- Então vocês já estavam separados há três anos? - Kate fala tentando assimilar.
- E por quê não nos contaram?
- Kaio, eu e sua mãe nos gostamos muito, sempre fomos melhores amigos, e achamos melhor por vocês que não nos separassemos publicamente. - o pai explica.
- Há três anos vocês começaram a viajar o tempo todo, e nos fazer mudar de cidade quase sempre. - Kate reflete alto.
- Não sabíamos como lidar com a situação, desculpa.
- Pai,... - os olhos de Kate cheios de lágrimas começam a escorrer por sua face. - Você está com alguém?
- Sim. O nome dela é Verônica.
- Uma pivete de vinte anos. - a mãe se pronuncia.
- Ela é jovem sim, mas me faz muito feliz, e nós moramos na cidade.
- Por isso vamos nos mudar.
- O que? - os filhos se assustam com a notícia.
- Raquel, pelo amor de Deus, nossos filhos já sofreram muito!
- Gil, se sofreram foi por sua culpa.
- Eu não vou me mudar! - Kate grita chamando a atenção dos pais.
- Ah, claro, vai ficar com seu pai, sempre fica do lado dele.
- Mãe, sem drama, você sabe que eu te amo, mas não aguento mais me mudar.
- Exato, e por isso seu pai deveria se mudar e nos deixar aqui, mas ele é um egoísta. - Kaio observa tudo sentindo tudo a sua volta girando.
- Meu namorado mora aqui não quero ficar longe dele, e a namorada do Kaio também é daqui.
- Vocês estão namorando? - Gil pergunta com um sorriso nos lábios. - Preciso conhecer.
- Kate, por favor, aquele menininho não é seu namorado, é um ficante qualquer.
- Não fala assim dele.
- Crianças, deixem eu e sua mãe conversarmos à sós um pouco.
- Não queremos ser excluído novamente!
- Vamos resolver a situação e então passamos tudo pra vocês, prometemos. - beija Kate na testa a convencendo, Kaio de repente cai no chão da sala. - Kaio! - os três correm até o menino assustados.
Mariana e Anthony conversam na casa da árvore dos Lorenzatos...
- Está tudo uma bagunça.
- Pois é! E esse trabalho de teatro só fez tudo piorar. - Mari concorda com Anthony.
- Aquela Larissa é uma cobra!
- Você falando mal de alguém, senhor Lima? Que milagre. - brinca.
- Não gosto não, mas aquela garota me tirou do sério! Para de me chamar de senhor Lima, dona Lorenzato! - brinca de volta e os dois riem. - Agora a senhorita que levou sorte, grupo do Danilo.
- Ah, não quero criar expectativas.
- Por que, boba?
- Gosto muito dele pra ter outra decepção.
- Talvez esteja certa, mas deixa rolar.
- Mas você também está com sorte. Grupo do Kaio.
- Ele surtou com ideia de me beijar na peça. - fala triste. - Talvez ele não goste de meninos.
- É! Parece que ele está namorando a Samantha, ou pelo menos é o que ele quer.
- Vou continuar na minha.
- Melhor. - celular de Mariana toca e ela atende. - Alô.
- Oi, Mari, tudo bem?
- Oi, Dan. Tudo sim e você?
- Também, estou precisando da sua ajuda.
- Com o quê?
- Está chegando o aniversário da minha irmã, e como ela anda tristinha, eu queria fazer algo para que ela se sinta querida.
- Que bacana da sua parte, mas ela não tem mais falado comigo.
- Eu sei disso, mas você é a melhor amiga dela, só estão passando por uma fase ruim.
- Não sei.
- Vai desistir da amizade dela?
- Não é isso, é... - a interrompe.
- Você vem sendo mesmo mais amiga da Kate do que dela.
- O que? Não venho não. - sua voz se altera.
- Mari, estou falando numa boa. Talvez você não tenha feito de propósito, mas se afastou. Conta mais seus segredos pra mim do que pra ela. Desculpa estar te dizendo isso, mas acho que você precisa tentar voltar a amizade.
- Vou te ajudar sim. - concorda em ajudar refletindo melhor sobre o que ele lhe dizia.
A família James foi para o hospital, e quem atendeu Kaio foi a mãe de Danilo e Samantha...
- Ele só nos deu um susto. Está bem!
- Graças a Deus! - Raquel abraça Gil sentindo-se aliviada.
- Tem mais uma coisa. - senhora Cohen fala séria. - O desmaio foi causado possivelmente por estresse, procurem ficar de olho.
- Pode deixar, Doutora Cohen.
- Mais hoje ele vai dormir no hospital para nós ficarmos de olho, é um procedimento padrão. - se retira deixando a família a vontade.
- Eu fico com ele, vai pra casa com a Kate. - Senhor James sugeri.
- Tudo bem. - os três se despendem e Gil entra no quarto do filho.
No dia seguinte a senhora Cohen avisa Sam que Kaio estava no hospital, então ela vai para escola com seu irmão e Pedro.
- Cara, vocês podem por favor dirigir a palavra um ao outro. - Danilo fala cansado de ter conversar separadas com cada um deles.
- Já chegamos. - Pedro sorri calmo.
- Bom dia! - Mari e Anthony cumprimentam se aproximando dos três.
- Ué cadê o Kaio? - Kate se aproxima junto com Matheus.
- Ele está no hospital, Lima. Vou ver ele depois da aula, quer ir?
- Quero sim, Sam. Mas está tudo bem com ele?
- Ele está bem, vai pra casa de manhã, melhor visitá-lo em casa. - Kate avisa.
- O que houve com o cara?
- Muito estresse, estamos passando por algo difícil em casa. Descobrimos que nossos pais estava separados, mas fingiam estar juntos, e então meu pai encontrou alguém e quer tornar o divórcio oficial, mas minha mãe não aceitou bem.
- Nossa, Kate, sinto muito. - Matheus fala e Pedro a abraça.
- Valeu. - o sinal toca e cada um vai pra sua sala.
- Sam. - ela apenas olha pra Mari sem responder. - Podemos conversar?
- Tudo bem.
- Não quero fingir que você é uma estranha...
- Não finja.
- Desculpa.
- Pelo que? - franzi a testa.
- Por ter te deixado de lado, por não ter te ajudado quando precisou.
- Vamos esquecer isso, ok?
- Amigas então?
- Vamos só voltar a conversar e deixar rolar, sem rótulos.
- Ótimo. Posso sentar com você?
- A Kate não vai ficar chateada.
- Acho que ela vai entender.
- Ok, então. - caminha para o lugar, e Mari vai falar com Kate.
- Vou sentar com a Sam hoje, tudo bem?
- São amigas agora?
- Estamos tentando.
- Tudo bem. Não vou impedir que façam as pazes, talvez até eu deveria tentar fazer o mesmo.
- Eu ia gostar muito.
- Uma hora eu e ela vamos nos resolver, mas acho que precisamos de mais tempo.
Mari e Danilo saíram mais cedo da aula pra organizar a festa surpresa de Sam...
- Está ficando ótimo. - ela afirma terminando de arruma a mesa do bolo.
- Você é ótima com decorações, em! - ele comenta olhando o ambiente.
- Ela merece o melhor. - sorri sem graça.
- Obrigado pela ajuda. - se aproxima dela.
- Magina. Obrigada você pelo conselho ontem.
- Vocês são amigas a vida toda, não podia ficar quieto vendo vocês se distanciarem.
- Mas por que os outros não vieram nos ajudar?
- O Pedro tinha um DR pra resolver, o Anthony foi com ela ver o Kaio e, bom, o Matheus não chegou ainda não sei por quê. - a menina ri.
- Ainda bem que você tem a mim.
- Ainda bem mesmo. - se aproximam mais.
- Posso te fazer uma pergunta?
- Claro.
- O que está rolando aqui, entre nós. - faz um gesto com as mãos e ele sorri se aproximando ainda mais.
- Sinceramente, eu não sei bem o que é, mas não quero que pare.
- Senhor Cohen,... - ela para de falar por estar sem ar com o toque da mão dele em sua cintura. - Tem certeza disso?
- Mari,... - fecha os olhos e ela o acompanha, acaricia os cabelos dela, e seus lábios se encontram lentamente, mas antes que realmente se beijassem Matheus e Pedro entram interrompendendo sem querer.
- Ops! - Pedro diz apenas, os dois se afastam tímidos e Matheus acha engraçado.
- Não parem por nós. Fiquem a vontade pombinhos. - os dois meninos vão pra cozinha rindo deixando novamente Danilo e Mari a sós, mas antes que pudesse falar qualquer coisa a senhora Cohen chega.
Enquanto isso a Cohen e o Lima foram para casa dos James ver Kaio, passaram a tarde lá, rindo, vendo séries e comendo muita pipoca.
- Obrigado por virem!
- Não precisa agradecer mocréio! - Sam brinca e joga um almofada no amigo.
- A gente gosta de ver Flash, não é nenhum sacrifício. - Anthony completa. - O Danilo e o Pedro não vieram por que tinham que ensaiar com o Matheus. E a Mari mandou um beijo, mas está de castigo por algum motivo.
- Que eles não saibam, mas vocês são os meus favoritos então tudo bem. - ele fala brincando e pisca.
- A pipoca acabou, vou pegar mais. - Sam avisa deixando os meninos sozinhos conversando sobre o seriado, quando ela ia descer as escadas vê Pedro e Kate conversando na sala, por algum motivo que ela não entende seu coração acelera e se esconde.
- Eu não queria fazer o que fiz com a Sam.
