sábado, 30 de setembro de 2017

AMIZADE, LANCE E ROMANCE! ( Parte 9)

- Por que está tão brava? - Kaio pergunta seguindo a irmã até o carro.
- O Pedro não me leva a sério! - bufa furiosa.
- Ciúmes?
- NÃO ESTOU COM CIÚMES! - ela grita muito brava, chega a ficar  bastante vermelha, e o irmão dá risada o que a deixa mais nervosa. - DO QUE ESTÁ RINDO?
- Calma, Kate! Mas, é óbvio que está com ciúmes! Precisa se controlar mais. - ela respira fundo. - Fez papel de maluca lá! - ela respira fundo mais uma vez.
- Você está certo!
- Estou. - afirma com covicção.
- É que o Pedro e a Samantha parecem um casal perfeito.
- Eles são só amigos.
- Mais ela quer ser mais que amiga dele.
- Mais ele não quer mais que isso.
- Por enquanto. - ela bufa agora frustrada. - A Sam é inteligente, linda, a melhor amiga dele, além de menos complicada para se envolver.
- Mana, você também é linda e inteligente. Sobre ela ser menos complicada, isso não é atrativo algum. E além do mais, você é a pessoa mais complicada com quem ele podia estar envolvido no momento, e mesmo assim ele decidiu continuar envolvido. MAS, se continuar surtando feito uma maluca com a Sam, ela vai passar a ser algo complicado também, e vai ser o proíbido divertido já que você estará sempre discutindo a relação, o que homens odeiam, na verdade o que qualquer um odeia.
- Acho que está certo. - fica pensativa.
- Melhor eu dirigir. - desce do carro dando a volta até a porta do motorista, ela pula o câmbio para chegar no banco do passageiro deixando o irmão sentar e dirigir para casa.

Pedro caminhou até sua casa, ele não entendi porque Kate estava tão brava, afinal Sam era sua melhor amiga desde sempre assim como o Danilo, estava triste por Kate entender tudo errado, mas não sabia bem o que fazer, chegou em casa tomou banho, deitou em sua cama ainda pensando em Kate quando seu celular toca.

- Alô!
- Oiiiiii, Pê! - automaticamente ele sorri ouvindo a alegria contagiante de Sam do outro lado da linha.
- Oi, Sam. O que manda?
- Estamos comemorando minha vitória aqui em casa, minha mãe pediu pizza. Então eu pensei que o meu treinador, o cara que foi responsável pela minha vitória deveria estar aqui também. Vem pra cá!
- Ah, não sei.
- O Danilo prometeu trégua! Não aceito um não como resposta. Ah, traz seu pai, minha mãe está solitária. - riu da mãe que sorriu vermelha com o comentário dela.
- Nossos pais e essa paquera sem fim. - ele ri também. - Tudo bem, estou indo. - desligaram, ele gritou o pai para ir nos vizinhos.
- Boa noite, Daves! - a senhora Cohen quem abre a porta para os dois. - Entrem!
- Parabéns, Samantha. - o senhor Daves abraça Sam que estava bem ao lado da mãe.
- Obrigada, tio! Mas eu não conseguiria sem a ajuda do Pedro.
- Que isso, Sam. - Pedro fala sem graça.
- Parabéns ao dois então. - senhora Cohen finaliza o assunto puxando o senhor Daves para cozinha.
- Está tudo bem?
- Está sim.
- Não minta pra mim. - Sam arqueia a sobrancelha esquerda. - Eu te conheço, e além do mais a Kate deu um show, só não entendi bem porque.
- Acho que ela está com ciúmes de você.
- De mim? - se surpreende. - Mas, por quê?
- Ela acha que você gosta de mim. Acho que é por isso.
- E se eu gostar, você não gosta. Isso que importa. - ele fica confuso com a resposta da amiga.
- Você está com o Matheus.
- Não. Nós estamos nos conhecendo melhor, só isso.
- Não pra ele. - dá de ombros.
- Você sabe que não é tão fácil assim.
- Como assim?
- O Matheus é muito bacana, mas meu coração está ocupado, leva um tempo pra esquecer.
- Sam... - abre a boca pra falar, mas não sabe se deve continuar.
- O que? - ela o encara.
- A Kate está certa em sentir ciúmes?
- Não sei, me diz você. São os seus sentimentos que vão definir se ela está certa ou não.
- Somos só amigos.
- Grandes amigos. - ela sorri, e seu celular toca. - Se for a Kate chama ela. - se afasta para que ele atenda o telefonema, aproximando-se dos outros amigos no sofá.
- Alô.
- Oi.
- Kate, eu não gosto de brigar com você.
- Eu também não. - os dois suspiram com ar de tristeza.
- Me desculpa.
- Pelo que? - ele fica mudo sem saber o que dizer. - Se não sabe o que fez de errado por que está se desculpando?
- Por que quero ficar bem com você.
- Podemos nos ver?
- É que eu estou no Danilo.
- No Danilo e na SAM, né?
- É. - ele fecha os olhos esperando pelo chilique dela, mas ela fica calada, então ele resolve falar. - Ela te chamou pra vir pra cá, quer vir?
- Não sei.
- Se preferir vou até aí.
- Você viria?
- Claro.
- Vem me ver aqui, eu e a Sam vamos precisar conversar, e prefiro fazer isso amanhã.
- Tudo bem. Até daqui a pouco.
- Até. - desligam, Pedro se aproxima dos amigos.
- Galera, eu vou ter que ir.
- Já? - Sam pergunta desapontada.
- Preciso conversar com a Kate.
- Eu entendo. Vai lá.
- Boa sorte, amigão. - Mari diz depois de Sam.
- Obrigado. - enfia as mãos no bolso. - Boa comemoração. - beija a bochecha de Sam.
- Te levo até a porta. - caminham juntos, e os amigos cochicham.
- Essa história ainda vai render. - Mari comenta.
- Que história? - Danilo não entende.
- Cara, esse triângulo, digo, quadrado, ou talvez um ... Polígono amoroso. - Anthony tenta explicar.
- Do que vocês estão falando?
- Danilo, presta atenção. - Matheus começa a falar calmamente. - A Mari gosta de você que gosta da Kate que gosta do Pedro que também gosta da Kate, mas talvez tenha uma pequena queda pela Sam, que gosta do Pedro. E eu gosto da Sam,  e além de mim acho que o Kaio também gosta dela. Acho que a única pessoa do grupo tranquilo e sem problemas é o Anthony que não gosta de ninguém e ninguém gosta dele, certo, amigo?
- Certo. - Anthony confirma dando risada.
- Caraca, que loucura esse nosso grupo. - Danilo fala por fim assimilando todo o polígono amoroso. - Mas acho que não é políngono. - Mari dá risada e fala.
- Nem a matemática consegue explicar.

Pedro foi até a casa de Kate, mas quem abriu a porta foi a senhora James...

- Quem é você? - a senhora James questiona assim que abre a porta e o vê na frente de sua casa.
- Oi, sou o Pedro. A Kate está aí?
- O que quer com a minha filha? - arqueia a sobrancelha direita, o analisando por completo.
- É,... - Pedro fica desconsertado com os questionamentos rudes da mãe da sua namorada.
- Oi, Pedro! - Kate fala descendo as escadas e caminhando até a porta.
- Oi. - responde sem graça.
- Quem é esse garoto?
- Mãe, eu sei que resolveu ser uma mãe desde o almoço, mas não te interessa quem ele é.
- Katharine James, eu te coloco de castigo. - Kate bufa e revira os olhos.
- Um amigo, mãe. Não posso ter amigos? E se ele fosse meu namorado? Algum problema?
- Namorado? - o olha novamente. - Ele não seria seu namorado. Eu sei que gosta do luxo.
- Vou sair. - corta o assunto e passa pela mãe, Pedro a acompanha. - Desculpa por isso.
- O que ela quis dizer com "eu sei que gosta de luxo"? - continuam caminhando pela rua sem direção certa.
- Nada. Ela acha que me conhece.
- Achei que sua mãe não se importasse com suas atitudes.
- E não se importava, mas parece que ela e meu pai estão se separando, ou ele tem uma amante, não sei bem, e aí ela resolveu ser uma mãe do tipo que almoça com os filhos no domingo, e que exige algo de nós.
- Não sei dizer se é bom ou ruim.
- Eu também não. - suspira. - Talvez eu prefira morar com o meu pai.
- Onde seu pai mora? - ele se preocupa.
- São Paulo.
- Mas isso é longe daqui.
- Não muito.
- Mais o suficiente para não estudarmos mais juntos. - ele para a encarando.
- Você se importa mesmo?
- Claro. Eu estou aqui não estou?
- Sim. - olha pra baixo, mas ele levanta seu rosto com o dedo indicador.
- Eu gosto tanto de você que se for melhor pra você morar em São Paulo podemos namorar a distância. - ela sorri com a proposta.
- Mesmo? Me veria muito pouco, muitas meninas ao seu pé por aqui.
- Nenhuma é melhor que você.
- Por quê? - ela ri, e ele sorri marotamente se aproximando dela, segura sua cintura com as duas mãos forçando o corpo dela a se aproximar também.
- Porque só você dispara meu coração assim. - pega uma das mãos dela e coloca em seu peito a fazendo ouvir as batidas do coração, depois de alguns segundos se encaram e lasca-lhe um beijaço, daqueles de tirar o fôlego.

Enquanto isso na festinha de comemoração nos Cohen.

- Amiga, está tudo bem? Você não devia estar radiante? - Mari pergunta assim que se senta ao lado de Sam.
- Por quê? - pergunta distraída.
- Porque ganhou a vaga que sempre quis, e também porque foi o motivo da primeira DR do Pedro e a Kate.
- Mari! - repreende a amiga que ri.
- Não minta, você amou vê-la com ciúmes de você.
- Ok, não vou mentir. Foi uma sensação muito boa, mas sei lá, é errado,não é?
- Se é errado eu não sei, maaas acho que o Pedro não está totalmente apaixonado.
- Como assim? - não entende.
- Ele sente algo por você. Cara, ele te deu a maior atenção, e ficou do seu lado mesmo sabendo que magoaria Kate.
- Ah, fez por amizade.
- Hellooo! O Danilo é o melhor amigo dele de infância e ele não brigou nenhuma vez com a Kate por isso.
- Ah, mas eu também sou a melhor amiga dele de certa forma, e a Kate não teria ciúmes do Danilo, mas de mim sim.
- Eu ainda acho que você tem uma chance.
- Chance de que? Ficou maluca?
- Sam, se prefere continuar negando, ok! Mas nós duas sabemos que alimenta um sentimento pelo Pedro faz muito tempo e nunca teve coragem de admitir.
- Não é verdade.
- É tão nítido quanto que Anthony está mega afim do Kaio, e a Kate louca pelo Pedro, mas eles admitem. Bom, o Anthony ainda não é tão óbvio, mas é recente.
- Ai Mariana, pra mim é nítido que o meu irmão está interessado em você isso sim.
- Isso eu já não tenho certeza, mas só de sermos amigos, amigos próximos já vale a pena.
- Falando de mim? - Danilo se aproxima brincando e as duas se calam e sorriem sem graça. - Que foi, meninas?
- Nada. - Mari fala imediatamente com medo que ele notasse que estava certo e falavam mesmo dele.
- Mana, o Matheus está maluco e enlouquecendo a todos por um tempinho a sós contigo. Está lá no jardim. - olha para a porta e Sam resolve ir até o garoto.
- Esse Matheus! - Mari comenta ainda sem graça.
- E você está bem?
- Eu? Por quê?
- Está tudo certo em casa? - ele a encara sério, mas com olhar protetor.
- Meu pai ainda cai de bebado, mas não bateu em ninguém por enquanto.
- Menos mal. Contou pra Sam?
- Não, tenho vergonha.
- Mais vocês são tão amigas.
- Eu sei, mas... Sei lá.
- Acho que entendo. - segura a mão dela de forma carinhosa e ela nota o gesto repentino. - Desculpa. - ele solta percebendo o clima.
- Tudo bem. - sorri sem mostrar os dentes. - Amigos podem dar as mãos, não é mesmo?
- Claro. - ele sorri aliviado por ela não interpretar de outra forma.

Sam não sabia o que esperar de Matheus e se devia ou não corresponder.

