sexta-feira, 13 de outubro de 2017

AMIZADE, LANCE E ROMANCE! ( Parte 12)

- Pedro? - Kate abre a porta e se surpreende vendo o rapaz.
- Oi. Desculpa ter sumido, mas eu tinha preparado algo muito especial pra você, e a ... - respira fundo e volta a falar. - a Samantha estragou.
- Como assim algo especial? - ela ficou curiosa.
- Você sabe que desde que chegou a minha vida tudo mudou, não é? - ela balança a cabeça concordando. - Eu sei que em tão pouco tempo foi tudo muito intenso. - se ajoelha e ela cobre a boca com as mãos muito surpresa. - Tudo que eu quero é que aceite estar comigo oficialmente. Quer namorar comigo? - ela tira as mãos do rosto, sorri e o puxa pela mão fazendo-o levantar.
- Sim, como não aceitaria? - ela o beija, depois a roda e os dois riem felizes.

Sam e Kaio veem toda a cena caminhando pela calçada voltando da praia.
- Melhor eu não parar, agora é oficial, os dois são namorados e eu perdi. - lamenta olhando para o chão.
- Quer que eu te leve em casa?
- Não obrigada. - Kate vê o irmão com Sam se aproximando, e pede para Pedro ir ao banheiro limpar seu rosto que ela disse estar sujo, mas não estava.
- Nada separa um amor verdadeiro, queridinha! - mostra a mão com a aliança.
- Acho que está certa. Parabéns. - Sam fala entristecida, mas Kate não se convence.
- Vai se fazer de santa?
- Não é isso. Tudo bem você venceu, tem o coração dele, chegou a hora de desistir.
- Você não me engana!
- Cuida dele, tá? - começa a caminhar pra longe.
- Seu beijo não significou nada pra ele! Aliáis, ele só te ajudou no teste da líderes porque tem dó de você. Uma pobre coitada orfã de pai. - Sam não disse nada, nem olhou para trás, mas uma lágrima escorreu por seu rosto. Pedro volta lá fora.
- Kate, não achei onde estava sujo. - Kaio entende o que a irmã fez e revira os olhos. - Ah, oi, Kaio!
- Oi, Brother! Deixa eu entrar e tirar essa areia do corpo.
- Avisa a mamãe que sai, por favor.
- Hoje é o dia do jantar em família.
- Eu não estou nem aí. - Kaio segura o braço da irmã a fazendo o olhar nos olhos.
- Não está namorando agora? Devia trazer seu namorado pra realmente conhecer a nossa mãe.
- Não agora. - solta-se e sai caminhando com Pedro.
- Você não quer que sua mãe me conheça melhor?
- Não é isso. É que ela passou por muita coisa, não quero chateá-la, mais pra frente te apresento, eu prometo.

No dia seguinte pela manhã, Danilo resolve não ir falar com a irmã, pois não sabia bem o que dizer, por isso foi pra escola sozinho, também não passou no Pedro. Chegando na escola sentou-se no banco de sempre, e os amigos foram chegando sucessivamente nessa ordem, Matheus, Kaio, Kate, Pedro, Anthony, Mari.Ficaram falando de bobagens como o festival de sábado a noite da escola, todos notaram que Sam não estava, mas ninguém teve a coragem de perguntar. Nem mesmo depois quando tiveram certeza de que ela não foi a escola.