- Mais você falou coisas horríveis pra ela, e usou termos inaprópriados. - Pedro fala calmo a olhando nos olhos.
- Eu sei, e me arrependo. Somos muito novos pra falar de sexo e ainda mais da forma como eu tratei o assunto. Eu só estava com muito ciúmes, e também frustrada com o fato do meu pai nao querer me ver. Sai descontando em tudo e todos.
- Eu entendo, problemas na família é algo complicado realmente.
- Desculpa por ter te afastado, prometo que vou te apresentar meus pais.
- Isso significa que...
- Não quero terminar com você, mas se for o que quer vou entender. - ele segura em suas mãos e se aproxima.
- Eu gosto de você.
- E eu de você.
- Podemos passar por isso, mas você precisa pedir desculpa pra Sam.
- O que? - solta as mãos dele e se levanta. - Mas ela beijou o meu namorado.
- Eu sei que ela também errou, mas eu não converso mais com ela pra pedir isso que estou lhe pedindo. - levanta e anda até a menina.
- Por que está me pedindo isso? - olha nos olhos dele.
- Por que você é minha namorada, e eu sei que você é o tipo de pessoa que pede desculpas quando erra.
- Tudo bem, vou falar com ela. Você está certo, tenho que consertar o que eu errei, os erros dela só dependem dela para serem consertados.
- Isso. - sorri pra ela que sorri de volta. - Obrigada por ser esse cara que me mostra o que a raiva e o ciúmes cobre das minhas vistas.
- Pode contar sempre comigo. - se aproxima dela e a beija de leve na boca, Sam volta para o quarto.
- Está tudo bem? - Kaio pergunta vendo a amiga com um olhar distante assim que entra no quarto.
- Ué, cadê a pipoca? - Anthony pergunta, mas logo nota a feição do rosto dela.
- A Kate é legal.
- Às vezes. - Kaio brinca.
- E está beijando o Pedro nesse exato momento.
- Ah, agora entendi a cara de velório.
- Anthony! - ela repreende o amigo.
- Mas, eu só pensei que vocês estavam namorando. - olha de um para o outro confuso, e antes que Sam pudesse responder Kaio fala.
- Estamos de certa forma. É que eu gosto dela e estou disposto a fazer ela esquecer do Pedro.
- Entendi. - o menino acha estranho toda aquela história, mas resolve não se intrometer, seu celular toca, no visor "Mariana".
- Oi, Má.
- Gatinho, tudo pronto aqui, mas pede pro Kaio enrolar ela mais um pouco, o Pedro e a Kate estão vindo pra cá.
- Beleza. - desliga.
- A Mari está pedindo s.o.s, vou ter que ir lá. - beija no rosto Sam e Kaio.
- Eu te levo na porta. - Kaio se pronuncia caminhando pra fora do quarto enquanto sua amiga deitava na cama pensativa.
- Assim que eu chegar te aviso.
- Ok. - tocam em despedida, e James volta para o quarto. - Para de pensar na minha irmã e no Daves.
- Os dois são perfeitos juntos, como não vi isso antes?
- Sabia que amanhã é meu aniversário?
- Jura? Quantos anos? - finge surpresa.
- 16 anos, perdi minha dança de pai e filha aos 15. - ele a abraça.
- Sem tristeza, temos que celebrar sua vida.
- Celebrar? Não tem nada de bom para celebrar.
- A vida é assim mesmo, temos que aprender a não nos abater.
- Verdade. - sorri, e Kaio recebe um sms. - Quem é?
- Minha mãe. Ela está vindo pra casa. Podíamos ir pra sua casa, né?
- Não quer ver sua mãe?
- Não agora.
- Mas você desmaiou ontem, tem certeza que deve sair?
- Tenho, vamos. - pega um casaco e saem do quarto até a casa dos Cohen.
- Ué está tudo escuro, onde será que meu irmão foi? - ela estranha destrancando a porta e vendo tudo escuro, então abre se surpreendendo com todos os amigos gritando "SURPRESA", uma lágrima escorre por seu rosto de emoção. - Vocês... - fica sem fala sorrindo pra eles.
- Nós fizemos isso, porque você merece muito! - Danilo fala se aproximando da irmã para um abraço bem forte, aqueles tipo urso, e então sussura no ouvido dela. - Desculpa ter me afastado, prometo que estarei sempre com você. - começa a falar alto novamente. - Minha pequena, tudo de bom hoje e sempre, que nunca seja maior do que eu para que eu possa te dar esses abraços de urso a vida toda.
- Obrigada, brother. Te amo! - beija a bochecha dele, se soltam do abraço e na sequência vem sua mãe.
- Filha, parabéns! - a abraça. - Continue sendo essa garota que me dá muito orgulho!
- Vou tentar. - as duas riem, e se soltam, e depois sucessivamente vem cumprimentá-la outras pessoas como, o senhor Daves, Mari, Kaio, Anthony e Matheus. Pedro e Kate ficaram um tanto afastados, até que Kate se aproxima pedindo para conversarem, então seguem para o jardim buscando privacidade.
- Pode falar.
- Sam, desculpa, não consigo nem olhar nos seus olhos, estou envergonhada. - fala rapidamente como se estivesse metralhando as palavras.
- Tudo bem, desculpa também. - fala serena, Kate estranha a reação e a olha nos olhos.
- Sério?
- Se pra você estiver tudo bem, pra mim também vai estar, afinal eu fiz pior, né.
- Na verdade não sei.
- Vamos fazer assim. Não importa quem errou mais, vamos passar uma borracha, eu sei que dizer que seremos amigas é um pouco demais, porém podemos ser colegas, fazer parte do mesmo grupo de amigos... - Kate a interrompe.
- E cunhadas.
- Vamos com calma quanto a isso.
- Ok. - sorri. - Mais que fique claro, torço por vocês dois.
- Meio óbvio. - revira os olhos rindo.
- Não por isso, bom, esse é um bom motivo, mas também porque você é legal e meu irmão está precisando de alguém legal nesse momento.
- Eu vou sempre estar do lado dele, afinal ele fez o mesmo por mim. - Kate sorri satisfeita e estende a mão, Samantha cumprimenta. - Paz!
- Paz! - Pedro se aproxima.
- Que bom ouvir essa palavra: paz! - as duas sorriem.
- Eu vou deixar vocês conversarem. - Kate fala já se afastando e deixando os dois à sós.
- Estão na paz realmente?
- Eu devo fala com você? - ela brinca e ele sorri.
- Eu sei que exagerei.
- Não, não exagerou. Fez o que era preciso pra ficar bem com as pessoas que ama. Me desculpa pelo beijo e por tudo mais.
- Me desculpa você. - se aproxima mais.
- Pelo quê? - ela não entende.
- Por não retribuir seus sentimentos. - olha pra baixo.
- Para com isso! - levanta o rosto dele com o dedo indicador. - Não mandamos no coração.
- Por que se eu mandasse com certeza escolheria você. - ela arregala os olhos sem saber interpretar o que ele dizia. - O que seria melhor do que namorar a melhor amiga, não é mesmo?
- Namorar uma garota sexy que você é apaixonado? - sorri do que fala e ele a acompanha.
- Eu tenho muita sorte mesmo. - os dois se olham em silêncio por alguns segundos. - Senti falta de você na minha vida, não quero nunca mais brigar com você, pode ser?
- Não posso prometer nada, você é meio irritante às vezes. - fala séria depois cai na gargalhada. - Brincadeira.
- Que bom que está com senso de humor.
- Ah, acabei de receber uma surpresa linda, fazer as pazes com a Mari, Kate e você. Está tudo ótimo.
- Tem razão. Posso? - abre os braços, ela entende o que ele quer, e com um gesto movimentando a cabeça lhe dá permissão para abraçá-la.
-Você também me fez muita falta.
- Feliz aniversário!
- Obrigada. - soltam-se do abraço.
- Muitas alegrias, conquistas, muito dinheiro,... - abraça ela de lado e caminham para dentro. - Muito Pedro na sua vida, afinal amigo como eu não existe...
- Que metido! - brinca e os dois riem.
- Muito Kaio também, afinal é seu ...
- Lance, nada de namorado.
- Ok, eu nem ia dizer isso. - brinca e ela sorri sem graça, pois Kaio se aproximava.
- Sam.
- Vou deixar os pombinhos. - Pedro diz antes de se afastar.
- Gostou da surpresa? Fiquei um pouco preocupado com a presença da minha irmã, se ia te agradar... - Cohen o interrompe impaciente.
- Tudo bem isso. Por que estamos fingindo ser namorados? Lance, sei lá o que eles pensam que somos.
- Ohh, calma! Eu preciso que a Larissa acredite e não me faça ter que beijar o Anthony.
- É por isso? Kaio, pelo amor de Deus, só diga que não quer fazer e não faça.
- Eu não quero que o Anthony se sinta mal, ele pode pensar sei lá que sou homofóbico.
- Amigo, ele não vai pensar isso. Bom, tudo bem, eu não me importo muito, mas se começar a estragar futuros pretendentes, paramos com isso.
- É só por um mês, e você ainda é apaixonada pelo Pedro. Aliáis, esse namoro de mentirinha é bom para nós dois, assim minha irmã e o Pedro ficam mais sossegados com suas próximas atitudes.
- Talvez tenha razão. - fica pensativa, mas logo nota os amigos jogando video game. - Partiu jogar?
- Agora mesmo.