- Oi, me chamou? - Matheus abre um lindo sorriso ao vê-la, e isso a faz sorrir de volta.
- Chamei sim, princesa. - segura a mão dela e se aproxima. - Talvez eu esteja forçando a barra, mas desde o dia da festa só penso em você.
- Você não é esse tipo de cara. - ele franzi a testa.
- Que tipo de cara eu sou?
- Popular, usa do humor pra conquistar todas as meninas, e pelo que me lembro só te vi namorar uma única vez, e foi com a Larissa, que cai entre nós não tem nada a ver comigo. - ele sorri maroto, ela não entende.
- É justamente porque você não tem nada a ver com a Larissa que estou interessado. Eu realmente sou popular, mas isso não faz de mim um cara mau.
- É, não.
- E sobre ficar com várias, acho que acontece quando queremos somente diversão. Quando gosto de alguém não é pra me divertir, tá, é pra me divertir, mas não só isso.
- E gosta de mim?
- Gosto. - fala sinceramente e sério, ela se assusta, pois nunca viu Matheus falando sério.
- Você nunca fala sério.
- Pra você ver como estou falando a verdade. - se aproxima ainda mais dela, respirando o mesmo ar, encosta sua testa na dela.
- O que está fazendo?
- Estou querendo experimentar do seu beijo. - ela sorri, mas ele coloca a mão em suas costas a fazendo arrepiar todinha.
- E se eu não quiser?
- Você não quer? - segura firme sua cintura, ela fecha os olhos e deixa o corpo mole.
- Eu não disse isso. - ele encosta seus lábios superiores nos inferiores dela, os dois sentem seus corpos eletrizados, e quando o beijo realmente começaria Anthony chama por Sam, fazendo com que os dois se afastem rapidamente no mesmo instante. - Oi, Anthony.
- Sua mãe está te procurando. - ela se retira do recinto e Anthony resolve perguntar. - Atrapalhei algo?
- Atrapalhou, cavalheiro!
- Estou mais pra dama. - os dois riem.

No dia seguinte na escola...

- A Mari disse que queria falar comigo. - Sam se aproxima de Kate que está sentada no banco de costume.
- Quero te pedir desculpas.
- Pelo que? - se senta ao lado da amiga.
- Olha, eu sei que gosta do Pedro. - Sam abriu a boca pra negar, mas Kate a interrompe. - Não negue! Nós duas sabemos que é verdade. E eu me deixei levar pelo ciúmes e podia ter feito com que perdesse a oportunidade de realizar seu sonho de ser líder. Peço desculpas por isso.
- Tudo bem, eu entendo.
- E além disso, vou te dar um aviso. Eu adoro você, somos amigas, e eu entendo sua queda pelo Pedro, mas é melhor esquecê-lo. Imediatamente! Por que eu vou lutar por ele enquanto ele sentir algo por mim, que fique claro.
- Kate, não precisa me por contra a parede. Eu não tenho uma queda, eu o amo. MAS, nunca faria nada para prejudicar sua felicidade, e pra mim é claro que a felicidade dele é ao seu lado , irei respeitar. No entanto, - se levanta ficando de frente com James. - Se ele me demonstrar que tenho chance não irei deixar a oportunidade passar. Eu gosto de você, mas não somos amigas. Não ainda, e pelo jeito não seremos. - se retira indo para sala e Kate fica ali sentada assimilando todo o papo, Pedro chega sentando-se ao seu lado.
- Oi, linda! - lhe dá um selinho e ela continua imóvel. - Está tudo bem?
- A Samantha rompeu nossa amizade. Ou a possibilidade de amizade, sei lá.
- Ela não te desculpou? - Pedro franzi a testa tentando entender.
- Desculpou.
- Explica isso melhor.
- Melhor você não saber. Coisa de meninas. - só então se movimenta e dá um beijinho na ponta do nariz dele. - Não se preocupe, ficaremos bem. - levanta-se e vai pra sala o deixando no banco, Danilo passa por ele e não o cumprimenta.
- E aí cara?! - Kaio cumprimenta e para vendo que Pedro não estava com a cara boa. - Tudo bem?
- Não sei. Minha história com a Kate só complica a cada dia.
- Brigaram de novo? - se senta.
- Não. Ela e a Sam romperam a amizade, mas não sei bem o que aconteceu.
- Cai na real, as duas são apaixonadas por você, é por isso.
- Eu e a Sam somos apenas amigos.
- Isso é o que você quer não ela.
- O Danilo não fala mais comigo. Era pra ser tudo tão complicado?
- Acho que a vida é sempre cheia de complicações.
- Talvez você tenha razão.
- Eu sempre tenho. - dá risada e Pedro o acompanha. - Vamos pra aula?
-  Vamos sim. - antes de se separarem. - Cara, valeu! Estava precisando de um amigo.
- Também preciso de amigos.
- Depois da aula podíamos jogar video game, tá afim?
- Fecho! - cada um segue para sua sala.


CONTINUA...

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

AMIZADE, LANCE E ROMANCE! ( Parte 8)

- O que estava fazendo com o meu irmão? - Sam pergunta assim que os meninos não podem ouvi-la.
- Eu esqueci que você estava com o Matheus, e seu irmão não me deixou ir.
- Ué! Por que não?
- Ele percebeu que eu não estava bem. - dá de ombros. - Mas me conta, como foi com o lorde? - brinca.
- Ele é mesmo um lorde. - sorri boba e Mari ri.
- Já esqueceu o Pedro?
- Que Pedro o que! - resmunga. - Não inventa!
- Está bem, foi mal. Não precisa me ameaçar de morte. - brinca. - Rolou beijo?
- Não! Eu nem gosto assim dele!
- Pelo jeito não vai demorar a gostar.
- Está engraçadinha hoje, em! - revira os olhos, e Mari sorri.
- Vamos descer antes que o Matheus não consiga apartar seu irmão e o Pedro.
- Verdade! - elas descem as escadas e vêem os três sentados no sofá jogando vídeo-game, claro que Matheus no meio. - Chega de vídeo-game.
- Mal começamos. - Danilo diz.
- Estamos com fome.
- Podíamos chamar o pessoal pra comer uma pizza, né? - Matheus dá a ideia animado.
- Isso inclui a Kate?
- Claro, Danilo, larga a mão de ser infantil! - Pedro se cansa do mau humor do amigo.
- Acho ótima a ideia, Daves. - Mari apoia Matheus ignorando os outros dois.
- Eu aviso a Kate. - Pedro anuncia e Danilo se retira da sala indo até a cozinha.
- Eu ligo pro Anthony. Ah, já fala pra Kate trazer o Kaio. - Mari fala indo até a cozinha atrás de Danilo. - Ei, Dan, tudo bem?
- Ah, está sim. É que eu estou com tanta raiva! - bate a mão na mesa, ela o olha um tanto assustada. - Desculpa, não queria te lembrar dos seus problemas com essa atitude idiota.
- Tudo bem, você bateu na mesa e não em mim, bom começo! - brinca, mas nenhum dos dois dá risada. - Cedo demais pra piadas. - se aproxima dele. - Por que está com raiva? Ou melhor de quem?
- Eu estou com tanta raiva, sinto praticamente o tempo todo, e não tem a ver só com o Pedro e  a Kate.
- Tem a ver com o que?
- Me sinto impotente. Meu pai morreu, e eu não pude fazer nada. - lágrimas começam a escorrer por seu rosto. - Eu estava lá.  O infeliz queria levar o relógio do meu avô no pulso do meu pai, mas ele tentou dizer que poderia levar o celular, qualquer coisa menos aquele relógio de valor sentimental e nenhum em dinheiro. O bandido não acreditou, muito triste meu pai tirou o relógio do pulso e entregou. Eu pude ver a imensa tristeza nos olhos dele. Minha vontade era de bater no bandido, mas eu não podia. Um senhor passou mal em seguida, asma, meu pai, médico, quis ajudar e na mesma hora o ladrão atirou. Bem na cabeça. E o que eu podia ter feito? - fala com muita raiva.
- Nada! Mas, não sinta raiva disso, vai te corroer em todos os assuntos da sua vida! Era a hora do seu pai. Eu sei que dói, porém pense, melhor um pai herói morto, do que um pai vilão vivo! Seu pai sempre foi excelente!
- Talvez você tenha razão. - olha pra baixo. - Mas é tão difícil controlar isso.
- Imagino. Vamos fazer assim, quando essa raiva vier, olha pra mim nos meus olhos, e aí eu vou fazer uma careta que lhe fará rir e esquecer a raiva. - ele ri.
- E quando você não estiver por perto?
- Pense em alguma careta como essa! - mostra a língua e puxa as bochechas, ele sorri.
- Obrigado!
- Amigos são pra essas coisas. - beija a bochecha dele. - Agora vamos, eu ouvi a campainha, o pessoal deve ter chegado.
Na sala os outros amigos disputavam no vídeo-game, as meninas contra os meninos.
- Óbvio que vamos ganhar, somos maioria! - Pedro fala enquanto Matheus e Sam disputam.
- Isso não quer dizer nada. - Kate discorda.
- O que tá rolando aqui? - Mari entra na sala perguntando e Danilo vem logo atrás.
- Que vocês vão perder pra nós! - Anthony fala com convicção.
- Aaaaah! GANHEI! - Sam comemora e beija o ombro, Mari e Kate batem as mãos, Pedro e Kaio olham bravos pra Matheus.
- Ela é boa, véi! - se justifica.
- Kate e Pedro agora. - Kaio ordena e os dois vão sem reclamar.
- Desculpa, linda, mas você vai perder. - pisca pra ela.
- Convencido!
- Iiii isso vai dar marmelada. - Anthony comenta com Matheus e Kaio que concordam.
- Ganhei! - Pedro comemora dessa vez, depois beija a bochecha de Kate. - Desculpa, mas eu sou bom nisso. - ela abre a boca indignada.
- Próximos? - Sam grita.
- Eu! - Mari se pronuncia.
- Vai, Danilo, nos represente! - Kaio fala.
- Pode ir você, Kaio.
- Ok. - os dois começam a jogar, quando Mari ia ganhar, a energia cai e todos chingando alto.
- Logo agora, Mew! - Anthony reclama, batem na porta, Danilo atende, são as pizzas.
- Pelo menos podemos comer. - Kate diz e todos seguem Danilo pra cozinha. - Não enxergo nada!
- Ninguém enxerga, gênia! - Kaio zoa a irmã.
- Pronto. - Sam acende um vela. Pedro aproveita e segura a mão de Kate que sorri, Danilo rouba um pedacinho de pizza já que ninguém estava enxergando bem, Anthony ajuda Sam a pegar outras velas, Matheus conversa com Mari e Kaio sobre as partidas de vídeo-game.
 Depois de alimentados e com a energia de volta resolveram ver um filme, mas acabaram apagando, o senhor Daves foi ver o porquê da demora de Pedro, Danilo e Samantha, e encontrou toda aquela galera dormindo na sala dos Cohen. Resolveu acorda-los, cada um foi pra sua casa, e Sam mais Danilo foram pegar suas coisas pra dormir nos Daves.

- Está acordado, Danilo? - Danilo abre os olhos quando Pedro o chama.
- Que?
- Quando poderemos conversar?
- Já estamos conversando.
- Sobre a Kate.
- O que tem pra falar?
- Sei lá, você agora parece que me odeia. - Sam ouvia toda a conversa em silêncio.
- Eu não te odeio. Só estou com raiva do mundo, e você fez algo pra eu descontar em ti especificamente.
- Quero que voltemos a ficar bem.
- Pedro, não força a barra.
- Danilo, somos amigos desde os 5 anos.
- Eu sei, e daí?
- Não dá pra ficarmos assim.
- Eu só quero espaço, é meu direito.
- Mas... - fica sem argumentos.
- Você ainda é meu melhor amigo, só não é a pessoa mais agradável no momento. É difícil de entender? Aproveita seu namoro, e me deixa na minha.
- Se não tem outro jeito.
- Agora vamos dormir. - vira-se pro lado.

No dia seguinte, os garotos mal se falam, e Sam resolveu também não conversar com nenhum dos dois no caminho para escola, tudo que disseram foi " boa aula" e cada um seguiu pra suas devidas salas.

- E aí, caras? - Matheus cumprimenta os amigos, que o cumprimentam de volta. - Está tudo bem? - ele estranha a cara de Danilo e Pedro.
- Está. - Pedro responde primeiro. - Vou me sentar, a aula já vai começar. - caminha para o seu lugar, e Danilo sorri sem mostrar os dentes sentando-se do outro lado da sala.
- Vai ficar parado aí feito um dois de paus, Matheus? - Larissa chega implicando.
- Eu te dei confiança pra falar comigo? - revira os olhos e ela sorri satisfeita por tê-lo incomodado.
- Ex tem direitos, não acha?
- Atuais tem, não ex! Se informe. - se afasta dela que não liga pra grosseria dele.

No intervalo Sam, Mari e Anthony passam juntos no refeitório, Matheus e Danilo ficam conversando sobre música no pátio, enquanto Pedro e Kate ficam juntinhos no gramado da escola.

