sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

AMIZADE, LANCE E ROMANCE (penúltima parte - 20)

- Migo, se joga! - Samantha aconselha e Kaio dá risada.
- Falar é fácil.
- Eu sei, mas se gosta dele, arrisca, ninguém precisa saber, só vocês dois, só até você ter certeza do que sente.
- Talvez mante segredo não seja uma má ideia.
- Viu? Eu dou bons conselhos. - ela ajeita o óculos de sol e ele na cadeira de piscina virando-se pra ela.
- Mais aonde conseguiríamos nos encontrar em segredo? Não sei se é realmente uma boa ideia, e se ele se sentir usado. - Cohen revira os olhos.
- Cai na real, Kaio! Lasca-lhe um beijão e pode ter certeza que ele esquecerá da parte " estou sendo usado", e também você pode ser sincero, ele escolhe se quer ter um relacionamento assim ou não.
- Tá, você tem razão. - pega o celular em cima da mesa ao lado, e começa a discar e deixa no viva-voz pra Sam ouvir. - Oi, Anthony.
- Oi, não achei que fosse falar comigo tão cedo.
- Eu não consigo parar de pensar no que quase aconteceu.
- Eu também não, mas quero que saiba que não quero te pressionar de maneira nenhuma.
- Fica tranquilo. Eu estou com vergonha, mas quero ser sincero contigo.
- Não precisa ter vergonha pode me dizer qualquer coisa.
- Eu quero descobrir o que estou sentindo por você, mas eu não quero que ninguém saiba,... - Anthony fica em silêncio, então Kaio volta a falar. - Pelo menos até eu saber o que sou, o que sinto. MAS, quero que saiba que eu entenderei totalmente se você não quiser tentar comigo dessa forma, e espero que não se sinta ofendido... - Anthony o interrompe.
- Eu topo! - os três sorriem e sentem o estômago com borboletas. - Que tal vir aqui em casa a noite? Meus pais estão viajando, podemos ficar a vontade e manter o que for que acontecer em segredo. - Kaio olha pra amiga ocm um olhar desesperado, e não consegue falar nada.
- Ele estará aí, beijo, migo. - Sam responde por Kaio e desliga a ligação.
- Ficou louca?
- Eu não podia deixar você estragar tudo.
- Ele vai querer me matar! - Kaio cobre o rosto com as mãos, então seu celular vira, uma mensagem, Cohen lê em voz alta..
- Se Sam pode saber, será que a Mari também?rsrs
- Para de ler a risada. - ele ri. - Digita que pode. Ou melhor, diz que não.
- Se decide, amigo. - a menina ri do estado nervoso do amigo.
- Tudo bem.
- Ok, vou digitar.

Enquanto isso na praia...

- Pronto, estamos sentados, agora me conta o que se passa nesse coração. - ela o encara, e ele cora com o olhar dela.
- Eu nunca tive dúvidas do que sinto por você.
- Você me disse, mas eu não acreditei. - encaram o mar.
- E por isso eu duvidei das minhas certezas, porque se você me sentia distante talvez tivesse razão e tivesse percebido algo que eu não percebi.
- Eu estava certa?
- Mais ou menos. - ela se vira pra ele que a olha.
- Como assim?
- A Sam sempre foi minha melhor amiga, uma garota que eu admirava muito, que ainda admiro, na verdade. E quando eu descobri que uma garota como ela me amava, e que meu melhor amigo estava apaixonado pela minha namorada, talvez fosse o universo me mostrando que eu devia seguir por outro caminho.
- E o universo estava certo?
- Claro que não foi difícil sentir atração por ela, ter vontade de beijá-la. - Kate volta a encarar o mar, mas ele pega em seu queixo e força com delicadeza que o olhe. - Mas meu coração estava contra o universo. Então você terminou comigo, o Danilo demonstrou interesse na Mariana, não qualquer interesse apenas pra te esquecer, um interesse real. No entanto, eu dei um passo na direção de Sam, porque acreditei que ela me amava mais que você, afinal você me deixou.
- Porque eu quero que seja feliz e sincero com você mesmo. - se aproximam.
- Kate, meu coração tem medo, medo de perder minha melhor amiga.
- Eu não posso falar pela Cohen, mas se escolher ela, eu sempre serei sua amiga, é melhor te ter por perto sendo apenas um amigo do que te ter longe.
- Eu amo você. - os olhos dele enche de lágrimas e os dela também. - Eu quero ficar contigo, volta pra mim? - ela não consegue dizer nada, apenas se aproxima mais com os olhos fechados e então se beijam, James interrompe o beijo.
- Você tem certeza disso?
- Tenho, total! - ele sorri e ela sorri de volta, então se abraçam.

Pedro e Kate aproveitaram a manhã na praia, depois ele prometeu que iria conversar com Samantha. Sam passou o dia com Kaio, o ajudando escolher uma roupa para o encontro a noite.

- Amigo, boa sorte e depois me conta tudo! - abraça Kaio forte.
- Obrigada, mocréia. De verdade! - ela sorri pra ele, ele não sorri de volta pois avista sua irmã de mãos dadas com Pedro se aproximando, Sam se vira pra ver o que tirou a atenção do amigo e vê o mesmo que ele.
- Oi. - Pedro fala e Kate no mesmo instante que vê Cohen solta a mão dele. Kaio e Sam também dizem oi.
- Bom, eu já vou. Tchau pra vocês.
- Espera, Sam. O Pedro te acompanha.
- Acho que ele talvez queira ficar mais com você. Eu vou sozinha. - sorri sem mostrar os dentes.
- Eu já estava indo, na verdade ia até sua casa pra falar contigo.
- Se é assim. - Kate e Kaio observam Pedro e Sam caminhando para longe.
- Você voltaram? - Kaio não se contem e a irmã confirma balançando a cabeça.