Comeram muitos salgadinhos, beberam suco e refrigerante, jogaram video game por muitas horas, tudo em perfeita harmonia, a paz reinava e todos estavam muito felizes com isso. No dia seguinte, tudo normal, os três mosqueteiros juntos novamente para caminharem até a escola.
- Quem diria que um dia iríamos pra escola com uma idosa.
- Cala boca, Danilo! - Sam repreende o irmão por estar zuando-a.
- É, Danilo! Não se desrespeita os mais velhos. - Pedro brinca e ela lhe mostra a língua, mas os dois tocam em comemoração por estarem conseguindo zoar ela.
- Você não prestam! - revira os olhos, chegam até o banco de sempre encontrando Kate e Kaio, Pedro cumprimenta com um selinho sua namorada, e esperam a mesma reação entre Kaio e Samantha, mas o que vêem é um beijo no rosto.
- Ué, estão com vergonha de beijar na nossa frente?
- Kate, sai do meu pé. - Kaio responde.
-Qual é? É realmente esquisito. - Pedro comenta.
- Nós não vamos nos beijar por que agora vocês querem isso. - Sam fala cortando o assunto, Pedro estava pronto pra contestar, mas Mari chegou eufórica com o jogo de basquete da semana seguinte.
- Não se esqueçam do ensaio mais tarde, precisamos arrebentar.
- Mari, está no papo.
- Kate, não se sinta confiante demais, é um torneio regional.
- Desse jeito parece que você é a capitã! - Kaio se intromente no assunto tirando o sarro da amiga que nem liga.
- Temos que ganhar, e vocês também, vê se não nos envergonha. - os três meninos olham pra ela achando graça de seu jeito mandão, Pedro cochicha com Danilo.
- Quem vai aguentar ter uma namorada mandona dessas?
- Mandona e gata, combinações que muitos caras iriam gostar. - Cochicha de volta e o amigo percebe seus olhos brilhando ao olhá-la.
- Tem alguém apaixonado aqui?
- Que? Claro que não. - para de olhá-la disfarçando, e Anthony junto com Matheus chegam cumprimentando.
- Animados com o jogo do fim de semana? - Matheus vai logo perguntando.
- Opa! - todos responde juntos.
Vão para aula, depois para seus devidos treinos, até mesmo Anthony, só que apenas utilizando dos aparelhos de ginástica do time de basquete para manter a forma. A senhora James e o senhor Daves, pais de Kate e Pedro, respectivamente, foram convocados a serem os pais responsáveis pela equipe de torcida e basquete.
- Raquel. - cumprimenta senhor Daves com um aperto de mão.
- Mário, prazer. - sorriem um para o outro.
- Espero que não dêem o trabalho que eu dava na escola. - ele ri.
- Líder de torcida?
- Jogador de basquete? - os dois caem na gargalhada, Kate e Pedro observam do outro lado do estacionamento na fila para entrar no ônibus de viagem.
- Isso é bom?
- Relaxa, é sim, eles vão se dar bem. - Pedro responde, depois beija a testa da namorada.
- Tem razão.
- Nada de sentar com o namorado, dona James! - Larissa chega puxando Kate para longe de Pedro. - Temos que focar no torneio! Sorry, Daves. - manda beijo pra ele no ar e entra no ônibus do lado com todas as líderes em seu alcance.
- A Larissa estragou sua vibe? - Matheus se aproxima do primo rindo.
- Aham. Você deveria ter convencido sua namorada de líderes e jogadores irem no mesmo ônibus.
- Técnicamente ela não é minha namorada, mas eu fiz questão de concordar, precisamos focar.
- Você queria só espaço, isso sim. - revira os olhos e depois acampanha Matheus na gargalhada.
Enquanto isso, Danilo e Mari conversavam.
- Melhor eu ir antes que a Larissa me puxe pelos cabelos. - os dois riem.
- Vai lá. - beija o rosto dela devagar. - Precisamos falar sobre ontem.
- Falar o quê?
- Quase nos... - ela o interrompe.
- Deixa acontecer, sem pressão de palavras, pelo menos por enquanto, ok?
- Ok. - ele sorriu, mas na verdade não sabia se era bom ou ruim não conversar sobre o assunto do quase beijo, ela saiu em direção a Larissa, e ele aos seus amigos Pedro e Matheus.
CONTINUA...
terça-feira, 31 de outubro de 2017
sexta-feira, 27 de outubro de 2017
AMIZADE, LANCE E ROMANCE! ( Parte 14)
- Os temas serão, grupo 1 homossexualidade, grupo 2 rascismo, grupo 3 machismo e grupo 4 rótulos. Podem se sentar juntos e começarem a organizar o trabalho, pessoal. - a professora manda e todos vão para próximo de seus grupos.
Grupo 1...
- Eu já tenho uma história sobre o tema, e ainda bem, já que vocês são praticamente vegetais, né! - Larissa fala assim que senta juntando-se a Anthony e Kaio.
- Fofa, quem você pensa que é? - Anthony fala nervoso com a arrogância da menina.
- Sou a garota mais popular da escola, e vocês dois não sabem nada sobre romance.
- Eu sou homossexual, então eu sou quem mais sabe sobre esse assunto.
- Você namora, queridinho? - ela o olha de cima abaixo com desdém.
- Você namora? - ela fica sem resposta, e Kaio interfere na conversa.
- Mostra sua história pra nós, vemos se é realmente boa e se condiz com o tema.
- Aqui. - ela pega os papéis de dentro de sua bolsa cara de couro e entrega, alguns minutos depois.
- Parece boa.
- Anthony, eu sei escrever.
- Também sabe ser arrogante demais.
- Eu posso.
- Será que vocês dois conseguem parar de brigar por quinze minutos para discutirmos o trabalho? - Kaio fala tentando aparta a confusão, e volta a ler. - Espera! Tem um beijo no final?
- Sim. - ela fala com tranquilidade. - Algum problema em dar um beijinho no bichinha aqui?
- Bichinha é seu passado, patricinha arrogante. - ela revira os olhos após as palavras ditas por Anthony.
- Eu não vou beijar ele! - Kaio usa um tom sério e talvez um pouco desesperado, mas só Anthony percebe.
- Claro que vai. É só um selinho.
- Beija você.
- Eu sou uma menina, não seria um beijo gay, acorda!
- Eu posso sim fazer o cara apaixonado por ele, mas beijar é demais. Eu com certeza passo. - se levanta caminhando até a mesa com materias de ajuda para criatividade.
Grupo 2...
- A Samantha nasceu virada pra lua não é possível! - Kate afirma olhando pra arqui-inimiga do outro lado da sala sentada com Pedro e Matheus em um profundo silêncio.
- Amiga, o que falamos sobre seu ciúmes possessivo? - Mari lembra a amiga e Danilo cai na gargalhada.
- Do que está rindo?
- Kate, cai na real! Nascer pra lua é fazer um trabalho com seu ex-melhor amigo atual paixonite que não fala mais contigo e com seu ex-paquera que aparentemente também não quer falar contigo?
- O Dan tem razão. A situação ali está claramente tensa. - Mariana constata olhando para mesa do grupo 3 também.
- É... Eu estou pirando mesmo!
- O Pedro é apaixonado por você, por que a nóia? - Cohen pergunta não entendo tanto ciúmes.
- Ele não demonstra isso.
- Não? Ele arriscou terminar uma amizade comigo, melhor amigo dele da vida toda, parou de falar com a melhor amiga pra acalmar as coisas, te pediu em namoro com uma aliança, o que mais ele tem que fazer pra demonstrar? Vocês garotas são muito complicadas.
- Nós garotas não! Algumas de nós. - Mari se defende. - No caso a Kate. - ele ri e Kate fecha a cara pra amiga.
- Não sou complicada. Ele olha pra ela de uma forma muito... Diferente, não sei explicar.
- Diferente? Mew, ele só admira a minha irmã, porque ela é sensata, nunca magoa alguém de próposito, e é uma amiga incrível, nós admiramos nossos amigos, é algo comum.
- Talvez você tenha razão, pelo menos espero que sim. - Mari não diz nada, mas ela também achava que Kate tinha um pouco de razão em ter ciúmes, porém achou melhor ficar calada.
Grupo 3...
- Pegamos um tema relativamente fácil. - Pedro corta o silêncio e os outros dois o olham sem saber o que dizer.
- Principalmente pela colega de grupo que temos.
- Como assim, Matheus? - ela não entende o que ele quis dizer.
- É uma feminista nata.
- Sou mesmo, mas por que parece que você está querendo me ofender?
- Por que você é o tipo que sai pela rua pelada buscando direitos, ou beija muitos caras pra provar que pode fazer o mesmo que os homens.
- Não, eu não sou!
- Ah, desculpa, você não beijou três garotos na mesma semana, foi outra garota. - Matheus é irônico.
- Primeiro, não beijei três garotos, beijei apenas um, e um outro garoto me robou um beijo, o que nas minhas contas são dois. Segundo, não estou entendendo o porque da ironia comigo. E terceiro se está contando você como o terceiro garoto, lembre-se que foi quase um beijo, não nos beijamos.
- Isso não importa, você flerta com todos!
- Eu não faço isso nada! Todo mundo sabia que eu sempre fui apaixonada pelo Pedro. - Pedro engasga com a própria saliva e tosse.
- Oi, tudo certo por aqui? - Kaio se aproxima puxando assunto.
- Pra que quer saber, seu fura olho?
- Oi? Matheus, você está legal?
- Você sabia que eu e a Samantha estavamos tendo um lance, porque roubar um beijo dela, pensei que eramos meu amigo!