- Você está bem? - pergunta ajeitando a cabeça no peito dele.
- Estou.
- Tem certeza? - olha pra ele em dúvida.
- Estou ótimo. - sorri forçadamente.
- Se diz. - ela dá de ombros. - Seu pai parece legal.
- Ele é, apesar de ser muito cuidadoso.
- Quando vai  me apresentar pra ele?
- Somos namorados agora? - ele brinca e ela sorri.
- Não somos?
- Ainda não.
- Ainda? - olha pra ele novamente.
- Ainda. - beija a ponta do nariz dela e ela faz o mesmo. - Vamos ser só a gente por enquanto, tudo bem?
- Por quê? - ela arqueia a sobrancelha esquerda, o que sempre fazia quando estava insegura.
- Meu pai vai pegar no meu pé. Ele é muito preocupado, sem contar que vai resolver ter aquela conversa comigo... - suas últimas palavras saem como se estivesse com medo.
- Que conversa? - ela ri da maneira como ele fala.
- Sexo, camisinha, responsabilidade, filhos.
- Filhos? - ela ri mais.
- Eu disse que ele é muito cuidadoso, e quando digo isso, quero dizer que ele é extremamente super protetor e... Maluco. - os dois riem.
- Beleza então. Vamos tomar um soverte depois da aula de história da arte?
- Não posso. Hoje é o teste pras líderes, vou apoiar a Sam.
- Precisa disso?
- Claro, ela é minha amiga.
- Ela gosta de você pode entender errado. - fala enciumada.
- Ela está saindo com o Matheus.
- Isso não significa que ainda não gosta de você.
- Ciúmes da Sam, mesmo? - brinca, mas ela não sorri dessa vez.
- Ela é bonita, muito sua amiga, e tem sua atenção. Eu vi como olhou pra ela na festa. - se levanta brava, ele se levanta em seguida.
- Ei, calma. - segura a mão dela. - Eu gosto de você, estou com você.
- E pode não estar, não somos nada um do outro. - abaixa a cabeça, mas ele levanta com as pontas do dedo.
- Eu e o melhor amigo não nos falamos porque eu escolhi estar contigo, acha mesmo que não é importante pra mim? Que não somos nada? - se aproxima dela devagar e a beija.
- Desgruda! - Matheus brinca com os dois quando passa do lado deles, que o olham em reprovação.
- Precisava estragar o clima? - Pedro reclama.
- É divertido. - sorri e o casal sorri também. - E também é hora de voltar pra aula.
- Ué não estava com o Danilo?
- Ciúmes de mim, priminho? - brinca e Kate ri.
- Que ciúmes o que! Mas você deveria estar do meu lado.
- Cara, se vocês são ... - para pra pensar e volta a falar. - Nem sei o que são, mas vou usar a palavra idiotas. Enfim, eu não tenho nada a ver com isso. Ninguém vai tomar partido. Talvez a Kate. - olha pra ela que nega com um gesto de cabeça.
- Eu não vou tomar partido não, mas eu  já não falo muito com o Danilo.
- Seus traíras. - Pedro brinca, dá um selinho nela, e caminha para sala com Matheus.

Mais tarde no teste das líderes, Danilo, Kaio, Matheus  e Anthony estavam na arquibancada para prestigiar Sam. Mari que fazia parte da equipe estava sentando entre os jurados, Pedro estava ajudando Sam a aquecer, e Kate ainda não tinha chegado. Kate chega em cima da hora e entra na fila para o teste, Sam a fuzila com os olhos.

- O que ela está fazendo?
- Não sei, mas parece que vai tentar uma vaga também. - Pedro fala olhando pra Kate no fim da fila.
- Como assim? Ela não me contou nada, te contou?
- Não, nada. - Kate abana as mãos para os dois., que sorriem de volta sem graça.
- Não entendo por que ela está fazendo isso.
- Ei! Fica calma, isso não importa. Você treinou muito, e uma vaga com certeza é sua. - segura as duas mãos dela e fala olhando-a nos olhos. - Vai dar certo! Confia em você. - Sam estremece com o apoio de Pedro e Kate sente ciúmes de vê-lo tocando outra.
- Obrigada. - Sam beija a bochecha dele, e vai dançar sua música, Matheus não gosta muito da cumplicidade do primo com sua garota.

Depois que todas as candidatas se apresentam, a capitã das líderes começa a falar que irá anuciar quem entrará para equipe.

- Bom, todas foram muito boas e criativas. Parabéns, meninas! Mas como sabem escolhemos apenas uma. - olha pra líderes ao seu lado. - Mas este ano será um pouco diferente. Teve mais de uma garota que foi muito bem. Cohen e James vocês estão dentro. - Larissa finaliza e as duas comemoram, Pedro se aproxima e abraça Sam primeiro, Kate não gosta nada.
- Parabéns, maninha. - Kaio abraça Kate.
- Obrigada. - Danilo a abraça em seguida.
- Parabéns.
- Obrigada, Dan. - olha Pedro e Sam ao lado ainda abraçados.
- Obrigada, Pê! Você fez isso!
- Não! Você quem fez por merecer, parabéns! Muito orgulho da minha aluna.
- Eu não acredito! - ela quase grita de tanta animação e ele a rodopia.
- Está me devendo não esquece. - se soltam do abraço.
- Olha lá hem. - brinca com ele, Matheus então a abraça interrompendo os dois amigos.
- Parabéns, mileide. - ela faz reverência.
- Obrigada, lorde. - Pedro observa os dois por um instante e se aproxima de Kate.
- Parabéns, linda. - a abraça.
- Obrigada. - ela responde seca e se solta rapidamente do abraço.
- Você foi ótima, não sabia que era tão boa.
- E vai continuar sem saber muito sobre mim se passar mais tempo com suas amiguinhas do que comigo.
- Kate, para, vai. - fala calmamente.
- Você diz que eu sou muito importante, mas ela teve um belo abraço e antes do meu.
- Eu estava treinando ela. E você eu nem sabia que iria competir? Por que resolveu de última hora?
- Que é? Não posso resolver tentar? Não mude de assunto.
- Você não tentou a vaga por ciúmes da Sam, né? Mew, era o sonho dela, seria muita mancada.
- Mancada é você ficar me enrolando desse jeito. - se vira de costas pra ele, se aproxima do irmão. - Vamos, Kaio.
- Está bem. - ele responde ainda conversando com Danilo.
- Agora, Kaio! - continua caminhando e o irmão percebe que ela estava furiosa, despede-se do pessoal com um aceno de mão e corre até a irmã que estava saindo da quadra pisando firme.
- Por que ela está brava? - Mari pergunta o que todos os amigos queriam saber.
- Eu vou indo. Parabéns de novo, Sam. Tchau, galera. - sai da quadra antes que os amigos lhe fizessem mais perguntas.
- Pelo jeito eles tiveram a primeira DR. - Sam afirma.
- DR? - Matheus pergunta.
- Discutindo a Relação. - Mari explica.
- Vamos comemorar, Mileide? - ele muda o assunto olhando pra Sam.
- Gostei da ideia, vamos lá pra casa? - Anthony, Mari, Matheus e Danilo concordam e vão para a casa dos Cohen.



CONTINUA....

domingo, 17 de setembro de 2017

AMIZADE, LANCE E ROMANCE! ( Parte 7)

- Meu pai. - abaixa a cabeça começando a chorar, ele sem jeito a abraça tentando consolá-la. - Tem bebido demais,...
- E o que mais? - Dan se preocupa.
- Até então só chegava chingando e caia na cama, mas ontem quando cheguei da lanchonete, ele ficou furioso que eu cheguei as 11 horas da noite, começou a gritar comigo e eu respondi, falei que era cedo, que ele só estava dando aquele show porque estava bebado, e...
- E? - ele segura o rosto dela nas mãos a fazendo o olhar.
- Ele me bateu. - fecha os olhos com vergonha -  Me empurrou na parede, minha mãe tentou enfrentar ele, foi pior.  - lágrimas escorrem por seu rosto. - Bateu nela também. Minha mãe revidou nele, foi horrível. Eu implorei que ele parasse,... Ele parou e dormiu na sala, roncou como um porco, e minha mãe passou a noite toda chorando no quarto dela.
- Nossa, Mari! Que barra! Olha, eu sei que não somos muito próximos, mas pode contar comigo, viu?
- Obrigada. - ela limpa as lágrimas. - Significa muito pra mim ouvir isso de você.
- Mas e onde estava o Anthony?
- Ele só dormiu lá em casa na noite da festa, sexta, agora está ficando na casa da avó dele.
- Menos mal.
- O que eu faço? - pergunta chorosa novamente.
- Ei! - limpa as lágrimas do rosto dela. - Só apoie sua mãe, e conte comigo e a Sam, estaremos contigo.
- Por que está sendo tão legal comigo?
- Eu gosto de você, só não como... - ela o interrompe impaciente e se levanta.
- Somos só amigos, eu sei.
- Espera aí, Mari! - se levanta caminhando até ela que já estava chegando até a porta.
- Melhor eu ir. Diz pra Sam me ligar.
- Você vai ficar aqui.
- O que? Por quê? - ela não entende e franzi a testa.
- Por que eu quero a sua companhia, não pode?
- Pode, eu acho. - segura a mão dela.
- Você joga video-game?
- Às vezes. - se sentam no sofá.
- Melhor um filme?
- Melhor.
- Ok, você escolhe um aí. Eu vou fazer pipoca pra gente. Aí de você se fugir, hem!
- Pra onde eu iria? - ela sorri. Ele vai para cozinha e o celular dela vibra, uma mensagem.
" Filha, seu pai conversou com a mamãe, pediu desculpas, e prometeu nunca mais encostar um dedo na gente, vai ficar tudo bem. Nada de contar isso para ninguém, ok?"
"Não sei, mãe. Já não é a primeira vez que ele bate em nós e pede desculpas."
" Dessa vez será diferente, você vai ver. Agora promete pra mim que não vai sair espalhando essa história, ok?"
"Ok"
- Mãe, quando você vai perceber que meu pai não consegue mudar mais sozinho. - fala sozinha sentindo medo de como ficariam as coisas em casa.

Na praia, Kate e Pedro dormiram abraçadinhos na areia e acordaram com o sol na cara.

- Pedro, acorda. - Kate acorda assustada e o cutuca tentando acordá-lo
- Oi. - responde com sono, até que abre os olhos e percebe que está na praia. - Dormirmos aqui?
- Tudo indica que sim. Melhor irmos antes que chegue o pessoal que usa a praia pra tomar sol no fim de semana.
- O que quer dizer com isso?
- Que elas não usam pra dormir a noite. - ela ri do que fala e ele a acompanha.
- Engraçadinha! - os dois se levantam e começam a caminhar. - Nossa! Meu pai vai me matar.
- Liga pra ele.
- Melhor não. Prefiro ouvir a bronca pessoalmente. - ela ri dele. - Ei! Não ri de mim!
- Foi mal! - segura o riso. - Pelo menos tem um pai preocupado contigo.
- E os seus?
- Nem sentiriam minha falta. Estão no Japão!
- Japão? Sério?
- Sim. - chegam até a frente da casa dela. - Quer que eu vá com você, quem sabe seu pai minimiza a bronca.
- Melhor não. Mas, valeu! - beija a testa dela. - Dessa vez a bronca vale muito a pena! - pisca e ela sorri, depois manda um beijo no ar.

Enquanto isso no parque da cidade.

- Lorde Matheus! - ele a olha atento. - Por que quis sair comigo?
- Por três motivos! Número 1: Você é uma deusa grega... - ela o interrompe frustrada.
- Deusa não, por favor!
- Ok, humm... Uma sereia? - ela sorri e balança a cabeça em sinal que podia ser. - Número 2: Você é amiga de todo mundo, o que significa que é bem legal. E número 3: Estou muito curioso para saber o gosto dos seus beijos! - ela ri dele. - Que é? É muito sério! Olha como sua boca parece um lindo morango.
- Morango? - ri mais ainda. - Você é maluco, tenho certeza!
- Que isso, mileide! - ri com ela. - Você saíria com um maluco?
- Você sempre leva tudo numa boa assim mesmo?
- Eu tento! A vida deve ser leve e divertida, não acha?
- Acho sim. - deita no lençol que haviam estendido na grama, Matheus faz o mesmo, ficam observando o céu.
- Adoro olhar os desenhos nas nuvens.
- Jura? - ela olha pra ele que também a olha. - Eu também adoro.
- Olha um coração. - aponta para o lado direito no céu, e ela olha.
- Verdade. Olha um gatinho, ali. - aponta também, e ficam por um tempo se divertindo com os desenhos do céu.


Na casa dos Cohen, a Mãe deles desce as escadas para ir trabalhar e encontra Mari no sofá.

- Oi, Mari! - sorri para a menina que faz o mesmo.
- Oi, senhora Cohen.
- A Sam está aí? Achei que ela fosse sair.
- Ela saiu. Na verdade eu... - Danilo interrompe.
- Está vendo filme comigo, mãe. - chega a sala com um balde de pipoca nas mãos.
- Hum. - olha de um para o outro e sorri. - Ok, juízo, estou indo trabalhar. - beija a bochecha de seu filho.
- Meu segundo nome é juízo. - a mãe ri e sai. - Demorei?
- Não, eu nem escolhi o filme.
- Poxa, o que estava fazendo então? - senta no sofá ao seu lado.
- Lendo as mensagens da minha mãe.
- E aí tudo bem?
- Bom, ela acha que sim, mas eu sei que ficará bem só por hoje. - ele não entende, mas acha melhor não perguntar.
- Esquece isso por agora. Qual filme?
- Pode escolher.
- Tudo bem, eu vou escolher um filme que eu amo, mas talvez você...
- Pode pôr star wars.
- Como sabe? - ele a encara, e ela sorri.
- Te conheço há muitos anos.
- Eu sei, mas eu não sei qual é seu filme preferido.
- Talvez seja a hora de descobrir. - ela brinca e ele ri.
- Gosto da maneira como é sincera.
- A Sam diz que minha sinceridade é grosseria.
- A Sam é sensível. - ela se sente bem ao lado dele de uma maneira que a fez esquecer seus problemas em casa.