- Então você e a Larissa voltaram? - Pedro pergunta vendo ela mandando beijos pro primo.
- Na verdade é sem compromisso. Não queremos nos perder. - Matheus responde mandando piscadinhas pra Larissa.
- E a Sam?
- Ela não quer nada comigo, hora de superar.
- Sei. - Pedro fica pensativo, mas acha melhor não opinar.
- O que o Danilo tanto conversa com a Mari?
- Não tenho a menor ideia, mas ela parece beeeeem triste. - os dois comentam observando Mariana e Danilo do outro lado da cantina.
- Oi, meu amor. - Kate chega beijando Pedro na boca, Matheus nem liga. - O que estão fazendo?
- Vigiando a vida alheia.
- Como assim, Ma?
- Mari está muito mal, Danilo consola, mas porque será? Será por causa da briga com a melhor amiga?
- Acho que não. Ela parece muito abatida. - Pedro conclui.
- Melhor deixarmos o Danilo cuidar dela e nós cuidarmos da nossa própria vida. Depois eu vou falar com ela. Maas que tal irmos na festinha da Larissa hoje?
- Vocês também vão?
- Voltou a ser o popular convidado pra todas as festas? - Pedro pergunta assim que seu primo afirma ir na festa.
- Nunca deixei de ser. - dá de ombros.
- Vamos? - Kate faz olhinhos do gato do shrek para que Pedro dissesse sim. - Diga que sim? Sim?
- Está bem, você ganhou. - sorri pra ela e beija sua bochecha.

 Samantha não levantou da cama durante a manhã inteira, chorou a noite toda e  quando resolveu levantar foi até o cemitério ver sua pessoa favorita no mundo, seu pai...

- Oi, pai. - olha pra lápide e se senta no banco próximo, no meio do papo lágrimas começaram a escorrer por seu rosto. - Eu fiz merda. Muita merda. Briguei com os meus dois melhores amigos, e um deles também era o amor da minha vida. Falei um monte de idiotices, tantas que o Dan nem veio falar comigo hoje de manhã. Acho que ele não sabe lidar comigo surtada. A mamãe tem trabalhado muito e não notou como estou e nem que não fui na escola, mas tudo bem, ela tem feito o possível e o impossível pra manter nossa vida como era quando você estava. Eu só queria que essa dor que estou sentindo desde que você se foi passasse, mas parece que um ano não foi suficiente. talvez seja melhor eu ir embora. Ninguém me quer aqui depois do que fiz. - a menina chora desolada, muito culpada pelas atitudes e com uma imensa saudade do pai.

Enquanto isso na escola na aula extra de música...

- Quer saber, vem comigo! - Danilo fala alguns metros antes de entrar na sala, e Mari o olha confusa.
- Está maluco?
- Confia em mim?
- Confio, mas o que vamos fazer?
- Não iremos assistir a aula. - estende a mão, ela pensa alguns segundos e segura a mão dele o acompanhando para longe da aula de música.
- Eu nunca matei aula.
- Mais é nerd hem! - zoa ela rindo.
- Você e seus amigos que nunca levam nada a sério.
- Eu sou um bom aluno.
-Ok, não posso discordar disso.
- E também temos um bom motivo.
- Qual?
- Esse. - chegam até a piscina do colégio e ele mostra com um gesto das mãos.
- Por que estamos na piscina da escola? - ela arqueia a sobrancelha direita.
- O que acha? - coloca as mãos na cintura indignado com a pergunta dela.
- Não trouxemos biquini, engraçadinho.
- Pra que?
- Como pra que?
- Relaxa. - ele sorri maroto se aproximando dela, ela sente seu estômago gelar. - Eu não gosto de te ver triste.
- Legal! - ela evita olhar nos olhos dele. - Eu acho.
- Que bom que acha legal. - antes que ela pudesse perguntar o por que ele a puxa pela cintura jogando  a amiga e a si mesmo junto dentro da piscina.
- Seu maluco! - Mari fala assim que põe a cabeça na superfície.
- Temos algo em comum. - zoa ela e começa a jogar água na menina que faz o mesmo, os dois se divertem brincando por alguns minutos. - Trégua! - Danilo pede e ela para, mas era só brincadeira e ele volta a jogar água nela.
- Seu mentiroso. - fala rindo e jogando água nele também.
- Ei! - vai se aproximando dela. - Mentiroso não! Vem cá! - segura ela com os braços presos pra baixo, e assim os dois ficam bem próximo, o suficiente para não pensarem em nada pra falar. Por alguns segundos ficam se encarando com os corações acelerados, até que ela pede pra que ele a solte.
- Obrigada, você me animou, mas pode me soltar agora. - ela fala delicadamente, vagarosamente ele a solta sem graça.
- Não precisa agradecer, somos amigos.
- Mesmo assim, obrigada. - sorri sincera, ele empurra ela até a beirada ficando de frente um para o outro, muito perto. - O que está fazendo? - ele põe o dedo indicador nos lábios dela.
- Ele já foi.
- Quem? - Danilo se afasta saindo da piscina.
- O Inspetor. Vem, vamos. Não queremos uma suspensão. - estende a mão pra ela que aceita e sai da piscina também.
- Aula de música? - brinca olhando para os dois molhados.
- Pra casa, gracinha. - ele pisca e a puxa pela mão pra longe dali.