- Cara, você estava querendo um lance com ela, não estava tendo.
- Amigos não fazem esse tipo de coisa.
- Nós nem somos realmente amigos, e foi você mesmo que disse "que vença o melhor".
- Eu não estou entendendo esse showzinho, Matheus! Você nem estava tão interessado. - Samantha afirma sem entender porque seu amigo estava tão bravo.
- O que? Eu não estava? Como é que sabe disso?
- Por que já está em outra, inclusive alguém que você disse que não queria mais saber.
- Samantha, você é igualzinha a ela, são duas fáceis. - Kaio fica furioso e parte pra cima, mas Pedro o segura. - Está nervoso por quê? É o namorado dela?
- Véi, não provoca! - Pedro fala para o primo e os outros amigos se aproximam notando a confusão.
- Você estão querendo uma advertência? - Mari chega dando bronca e o sinal toca antes que a professora pudesse notar o que realmente acontecia.
- Vamos embora, Sam. Ele é um idiota. - Kaio fala antes de sair de mão das com ela.
- Eles estão namorando? - Mari questiona Kate que dá de ombros.
- Meninas, depois nos vemos. - Pedro fala olhando pra Matheus e Danilo que logo entendem o recado e o acompanham para fora da sala.
- Que babado! Essa turma realmente não tem um momento de tédio.
- Anthony!
- Mari, não o repreenda! Ele está certo!
- Pior que é. - concorda com Kate.
Enquanto isso na quadra da escola Kaio e Samantha conversavam ...
- Eu nunca tinha visto o Matheus bravo.
- Ele surtou, com certeza.
- Acho que devo falar com ele.
- Não, ele vai falar um monte de merda pra você e eu vou ter que arrebentar a cara dele. - ela pega nas mão do amigo chamando a atenção para que olhasse ela nos olhos.
- Obrigada por ser esse amigo protetor, mas eu consigo me defender. Fica calmo.
- Ok. - olha pra baixo, ela solta as mãos e levanta-se. - Não desmente sobre estarmos namorando.
- Por quê? - pergunta surpresa com o pedido do amigo.
- Só faz isso por mim.
- Ok, mas depois vai me contar essa história certinha. - ele concorda com um gesto e ela sai a procura de Matheus pela escola, encontrando-o no refeitório. - Oi. - os meninos olham pra ela.
- Sam, acho que não é o momento... - interrompe o irmão.
- Não vim brigar, Dan.
- Se é assim. - dá de ombros e vai sentar com Pedro em uma mesa um pouco distante.
- Podemos conversar?
- Já estamos conversando. - Matheus responde com a voz mansa, mas ainda bravo.
- Desculpa se eu te magoei, mas eu sempre fui sincera contigo.
- É você foi.
- Você sabia que eu era apaixonada pelo seu primo, eu sei que agi por impulso e magoei muita gente, mas de todos, você com certeza era o que menos merecia.
- Por que beijou o Kaio e não me beijou?
- Ele me robou um beijo. - ele olha pra baixo pensativo. - Desculpa.
- Desculpa eu pelo drama, eu não sou assim. - volta a olhar nos olhos dela.
- Tudo bem. - sorri sem mostrar os dentes. - Bom, era isso. Queria resolver.
- Você é incrível. - levanta-se e beija o rosto dela.
- Não sou. - levanta-se também, e ele a olha nos olhos.
- Eu não estava com raiva de você, estava com raiva por não ter conseguido fazer você se apaixonar por mim. Espero que o Kaio te faça feliz.
- É... Espero que a Larissa também te faça feliz. - ele sorri.
- Dúvido muito, mas com certeza ela me diverte.
- Você merece se divertir, afinal de contas é seu lema, não é? - ela sorri pra ele que faz o mesmo.
- É sim. Só lamento por uma coisa.
- O que? - arqueia a sobrancelha direita.
- Por não ter experimentado dos seus lábios de morango. - ela dá uma gargalha.
- Estou vendo que seu bom humor voltou.
- Tenho que seguir meu lema. - pisca pra ela e caminha para onde os amigos estão, ela sorri e caminha na direção contraria se retirando do refeitório.
- Tudo bem?
- Sim, primo. Nos resolvemos.
- Que bom, porque você bravo é muito estranho.
- Tenho que concordar. - Cohen concorda. - Vamos ensaiar, então?
- Partiu, capitão! - Matheus confirma fazendo referência, e os amigos sorriem não pela brincadeira, mas pelo bom humor dele ter voltado ao normal.
Kaio encontra a irmã no meio do caminho e seguem para casa juntos, mas chegando lá...
- Pai? - Kaio estranha a presença dele na sala, mas a irmã corre pra abraçar o pai.
- Minha filha, que saudade!
- Por que demorou tanto para vir nos ver. - Senhora James chega da viagem naquele momento.
- O que faz aqui?
- Ele veio nos ver. - Kate fala e depois olha para o pai pra ter uma confirmação.
- Isso.
- Não quero você aqui na minha casa!
- Essa casa é dos nossos filhos, você tem muitas outras. - antes que a mãe começasse a brigar Kaio se pronuncia.
- Já não nos deixou longe dele o suficiente, mãe. Está na hora de nos contarem a verdade.
- Como assim? Que verdade? - Kate pergunta e os pais se olham surpresos. - Falem!
CONTINUA...
Grupo 1...
- Eu já tenho uma história sobre o tema, e ainda bem, já que vocês são praticamente vegetais, né! - Larissa fala assim que senta juntando-se a Anthony e Kaio.
- Fofa, quem você pensa que é? - Anthony fala nervoso com a arrogância da menina.
- Sou a garota mais popular da escola, e vocês dois não sabem nada sobre romance.
- Eu sou homossexual, então eu sou quem mais sabe sobre esse assunto.
- Você namora, queridinho? - ela o olha de cima abaixo com desdém.
- Você namora? - ela fica sem resposta, e Kaio interfere na conversa.
- Mostra sua história pra nós, vemos se é realmente boa e se condiz com o tema.
- Aqui. - ela pega os papéis de dentro de sua bolsa cara de couro e entrega, alguns minutos depois.
- Parece boa.
- Anthony, eu sei escrever.
- Também sabe ser arrogante demais.
- Eu posso.
- Será que vocês dois conseguem parar de brigar por quinze minutos para discutirmos o trabalho? - Kaio fala tentando aparta a confusão, e volta a ler. - Espera! Tem um beijo no final?
- Sim. - ela fala com tranquilidade. - Algum problema em dar um beijinho no bichinha aqui?
- Bichinha é seu passado, patricinha arrogante. - ela revira os olhos após as palavras ditas por Anthony.
- Eu não vou beijar ele! - Kaio usa um tom sério e talvez um pouco desesperado, mas só Anthony percebe.
- Claro que vai. É só um selinho.
- Beija você.
- Eu sou uma menina, não seria um beijo gay, acorda!
- Eu posso sim fazer o cara apaixonado por ele, mas beijar é demais. Eu com certeza passo. - se levanta caminhando até a mesa com materias de ajuda para criatividade.
Grupo 2...
- A Samantha nasceu virada pra lua não é possível! - Kate afirma olhando pra arqui-inimiga do outro lado da sala sentada com Pedro e Matheus em um profundo silêncio.
- Amiga, o que falamos sobre seu ciúmes possessivo? - Mari lembra a amiga e Danilo cai na gargalhada.
- Do que está rindo?
- Kate, cai na real! Nascer pra lua é fazer um trabalho com seu ex-melhor amigo atual paixonite que não fala mais contigo e com seu ex-paquera que aparentemente também não quer falar contigo?
- O Dan tem razão. A situação ali está claramente tensa. - Mariana constata olhando para mesa do grupo 3 também.
- É... Eu estou pirando mesmo!
- O Pedro é apaixonado por você, por que a nóia? - Cohen pergunta não entendo tanto ciúmes.
- Ele não demonstra isso.
- Não? Ele arriscou terminar uma amizade comigo, melhor amigo dele da vida toda, parou de falar com a melhor amiga pra acalmar as coisas, te pediu em namoro com uma aliança, o que mais ele tem que fazer pra demonstrar? Vocês garotas são muito complicadas.
- Nós garotas não! Algumas de nós. - Mari se defende. - No caso a Kate. - ele ri e Kate fecha a cara pra amiga.
- Não sou complicada. Ele olha pra ela de uma forma muito... Diferente, não sei explicar.
- Diferente? Mew, ele só admira a minha irmã, porque ela é sensata, nunca magoa alguém de próposito, e é uma amiga incrível, nós admiramos nossos amigos, é algo comum.
- Talvez você tenha razão, pelo menos espero que sim. - Mari não diz nada, mas ela também achava que Kate tinha um pouco de razão em ter ciúmes, porém achou melhor ficar calada.
Grupo 3...
- Pegamos um tema relativamente fácil. - Pedro corta o silêncio e os outros dois o olham sem saber o que dizer.
- Principalmente pela colega de grupo que temos.
- Como assim, Matheus? - ela não entende o que ele quis dizer.
- É uma feminista nata.
- Sou mesmo, mas por que parece que você está querendo me ofender?
- Por que você é o tipo que sai pela rua pelada buscando direitos, ou beija muitos caras pra provar que pode fazer o mesmo que os homens.
- Não, eu não sou!
- Ah, desculpa, você não beijou três garotos na mesma semana, foi outra garota. - Matheus é irônico.