Pedro chega em casa e seu pai estava na sala a sua espera.


- Pai, oi.
- Onde o senhor dormiu?
- Na praia. - olha pra baixo com medo da reação do pai, e a campainha os interrompe.
- Olá, vizinhos. - a senhora Cohen cumprimenta quando Pedro abre a porta para ela.
- Oi, Cohen! - o pai responde sorridente.
- Desculpa incomodar.
- Magina, nunca incomoda.
- Eu só queria pedir pra dar uma olhadinha no Dan e na Sam, como faz quando estou trabalhando a noite.
- Claro. Considere feito.
- Você é um amor, obrigada!
- Bom trabalho. - se aproxima dela beijando seu rosto, e ela cora tímida.
- Obrigada. - sai, e ele fica a observando da porta.
- Pai. - Pedro chama, seu pai demora um pouco para perceber que o filho o chamou. Fecha a porta e olha.
- Não está metido com drogas, está?
- Não, pai! - diz como se fosse óbvio.
- Bebeu?
- Não.
- Saiu por aí transando?
- O que? Não, pai.
- O que estava fazendo na praia então?
- Estava olhando as ondas e acabei dormindo, só isso.
- Você podia ter sido roubado, morto, espancado, ou pior!
- O que pode ser pior? - olha pro pai assustado.
- Podia ter sido estuprado!
- Que horror!
- Você precisa ser mais responsável.
- Tudo bem. Prometo que serei.
- Vai nos Cohen e os chamem para dormir aqui.
- O que? Por quê?
- Por que é mais fácil tomar conta deles aqui, sempre fazemos isso, qual a novidade?
- Nenhuma. - se levanta do sofá. - Só vou tomar um banho primeiro.
- Ok!

 A senhora James chega em casa mais cedo surpreendendo seus filhos.
- Mãe?
- Oi, Kate! Onde a senhorita estava?
- É... Fui caminhar na praia. - tenta disfarçar.
- Com essa roupa?
- Fui dar uma volta e não correr. - dá de ombros subindo as escadas.
- Não me envegonhe, da próxima vez vá com roupa de ginastica, só gente maluca anda com esse tipo de roupa na areia.
- Ok, mãe, pode deixar. - revira os olhos.
- Cadê seu irmão?
- Não sei, deve estar dormindo. - grita lá de cima, e encontra com o irmão no corredor. - Mamãe voltou mais cedo.
- E o papai?
- Não vi. - dá de ombros seguindo para seu quarto e ele a segue.
- O que achou do Anthony, ontem?
- Como assim? - ela tira o vestido sujo de areia.
- Sei lá, gente boa?
- Parece ser. - ela não entende onde ele queria chegar. Caminha para seu banheiro dentro do quarto.
- Você não notou nada? - ele a segue até o banheiro, ela entra no chuveiro, ele fecha a tampa e se senta no vaso.
- Como o que?
- Ele... Bom, não é um garoto normal, digo, é normal, mas não gosta de meninas!
- Ah! Ele é gay.
- Você sabia?
- Claro. Ele é um gato, eu concordo, mas não fez questão de conhecer nenhuma menina, só você, o Danilo e o Pedro. Estava na cara.
- Hum. - fica pensativo.
- Está tudo bem com você? - ela pergunta vendo seu irmão pensativo, se enrola na toalha.
- Está. - levanta-se rapidamente, e vai caminhando para o quarto dela, e ela o segue.
- Tem certeza? Você está esquisito!
- Só estava pensando em como deve ter sido complicado se assumir tão cedo. Ele deve ter uns 15 anos, eu acho.
- Acho que o se assumir é sempre muito difícil, sei lá. - para de falar pensativa e volta a falar. - Acho que depende muito dos pais que se tem.
- É! Talvez os pais do Anthony sejam mais mente aberta, antenados.
- Ou talvez não, como a maioria dos pais não são. Mas, deve ser difícil de qualquer forma. Só que ele sabe quem ele é, e não se escondeu. Admiro isso!
- Bem bacana mesmo.
- Tá aí, acho que todos nós deveríamos deixar de nos esconder.
- Como assim?
- Ah, eu sou apaixonada pelo Pedro, não vou me esconder porque o Danilo não curti isso.
- Você não esconde. - ele olha pra ela rindo.
- Mais ele esconde, chega de nos esconder.
- Por que assumir que é homossexual tem tudo a  ver com demonstração de afeto que o Pedro evita na frente do Danilo.
- Kaio, pode concordar comigo pelo menos uma vez? - faz uma carinha de criança e ele sorri.
- Kate, Você não é o centro do mundo!
- Eu sou muito mimada, né?
- Muito! - joga uma almofada da cama dela  na irmã.
- Ei! - os dois riem um para o outro. - Kaio, será que nossos pais ao menos sabem o que esperar de nós?
- Acho que não.
- Hoje o Pedro tava encrencado com o pai porque dormimos na praia, e a mamãe nem notou que menti sobre estar caminhando pela praia, mesmo estando com a maquiagem borrada e o cabelo bagunçado.
- Acho que o dinheiro estraga os pais.
- Pode ser. - ela troca de roupa, e se senta ao lado do irmão. - Você contou para alguém que somos ricos?
- Não, e você?
- Não.
- Melhor deixarmos em off. Essa informação geralmente só piora nossas relações na escola.
- Verdade. - deita a cabeça no colo dele. - Kaio! Você está afim da Sam? - ela fala bocejando e fechando os olhos.
- Gostar é uma palavra muito forte, mas ela é uma gata, inteligente, divertida.
- Humm, isso está me parecendo um mega interesse. - ele ri.
- Não gosto de competir, e o Matheus pelo ao contrário adora provar que consegue o que quer.
- Não acho que ele seja assim. Ele só luta pelo que quer, assim como eu.
- Você é uma abusada! Sorte da Mari você ter se interessado pelo Pedro, porque se não ela já teria te arrebentado a cara.
- Por quê? - abre os olhos o olhando.
- Você já teria agarrado o Danilo.
- Ele bem que é gatinho. - ri. - Mas dessa vez eu quero ficar aqui, estou cansada de me mudar.
- É, eu também.
- Por isso, não posso sair por aí beijando qualquer menino gatinho.
- Ainda mais aqui que é uma cidade pequena.
- Mesmo assim, com o Pedro é diferente. Não tenho vontade de beijar mais ninguém.
- Está mesmo apaixonada? - arqueia a sobrancelha esquerda a observando.
- Sim, estou. Dessa vez é pra valer. - ela mal acaba de falar e seu celular vibra com uma mensagem de Pedro.

" Conseguiu tirar toda a areia do seu corpo?rsrs"
" Nada que um belo banho não possa resolver"

- Vou te deixar namorando aí! - tira a cabeça dela do colo dele, ela manda beijo no ar e ele sai.

" Já estou com saudade"
"Eu sou muito agradável, por isso já está com saudades de mim"
" Convencidaaaa, mas linda e com razão"
" Você é muito gentil! Sempre! Sentindo falta dos seus beijos"
" de mim não, né? Só dos beijos."
" Só dos beijos hahaha"
"Eu te chamaria pra vir aqui, mas tenho que ir no Dan e na Sam daqui a pouco"
" Por quê?"
"Ah, nossos pais tem alguns hábitos. E eu tenho que chamá-los pra dormir aqui em casa porque a mãe deles está trabalhando"
" Boa sorte"
" Obrigado, vou precisar"
" Tudo culpa minha, desculpa"
" Não se culpe! Só tenha paciência, daqui a pouco o Danilo segue em frente"
" E seu pai brigou muito contigo?"
"Deu um pequeno show, mas não fiquei de castigo, então diria que correu tudo bem"
"Que bom. Minha mãe chegou está manhã, quase me pega no pulo"
"Como assim?"
"Estava em casa quando cheguei, mas disse que acordei cedo e fui caminhar na praia"
"Mas você detesta acordar cedo!"
"Até você sabe, e ela não"
"Que chato"
"Já estou acostumada."
" Não devia ter que se acostumar"
" Fofo!"
"Fofa!"
" S2"
" <3"
" hahaha já estamos como aqueles casais melosos?"
"Parece que sim hehehe"
- Filha! - a mãe aparece na porta.
- Oi.
- Se troca, vamos almoçar. Eu, você e seu irmão.
- Aconteceu alguma coisa? - Kate estranha a atitude de sua mãe.
- Precisa acontecer algo para almoçarmos juntos em família em um domingo?
- Não, mas... - a interrompe.
- Mas nada, vai se arrumar. - fecha a porta, e por mais que tenha dito que não havia motivo para aquele almoço o coração de Kate dizia que havia sim um motivo, restava saber qual.

Mais tarde Pedro toma coragem e vai até os Cohen, por conhecidência encontra com Sam e Matheus na porta.

- Oi, Pê! - Sam sorri para o amigo.
- E aí, cara? - Matheus cumprimenta o primo.
- Saíram de manhã e só chegaram agora?
- Algum problema, cavalheiro? - Matheus brinca, fazendo Sam e Pedro rirem.
- Não senhor lorde. - Pedro brinca de volta.
- Vamos entrar? - Sam abre a porta e veem Mari dormindo no ombro de Danilo que também dormia, se olham estranhando a cena.
- Eu perdi alguma coisa? - Pedro pergunta.
- Se perdeu, acho que perdemos todos. - Matheus afirma,  os três entram, Sam fecha a porta e  Danilo acorda, se assusta vendo os amigos e faz com que Mari também acorde.
- Oi. Não queríamos acordar vocês. - Sam fala com a voz suave.
- Nossa! Que hora são, preciso ir pra casa. - Mari fala colocando os sapatos.
- Relaxa, amiga. Está cedo. Vamos comigo lá no meu quarto? Preciso tirar esses tênis. - as duas sobe as escadas, e Matheus zoa Danilo.
- Já esqueceu a Kate? Não perdi tempo, hem!
- Nada a ver, Matheus! Não tem nada a ver. - fala seco e repara que Pedro estava lá. - E você o que faz aqui?

  1. - Ow, guarda as facas! - Pedro brinca, mas Danilo continua sério. - Só vim avisar que sua mãe passou lá em casa, meu pai falou pra dormirem lá. Eu não quis contar pra ele que você agora quer me evitar, achei melhor nossos pais não saberem.

- Ok, também acho.
- Credo, caras! Você são amigos, que clima nada a ver. - Matheus dá palpite e os outros dois ficam em silêncio.



CONTINUA...

sábado, 16 de setembro de 2017

AMIZADE, LANCE E ROMANCE! ( Parte 6)

- Por que quis vir comigo, Kate? - Mari acha estranho a atitude da menina.
- Ah, eu beijei o Pedro. - Mari olha pra ela empolgada.
- Jura? E como foi?
- Foi maravilhoso! Mas, ... - olha para o chão. - O Danilo nos viu, a situação ficou tensa e Pedro se distanciou novamente.
- Eles são muito amigos, deve ser difícil para o Pedro se ver magoando Danilo, aliáis eu não entendo os meninos conseguirem fazer essas coisas numa boa, se você tivesse beijado o Danilo hoje eu surtaria e olha que somos amigas tipo há uma semana.
- Pra mim também é confuso. - Kate concorda com a fala de Mari. - Mas e você por que está estranha, os olhos vermelhos?
- Dei um selinho no Danilo, e se concretizou o que eu já sabia. Ele gosta de você.
- Que chato, Mari! Eu sinto muito.
- Eu sei, valeu! - Kate quem dirigia, e de repente um cara  a pé apareceu bem na frente delas, brecou bruscamente, os pneus queimaram um pouco a borracha.
- Seu maluco! - Kate grita por fim sem sair do carro.
- É o Anthony? - Mari tenta fazer o reconhecimento.
- Quem é Anthony?
-  Meu amigo de infância. - ele tira o capuz cinza mostrando seu rosto. - É ele mesmo! - fala muito empolgada e desce do carro, o abraça bem forte, ele a rodopia, e Kate desce do carro  confusa. - Anthony, essa é minha amiga Kate.
- Prazer, fofa! - cumprimenta ela com um aperto de mão.
- Você podia ter morrido, sabia?
- Desculpa, estava distraído.
- Tudo bem, só toma mais cuidado. Bom, você está entregue, Mari.
- Obrigada! - beija a bochecha da amiga. - Olha, se tiver interesse no Dan, tudo bem viu. Eu só quero que ele seja feliz. - Kate sorri.
- Eu só quero que ele seja feliz contigo.
- Acho que não é o que ele quer.
- Quero saber tudo desse babado que parece enorme. - Anthony avisa e as duas sorriem.
- Ela vai te contar. Nos vemos Segunda!
- Até, Kate. - Mari e seu amigo caminham para dentro de casa e Kate volta para o carro.

Sábado pela manhã Samantha recebe umas mensagens que a acorda.