     Samantha voltou do cemitério para casa, mas ficou trancada, e seu irmão chegou tarde o suficente para não ir falar com ela. No dia seguinte, Danilo, não vê a irmã  sentada a mesa para o café da manhã, então resolve ir até o quarto dela, nota que ela estava no banheiro, abre a porta e a encontra dentro da banheira, mergulhada por um tempo, o que o assusta fazendo com que a puxasse para superfície.
- Está louca? - pergunta assustado.
- Me deixa em paz, Danilo! - fala com dificuldade voltando a respirar.
- Você não estava fazendo o que achei que estava?
- Claro que não. - ela mente com medo do que ouviria do irmão.
- Por que seria muita fraqueza, além de burrice.
- Ainda sim ia ser a minha fraqueza e burrice.
- Não fala besteira, Samantha. - Danilo não costumava chamá-la pelo nome, geralmente era por um apelido e aquilo lhe doeu.
- Você fala um monte de besteira.
- Que seja! Não vai na escola?
- Vou. Pode ir na frente. - ele dá de ombros e sai do banheiro.


No intervalo os amigos sentam juntos...

- Mari, você viu a Sam?
- Não, ela não veio hoje. - Kate escuta e palpita.
- Podia nunca mais vir!
- Kate! - Pedro a repreende, Mari e Danilo a ignoram.
- Vou ter que conversar direitinho com ela depois da escola.
- Deixa a menina, ela pagou o maior mico, precisa de um tempo pra se recompor. - Larissa fala após se desgrudar dos lábios de Matheus.
- AH, não sei não. - Anthony comenta.
- Acho que a Larissa está certa. - agora Kate quem palpita. - Daqui a pouco ela está melhor.
- Dan, você que é irmão dela o que acha? - Kaio cochicha com o amigo vendo os outros amigos mudarem de assunto.
- Eu peguei ela mergulhada na banheira, parecia que estava tentando se afogar, mas conversamos, e ela tratou do assunto como se eu estivesse maluco.
- Sério?
- Acho que eu só estou preocupado, a Sam jamais faria isso, ela sempre foi muito sensata.
- Bom, o beijo no Pedro não foi a coisa mais sensata, talvez devessemos prestar atenção.
- Vou prestar. - os dois apertam as mãos como se combinassem que fariam isso juntos, ficar de olho na Sam.

A semana se foi e o final de semana chegou, os garotos foram jogar paintball e Mari, Kate e Anthony foram nadar na piscina da casa dos James. A noite foram na lanchonete de sempre. No domingo Mari tentava ficar bem com a família, mas o pai já estava bebendo e ficando alcolizado, a mãe estava calada e cautelosa. Foi então que resolveu ligar pro Danilo e ir dar uma volta no parque. Kate foi almoçar na casa do Pedro e conhecer o sogrinho. Kaio e senhora James passaram o dia vendo filmes, algo que não faziam há muito tempo.Anthony passou dormindo recuperando as energias. Matheus e Larissa passaram o dia trancados em seu quarto namorando...