- Primeiro, não beijei três garotos, beijei apenas um, e um outro garoto me robou um beijo, o que nas minhas contas são dois. Segundo, não estou entendendo o porque da ironia comigo. E terceiro se está contando você como o terceiro garoto, lembre-se que foi quase um beijo, não nos beijamos.
- Isso não importa, você flerta com todos!
- Eu não faço isso nada! Todo mundo sabia que eu sempre fui apaixonada pelo Pedro. - Pedro engasga com a própria saliva e tosse.
- Oi, tudo certo por aqui? - Kaio se aproxima puxando assunto.
- Pra que quer saber, seu fura olho?
- Oi? Matheus, você está legal?
- Você sabia que eu e a Samantha estavamos tendo um lance, porque roubar um beijo dela, pensei que eramos meu amigo!
- Cara, você estava querendo um lance com ela, não estava tendo.
- Amigos não fazem esse tipo de coisa.
- Nós nem somos realmente amigos, e foi você mesmo que disse "que vença o melhor".
- Eu não estou entendendo esse showzinho, Matheus! Você nem estava tão interessado. - Samantha afirma sem entender porque seu amigo estava tão bravo.
- O que? Eu não estava? Como é que sabe disso?
- Por que já está em outra, inclusive alguém que você disse que não queria mais saber.
- Samantha, você é igualzinha a ela, são duas fáceis. - Kaio fica furioso e parte pra cima, mas Pedro o segura. - Está nervoso por quê? É o namorado dela?
- Véi, não provoca! - Pedro fala para o primo e os outros amigos se aproximam notando a confusão.
- Você estão querendo uma advertência? - Mari chega dando bronca e o sinal toca antes que a professora pudesse notar o que realmente acontecia.
- Vamos embora, Sam. Ele é um idiota. - Kaio fala antes de sair de mão das com ela.
- Eles estão namorando? - Mari questiona Kate que dá de ombros.
- Meninas, depois nos vemos. - Pedro fala olhando pra Matheus e Danilo que logo entendem o recado e o acompanham para fora da sala.
- Que babado! Essa turma realmente não tem um momento de tédio.
- Anthony!
- Mari, não o repreenda! Ele está certo!
- Pior que é. - concorda com Kate.
Enquanto isso na quadra da escola Kaio e Samantha conversavam ...
- Eu nunca tinha visto o Matheus bravo.
- Ele surtou, com certeza.
- Acho que devo falar com ele.
- Não, ele vai falar um monte de merda pra você e eu vou ter que arrebentar a cara dele. - ela pega nas mão do amigo chamando a atenção para que olhasse ela nos olhos.
- Obrigada por ser esse amigo protetor, mas eu consigo me defender. Fica calmo.
- Ok. - olha pra baixo, ela solta as mãos e levanta-se. - Não desmente sobre estarmos namorando.
- Por quê? - pergunta surpresa com o pedido do amigo.
- Só faz isso por mim.
- Ok, mas depois vai me contar essa história certinha. - ele concorda com um gesto e ela sai a procura de Matheus pela escola, encontrando-o no refeitório. - Oi. - os meninos olham pra ela.
- Sam, acho que não é o momento... - interrompe o irmão.
- Não vim brigar, Dan.
- Se é assim. - dá de ombros e vai sentar com Pedro em uma mesa um pouco distante.
- Podemos conversar?
- Já estamos conversando. - Matheus responde com a voz mansa, mas ainda bravo.
- Desculpa se eu te magoei, mas eu sempre fui sincera contigo.
- É você foi.
- Você sabia que eu era apaixonada pelo seu primo, eu sei que agi por impulso e magoei muita gente, mas de todos, você com certeza era o que menos merecia.
- Por que beijou o Kaio e não me beijou?
- Ele me robou um beijo. - ele olha pra baixo pensativo. - Desculpa.
- Desculpa eu pelo drama, eu não sou assim. - volta a olhar nos olhos dela.
- Tudo bem. - sorri sem mostrar os dentes. - Bom, era isso. Queria resolver.
- Você é incrível. - levanta-se e beija o rosto dela.
- Não sou. - levanta-se também, e ele a olha nos olhos.
- Eu não estava com raiva de você, estava com raiva por não ter conseguido fazer você se apaixonar por mim. Espero que o Kaio te faça feliz.
- É... Espero que a Larissa também te faça feliz. - ele sorri.
- Dúvido muito, mas com certeza ela me diverte.
- Você merece se divertir, afinal de contas é seu lema, não é? - ela sorri pra ele que faz o mesmo.
- É sim. Só lamento por uma coisa.
- O que? - arqueia a sobrancelha direita.
- Por não ter experimentado dos seus lábios de morango. - ela dá uma gargalha.
- Estou vendo que seu bom humor voltou.
- Tenho que seguir meu lema. - pisca pra ela e caminha para onde os amigos estão, ela sorri e caminha na direção contraria se retirando do refeitório.
- Tudo bem?
- Sim, primo. Nos resolvemos.
- Que bom, porque você bravo é muito estranho.
- Tenho que concordar. - Cohen concorda. - Vamos ensaiar, então?
- Partiu, capitão! - Matheus confirma fazendo referência, e os amigos sorriem não pela brincadeira, mas pelo bom humor dele ter voltado ao normal.
Kaio encontra a irmã no meio do caminho e seguem para casa juntos, mas chegando lá...
- Pai? - Kaio estranha a presença dele na sala, mas a irmã corre pra abraçar o pai.
- Minha filha, que saudade!
- Por que demorou tanto para vir nos ver. - Senhora James chega da viagem naquele momento.
- O que faz aqui?
- Ele veio nos ver. - Kate fala e depois olha para o pai pra ter uma confirmação.
- Isso.
- Não quero você aqui na minha casa!
- Essa casa é dos nossos filhos, você tem muitas outras. - antes que a mãe começasse a brigar Kaio se pronuncia.
- Já não nos deixou longe dele o suficiente, mãe. Está na hora de nos contarem a verdade.
- Como assim? Que verdade? - Kate pergunta e os pais se olham surpresos. - Falem!
CONTINUA...
terça-feira, 17 de outubro de 2017
AMIZADE, LANCE E ROMANCE! ( Parte 13)
Kaio entra na sala de aula, Kate nota que Sam não veio com ele, por um momento se sente culpada e Mari percebe.
- Tudo bem, amiga?
- Acho que sou uma pessoa má.
- Como assim, guria?
- Falei um monte de besteira pra Sam.
- O que foi que você falou?
- Que eu e o Pedro iamos transar, que rimos da cena rídicula dela... - conta e se sente ainda mais culpada.
- E vocês vão?
- Não, quer dizer acho que não. Ah, É cedo pra saber. - as duas se olham pensativas, até que Mari volta a falar.
- Caraca!Ela é apaixonada nele desde a educação infantil praticamente, não precisava ser tão cruel. Kate, você já está namorando o Pedro, deixasse a menina sofrer em paz.
- Ain, eu sei... Mas é que eu vejo ela e o ciúmes cresce aqui no peito e não me controlo. - Mari dá risada.
- Desculpa. - cobre a boca com a mão. - Mas me fala, por que tanto ciúmes da Sam?
- Ela é linda, loira, inteligente, melhor amiga dele, é sensata...
- Ok, ok, já entendi, você quem está apaixonada pela Sam. - zoa a amiga que lhe dá um tapinha, mas ri junto.
- Sua sem graça!
- Sério agora. Tem que relaxar, e deixar a Sam em paz, ela não vai tentar mais nada, agora vocês são namorados, antes ela queria tentar qualquer coisa pra não perder o garoto que ela é apaixonada a vida toda praticamente.
- É, eu acho que eu fui ainda mais ruim, e ela não merecia.
- Mais ruim?
- Deixa quieto, melhor.
- Agora me fala, né!. - a professora chama a atenção das duas por estarem conversando e Kate é salva pelo gongo.
Depois da aula Kaio vai até os Cohen saber porque Samantha foi embora.
- Pijama, sério?
- Pra que roupa se vou passar o dia todo na cama?
- Que depressão meu Deus! - ele levanta as mãos pro alto e ela sorri sentando-se na cama.
- Melhor eu ficar por aqui por um tempo, ou talvez pra sempre.
- Sempre? Vai ficar burra? - ele senta na poltrona grande e azul da amiga.
- Talvez eu mude de escola.
- Pra qual? Aqui só tem uma, esqueceu?
- Mudo de cidade?
- Jura que vai fugir? - os dois ficam em silêncio se olhando até que ele corta o clima depressivo. - Por que foi embora da escola?
- Nada não.
- Como nada não? Me fala.
- Esquece.- ela deita na cama evitando olhá-lo.
- Quem mecheu com você? Fala.
- Já passou, estou bem. - cobre o rosto com o cobertor.
- Se não me contar quem foi, vou contar pra sua mãe que não tem ido na escola. - ela levanta-se sentando na cama novamente.
- Foi a Kate. Me disse que o Pedro e ela riram de mim, que ele me vê como uma irmãzinha. Que até o Matheus partiu pra outra e eu sobrei. Que ela e o Pê vão namorar de forma mais intensa hoje, e tipo, ele era meu melhor amigo, e eles fazerem amor significa muito.
- Por quê? Ele é homem. - dá de ombros.
- Ele é virgem, sempre disse esperar por uma pessoa muito especial, os meninos zoavam até, mas eu achava fofo. - suspira apaixonada e Kaio revira os olhos.
- Minha irmã é uma verdadeira idiota.
- Uma idiota que diz a verdade. - se cobre novamente deitando. - Não posso nunca mais voltar pra escola e ver ela com o Daves sabendo que ela é a garota que ele idealizava pra... Enfim, não serei eu.