" Bom dia, Sam! Treino hoje, não esquece, te espero depois do almoço aqui em casa. beijo."
Ela sorri e responde de volta.
" Bom dia, Pê! Não esqueceria! Até daqui a pouco, beijo."
Passa para a próxima mensagem no visor do celular.
" Bom dia, mileide! Topa um passeio comigo amanhã?"
Ela ri e resolve responder.
" Bom dia, lorde Matheus! hahahaha Onde está pensando em ir? beijo"
Levanta da cama, espreguiça e vai tomar um banho, quando sai do banho vê seu celular piscando.
"Surpresa, gata! Topa?"
"Hummmmm tudo bem, me deixou curiosa, não tenho como recusar, lorde! hahaha, beijo"
- Bom dia, maninha! - Danilo abre a porta do quarto dela.
- Bom dia! - olha pra ele e percebe que não está muito bem. - O que foi?
- Pedro beijou Kate, e eu achei que por mim estaria tudo bem, mas não é bem assim.
- Entendo. O que vai fazer?
- Acho que preciso de um tempo longe.
- Como assim?
- Vou evitá-lo.
- Mas nós vamos todos os dias juntos para escola.
- Você pode escolher com quem quer ir, não precisa tomar partido, mas eu não estou afim de ver o Pedro, pelo menos não por um tempo.
- Você gosta tanto assim da Kate?
- Juro que não imaginei que fosse tanto, mas meu coração ontem foi destruído no momento que os vi felizes juntos.
- Vem cá, vem! - ela o abraça. - Você é meu irmão, estou do seu lado sempre, mas isso não significa que não irei mais falar com o Pedro.
- Ok. - o som de sua voz sai abafado pois estava com o rosto afundado no ombro da irmã. - A mamãe chegou do serviço agora cedo.
- Vamos fazer o almoço enquanto ela descansa?
- Vamos. - ele sai do quarto deixando que ela se arrume, e logo em seguida após se vestir ela desce.

Samantha vai treinar com Pedro.

- Está preparada! - Pedro afirma vendo a apresentação de Sam.
- Obrigada, você me ajudou muito! - beija a bochecha dele.
- Sam,... - pensa se deve ou não perguntar, ela o encara para ouvi-lo. - Ontem eu percebi um clima diferente entre nós, e... - ela o interrompe.
- Deixa isso pra lá, Pê! - ele a olha confuso. - Eu sei que está com a Kate, e é melhor nem tocarmos em um assunto que não dará em nada.
- Tudo bem, mas eu e a Kate não estamos juntos, quer dizer, não falamos sobre o que somos.
- Vocês se beijaram. - ela pega nas duas mãos dele de frente para ele. - E eu te conheço, você não beijaria ela se não estivesse apaixonado. Meu irmão também sabe disso.
- Será? - ela sorri.
- Sabe que sim, mas está muito magoado agora. Precisa de tempo, não fica chateado.
- Ele te disse isso?
- Disse sim. Não força a barra, é o mínimo que pode fazer por ele.
- Eu sou mesmo um idiota.
- Você não é não. Seu coração só escolheu a garota errada, ou talvez o do meu irmão escolheu, sei lá, só o futuro nos dirá!
- Obrigado. - abraça ela.
- De nada. Será que esse conselho vale pelos treinos? - ela brinca e ele ri soltando-se do abraço.
- Não, senhora.
- Já sabe o que vai me pedir?
- Não, mas temos que esperar por segunda quando você passar.
- Se eu passar.
- Vai passar, confiança! - aperta a bochecha dela de leve a fazendo sorrir. - Quer treinar mais um pouco amanhã?
- Valeu, mas amanhã tenho um compromisso.
- Compromisso? - arqueia a sobrancelha direita.
- Matheus me chamou pra sair.
- What? - cai na gargalhada.
- Que foi? - ri junto com ele.
- O Matheus não perde tempo, marca registrada dele.
- O garoto sabe o que quer. - ela brinca.
- O garoto também escolhe bem.
- Pedro, faz um favor. - ele a olha assustado, pois ela fica séria.
- Pede.
- Para de ser tão gentil.
- Oi? Por quê?
- Algumas garotas podem se apaixonar. - beija a bochecha dele. - Tchau!
- Ei! Espera! - ela continua caminhando pra fora da garagem.
- Liga pra Kate. A Mari me disse que ela está triste com você. - sai o deixando sozinho, então ele resolve mandar mensagem para Kate.

" Fiquei sabendo que posso ter te magoado ontem, me desculpa?"
" Não sei se devo te desculpar..."
"Garanto que deve."
" Devo? Por quê?"
" Te conto daqui a pouquinho"
" Como assim?"

Kate fica a espera de uma mensagem de resposta, mas nada. Então seu celular toca.

- Oi, amiga!
- Mari?
- Quem mais? - a forma divertida de Mari falar faz Kate sorrir.
- Manda!
- Eu e o Anthony vamos na lanchonete, quer vir?
- Quer saber... - confere se Pedro havia lhe respondido. - Quero sim!
- Ótimo!
- Posso levar o Kaio?
- Claro! Ó, chamei a Sam também.
- Beleza, nos vemos lá, beijo.

Desligam e vão se arrumar. Saindo de casa Sam e Dani encontram com Pedro saindo de casa também.

- Oi. - Pedro fala sentindo-se constrangido.
- Oi, Pê! - Sam responde e Danilo fica na dele.
- Onde estão indo?
- Lanchonete e você?
- Na Kate. - fala com certo receio, mas não queria mentir.
- Ela vai pra lanchonete. - Danilo avisa sem olhá-lo.
- Ah! Bom, então acho que devo ir a lanchonete.
- Vamos. -  Sam chama, os três caminham juntos em um silêncio medonho. Chegam a lanchonete e Kate estranha a presença de Pedro.
- Olha quem achamos no caminho indo até a casa da Kate? - Samantha vai logo contando o motivo de Pedro estar com eles, e se sentam com os outros amigos.
- Estava indo lá em casa? Mas não me disse nada.
- Queria fazer surpresa. - responde sem graça.
- Já pediram? - Danilo pergunta tentando não prestar atenção no assunto do casalzinho.
- Não, estavamos esperando por vocês. - Anthony fala. - Ah, sou Anthony, amigo de infância de Mari.
- Prazer. - se cumprimentam com um aperto de mãos, e Sam faz o mesmo.
- Kate. - Pedro cochicha no ouvido dela, que o olha. - Podemos conversar?
- Depois. - se levanta e se senta ao lado do seu irmão Kaio. - Ninguém chamou o Matheus?
- Na verdade não chamamos o Matheus, nem o Pedro e nem o Danilo. - Mari é sincera e as amigas seguram o riso olhando a cara de Pedro e Danilo.
- Nem eu, né, Mari? - Kaio se pronuncia aliviando o clima.
- Mas você é sempre bem vindo! - ela resolve provocar, mas agora os garotos ficam sem graça em vez de bravos.
- Melhor pedirmos. - Samantha fala balançando a cabeça negativamente pra amiga.
- Bom, eu não vou pedir, vou embora. - Pedro se pronuncia.
- Ué, por quê? - Anthony pergunta.
- Não sou bem vindo, certo, Mari? - brinca com ela que ri. - Não, sério! Eu vou dar uma caminhada, precisando de ar. - se levanta. - Tchau. - todos responde de volta, Kate  o olha triste vendo sair da lanchonete.
- Gata, vai atrás do seu bofe! - Anthony opina no segundo que Pedro sai.
- O que? - Kate fica sem graça.
- Vai logo atrás dele. - Danilo fala sério. - A gente sabe que é o que quer fazer. - a encara e ela se levanta.
- Está bem. - sai da lanchonete sem saber se estava fazendo o certo.

Kate estava confusa, ela adora Pedro, mas estava começando a ficar cansada com a indiferença dele na frente de Danilo, mas Mari tinha razão para ele devia ser difícil magoar o amigo. Foi caminhando sem direção, sem saber onde ele teria ido, então quando se deu conta estava na praia.

- Kate! - ouviu alguém gritar seu nome, virou-se e viu Pedro se aproximando.
- O que ia fazer lá em casa? - ele para de frente para ela.
- Fazer com que me desculpasse. - ela sorri involuntariamente, mas logo esconde.
- Você está me enlouquencendo, sabia? O que quer de mim?
- Desculpa, mas é difícil pra mim.
- O jeito que você me olha deixa muito claro sua intenção. Mas só querer é muito fácil, tem que ter coragem e tomar decisão. Sabe que eu tô afim e o jogo agora está na sua mão. Está fugindo de que?
- Você é minha perdição. - puxa a cintura dela pra perto de si e a beija, dessa vez um beijo lento e intenso.
- Você... - fala ainda de olhos fechados quando cessam o beijo, ele sorri.
- Eu quero estar com você.
- Está me pedindo em namoro? - ela brinca, agora já com os olhos abertos e ele ri.
- Achei que você não namorasse.
- Mas isso não te impende de querer isso.
- Verdade. - morde os lábios a olhando nos olhos. - Quero qualquer coisa com você, com tanto que eu possa te beijar. - beija a bochecha dela, o pescoço, a testa, e finaliza com um selinho.
- Estou muito apaixonada, sabia?
- Eu também. - a abraça forte, depois a pega no colo.
- O que está fazendo? - ela não se segura e dá uma gargalha, ele corre com ela no colo em direção ao mar. - Pedro, não! Seu maluco! - ela mal terminou de gritar e já estavam dentro da água. - Eu vou te matar! -  começa a jogar água nele que faz o mesmo. Pedro a puxa pela cintura e a beija novamente.


Enquanto isso na lanchonete...

- Amanhã vou sair com o Matheus.
- Você e o Matheus, nunca imaginaria. - Mari ri.
- Muito menos eu! - olha pra Kaio e Anthony no maior papo e cochicha com a amiga. - Estão bem introsados,né?
- Será que o Kaio também... A você sabe? - Mari também cochicha, e Danilo cochicha acompanhando o assunto delas.
- Isso só no próximo capítulo pra saber. - elas riem.
- Será que Kate achou Pedro? - Samantha volta a falar em tom normal.
- Aposto que sim. - Danilo dá de ombros.
- Está tudo bem pra você, Danilo?
- Ah, Mari, tem que estar. Aprendendo a ser forte com você. - ela sorri pelo elogio dele.


Domingo amanhece ensolarado e Samantha se arruma para um passeio com Matheus, que chega na hora marcada.

- Pontual!
- Um lorde nunca se atrasa! - ele brinca e pisca pra ela que ri.
- Adoro seu senso de humor!
- E eu adoro esses seus olhos cor de mar.
- Humm, filosofando! - agora ela que brinca.
- Como eu odeio essas pessoas apaixonadinhas! Vão logo! - Danilo reclama da melação sentando na escada.
- Não liga não. Hoje ele está de mau humor.
- De boa, docinho de cocô! - Danilo dá uma gargalhada da escada.
- Docinho de cocô, sério? - Sam ri do comentário do irmão.
- Meu amigo, se contagie com o amor, ele está no ar!
- Vamos, vai, filósofo! - Sam pega na mão de Matheus saindo da sala, e ele manda beijo no ar pro irmão dela, os três riem dessa atitude. De repente a caminha toca.
- O que esqueceram? - Danilo abre a porta reclamando achando que era sua irmã e amigo, mas era Mari. - Mari? Oi.
- Oi. - ela fala sem graça.
- Sua irmã está aí?
- Ela saiu com o Matheus.
- Ah, é verdade! - bate a mão na cabeça. - Como fui esquecer. Valeu, tchau. - já ia se virando pra ir embora, quando ele segura em sua mão a fazendo olhá-lo nos olhos.
- Você está bem?
- Estou. - tenta esconder a tristeza dos olhos.
- Não está não. Seus olhos estão vermelhos. Não quer conversar?
- Desculpa, mas acho que você é a última pessoa que quero conversar.
- Esquece por um segundo que se declarou pra mim e que eu... - busca por uma palavra, e ela se adianta.
- Rejeitou?
- Esquece isso! Deixa eu te ajudar. - ela o olha em dúvida. - Por favor.
- Está bem. - ele faz sinal para que ela entre e os dois se sentam no sofá.
- Vai me conta, o que houve?


