- Oxi! Chegou cedo! - Danilo estranha a pontualidade de Matheus.
- Vim jogar video-game antes da festa começar. - os dois se jogam no sofá com os controles nas mãos, a campainha toca, eles nem ligam, Sam desce as escadas reclamando da folga de seu irmão.
- Não ouviu a campainha não? Tocou umas três vezes. - eles nem a olham, ela abre a porta.
- UAU! - Pedro diz simplismente quando a vê, ela sorri pelo elogio e também porque nota que ele a observa de cima em baixo. - Está uma gata!
- Obrigada. - ela vestia uma sai preta de couro, uma blusinha branca bem colada no corpo mostrando sua barriga definida. Os cabelos curtos e loiros lisos e soltos, os olhos azuis bem marcados com lápis de olho; por fim um salto mediano.
- Vem jogar, Pedro! - Danilo chama do sofá e Matheus se vira para falar com o primo, mas paralisa ao ver Sam.
- Caraca! Porque não me falou que sua irmã é uma gata, Danilo?
- Que? - ele não entende a pergunta do amigo, e também se vira para a porta. - Oou! Caprichou, maninha!
- Ok! Agora estão me deixando constrangida! - sorri sem graça com o olhar dos três nela.
- Oi! - Kate e Mari chegam cumprimentando já que a porta continuava aberta.
Kate em um vestido azul, com um decote generoso e sandálias pretas. Os cabelos loiros presos na metade e lisos. Mari em uma blusinha verde esmeralda tomara-que-caia e uma minissaia jeans deixando suas pernas malhadas a mostra. Seus cabelos castanhos-claro e compridos soltos.
- Vocês estão lindas! - Pedro elogia.
- Estão mesmo! - Danilo concorda.
- Verdade, mas é a Sam que está de tirar o folêgo! - Matheus é franco. Os outros alunos vão chegando, muita música, diversão, a festa era um sucesso.
- Acho que meu irmão está interessado na sua irmã, Danilo! - Kate afirma vendo Sam e Kaio super introsados na pista de dança improvisada na copa.
- Seu irmão é gente boa?
- Eu acho! - ela ri da pergunta dele.
- Ah! Você me entendeu... - fala rindo da brincadeira dela de desentendida, e nota que o clima tenso havia cessado.
- Nunca vi ele namorando, mas também não é nenhum galinha.
- Mas, cara, Você nem sabe se a Sam está interessada nele. - Pedro opina.
- Verdade! Talvez eu tenha uma chance! - Matheus se pronuncia.
- Ué! Não é você que curte mulheres mais velhas? - Danilo questiona o amigo estranhando o interesse repentino dele na sua irmã.
- Eu gosto é de mulheres!
- Olha o cara gamou na sua irmã! - Pedro faz piada.
- Não machucando ela está tudo certo!
- Então você é um irmão protetor? Que fofo! - Kate fala de maneira sensual e pegando no ombro de Danilo na tentativa de deixar Pedro enciumado.
- Vocês vão ficar a festa toda nesse sofá? - Sam se aproxima dos amigos acompanhada de Kaio.
- Podemos dançar juntos! - Matheus diz olhando dentro dos olhos dela, e os amigos Kate, Danilo e Pedro sorriem achando graça.
- Ué, cadê a Mari? - todos a procurando com os olhos pela festa. - Dan, vovcê bem que podia ir atrás dela pra mim, né?
- Eu? Mais por quê? - ele não entende o pedido.
- Você é o dono da casa, oras!
- E você também! - ele fala pausadamente.
- Danilo, faz esse favor para sua irmã, seja um docinho como sempre! - Kate pede para ele tentando ajudar no plano de Sam.
- Está bem! Não entendi absolutamente nada, mas... Ok! - se levanta e vai atrá da menina. Pedro nota que Kate e Sam piscam uma para outra.
- Ué! Por que piscaram?
- Nada demais! Coisa de meninas! - Sam diz.
- Vamos voltar a dançar? - Kaio a chama segurando em sua cintura, mas Matheus levanta-se rápido puxando-a pelo lado esquerdo em sua cintura também.
- Minha vez de ter a honra da companhia dessa doce mileide! - todos riram da maneira como ele falou, inclusive Kaio.
- Tudo bem, Lorde Matheus! - brincou e Matheus fez careta, mas puxou Sam para pista de dança com ele.