- Ele nem é tudo isso, véi. - ela fica em silêncio por um tempo, até que levanta caminha até o amigo e pergunta.
- Kaio, o que sentiu quando me robou um beijo?
- Ah, como assim? - ele fica corado e envergonhado.
- Ah, você beija bem, mas meu coração não acelerou, foi só bom, nada de sentimental.
- Acho que pra mim também foi assim.
- Somos só amigos, nada além disso, né?
- Acho que sim. Como foi com o Pedro?
- AH, foi muito rápido, mas meu corpo gelou por inteiro, o coração quase saiu pela boca. Eu daria qualquer coisa pra beijá-lo de novo.
- Oxi! - ele ri e ela o acompanha.
- Obrigada.
- Pelo que? - ele arqueia a sobrancelha direita em dúvida.
- Por ser um bom amigo pra mim.
- Não precisa agradecer, sua mocreia linda. - aperta as bochechas dela.
- Mocreia linda? - ela cai na gargalhada.
- Não pode?
- Sei lá... - ela sorri e volta pra cama.
- Cama não!
- Cama sim, ela é minha melhor amiga.
- Mais que eu?
- Mais que você, sorry!
- Posso saber por quê?
- Por que estou triste. A Kate tem razão o Pedro tem dó de mim porque sou uma orfãzinha de pai.
- A Kate não sabe de nada.
A noite na casa dos James....
- Cadê sua mãe?
- Foi viajar. - Kate responde Pedro sentando-se no sofá branco como neve da sala.
- Quando vai me apresentar oficialmente pra ela?
- Logo, prometo. - levanta e beija os lábios dele vagarosamente.
- Ok. - ele puxa ela pra se sentar no sofá voltando a beijá-lo.
- Vamos aproveitar enquanto somos só nós dois.
- Já ouvi essas palavras em algum lugar? - ele brinca lembrando de quando disse isso pra ela.
- Aprendi com o melhor. - ela pisca e beija o pescoço dele.
- Você é impossível, sabia?
- Eu? Por quê? - ri e ele sorri, mas antes que pudesse responder Kaio entra na sala furioso.
- Sua louca! Qual o seu problema?
- Do que está falando? - Kate se levanta assustada, Pedro só observa.
- Por que foi contar pra Sam sobre sua transa ou futura transa, sei lá, com o Pedro.
- What? - Pedro praticamente cospe as palavras.
- Essa idiota, falou isso pra Sam, além de chamá-la de orfã de pai, e dizer que o Matheus também não a quer.
- Ela foi te fofocar? - Kate tenta inverter os papéis.
- Não! Eu forcei ela me contar o por que não ficou na escola hoje.
- Ela foi embora por sua causa, Kate? - Pedro começa a ficar indignado.
- Eu não sei porque fez isso, mas se fizer de novo eu juro que vai ter consequências.
- Vai mesmo ficar do lado dela ao invés do meu que sou sua irmã?
- Não ficarei do seu lado enquanto continuar cruela! - sobe as escadas bravíssimo, ela olha pra Pedro que demonstra também estar bravo.
- Por que fez isso?
- Ué, vamos mesmo transar um dia.
- Eu sou virgem. E sempre disse que seria com alguém que eu tivesse algo muito sério, e mesmo que fosse você eu jamais esfregaria na cara da minha melhor amiga que é apaixonada por mim.
- Por quê? Quer poder namorar com ela depois?
- Para de viajar!
- Por que se importa?
- Por quê? Você quer mesmo saber? - fala mais alto nervoso.
- Quero. - ela faz pôse de ofendida.
- Quando eu tinha cinco anos e minha mãe fugiu pra ser modelo, ela me abandonou na frente do serviço do meu pai dizendo que só ia estacionar o carro e voltava, nunca mais voltou. Na cidade eu era conhecido como a criança que nem a mãe gostava, todos me zoavam, sabe quem fez amizade comigo e passou a me proteger? A Sam e o Danilo. Quando meu pai estava depressivo e não sai da cama, quem me buscava pra jantar era os Cohen. Então por tudo isso que ela e a família dela fez por mim que me importo de magoa-los, e mesmo que não, jamais sairia por aí magoando qualquer um a torto e a direita. Não acredito que você seja esse tipo de pessoa.
- O que quer dizer com isso? - fala baixinho e muito triste.
- Não sei se fiz a escolha certa ao enfrentar tudo pra estar contigo.
- Está terminando comigo? - ela aumenta o tom de voz brava. - Vai logo atrás dela então, você nunca fica do meu lado mesmo. Você ficou do lado dela no teste das líderes , e... - ele a interrompe.
- O sonho dela sempre foi ser líder, o pai dela sempre dizia que achava lindo ela querer ser como a mãe, e ela pedeu o teste no primeiro ano do ensino médio. Por que o pai dela foi para o hospital no dia do teste, e morreu algumas horas depois. Ela não conseguiu prestar no meio do ano, não queria perder mais alguma coisa que lembrasse o pai dela. Ela precisava mais de mim do que você.
- Ela sempre precisa. - começa a chorar. - Só por que o pai dela morreu, ela é a pobre coitada. Meu pai foi embora me abandonou e ninguém se importa.
- EU me importo. Mas você nunca quer falar disso, me exclui dessa parte da só vida. Só quer me beijar, mas me apresentar pra sua mãe, ou conversar sobre sua família eu não sirvo.
- Não é isso.
- Claro que é! Você queria tanto que estivessemos namorando, mas na minha vida você é minha namorada, na sua eu sou só um ficante.
- Sem drama!
- EU FAÇO DRAMA? - praticamente grita indignado. - Você que vive surtando por nada, eu estou sempre te mostrando o quanto eu gosto de você, mas de nada serve, vive com ciúmes da Sam, e pior, enlouquece e fala coisas absurdas pra menina.
- Eu surto? Você demorou uma eternidade pra oficializar esse namoro.
- Eternidade? - ele ri sarcasticamente. - três meses é uma eternidade? Pra mim já deu.
- Já deu?
- Estou indo embora. - ele sai pisando firme, ela se joga no sofá chorando ainda mais.
No dia seguinte, Kaio toca a campainha da casa de Sam, e Danilo abre.
- Kaio? O que faz aqui?
- Vim buscar sua irmã pra ir na escola.
- Será que consegue tirar ela da cama? - Samantha desce as escadas pronta pra escola.
- Vou com Kaio, então pode ir com o Pedro. - beija a bochecha do irmão e sai com ele a observando confuso.
- Está melhor? - Kaio perguntando enquanto caminham pra escola.
- Não, mas eu finjo bem.
- Tem que parar de fingir, e balançar a poeira de verdade.
- Prometo tentar, mas não garanto. - ele bagunça o cabelo dela de forma carinhosa.
- Vai fazer as pazes com a Mari?
- Não.
- Por quê?
- Ela me abandonou, não tenho uma conversa significativa com ela por dias.
- Vocês estavam brigada, né.
- Antes disso.
- Se diz. - ele dá de ombros. - E o Pedro?
- Ele me exclui do grupo de amigos dele. Eu estava devendo ele por ter me treinado pro teste da torcida, e me pediu pra não falar mais com ele, ou seja, só se ele vier falar comigo, e namorando a sua irmã eu duvido.
- Quer dizer que vai sentar comigo na aula?
- Não tenho outra escolha. A Larissa namorando o Matheus de novo, deve me querer beeeeem longe, então só sobrou você.
- Obrigado pela parte que me toca. - brinca e ela sorri, entram na escola e vão direto para sala de aula, passando pelo banco de sempre vendo os amigos todos lá, Kaio abana a mão em um cumprimento, mas não para.
Mais tarde na aula extra de poesia, teatro e canto a professora conta que tem outro trabalho em grupo pra eles...
- Dessa vez vocês vão montar peças pequenas sobre preconceito, eu vou sortear o tema e os integrantes do grupo. Serão trios, e a apresentação que for o melhor grupo vai terminar de montar a peça e apresentar para escola toda. Animados? - ela fala muito animada, mas os alunos a olham sem um pingo de animo. - O que vai gerar média dez nesse bimestre independente de todas as outras atividades que eu passar até o fim do bimestre. - pega dois potes um cheio de papéis com nomes dos alunos e outro com temas. - Primeiro grupo, Anthony, Kaio e Larissa. - os três se olham sem saber se era bom ou ruim. - Segundo, Mariana, Danilo e Kate. - esse já se olham cumplices. - Terceiro, Samantha, Pedro e Matheus. - nenhum dos três se olham, abaixam a cabeça frustrados e com medo do que seria esse grupo.
CONTINUA....
- Tudo bem, amiga?
- Acho que sou uma pessoa má.
- Como assim, guria?
- Falei um monte de besteira pra Sam.
- O que foi que você falou?
- Que eu e o Pedro iamos transar, que rimos da cena rídicula dela... - conta e se sente ainda mais culpada.
- E vocês vão?
- Não, quer dizer acho que não. Ah, É cedo pra saber. - as duas se olham pensativas, até que Mari volta a falar.
- Caraca!Ela é apaixonada nele desde a educação infantil praticamente, não precisava ser tão cruel. Kate, você já está namorando o Pedro, deixasse a menina sofrer em paz.
- Ain, eu sei... Mas é que eu vejo ela e o ciúmes cresce aqui no peito e não me controlo. - Mari dá risada.
- Desculpa. - cobre a boca com a mão. - Mas me fala, por que tanto ciúmes da Sam?