CONTINUA...




quinta-feira, 14 de setembro de 2017

AMIZADE, LANCE E ROMANCE! ( Parte 5)

- Oxi! Chegou cedo! - Danilo estranha a pontualidade de Matheus.
- Vim jogar video-game antes da festa começar. - os dois se jogam no sofá com os controles nas mãos, a campainha toca, eles nem ligam, Sam desce as escadas reclamando da folga de seu irmão.
- Não ouviu a campainha não? Tocou umas três vezes. - eles nem a olham, ela abre a porta.
- UAU! - Pedro diz simplismente quando a vê, ela sorri pelo elogio e também porque nota que ele a observa de cima em baixo. - Está uma gata!
- Obrigada. - ela vestia uma sai preta de couro, uma blusinha branca bem colada no corpo mostrando sua barriga definida. Os cabelos curtos e loiros lisos e soltos, os olhos azuis bem marcados com lápis de olho; por fim um salto mediano.
- Vem jogar, Pedro! - Danilo chama do sofá e Matheus se vira para falar com o primo, mas paralisa ao ver Sam.
- Caraca! Porque não me falou que sua irmã é uma gata, Danilo?
- Que? - ele não entende a pergunta do amigo, e também se vira para a porta. - Oou! Caprichou, maninha!
- Ok! Agora estão me deixando constrangida! - sorri sem graça com o olhar dos três nela.
- Oi! - Kate e Mari chegam cumprimentando já que a porta continuava aberta.
Kate em um vestido azul, com um decote generoso e sandálias pretas. Os cabelos loiros presos na metade e lisos. Mari em uma blusinha verde esmeralda tomara-que-caia e uma minissaia jeans deixando suas pernas malhadas a mostra. Seus cabelos castanhos-claro e compridos soltos.
- Vocês estão lindas! - Pedro elogia.
- Estão mesmo! - Danilo concorda.
- Verdade, mas é a Sam que está de tirar o folêgo! - Matheus é franco. Os outros alunos vão chegando, muita música, diversão, a festa era um sucesso.
- Acho que meu irmão está interessado na sua irmã, Danilo! - Kate afirma vendo Sam e Kaio super introsados na pista de dança improvisada na copa.
- Seu irmão é gente boa?
- Eu acho! - ela ri da pergunta dele.
- Ah! Você me entendeu... - fala rindo da brincadeira dela de desentendida, e nota que o clima tenso havia cessado.
- Nunca vi ele namorando, mas também não é nenhum galinha.
- Mas, cara, Você nem sabe se a Sam está interessada nele. - Pedro opina.
- Verdade! Talvez eu tenha uma chance! - Matheus se pronuncia.
- Ué! Não é você que curte mulheres mais velhas? - Danilo questiona o amigo estranhando o interesse repentino dele na sua irmã.
- Eu gosto é de mulheres!
- Olha o cara gamou na sua irmã! - Pedro faz piada.
- Não machucando ela está tudo certo!
- Então você é um irmão protetor? Que fofo! - Kate fala de maneira sensual e pegando no ombro de Danilo na tentativa de deixar Pedro enciumado.
- Vocês vão ficar a festa toda nesse sofá? - Sam se aproxima dos amigos acompanhada de Kaio.
- Podemos dançar juntos! - Matheus diz olhando dentro dos olhos dela, e os amigos Kate, Danilo e Pedro sorriem achando graça.
- Ué, cadê a Mari? - todos a procurando com os olhos pela festa. - Dan, vovcê bem que podia ir atrás dela pra mim, né?
- Eu? Mais por quê? - ele não entende o pedido.
- Você é o dono da casa, oras!
- E você também! - ele fala pausadamente.
- Danilo, faz esse favor para sua irmã, seja um docinho como sempre! - Kate pede para ele  tentando ajudar no plano de Sam.
- Está bem! Não entendi absolutamente nada, mas... Ok! - se levanta e vai atrá da menina. Pedro nota que Kate e Sam piscam uma para outra.
- Ué! Por que piscaram?
- Nada demais! Coisa de meninas! - Sam diz.
- Vamos voltar a dançar? - Kaio a chama segurando em sua cintura, mas Matheus levanta-se rápido puxando-a pelo lado esquerdo em sua cintura também.
- Minha vez de ter a honra da companhia dessa doce mileide! - todos riram da maneira como ele falou, inclusive Kaio.
- Tudo bem, Lorde Matheus! - brincou e Matheus fez careta, mas puxou Sam para pista de dança com ele.
- Maninho, pega um ponche pra mim, por favor. - Kate pede a Kaio que percebe seus motivos, então vai sem reclamar, afinal não queria ficar de vela. - Gostando da festa, Pedro?
- Claro e você? - olha para ela.
- Especialmente agora! - coloca a mão na coxa dele é também o olha.
- Você não é nada fácil, em senhorita James? - ele abre um lindo sorriso para ela aprovando suas atitudes, e coloca também a mão na coxa dela.
- Assim como você! - sorri vendo ele investindo nela. - Tão escorregadio!
- Eu?
- Claro! Acho que está fugindo de mim! - afirmou na espectativa que ele negasse.
- Não fujo de lindas garotas, você está enganada! - pisca pra ela.
- Passou todos os dias dessa semana ocupado a noite. - sua voz saiu baixa e fina, fingindo desapontamento, ele sorri do teatro dela.
- Você sabe que prometi a Sam ajudá-la nos treinos, e também agora estou livre, leve e solto! - ela ri dele.
- Soltinho, né? - se aproxima dele no sofá.
- Aran! - passa a mão direita e desocupada pela bochecha dela. - Faz um tempo que te olho e ... - ele para de falar pensativo, o coração dela acelera.
- E...?
- Só consigo pensar em fazer uma coisa!
- O que? - ela fecha os olhos, ele sorri vendo-a ofegante, fecha os olhos se aproxima lentamente de seus lábios, mas se esquiva beijando o pescoço dela, ela arrepia, e depois ele cochicha em seu ouvido.
- Vamos  para um lugar mais tranquilo? - ela confirma com um gesto de balançar a cabeça, os dois se levantam com as mãos entrelaçadas e caminham para o jardim na frente da casa, onde não tinha ninguém.
- Eu gosto muito de você. - Kate diz olhando nos olhos de Pedro, os dois estavam encostados na parede da casa, um de frente para o outro e próximos o suficiente para sentirem borboletas no estômago.
- Eu também gosto muito de você. - sorri para ela que faz o mesmo. - Por que gosta de mim?
- Como assim? - ela tenta entender o que ele queria saber.
- Todas as garotas sempre olham primeiro para o Danilo, e às vezes para o Matheus...  - ela coloca seu dedo indicador encostando nos lábios dele o interrompendo.
- Destino explica. - ele franzi a testa e ela sorri. - Meu coração acelerou com seu olhar, o papo fluiu, você me fez sorrir e notar o lado bom das coisas, tudo em apenas um encontro... - ela abre a boca indecisa se continua a abrir seu coração ou não. - Sua pele quando na minha me deixa eletrizada, e desde que fomos a praia fico pensando em você.
- Nossa! Nunca ninguém me disse palavras parecidas. - ela sorri sem mostrar os dentes, mas não sem graça, de forma angelical. - Tenho que concordar.
- Com o que? - ela ri e ele também notando que falou algo aleatório.
- Com a gente tudo acontece naturalmente. - ele acaricia a bochecha dela a fazendo fechar os olhos novamente, os corações se aceleram, ele se aproxima lentamente, encosta os lábios nos dela sentindo-se sortudo por poder beijá-la. O beijo começa devagar com leveza e muita apreciação, mas começa a esquentar e se torna mais rápido mostrando todo o desejo que tinham um pelo outro, os lábios se afastam quando tudo volta a ficar mais lento, os olhos se abrem e se encontram. - Eu não tinha certeza, mas  você é realmente perfeita. - ela sorri extremamente contente pelo momento que estava vivendo juntos. - Eu sinto o mesmo que você disse. - beija a testa dela.

Enquanto isso, Danilo procurava por Mari, olhou pela casa toda e nada dela, até que resolveu olhar nos quartos.

- Mari? - vê uma garota sentada de costas para porta em sua cama, então ela se vira.
- Danilo?
- O que faz no meu quarto? E sozinha? - ele fecha a porta atrás de si e caminha até a menina buscando no olhar dela respostas.
- Esperando por você? - ele se surpreende, e ela sorri para ele.
- Como assim?
- Senta aqui. - passa a mão na cama ao seu lado, ele senta, sua curiosidade era maior que tudo.
- Por que estava me esperando?
- Porque eu... - faz uma pausa pensativa e ele continua a encarando. - Acho que esperei demais para tomar uma iniciativa.
- Olha, eu não estou te entendendo... - fala cautelosamente, ela pega na mão dele, e rapidamente como quem toma coragem lhe dá um selinho. - É... - Danilo tenta assimilar aquele momento, e seu rosto demonstrava toda sua surpresa, mas não era claro se ele havia gostado ou não, por isso Mari teve medo do que aconteceria a seguir. - Mari, eu não gosto de você dessa forma... - ela o interrompe não querendo ouvir mais palavras de rejeição.
- Você gosta da Kate. - olha para o chão envergonhada, e ele sente-se mal por ela, pega na sua mão, mas ela solta e levanta-se. - Tudo bem, não precisa ter pena de mim.
- Não é isso.
- É sim. - caminha até a porta e ele a segue com o olhar. - Desculpa por isso. Esquece que aconteceu, por favor. - sai do quarto o deixando sozinho, põe a mão na boca.
- Ouu! Que loucura! - levanta-se,  sai do quarto também, desce as escadas, a vê no sofá com sua irmã, estava chorosa, resolve tomar um ar no jardim, quando passa pela porta vê Pedro e Kate se beijando, paralisa, sente seu coração se destruindo. Abre a boca para falar algo, mas não consegue dizer nada, e nem mesmo se mexer. Kate e Pedro cessam o beijo e veem Danilo.
- Dan. - Pedro fala sem jeito.
- Já estou indo. - é tudo que Cohen consegue dizer antes de se mexer para longe dali.
- Eu devo ir atrás dele? - pergunta para Kate sabendo o que gostaria de fazer.
- Acho melhor dar espaço, depois vocês conversam. - segura a mão dele o acalmando.
- Talvez seja. - ela o abraça vendo sua preocupação. - Melhor voltarmos lá para dentro com o pessoal. - solta-se do abraço e entram, mas dessa vez ele não segura sua mão.
- Onde vocês estavam? - Sam pergunta vendo os dois entrando pela porta da sala.
- Eu vou embora, amiga. - Mari fala tirando a atenção de Kate e Pedro.
- Tem certeza? - Sam pergunta preocupada com a amiga, que estava com os olhos cheios de lágrimas.
- É melhor. - se levanta do sofá.
- Eu te levo se quiser. - Pedro oferece vendo que a menina estava muito mal.
- Obrigada, mas não quero atrapalhar.
- Eu vou com você. - Kate se pronuncia, pega a mão da amiga antes que ela possa negar. - Tchau, gente. - saem rapidamente após todos dizerem "tchau".
- Lá se foi minha carona. - Kaio diz.
- Cara, eu te dou uma carona. - Matheus oferece e Kaio concorda.

A festa dura ainda por um bom tempo, mas Pedro passou o resto dela sentado no sofá vendo Sam se divertindo na pista de dança ora com Matheus, ora com Kaio, Danilo sumiu. Quando todos foram embora, Pedro ajudou Sam arrumar as coisas.

- Pode ir para casa, amanhã eu termino. - Sam diz sentando-se no sofá exausta.
- Sam. - ele se senta ao lado dela. Ela resmunga respondendo o chamado dele. - Arrasou na pista de dança vai se dar bem no teste das líderes com certeza.
- Tive um ótimo professor. - ela levanta o rosto do sofá e sorri para ele que faz o mesmo.
- Acho que fiz merda. - diz simplismente.
- Somos adolescentes, sempre fazemos merda. - ela tenta consolá-lo.
- Eu não consegui evitar, foi mais forte do que eu, e ainda é. - ela pega a mão dele e acaricia.
- Se é dessa forma, não se culpe. Se o sentimento te guiou é porque tinha que acontecer.
- Obrigado, Sam. - sorri para ela. - Você sempre sabe o que me dizer.
- Pode sempre contar comigo. - ele a abraça forte.
- E você comigo, sempre. - se soltam do abraço lentamente e se encaram.
- Você é um cara incrível, então não se sinta nem por um minuto menos que isso.
- Você também é incrível! - ele acaricia o nariz dela de forma carinhosa e inocente, mas ela se aproxima dele o deixando desconfortável. - Vou ver como está o Danilo. - se levanta, sobe as escadas e ela fica o observando até sumir pelos corredores. Ele caminha até o quarto do amigo, bate na porta e a abre. - Dan?
- Cara, nos falamos amanhã. - Danilo fala abafadamente debaixo do cobertor.
- Mas, eu... - o interrompe um tanto grosseiro.
- Amanhã, Pedro!



CONTINUA....

terça-feira, 12 de setembro de 2017

AMIZADE, LANCE E ROMANCE! ( Parte 4)


No segundo ano Pedro tenta sondar o terreno.

- E aí, cara?
- Sério que vai começar a conversa assim? - Danilo se mostra sério e Pedro fica sem palavras.
- Começaria como? - Pedro questiona na simplicidade.
- Você sabe que eu te vi com a Kate, como pode estar namorando ela?
- Não estou namorando ninguém!
- Mas ela disse que vocês têm um lance sério! - Danilo fica confuso.
- Olha cara, eu conheci ela ontem, e eu te contei, nunca ia imaginar que era a sua Deusa, pra dizer a verdade eu curti muito ela, não só a beleza, porque claro, ela é linda...
- Uma deusa! - o corrige.
- Enfim! Mas o que eu mais gostei nela foi do papo, a sintonia. Quando soube que a minha Kate também era sua Kate, não continuei. - Danilo fica em silêncio assimilando tudo, até que resolve se manifestar.
- O que tinha pra continuar?
- Um beijo. - encara o chão.
- Cara! Eu queria lutar por ela, mas não quero perder sua amizade.
- Então lute!
- Ué! Tudo bem? - Danilo não compreende o amigo.
- Eu vou deixar acontecer, se rolar é destino se não... Bom, não era pra ser. Agora se você precisa lutar, ok por mim! - dá de ombros.
- Beleza então! Sem ressentimentos?
- Somos garotos, não garotas! - fala como se fosse óbvio.
- E aí firmeza?! - Matheus se aproxima dos dois que o cumprimentam de volta. - Qual as novas?
- Nada demais. - diz Pedro.
- E aquela treta toda?
- Ele sabia antes de mim? - Danilo não gosta muito disso.
- Ah, quando eu descobri precisava conversar.
- E por que não falou comigo?
- Xii, outra treta! - Matheus pensa alto, mas os dois amigos nem o ouvem.
- Por que... Ah sei lá, manow! Não sabia como contar.
- Pedro, nós nunca tivemos segredos.
- E não temos! - se encaram sérios.
- Agora conta as coisas par ao Matheus, é isso?
- Eu sempre conto as coisas para ele, assim como vocês.
- É, véi! Somos nós três amigos - Matheus se intromente tentando amenizar a situação tensa.
- Isso é. - Danilo concorda com Matheus.
- Beleza, então mais tarde vamos ensaiar?
- Ah, Pedro, melhor não, precisamos encontrar um tecladista antes. - Danilo responde.