- Maninho, pega um ponche pra mim, por favor. - Kate pede a Kaio que percebe seus motivos, então vai sem reclamar, afinal não queria ficar de vela. - Gostando da festa, Pedro?
- Claro e você? - olha para ela.
- Especialmente agora! - coloca a mão na coxa dele é também o olha.
- Você não é nada fácil, em senhorita James? - ele abre um lindo sorriso para ela aprovando suas atitudes, e coloca também a mão na coxa dela.
- Assim como você! - sorri vendo ele investindo nela. - Tão escorregadio!
- Eu?
- Claro! Acho que está fugindo de mim! - afirmou na espectativa que ele negasse.
- Não fujo de lindas garotas, você está enganada! - pisca pra ela.
- Passou todos os dias dessa semana ocupado a noite. - sua voz saiu baixa e fina, fingindo desapontamento, ele sorri do teatro dela.
- Você sabe que prometi a Sam ajudá-la nos treinos, e também agora estou livre, leve e solto! - ela ri dele.
- Soltinho, né? - se aproxima dele no sofá.
- Aran! - passa a mão direita e desocupada pela bochecha dela. - Faz um tempo que te olho e ... - ele para de falar pensativo, o coração dela acelera.
- E...?
- Só consigo pensar em fazer uma coisa!
- O que? - ela fecha os olhos, ele sorri vendo-a ofegante, fecha os olhos se aproxima lentamente de seus lábios, mas se esquiva beijando o pescoço dela, ela arrepia, e depois ele cochicha em seu ouvido.
- Vamos para um lugar mais tranquilo? - ela confirma com um gesto de balançar a cabeça, os dois se levantam com as mãos entrelaçadas e caminham para o jardim na frente da casa, onde não tinha ninguém.
- Eu gosto muito de você. - Kate diz olhando nos olhos de Pedro, os dois estavam encostados na parede da casa, um de frente para o outro e próximos o suficiente para sentirem borboletas no estômago.
- Eu também gosto muito de você. - sorri para ela que faz o mesmo. - Por que gosta de mim?
- Como assim? - ela tenta entender o que ele queria saber.
- Todas as garotas sempre olham primeiro para o Danilo, e às vezes para o Matheus... - ela coloca seu dedo indicador encostando nos lábios dele o interrompendo.
- Destino explica. - ele franzi a testa e ela sorri. - Meu coração acelerou com seu olhar, o papo fluiu, você me fez sorrir e notar o lado bom das coisas, tudo em apenas um encontro... - ela abre a boca indecisa se continua a abrir seu coração ou não. - Sua pele quando na minha me deixa eletrizada, e desde que fomos a praia fico pensando em você.
- Nossa! Nunca ninguém me disse palavras parecidas. - ela sorri sem mostrar os dentes, mas não sem graça, de forma angelical. - Tenho que concordar.
- Com o que? - ela ri e ele também notando que falou algo aleatório.
- Com a gente tudo acontece naturalmente. - ele acaricia a bochecha dela a fazendo fechar os olhos novamente, os corações se aceleram, ele se aproxima lentamente, encosta os lábios nos dela sentindo-se sortudo por poder beijá-la. O beijo começa devagar com leveza e muita apreciação, mas começa a esquentar e se torna mais rápido mostrando todo o desejo que tinham um pelo outro, os lábios se afastam quando tudo volta a ficar mais lento, os olhos se abrem e se encontram. - Eu não tinha certeza, mas você é realmente perfeita. - ela sorri extremamente contente pelo momento que estava vivendo juntos. - Eu sinto o mesmo que você disse. - beija a testa dela.
Enquanto isso, Danilo procurava por Mari, olhou pela casa toda e nada dela, até que resolveu olhar nos quartos.
- Mari? - vê uma garota sentada de costas para porta em sua cama, então ela se vira.
- Danilo?
- O que faz no meu quarto? E sozinha? - ele fecha a porta atrás de si e caminha até a menina buscando no olhar dela respostas.
- Esperando por você? - ele se surpreende, e ela sorri para ele.
- Como assim?
- Senta aqui. - passa a mão na cama ao seu lado, ele senta, sua curiosidade era maior que tudo.
- Por que estava me esperando?
- Porque eu... - faz uma pausa pensativa e ele continua a encarando. - Acho que esperei demais para tomar uma iniciativa.