- Ela é linda, loira, inteligente, melhor amiga dele, é sensata...
- Ok, ok, já entendi, você quem está apaixonada pela Sam. - zoa a amiga que lhe dá um tapinha, mas ri junto.
- Sua sem graça!
- Sério agora. Tem que relaxar, e deixar a Sam em paz, ela não vai tentar mais nada, agora vocês são namorados, antes ela queria tentar qualquer coisa pra não perder o garoto que ela é apaixonada a vida toda praticamente.
- É, eu acho que eu fui ainda mais ruim, e ela não merecia.
- Mais ruim?
- Deixa quieto, melhor.
- Agora me fala, né!. - a professora chama a atenção das duas por estarem conversando e Kate é salva pelo gongo.
Depois da aula Kaio vai até os Cohen saber porque Samantha foi embora.
- Pijama, sério?
- Pra que roupa se vou passar o dia todo na cama?
- Que depressão meu Deus! - ele levanta as mãos pro alto e ela sorri sentando-se na cama.
- Melhor eu ficar por aqui por um tempo, ou talvez pra sempre.
- Sempre? Vai ficar burra? - ele senta na poltrona grande e azul da amiga.
- Talvez eu mude de escola.
- Pra qual? Aqui só tem uma, esqueceu?
- Mudo de cidade?
- Jura que vai fugir? - os dois ficam em silêncio se olhando até que ele corta o clima depressivo. - Por que foi embora da escola?
- Nada não.
- Como nada não? Me fala.
- Esquece.- ela deita na cama evitando olhá-lo.
- Quem mecheu com você? Fala.
- Já passou, estou bem. - cobre o rosto com o cobertor.
- Se não me contar quem foi, vou contar pra sua mãe que não tem ido na escola. - ela levanta-se sentando na cama novamente.
- Foi a Kate. Me disse que o Pedro e ela riram de mim, que ele me vê como uma irmãzinha. Que até o Matheus partiu pra outra e eu sobrei. Que ela e o Pê vão namorar de forma mais intensa hoje, e tipo, ele era meu melhor amigo, e eles fazerem amor significa muito.
- Por quê? Ele é homem. - dá de ombros.
- Ele é virgem, sempre disse esperar por uma pessoa muito especial, os meninos zoavam até, mas eu achava fofo. - suspira apaixonada e Kaio revira os olhos.
- Minha irmã é uma verdadeira idiota.
- Uma idiota que diz a verdade. - se cobre novamente deitando. - Não posso nunca mais voltar pra escola e ver ela com o Daves sabendo que ela é a garota que ele idealizava pra... Enfim, não serei eu.
- Ele nem é tudo isso, véi. - ela fica em silêncio por um tempo, até que levanta caminha até o amigo e pergunta.
- Kaio, o que sentiu quando me robou um beijo?
- Ah, como assim? - ele fica corado e envergonhado.
- Ah, você beija bem, mas meu coração não acelerou, foi só bom, nada de sentimental.
- Acho que pra mim também foi assim.
- Somos só amigos, nada além disso, né?
- Acho que sim. Como foi com o Pedro?
- AH, foi muito rápido, mas meu corpo gelou por inteiro, o coração quase saiu pela boca. Eu daria qualquer coisa pra beijá-lo de novo.
- Oxi! - ele ri e ela o acompanha.
- Obrigada.
- Pelo que? - ele arqueia a sobrancelha direita em dúvida.
- Por ser um bom amigo pra mim.
- Não precisa agradecer, sua mocreia linda. - aperta as bochechas dela.
- Mocreia linda? - ela cai na gargalhada.
- Não pode?
- Sei lá... - ela sorri e volta pra cama.
- Cama não!
- Cama sim, ela é minha melhor amiga.
- Mais que eu?
- Mais que você, sorry!
- Posso saber por quê?
- Por que estou triste. A Kate tem razão o Pedro tem dó de mim porque sou uma orfãzinha de pai.
- A Kate não sabe de nada.
A noite na casa dos James....
- Cadê sua mãe?
- Foi viajar. - Kate responde Pedro sentando-se no sofá branco como neve da sala.
- Quando vai me apresentar oficialmente pra ela?
- Logo, prometo. - levanta e beija os lábios dele vagarosamente.
- Ok. - ele puxa ela pra se sentar no sofá voltando a beijá-lo.
- Vamos aproveitar enquanto somos só nós dois.
- Já ouvi essas palavras em algum lugar? - ele brinca lembrando de quando disse isso pra ela.
- Aprendi com o melhor. - ela pisca e beija o pescoço dele.
- Você é impossível, sabia?
- Eu? Por quê? - ri e ele sorri, mas antes que pudesse responder Kaio entra na sala furioso.
- Sua louca! Qual o seu problema?
- Do que está falando? - Kate se levanta assustada, Pedro só observa.
- Por que foi contar pra Sam sobre sua transa ou futura transa, sei lá, com o Pedro.
- What? - Pedro praticamente cospe as palavras.
- Essa idiota, falou isso pra Sam, além de chamá-la de orfã de pai, e dizer que o Matheus também não a quer.
- Ela foi te fofocar? - Kate tenta inverter os papéis.
- Não! Eu forcei ela me contar o por que não ficou na escola hoje.
- Ela foi embora por sua causa, Kate? - Pedro começa a ficar indignado.
- Eu não sei porque fez isso, mas se fizer de novo eu juro que vai ter consequências.
- Vai mesmo ficar do lado dela ao invés do meu que sou sua irmã?
- Não ficarei do seu lado enquanto continuar cruela! - sobe as escadas bravíssimo, ela olha pra Pedro que demonstra também estar bravo.
- Por que fez isso?
- Ué, vamos mesmo transar um dia.
- Eu sou virgem. E sempre disse que seria com alguém que eu tivesse algo muito sério, e mesmo que fosse você eu jamais esfregaria na cara da minha melhor amiga que é apaixonada por mim.
- Por quê? Quer poder namorar com ela depois?
- Para de viajar!
- Por que se importa?
- Por quê? Você quer mesmo saber? - fala mais alto nervoso.
- Quero. - ela faz pôse de ofendida.
- Quando eu tinha cinco anos e minha mãe fugiu pra ser modelo, ela me abandonou na frente do serviço do meu pai dizendo que só ia estacionar o carro e voltava, nunca mais voltou. Na cidade eu era conhecido como a criança que nem a mãe gostava, todos me zoavam, sabe quem fez amizade comigo e passou a me proteger? A Sam e o Danilo. Quando meu pai estava depressivo e não sai da cama, quem me buscava pra jantar era os Cohen. Então por tudo isso que ela e a família dela fez por mim que me importo de magoa-los, e mesmo que não, jamais sairia por aí magoando qualquer um a torto e a direita. Não acredito que você seja esse tipo de pessoa.
- O que quer dizer com isso? - fala baixinho e muito triste.
- Não sei se fiz a escolha certa ao enfrentar tudo pra estar contigo.
- Está terminando comigo? - ela aumenta o tom de voz brava. - Vai logo atrás dela então, você nunca fica do meu lado mesmo. Você ficou do lado dela no teste das líderes , e... - ele a interrompe.
- O sonho dela sempre foi ser líder, o pai dela sempre dizia que achava lindo ela querer ser como a mãe, e ela pedeu o teste no primeiro ano do ensino médio. Por que o pai dela foi para o hospital no dia do teste, e morreu algumas horas depois. Ela não conseguiu prestar no meio do ano, não queria perder mais alguma coisa que lembrasse o pai dela. Ela precisava mais de mim do que você.
- Ela sempre precisa. - começa a chorar. - Só por que o pai dela morreu, ela é a pobre coitada. Meu pai foi embora me abandonou e ninguém se importa.
- EU me importo. Mas você nunca quer falar disso, me exclui dessa parte da só vida. Só quer me beijar, mas me apresentar pra sua mãe, ou conversar sobre sua família eu não sirvo.
- Não é isso.
- Claro que é! Você queria tanto que estivessemos namorando, mas na minha vida você é minha namorada, na sua eu sou só um ficante.
- Sem drama!
- EU FAÇO DRAMA? - praticamente grita indignado. - Você que vive surtando por nada, eu estou sempre te mostrando o quanto eu gosto de você, mas de nada serve, vive com ciúmes da Sam, e pior, enlouquece e fala coisas absurdas pra menina.
- Eu surto? Você demorou uma eternidade pra oficializar esse namoro.
- Eternidade? - ele ri sarcasticamente. - três meses é uma eternidade? Pra mim já deu.
- Já deu?
- Estou indo embora. - ele sai pisando firme, ela se joga no sofá chorando ainda mais.
No dia seguinte, Kaio toca a campainha da casa de Sam, e Danilo abre.
- Kaio? O que faz aqui?
- Vim buscar sua irmã pra ir na escola.
- Será que consegue tirar ela da cama? - Samantha desce as escadas pronta pra escola.
- Vou com Kaio, então pode ir com o Pedro. - beija a bochecha do irmão e sai com ele a observando confuso.
- Está melhor? - Kaio perguntando enquanto caminham pra escola.
- Não, mas eu finjo bem.
- Tem que parar de fingir, e balançar a poeira de verdade.
- Prometo tentar, mas não garanto. - ele bagunça o cabelo dela de forma carinhosa.
- Vai fazer as pazes com a Mari?
- Não.
- Por quê?
- Ela me abandonou, não tenho uma conversa significativa com ela por dias.
- Vocês estavam brigada, né.
- Antes disso.
- Se diz. - ele dá de ombros. - E o Pedro?