Mais tarde no pátio no horário do almoço.

- Todos os detalhes prontos! - Mari diz assim que faz um rabisco no caderno.
- Dia? - Sam pergunta como se não soubesse e Kate ri da brincadeira das duas.
- Sexta!
-  Decoração, ok?
- Ok!
- Comida?
- Ok!
- Ei! E a bebida? - Kate se intromente na checagem delas.
- MAAAANOW! Esquecemos a bebida. a festa ia ser um verdadeiro fiasco. - Sam e Kate riem do desespero de Mari.
-  Relaxa, eu faço essa parte! - James se prontifica e as duas aceitam.
- Agora é só escolhermos nossas roupas! - Mari fala pensativa. - Shopping amanhã depois da aula?
- Por mim, ótimo!
- Eu não sei.
- Oxi, por quê? - Mari estranha a resposta de Sam.
- É que estou treinando para entrar nas líderes, lembra?
- Ah é verdade. - dá de ombros e Kate se interessa.
- Que legal, minha mãe era capitã das líderes.
- E você nunca foi?
- Não, Mari! Essa história de estarmos sempre nos mudando só dava tempo dos ensaios, mas apresentar mesmo nos jogos, nunca rolou.
- Que pena! Eu sou desde.... Sempre, mas a Sam resolveu tentar esse ano.
- É, eu sempre fui muito moleca, e preferia jogar futebol com meu irmão e o Pedro. - o sinal toca antes que possam fazer qualquer comentário. - Vamos pra aula extra?
- A única que temos juntas. - Mari completa já se levantando com as outras em seu alcance.
A escola proporcionava aulas extras após o horário, e elas eram distribuídas conforme o perfil de cada aluno, na verdade eram mais como oficinas, bastante prático. Por uma incrível ou não, conhecidência, a aula de PCT era algo que Danilo, Pedro, Matheus, Kaio, Samantha, Mari e Kate tinham em comum.
- Que Deusa! - Matheus suspira na porta da sala fazendo com que Danilo esbarre nele, e como um efeito dominó, Pedro esbarra em Danilo.
- Que Deusa? - Danilo pegunta pegando os materias dos três no chão.
- Vocês e essa história de deusa. - Pedro reclama notando um corte na testa por na hora do esbarrão ter batido a cabeça no batente da porta.
- Vocês vão ficar parados na porta mesmo? - Uma garota ruiva chamada Larissa  fala grosseiramente. Os três fazem cara feia para ela e entram, em seguida Kate, Sam e Mari chegam também se sentando.
- Boa tarde, pessoal! Eu sou a professora Grazi. Nessa oficina veremos muita poesia, cantaremos muitooooo, e  atuaremos sempre. Bem-vindos!Ah!, faremos muitos grupos, trios e duplas. Para começar vocês serão separados em duplas.
- Legal, sobrei! - Pedro fala vendo Matheus e Danilo ajeitando as carteiras.
- Qual seu nome? - a professora sorri para ele.
- Pedro Daves.
- Daves, fica tranquilo, vocês irão tirar as duplas em um sorteio. - todos os alunos fazem um ruído em reclamação. - Meninos, façam uma fila, peguem um papel e leiam o nome da sua dupla em voz alta e podem se sentar juntos.
- Samantha. - Kaio lê o nome em voz alta, ela acena e seguem para as mesas.
- Mariana. - Pedro lê e vê Kate bufando, sorri achando legal ela se incomodar com aquilo.
- Kate. - Danilo lê sem muito animo até que perceber o que está lendo e abre um enorme sorriso para ela que fica sem graça.
- Por que foi tirar o meu nome, véi! - Mari fala pra Pedro.
- Como eu poderia saber que era seu nome?
- Devia saber. Cadê sua sintonia com o universo?
- Oi? - ele não entende nada, e ela fica de cara feia pra ele.
- Profê! Estou sem dupla.
- Você faz o exercício comigo hoje, Matheus.
- Opa! - ela comemora baixinho.
Todos se organizam, e a professora explica que terão que criar um poema em duas aulas, e na terceira apresentar.
- Você escreve? - Kaio pergunta puxando assunto.
- Sim, gosto muito, e você? - Sam responde simpática.
- Também.
- Ótimo faremos uma bela dupla.
- Você é amiga da minha irmã Kate, né?
- Sou sim. Não sabia que ela tinha um irmão.
- Ela não fala muito de mim.
- Por quê?
- Bom, ela não fala muito. Misteriosa! - ela sorri para ele, e Danilo logo vê e comenta com Pedro que está sentando na frente.
- Quem é esse cara?
- Que cara?
- Aquele que deixou minha irmã sorridente.
- Ah, é o irmão da Kate!
- Seu irmão? - se vira pra Kate.
- Sim. Somos gêmeos.
- Legal! - Pedro volta a olhar para frente.
- Eu sei que começamos com o pé esquerdo, muita pressão, mas eu gostaria que começassemos de novo.
- Claro. - Kate concorda.
- Você escreve?
- Razoavelmente, e você?
- Músicas.
- Que legal, posso ver alguma?
- Peraí - pega sua pasta de composições, entrega para ela que começa a ler atenta.
- Nossa! Você escreve muito bem. - ele sorri bobo a observando, e Mari sentada na frente bufa ouvindo o papo.

Nessa primeira aula não decidiram muito sobre os poemas que escreveriam, mas tiveram muitas ideias.

- Mari, qual é não precisa me odiar, a culpa não foi minha. - Pedro resmunga.
- Está bem, desculpa. Prometo melhorar o humor. - Kate se aproxima com Danilo ao seu lado.
- Estão afim de tomar um sorvete com a gente? - ela encara Pedro.
- Não vai dar, Kate.
- Ué cara, por quê? - Danilo questiona.
- Vamos para o treino? - Sam se aproxima chamando Pedro.
- Estou ajudando a Sam com o treino de Líderes.
- Então vamos! - Sam afirma e se afastam.
- Eu ouvi falar em sorvete? - Matheus chega no meio da conversa.
- Ouviu sim. - Mari responde. - Quer ir?
- Não sou muito fã, mas podiamos chamar a professora, né?
- Oi? - Danilo ri do amigo. - Está louco?
- Por quê?
- Hum, porque ela é mais velha, formada, e nunca olharia para um pivete do ensino médio.
- Eu tenho meu charme.
- Ok, garanhão, mas sem professora dessa vez. - Mari diz puxando ele para andar com eles.
- Está tudo bem, Kate? - Danilo pergunta vendo-a um pouco distante.
- Está sim. - ela responde fingindo não estar com ciúmes do tal treino.

A quadra da escola era bem bacana e ficava vazia depois do horário das aulas extras.

- Esquerda, direita. - Pedro ordenava enquanto Sam obedecia. - Giro. Levanta a perna direita. Animação.Giro duplo. Não, não é assim.
- Como é então? - diz um pouco cansada e ofegante.
-  Tipo assim. - faz o giro duplo para mostrar pra ela.
- Assim. - ela tenta.
- Quase isso! Tenta de novo. - ela tenta novamente e consegue.
- Muito bom.  - bate palmas. - Vai pegar essa vaga com certeza.
- Ah, não sei, preciso ser sexy, elástica e animada.
- Voce já é tudo isso. - ela sorri imaginando que ele a acha sexy.
- Até sexy?
- É.... - fica sem graça e muda de assunto. - Olha a hora! Passou rápido! Melhor irmos.
- Claro. - pega a mochila do lado da arquibancada. - Posso tomar um banho?
- Ok. Te espero aqui.
- Não demoro. - ela caminha para o vestiario e ele pega o celular para jogar enquanto espera, mas uma mesnagem chega.

"E aí treinador, na boa?"
" Na boa, senhorita James. E você?"
" Melhor agora. Ainda na escola? "
" Me vigiando?"
"Na verdade pensando em te sequestrar"
"Praia?"
"Pode ser"
"Beleza, assim que eu chegar em casa combino melhor!"

- Ahaaaaaa! - ele ouve o grito de Sam e se preocupa, vai até o vestiário feminino de olhos fechando e chamando por ela.
- Sam? está tudo bem?  Sam?
- Meu Deus! - ela corre na direção dele enrolada em uma toalha branca, e ele abre os olhos após o outro grito dela.
- O que houve? - os dois caem no chão  derrubando a toalha dela no rosto dele.
- Eu sou muito corajosa, mas tme um bicho enorme lá dentro.. - puxa a toalha do rosto dele rapidamente e se enrola novamente, o ajuda a levantar-se.
- Que tipo de bicho?
- Um rato nojento. - os dois se olham - Minhas coisas estão lá dentro.
- Ok, vou lá pegar, fica aqui. - ele estufa o peito e entra, mata o rato e pega as coisas da menina.
- Obrigada por estar me ajudando com os treinos. - ela agradece quando estava quase chegando na frente da casa dela.
- Não me agradeça, você não sabe o que pedirei em troca. - brinca e ela sorri.
- Você não é um cara mal, eu sei.  - beija a bochecha dele. - Tchau.
- Tchau. - os dois entram em suas casas.

" Você demorou muito, e hoje meus pais por um milagre estão em casa"
" Desculpa, tive uns imprevistos com a Sam"
" Imprevistos?"
"Sim. Então boa noite"
" Boa noite, até amanhã"

As meninas convencem Matheus a ir na festa delas, divulgam durante a semana, e finalmente chega sexta-feira, o dia da festa.



CONTINUA....

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

AMIZADE, LANCE E ROMANCE! ( PARTE 3)

- Tenho uma boa e uma má notícia, qual quer primeiro? - Sam deita na cama da amiga, que se arruma em pé  de frente para o espelho do guarda roupa.
- A Boa! Não, não! A ruim primeiro. Ain, sei lá, conta como quiser.
- Hahaha! Você me mata.
- EU? Você que vem com esse papo tenso logo cedo. Falando nisso, o que faz aqui tão cedo, você sempre vai para escola com o seu irmão. - olha pra amiga desconfiada.
- Eu precisava te contar isso aqui, pois eu te conheço e você adora um bafão!
- Que calunia! - se faz de ofendida e as duas caem na gargalhada.
- Bom, a notícia ruim é que você estava certa sobre a Kate, meu irmão está gamadinho nela.
- What? Só faz um dia que ela chegou na escola.
- E a boa notícia é que falei de você pra ele, e... Ele disse nunca ter pensado em você como um lance ou romance, disse que ia te observar mais.
- O que? Manow, e você me avisa isso agora?
- Ué, qual o problema?
- Eu poderia ter me vestido como uma atriz de cinema, e estou vestida como um estudante normal e sem graça.
- Atriz de cinema para ir a escola?
- Seu irmão só me vê na escola, aonde mais eu poderia mostrar minha beleza?
- É, você tem razão.  - as duas se olham sentindo-se frustradas. - E se a gente der uma festa?
- Festa? Ótima ideia, mas...
- Mas o que?
- Não somos populares, ninguém vai a nossa festa.
- MAAAS, se a gente chamar um convidado popular, tudo pode mudar.
- E quem seria?
- Matheus Daves.
- E como vai fazer ele vir? - ainda não estava animada com a ideia.
- Ele é primo do Pedro.
- Festa! - começa a fazer uma dancinha da vitória e Samantha a acompanha.
-  Mariana, está atrasada para escola! - a mãe da menina grita da cozinha, fazendo com que as amigas parem imediatamente a dancinha, peguem suas bolsas e corram direto para escola.
- Pelo amor de Deus, não vai tratar a menina mal, ela nem sabe que o Danilo está louco por ela.
- Ok, Sam, fica tranquila. Eu sou discreta! - se aproximam de Kate.
- Oi, meninas!
- O que eu te disse sobre ficar longe do Danilo? - Mari dispara, e Kate não entende nada.
- Oi? Não sei nem quem é ele!
- Muito bom saber! Ele está apaixonado por você. Mas, fique sabendo que... - Kate interrompe confusa.
- Como assim está apaixonado por mim? Ele nem me conhece!
- Bom, na verdade, ele conhece sim. - Sam finalmente fala.
- Explica isso melhor.
- Ele te viu em algum show, sei lá. Se apaixonou, só pensa em você há dias.
- Que bizarro! - Kate olha para Mariana. - É só uma paixão platônica, vai passar logo. Vou evitá-lo até lá! Fica tranquila. - Danilo se aproxima.
- Olá, meninas! Sou o Cohen, e você deve ser a James, certo? - beija a mão de Kate todo galanteador.
- Oi, Cohen. - ela responde sem graça. - Bom, eu na verdade preciso ir!
- Ir pra onde, temos aula agora? - Sam pergunta interessada.
- Preciso resolver uma parada com... - todos os três a encaram. - Meu namorado.
- Você tem namorado? - Danilo pergunta diretamente, e as meninas se olham tentando entender.
- Ainda não, mas temos um lance sério. Bom, nos vemos. Tchau! - se afasta fugindo deles.
- Como é que a garota chega ontem e já tem um lance sério com alguém? - Mari diz incrédula.
- Também gostaria de saber. - Danilo fala tristinho.
- Ei, espera! - Sam muda seu tom de voz sempre suave para um tom agressivo. - Ela está falando com o Pedro? Ele é o lance sério dela?
- O que ? - Danilo olha desapontado, e Pedro nota os olhares dos amigos nele.
- Essa vida está mesmo um polígono amoroso! - Mari afirma, fazendo os irmão Cohen a olharem.
- Vou pra aula! Depois eu falo com ele. - Danilo avisa e sai.
- Que vaca!
- Eu te disse que ela entrar na escola era uma droga! - Mari se gaba por estar certa sobre Kate. - Ei, espera aí! Você é afim do Pedro?
- Eu? Claro que não! Só estou indignada por ela estar de lance com o melhor amigo do meu irmão. Poxa, com tanto homem no mundo!
- Ok, mas ela também não tinha como saber.
- Agora está defendendo ela? - seu olhar era de raiva, e até mesmo Mari sua melhor amiga ficou com medo, sabia que Sam era afim de Pedro, no entanto achou melhor não comentar sobre isso naquele momento.