- Olha, eu não estou te entendendo... - fala cautelosamente, ela pega na mão dele, e rapidamente como quem toma coragem lhe dá um selinho. - É... - Danilo tenta assimilar aquele momento, e seu rosto demonstrava toda sua surpresa, mas não era claro se ele havia gostado ou não, por isso Mari teve medo do que aconteceria a seguir. - Mari, eu não gosto de você dessa forma... - ela o interrompe não querendo ouvir mais palavras de rejeição.
- Você gosta da Kate. - olha para o chão envergonhada, e ele sente-se mal por ela, pega na sua mão, mas ela solta e levanta-se. - Tudo bem, não precisa ter pena de mim.
- Não é isso.
- É sim. - caminha até a porta e ele a segue com o olhar. - Desculpa por isso. Esquece que aconteceu, por favor. - sai do quarto o deixando sozinho, põe a mão na boca.
- Ouu! Que loucura! - levanta-se, sai do quarto também, desce as escadas, a vê no sofá com sua irmã, estava chorosa, resolve tomar um ar no jardim, quando passa pela porta vê Pedro e Kate se beijando, paralisa, sente seu coração se destruindo. Abre a boca para falar algo, mas não consegue dizer nada, e nem mesmo se mexer. Kate e Pedro cessam o beijo e veem Danilo.
- Dan. - Pedro fala sem jeito.
- Já estou indo. - é tudo que Cohen consegue dizer antes de se mexer para longe dali.
- Eu devo ir atrás dele? - pergunta para Kate sabendo o que gostaria de fazer.
- Acho melhor dar espaço, depois vocês conversam. - segura a mão dele o acalmando.
- Talvez seja. - ela o abraça vendo sua preocupação. - Melhor voltarmos lá para dentro com o pessoal. - solta-se do abraço e entram, mas dessa vez ele não segura sua mão.
- Onde vocês estavam? - Sam pergunta vendo os dois entrando pela porta da sala.
- Eu vou embora, amiga. - Mari fala tirando a atenção de Kate e Pedro.
- Tem certeza? - Sam pergunta preocupada com a amiga, que estava com os olhos cheios de lágrimas.
- É melhor. - se levanta do sofá.
- Eu te levo se quiser. - Pedro oferece vendo que a menina estava muito mal.
- Obrigada, mas não quero atrapalhar.
- Eu vou com você. - Kate se pronuncia, pega a mão da amiga antes que ela possa negar. - Tchau, gente. - saem rapidamente após todos dizerem "tchau".
- Lá se foi minha carona. - Kaio diz.
- Cara, eu te dou uma carona. - Matheus oferece e Kaio concorda.
A festa dura ainda por um bom tempo, mas Pedro passou o resto dela sentado no sofá vendo Sam se divertindo na pista de dança ora com Matheus, ora com Kaio, Danilo sumiu. Quando todos foram embora, Pedro ajudou Sam arrumar as coisas.
- Pode ir para casa, amanhã eu termino. - Sam diz sentando-se no sofá exausta.
- Sam. - ele se senta ao lado dela. Ela resmunga respondendo o chamado dele. - Arrasou na pista de dança vai se dar bem no teste das líderes com certeza.
- Tive um ótimo professor. - ela levanta o rosto do sofá e sorri para ele que faz o mesmo.
- Acho que fiz merda. - diz simplismente.
- Somos adolescentes, sempre fazemos merda. - ela tenta consolá-lo.
- Eu não consegui evitar, foi mais forte do que eu, e ainda é. - ela pega a mão dele e acaricia.
- Se é dessa forma, não se culpe. Se o sentimento te guiou é porque tinha que acontecer.
- Obrigado, Sam. - sorri para ela. - Você sempre sabe o que me dizer.
- Pode sempre contar comigo. - ele a abraça forte.
- E você comigo, sempre. - se soltam do abraço lentamente e se encaram.
- Você é um cara incrível, então não se sinta nem por um minuto menos que isso.
- Você também é incrível! - ele acaricia o nariz dela de forma carinhosa e inocente, mas ela se aproxima dele o deixando desconfortável. - Vou ver como está o Danilo. - se levanta, sobe as escadas e ela fica o observando até sumir pelos corredores. Ele caminha até o quarto do amigo, bate na porta e a abre. - Dan?
- Cara, nos falamos amanhã. - Danilo fala abafadamente debaixo do cobertor.
- Mas, eu... - o interrompe um tanto grosseiro.
- Amanhã, Pedro!
CONTINUA....
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