costas a fazendo arrepiar todinha.
- E se eu não quiser?
- Você não quer? - segura firme sua cintura, ela fecha os olhos e deixa o corpo mole.
- Eu não disse isso. - ele encosta seus lábios superiores nos inferiores dela, os dois sentem seus corpos eletrizados, e quando o beijo realmente começaria Anthony chama por Sam, fazendo com que os dois se afastem rapidamente no mesmo instante. - Oi, Anthony.
- Sua mãe está te procurando. - ela se retira do recinto e Anthony resolve perguntar. - Atrapalhei algo?
- Atrapalhou, cavalheiro!
- Estou mais pra dama. - os dois riem.

No dia seguinte na escola...

- A Mari disse que queria falar comigo. - Sam se aproxima de Kate que está sentada no banco de costume.
- Quero te pedir desculpas.
- Pelo que? - se senta ao lado da amiga.
- Olha, eu sei que gosta do Pedro. - Sam abriu a boca pra negar, mas Kate a interrompe. - Não negue! Nós duas sabemos que é verdade. E eu me deixei levar pelo ciúmes e podia ter feito com que perdesse a oportunidade de realizar seu sonho de ser líder. Peço desculpas por isso.
- Tudo bem, eu entendo.
- E além disso, vou te dar um aviso. Eu adoro você, somos amigas, e eu entendo sua queda pelo Pedro, mas é melhor esquecê-lo. Imediatamente! Por que eu vou lutar por ele enquanto ele sentir algo por mim, que fique claro.
- Kate, não precisa me por contra a parede. Eu não tenho uma queda, eu o amo. MAS, nunca faria nada para prejudicar sua felicidade, e pra mim é claro que a felicidade dele é ao seu lado , irei respeitar. No entanto, - se levanta ficando de frente com James. - Se ele me demonstrar que tenho chance não irei deixar a oportunidade passar. Eu gosto de você, mas não somos amigas. Não ainda, e pelo jeito não seremos. - se retira indo para sala e Kate fica ali sentada assimilando todo o papo, Pedro chega sentando-se ao seu lado.
- Oi, linda! - lhe dá um selinho e ela continua imóvel. - Está tudo bem?
- A Samantha rompeu nossa amizade. Ou a possibilidade de amizade, sei lá.
- Ela não te desculpou? - Pedro franzi a testa tentando entender.
- Desculpou.
- Explica isso melhor.
- Melhor você não saber. Coisa de meninas. - só então se movimenta e dá um beijinho na ponta do nariz dele. - Não se preocupe, ficaremos bem. - levanta-se e vai pra sala o deixando no banco, Danilo passa por ele e não o cumprimenta.
- E aí cara?! - Kaio cumprimenta e para vendo que Pedro não estava com a cara boa. - Tudo bem?
- Não sei. Minha história com a Kate só complica a cada dia.
- Brigaram de novo? - se senta.
- Não. Ela e a Sam romperam a amizade, mas não sei bem o que aconteceu.
- Cai na real, as duas são apaixonadas por você, é por isso.
- Eu e a Sam somos apenas amigos.
- Isso é o que você quer não ela.
- O Danilo não fala mais comigo. Era pra ser tudo tão complicado?
- Acho que a vida é sempre cheia de complicações.
- Talvez você tenha razão.
- Eu sempre tenho. - dá risada e Pedro o acompanha. - Vamos pra aula?
-  Vamos sim. - antes de se separarem. - Cara, valeu! Estava precisando de um amigo.
- Também preciso de amigos.
- Depois da aula podíamos jogar video game, tá afim?
- Fecho! - cada um segue para sua sala.


CONTINUA...

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