Enquanto isso, do outro lado do pátio Pedro e Kate conversavam.

- Preciso falar com você. - ela chega seria até ele.
- Ué, o que foi?
- Me salva, aquele menino com a Sam e a Mari, está apaixonado por mim, e a Mari me arrebenta se eu trocar duas palavras com ele. Falei que ia conversar com meu futuro namorado. - Pedro engasga com a água que tomava assim que ela fala " namorado". Então sente o olhar dos amigos na direção deles.
- Não! Não! - põe a mão na cabeça. - Ele vai me matar.
- Ahã? - ela não entende nada.
- Acho que esse futuro namoro é uma verdadeira avalanche. - ela dá risada da comparação dele.
- Então acho que já não é mais um lance e sim um romance.
- Meu melhor amigo é o irmão da Sam.
- O cara que é apaixonado por mim?
- Isso. - ela fica séria. - E foi ele quem me ligou quando quase nos,... Bom você sabe. Dizendo que a garota pela qual ele passou o verão todo sonhando acordado era você, só então eu soube.
- E agora? - ela pergunta com medo da resposta.
- Agora vou pra aula e ver se ele fala comigo depois de nos ver no pátio juntos.
- Beleza. - os dois sorriem sem mostrar os dentes e se afastam um pouco. - Pedro!
- Oi. - se vira de frente pra ela, mas ainda distante.
- Nos vemos?
- Não sei se seria bom.
- Nos falamos então?
- Você tem meu número. - volta a anda na direção de sua sala.

Kate vai para sala e para sua surpresa Mari a recebe de bom humor e Samantha mal a olha.

- Já beijou o Pedro?
- Que isso, Mari? - Samantha repreende amiga.
- Vai me dizer que é afim do Pedro também, Mari?
- Não! Só tenho olhos para o Danilo! Era curiosidade.
- Gosto do Pedro, mas parece que me meti em algo complicado. - fala com tristeza.
- Romance é sempre complicado. - Mari fica com dó dá tristeza de James.
- Sempre digo isso! - Kate se surpreende por seus pensamentos batarem com os de Mari.
- Se está complicado melhor partir para outra!
- Eu gosto de lutar pelo que quero, Sam! - Kate fala para provocar realmente, pois nota que Sam está mordida de ciúmes.
- Vale a pena destruir uma amizade por algo que nem começou?
- Uma amizade verdadeira não termina por uma bobagem dessas!
- Estão filósofas, Hem! - Mari afirma tentando finalizar a discussão.

No segundo ano Pedro tenta sondar o terreno.

- E aí, cara?
- Sério que vai começar a conversa assim? - Danilo se mostra sério e Pedro fica sem palavras.


CONTINUA...

AMIZADE, LANCE E ROMANCE! ( PARTE 2)

O visor do celular mostra um número desconhecido, Pedro pensa em não atender por não saber quem é, mas resolve atender, talvez seja algo sério.

- Alô!
- Pedro?
- Sim, quem é?
- Sou eu a Kate.
- Que? Kate?
- Lembra de mim?
- Claro, mas como é que conseguiu meu celular? - seu coração estava disparado, e o dela também.
- Tenho meus contatos!
- Lá vem você com esse mistério todo!
- Você não gosta de garotas misteriosas?
- Nunca parei para pensar nisso, acho que sim.
- Está ocupado?
- Não, por quê?
- Afim de uma volta na praia?
- Agora?
- Sim! - ela torce para que ele aceite, e ele finge estar pensando em aceitar, quando na verdade não saberia dizer não para ela.
- Hum... Beleza!
- Passa aqui em casa para irmos juntos?
- Claro, onde você mora?
- Vou te mandar o endereço por mensagem, te espero.
- Ok, tcha.. É... beijo. - fala sem graça e ela gargalha do outro lado da linha.
- Beijo.

Desligam  a ligação. Pedro sente borboletas no estomâgo enquanto toma banho e troca de roupa para encontrá-la. Seu pai era bem severo com relação a horários, em que lugares ele vai e com quem vai, por isso ele sabia que precisava de álibi para sair com Kate, logo pensou em Danilo, mas seu pai desconfiaria, afinal eles eram vizinhos, e seu pai poderia resolver chamá-lo a qualquer momento para dormir, então só restava ligar para seu primo Matheus.

- E aí brow! Tudo em cima? - Matheus atende o telefone animado.
- Belezinha, e você?
- Tudo na boa!
- Cara! Preciso de um favor, um favorzão!
- Fala aí! - Seu primo estranha o pedido de Pedro.
- Uma garota maravilhosa, ... - começa a refletir em voz alta - E aparentemente louca, mas isso não vem ao caso! Bom, enfim, ela quer me ver hoje, e você conhece o meu pai, né?
- Sabia que tinha uma garota nessa história.
- Se eu falar para o meu pai que vou dormir na sua casa, você me cobre?
- Vai passar a noite TODA com essa garota? OUUU!  - interrompe o primo.
- Não! Quer dizer não sei, mas é melhor previnir que remediar.
- Tá certo! Juízo, carinha! Tamo junto!
- Obrigadooo! Então, vou lá!
- Boa sorte!
- Valeu, tchau!

O céu estava todo estrelado, ventava uma brisa leve e suave, não estava muito quente e nem muito frio, um clima perfeito. Pedro foi até a casa dela, e demorou cinco minutos para tocar a campainha de vergonha.

- Quem é você? - um rapaz alto, magricelo abriu a porta estranhando a presença de Pedro.
- Sou Pedro, amigo da Kate.
- Ah, é você! - o menino virou de costas e gritou por Kate, Pedro ficou sem entender se o menino o conhecer seria algo bom ou ruim. - Ela já está vindo. - e de repente ela se aproxima da porta, em um vestido azul não muito curto e nem muito longo.
- Por que mesmo sendo gêmeos eu não causo esse efeito nas meninas?
- Kaio, por favor, não me envergonhe!
- Bom passeio pra você. - o garoto, agora sabemos que irmão de Kate fecha a porta deixando os dois do lado de fora.
- Você tem um irmão gêmeo, nunca imaginaria!
- Por quê?
- Sei lá, você parece um pouco solitária. - ela abaixa a cabeça pensativa, talvez um pouco triste.
- Me desculpa, eu não quis ofender, ... Eu e essa minha boca enorme!
- Tudo bem, você não fez nada. Na verdade eu sou solitária, meus pais nunca ficam em casa, estão sempre trabalhando, a única família que realmente convivo é o meu irmão.
- Que ruim! Mas que tal falarmos de ocisas alegres?
- Como o que? - olha nos olhos dele, que por vergonha desvia, e em seguida começa a fazer cócegas nela. - Hahahaha, seu maluco!
- Pelo menos tirei um sorriso desse rosto tão lindo! - ela sorri timidamente, e inicia a caminhada em direção a praia. Ela morava praticamente ao lado da praia.
- O céu está perfeito hoje!
- É verdade! - permanencem em silêncio por um tempo. - Como conseguiu meu número?
- Pedi para Sam. Disse que você era minha dupla na aula de história da arte, e que precisava falar com você sobre um trabalho.
- Você a Sam são amigas então?
- Bom, na verdade somos do mesmo ano escolar. E ela foi bem legal comigo hoje!
- A Sam é mesmo muito bacana! Uma garota incrível!
- Garota incrível, é?!
- Somos amigos desde pequenos.
- Humm... Entendi!
- Ela parece ser afim de você! - ele se surprende, arregala os olhos.
- Quem a Sam? Não! Está enganada.
- Bom, me pareceu, mas se diz que não.
- Você é sempre assim?
- Assim como? - eles param e se encaram.
- Corre atrás do que quer.
- Está dizendo que quero você porque te liguei?
- Não, digo, sim. - ela gargalha com o desconforto de Pedro.
- Gostei do seu jeito, gostei de conversar com você, mas não significa que te quero.
- Então não quer? - ele levanta a sobrancelha esquerda em dúvida.
- O que você acha?
- Bom, você tem um dom de me confundir, desde a primeira troca de palavras.
- Quero sua companhia, mas sei lá não planejei nada exatamente.
- Também gosto da sua companhia. - se encaram e consequentemente se aproximam o suficiente para fecharem os olhos, sentirem seus corações acelerados, os lábios se encostam, mas o celular dele toca os interrompendo. Os dois chingam mentalmente a pessoa que estava telefonando uma hora daquelas.
- Alô.
- Cara, descobri o nome dela.
- Ah, véi! Estou ocupado!
- James, Kate James. Colega de turma da minha irmã! Não é um presente de Deus? - Pedro fica mudo ao ouvir cada palavra dita por seu amigo Danilo. - EI! Você está aí?
- Estou!
- Está ocupado, né? Desculpa, mas é que precisava compartilhar minha imensa felicidade com meu melhor amigo!
- De boa. Nos falamos amanhã, ok?
- Beleza. tchau. - desliga o celular, e a olha nos olhos.
- Eu menti.
- O que? Como assim? - ele vai lentamente organizando seus pensamentos.
- Eu quero você.
- É... - Pedro estava com medo, confuso, perdido, mil e um sentimentos ao mesmo tempo. - Está tarde, melhor irmos, né?
- Hum.. - ela olha para baixo desconsertada e um pouco confusa. - Eu posso ir sozinha.
-Tem certeza?
- Sim. - começa a caminhar se distanciando dele.
- Adorei conversar com você.
- Acho que não sou a única a confundir alguém aqui. - ele sorri sem graça. - Até amanhã, Pedro.
- Até, Kate. - se afastam, e cada um segue seu caminho para casa.

Pedro não podia ir para casa, mas pra onde iria, precisava conversar, porém seu melhor amigo não poderia ajudá-lo. Depois pensou em Sam, mas teve medo dela contar ao irmão.

- Ué, não ia virar a noite? - Matheus questiona abrindo a porta e vendo seu primo.
- Altas tretas!
- Oba! Tretas, entra aí e me conta TUDO!


Enquanto isso no quarto de Danilo, ele e sua irmã jogavam video game.

- O Pedro estava estranho. - pensa alto.
- Estranho como?
- Sei lá, calado. E eu nunca vi o Pedro ocupado para um amigo.
- É, ele sempre arruma tempo para um amigo. Mas, talvez ele esteja cansado dessa história maluca.
- Não temnada de maluca. Amor a primeira vista!
- Você nem sabe se ela vai gostar de você. Comt antas garotas por aí!
- Que tantas garotas são essas? - arquea as sobrancelhas questionando a irmã.
- Ué! Tem várias, é só investir. A Mari por exemplo é uma gatinha.
- Esse é o problema, ela é uma gatinha e não uma deusa. - ri do que fala e a irmã lhe dá um tapa em reprovação. - Certo, brincadeira! Sei lá nunca reparei muito na Mari dessa forma.
- Talvez devesse reparar.
- Está me jogando para usa melhor amiga só porque está com medo da sua futura cunhada?
- Não, claro que não! Nada a ver!
- Hum! Você e o Pedroe stão estranhos hoje.
- Você é estranho! - mostra a língua para ele.
- O estranho aqui venceu o jogo! - se gaba, e ela revira os olhos.
- Grande coisa, depois que eu venci 3 vezes seguidas, era o mínimo que esperava de você!
- Está na tpm? - ri da cara que ela faz pra ele. - Vou te trazer chocolate!
- Idiota!
- Eu te amo, você sabe! - dá um abraço de urso nela, a esmagando.



CONTINUA....