Mariana e Danilo vão até a casa dela buscar umas roupas e sondar o terreno.

- Mariana. - o pai dela abre a porta surpreso.
- Só vim buscar algumas roupas. - ela nem olha pra ele.
- Certo. - ele dá espaço e ela entra sem dizer mais nada.
- Entra, rapaz. - o pai convida e Danilo aceita se sentando no sofá. - Então, vocês estão juntos?
- Estamos sim, senhor.
- Cuida bem dela.
- Eu cuido sim.
- Eu não tenho mais como fazer isso.
- Isso não é verdade, se quiser você pode. - o pai dela olha pra baixo envergonhado.
- Às vezes você comete um erro tão grande que não há maneira de consertar.
- Sempre a tempo pra consertar. - ela desce as escadas.
- Vamos, Dan. - ele se levanta e a acompanha até a porta.
- Filha, liga pra sua mãe, ela está com saudades.
- Eu ligo. - o pai fecha a porta.
- Tudo bem?
- Tudo. - ela fecha os olhos ocm força depois abre. - Eu só queria que ele parasse de dar desculpas e fizesse algo pra recuperar nossa família.
- Não perca a fé, gatinha. - Dan segura a mão dela.
- Estou tentando.

Na porta dos Cohen, Pedro e Sam conversam sentados na escadinha da entrada.

- Pê, relaxa. No fundo eu já sabia.
- Me desculpa.
- Pelo quê?
- Por te confundir, por te dar esperanças, por ser esse idiota que fui, sei lá, por tudo.
- Não se manda no coração.
- Se eu mandasse com certeza... - ela o interrompe colocando o dedo na boca dele.
- Não me diga isso.
- Por quê?
- Pê,... - os olhos dela enche de lágrimas, ela pausa por uns segundos e volta a falar. - Eu passei muito tempo achando que nós dois éramos perfeito um para o outro, e na verdade, eu só perdi tempo, fantasiei algo que não era real, e não porque não éramos perfeitos um para o outro, mas porque nada na vida é perfeito então como seríamos, não é mesmo? Seja feliz com a Kate, sem culpa, vocês merecem, fui eu quem me meti na história de vocês e não ao contrário. Eu vou superar, eu sei que vou. Só vou precisar de um tempo, e espero que me entenda.
- Não podemos mais nos ver? - agora os olhos dele que enchem de lágrimas.
- Não. - uma lágrima escorre. - Eu sinto muito, mas eu preciso te esquecer pra valer pra continuar sendo amiga de vocês dois.
- Era disso que eu tinha medo. - uma lágrima escorre.
- Pensa que é só um tempo e não um fim. - ela beija a bochecha dele vagarozamente. - Por favor, seja feliz com ela, não se breque por mim. - ela entra e ele deixa outras lágrimas cairem quando Mari e Dan se aproximam.
- Eu vou ver ela. - Mari beija a bochecha do namorado e entra, Dan se senta ao lado do amigo.
- Você precisa aprender a seguir esse seu coração desde o começo.
- Me desculpa, cara.
- Ela te perdoou? - Pedro faz que sim com um gesto de balançar a cabeça. - Se ela pode fazer isso porque eu não poderia. - eles se abraçam após um toque de mãos.
- Ela não quer me ver por um tempo.
- Dê tempo à ela. - sorri sem mostrar os dentes. - Enquanto isso conta comigo pra ser seu único melhor amigo.
- Mais que isso, somos irmãos. - se abraçam novamente.
- Tá bom, chega! Você está muito sentimental e você sabe, eu  não gosto muito de contato íntimo. - Dan brinca e Pedro o abraça de novo rindo.

A noite Kate resolve ir ver Samantha.

- Kate?
- Oi, Mari. A Sam está aí?
- Na verdade, ela acabou de sair pelo jardim.
- Onde ela vai?
- Melhor correr até ela se quer conversar. - Kate sem discutir vai até o jardim.
- Sam! - Cohen se vira e as duas se encaram. - Onde você está indo com essa mala?
- Vou passar uns dias na casa de praia do meu tio.
- Está brava comigo?
- Não, não estou.
- Mais ia sem se despedir.
- Nós duas já tinhamos nos resolvido, lembra? Sermos maduras. - Kate sorri sem mostrar os dentes. - Eu preciso de um tempo. Eu o amo muito, tanto que chega a doer, mas eu sei que esse amor precisa morrer.
- Eu sinto muito.
- Não sinta. - Sam pega na mão da amiga. - A culpa não é de ninguém, e se fosse seria minha, afinal eu demorei muito pra me declarar, não é mesmo? - sorri de leve.
- Continuaremos sendo amigas?
- Eu espero que sim, como espero continuar sendo amiga do Pê. Mas eu não posso prometer, eu preciso sentir pra te dizer com certeza. - Kate abraça a amiga.
- Eu tenho certeza que toda essa dor se curará!
- Assim espero. E vê se faz um favor, seja feliz, e faça ele feliz como eu sei que você pode. - se soltam do abraço e Sam continua andando até o carro e sai pelo portão.



CONTINUA...


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