- Vamos com calma.
- Estamos indo com calma. - ele para de beijá-la a olhando.
- Não exatamente. - ela diz sem jeito.
- Não está bom?
- Sim. - confirma com um sorriso tímido.
- Então! Por que não continuar?
- Por que eu gosto de você, quero que seja em um momento especial. - Matheus gela com receio do que ela falava.
- Você não gosta de ninguém, vai! - brinca.
- Quem disse?
- E também não é... Você sabe.
- Não, não sou. Mas, não muda que quero nossa primeira vez de uma forma especial.
- Tudo bem, você quem manda. Mas, podiamos fazer ser especial agora mesmo. - beija o pescoço dela.
- Não enquanto ainda gostar da Samantha. - para de beijá-la e a encara. - Tudo bem eu sei.
- Sabe? E está tudo bem? - franzi a testa.
- Sim, eu vou fazer você se esquecer dela.
- Se está dizendo. - ela o puxa pra perto dela e voltam a se beijar.

No dia seguinte, Kaio nota a falta de Sam pela quarta vez seguida, resolve então ir buscá-la...

- Você está deitada? - ela resmunga debaixo do lençol.
- O que faz aqui?
- Vim te buscar, chega de faltar da escola.
- Eu não vou mais voltar lá.
- Posso saber por quê?
- Por que ninguém me quer lá. Ninguém sentiu minha falta.
- Eu senti. Você vai comigo agora.. - puxa o lençol dela.
- Não, Kaio. - ele puxa mais, depois abre as janelas e ela se rende. - Ok, eu vou, mas se me sentir mal volto pra casa.
- Combinado. - ele sorri. - Te espero lá embaixo, não demora. Alguns segundos ela desce as escadas vestindo uma calça jeans e a camiseta do uniforme, cabelos um pouco bagunçados.
- Vamos.
- Não vai se arrepender.
- Duvido. - caminham até a escola, e a grande maioria dos alunos já tinham entrado pra salas, pois o sinal acabava de tocar, um colega do basquete chama Kaio.
- Eu já volto, espera aqui e eu vou com você pra sala. - assim que ele falou ela se sentou para esperar. Kate vê a menina de longe e foi até ela.
- Apareceu a margarida. - fala ironicamente.
- Oi, Kate.
- Uma reijeção e some da escola?
- Não é da sua conta.
- É da minha conta sim. - se aproxima de Sam. - Sabe o beijo que deu no meu namorado? Não significou nada, aliais, rimos juntos de como você foi rídicula.
- Kate, me deixa em paz, você já conseguiu o que queria. Está namorando o Pê, ok.
- Pê? Que bonitinha, ainda acha que pode chamá-lo assim. - Sam olha pro chão. - Isso fica com vergonha mesmo, o que você fez foi rídiculo, o Pedro jamais iria gostar de você, sabe por quê? Ele sempre te viu como uma irmãzinha. Jamais te beijaria da forma como me beija. Ele sente desejo por mim.
- Faça bom proveito. - Cohen tentar cortar o assunto.
- Com certeza, hoje a noite então. Minha mãe viajou, o Kaio vai em uma festa, a casa será só nossa.
- Vocês vão transar? - Sam não consegue se conter e pergunta na lata, o que deixa Kate sorridente, pois era exatamente o que queria que a menina pensasse.
- Nossa primeira noite juntos. - suspira, e vira-se de costas saindo, mas para, se aproxima novamente e fala no ouvido de Cohen. - E o Matheus também já teve uma noite linda de amor com a Larissa, ela me contou os detalhes. Bem dizem que mais vale um pássaro na mão do que dois voando. - sai em seguida e as lágrimas começam a escorrer por seu rosto, olha para os lado não vê Kaio, então se levanta e volta para sua casa, sua cama.
- Ué, cadê ela? - olha no relógio e percebe que não dava tempo de buscá-la na casa dela novamente, vai pra aula.


CONTINUA.....

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