- Ele me exclui do grupo de amigos dele. Eu estava devendo ele por ter me treinado pro teste da torcida, e me pediu pra não falar mais com ele, ou seja, só se ele vier falar comigo, e namorando a sua irmã eu duvido.
- Quer dizer que vai sentar comigo na aula?
- Não tenho outra escolha. A Larissa namorando o Matheus de novo, deve me querer beeeeem longe, então só sobrou você.
- Obrigado pela parte que me toca. - brinca e ela sorri, entram na escola e vão direto para sala de aula, passando pelo banco de sempre vendo os amigos todos lá, Kaio abana a mão em um cumprimento, mas não para.
Mais tarde na aula extra de poesia, teatro e canto a professora conta que tem outro trabalho em grupo pra eles...
- Dessa vez vocês vão montar peças pequenas sobre preconceito, eu vou sortear o tema e os integrantes do grupo. Serão trios, e a apresentação que for o melhor grupo vai terminar de montar a peça e apresentar para escola toda. Animados? - ela fala muito animada, mas os alunos a olham sem um pingo de animo. - O que vai gerar média dez nesse bimestre independente de todas as outras atividades que eu passar até o fim do bimestre. - pega dois potes um cheio de papéis com nomes dos alunos e outro com temas. - Primeiro grupo, Anthony, Kaio e Larissa. - os três se olham sem saber se era bom ou ruim. - Segundo, Mariana, Danilo e Kate. - esse já se olham cumplices. - Terceiro, Samantha, Pedro e Matheus. - nenhum dos três se olham, abaixam a cabeça frustrados e com medo do que seria esse grupo.
CONTINUA....
sexta-feira, 13 de outubro de 2017
AMIZADE, LANCE E ROMANCE! ( Parte 12)
- Pedro? - Kate abre a porta e se surpreende vendo o rapaz.
- Oi. Desculpa ter sumido, mas eu tinha preparado algo muito especial pra você, e a ... - respira fundo e volta a falar. - a Samantha estragou.
- Como assim algo especial? - ela ficou curiosa.
- Você sabe que desde que chegou a minha vida tudo mudou, não é? - ela balança a cabeça concordando. - Eu sei que em tão pouco tempo foi tudo muito intenso. - se ajoelha e ela cobre a boca com as mãos muito surpresa. - Tudo que eu quero é que aceite estar comigo oficialmente. Quer namorar comigo? - ela tira as mãos do rosto, sorri e o puxa pela mão fazendo-o levantar.
- Sim, como não aceitaria? - ela o beija, depois a roda e os dois riem felizes.
Sam e Kaio veem toda a cena caminhando pela calçada voltando da praia.
- Melhor eu não parar, agora é oficial, os dois são namorados e eu perdi. - lamenta olhando para o chão.
- Quer que eu te leve em casa?
- Não obrigada. - Kate vê o irmão com Sam se aproximando, e pede para Pedro ir ao banheiro limpar seu rosto que ela disse estar sujo, mas não estava.
- Nada separa um amor verdadeiro, queridinha! - mostra a mão com a aliança.
- Acho que está certa. Parabéns. - Sam fala entristecida, mas Kate não se convence.
- Vai se fazer de santa?
- Não é isso. Tudo bem você venceu, tem o coração dele, chegou a hora de desistir.
- Você não me engana!
- Cuida dele, tá? - começa a caminhar pra longe.
- Seu beijo não significou nada pra ele! Aliáis, ele só te ajudou no teste da líderes porque tem dó de você. Uma pobre coitada orfã de pai. - Sam não disse nada, nem olhou para trás, mas uma lágrima escorreu por seu rosto. Pedro volta lá fora.
- Kate, não achei onde estava sujo. - Kaio entende o que a irmã fez e revira os olhos. - Ah, oi, Kaio!
- Oi, Brother! Deixa eu entrar e tirar essa areia do corpo.
- Avisa a mamãe que sai, por favor.
- Hoje é o dia do jantar em família.
- Eu não estou nem aí. - Kaio segura o braço da irmã a fazendo o olhar nos olhos.
- Não está namorando agora? Devia trazer seu namorado pra realmente conhecer a nossa mãe.
- Não agora. - solta-se e sai caminhando com Pedro.
- Você não quer que sua mãe me conheça melhor?
- Não é isso. É que ela passou por muita coisa, não quero chateá-la, mais pra frente te apresento, eu prometo.
No dia seguinte pela manhã, Danilo resolve não ir falar com a irmã, pois não sabia bem o que dizer, por isso foi pra escola sozinho, também não passou no Pedro. Chegando na escola sentou-se no banco de sempre, e os amigos foram chegando sucessivamente nessa ordem, Matheus, Kaio, Kate, Pedro, Anthony, Mari.Ficaram falando de bobagens como o festival de sábado a noite da escola, todos notaram que Sam não estava, mas ninguém teve a coragem de perguntar. Nem mesmo depois quando tiveram certeza de que ela não foi a escola.
- Então você e a Larissa voltaram? - Pedro pergunta vendo ela mandando beijos pro primo.
- Na verdade é sem compromisso. Não queremos nos perder. - Matheus responde mandando piscadinhas pra Larissa.
- E a Sam?
- Ela não quer nada comigo, hora de superar.
- Sei. - Pedro fica pensativo, mas acha melhor não opinar.
- O que o Danilo tanto conversa com a Mari?
- Não tenho a menor ideia, mas ela parece beeeeem triste. - os dois comentam observando Mariana e Danilo do outro lado da cantina.
- Oi, meu amor. - Kate chega beijando Pedro na boca, Matheus nem liga. - O que estão fazendo?
- Vigiando a vida alheia.
- Como assim, Ma?
- Mari está muito mal, Danilo consola, mas porque será? Será por causa da briga com a melhor amiga?
- Acho que não. Ela parece muito abatida. - Pedro conclui.
- Melhor deixarmos o Danilo cuidar dela e nós cuidarmos da nossa própria vida. Depois eu vou falar com ela. Maas que tal irmos na festinha da Larissa hoje?
- Vocês também vão?
- Voltou a ser o popular convidado pra todas as festas? - Pedro pergunta assim que seu primo afirma ir na festa.
- Nunca deixei de ser. - dá de ombros.
- Vamos? - Kate faz olhinhos do gato do shrek para que Pedro dissesse sim. - Diga que sim? Sim?
- Está bem, você ganhou. - sorri pra ela e beija sua bochecha.
Samantha não levantou da cama durante a manhã inteira, chorou a noite toda e quando resolveu levantar foi até o cemitério ver sua pessoa favorita no mundo, seu pai...
- Oi, pai. - olha pra lápide e se senta no banco próximo, no meio do papo lágrimas começaram a escorrer por seu rosto. - Eu fiz merda. Muita merda. Briguei com os meus dois melhores amigos, e um deles também era o amor da minha vida. Falei um monte de idiotices, tantas que o Dan nem veio falar comigo hoje de manhã. Acho que ele não sabe lidar comigo surtada. A mamãe tem trabalhado muito e não notou como estou e nem que não fui na escola, mas tudo bem, ela tem feito o possível e o impossível pra manter nossa vida como era quando você estava. Eu só queria que essa dor que estou sentindo desde que você se foi passasse, mas parece que um ano não foi suficiente. talvez seja melhor eu ir embora. Ninguém me quer aqui depois do que fiz. - a menina chora desolada, muito culpada pelas atitudes e com uma imensa saudade do pai.
Enquanto isso na escola na aula extra de música...
- Quer saber, vem comigo! - Danilo fala alguns metros antes de entrar na sala, e Mari o olha confusa.
- Está maluco?
- Confia em mim?
- Confio, mas o que vamos fazer?
- Não iremos assistir a aula. - estende a mão, ela pensa alguns segundos e segura a mão dele o acompanhando para longe da aula de música.
- Eu nunca matei aula.
- Mais é nerd hem! - zoa ela rindo.
- Você e seus amigos que nunca levam nada a sério.
- Eu sou um bom aluno.
-Ok, não posso discordar disso.
- E também temos um bom motivo.
- Qual?
- Esse. - chegam até a piscina do colégio e ele mostra com um gesto das mãos.
- Por que estamos na piscina da escola? - ela arqueia a sobrancelha direita.
- O que acha? - coloca as mãos na cintura indignado com a pergunta dela.
- Não trouxemos biquini, engraçadinho.
- Pra que?
- Como pra que?
- Relaxa. - ele sorri maroto se aproximando dela, ela sente seu estômago gelar. - Eu não gosto de te ver triste.
- Legal! - ela evita olhar nos olhos dele. - Eu acho.
- Que bom que acha legal. - antes que ela pudesse perguntar o por que ele a puxa pela cintura jogando a amiga e a si mesmo junto dentro da piscina.
- Seu maluco! - Mari fala assim que põe a cabeça na superfície.
- Temos algo em comum. - zoa ela e começa a jogar água na menina que faz o mesmo, os dois se divertem brincando por alguns minutos. - Trégua! - Danilo pede e ela para, mas era só brincadeira e ele volta a jogar água nela.
- Seu mentiroso. - fala rindo e jogando água nele também.
- Ei! - vai se aproximando dela. - Mentiroso não! Vem cá! - segura ela com os braços presos pra baixo, e assim os dois ficam bem próximo, o suficiente para não pensarem em nada pra falar. Por alguns segundos ficam se encarando com os corações acelerados, até que ela pede pra que ele a solte.
- Obrigada, você me animou, mas pode me soltar agora. - ela fala delicadamente, vagarosamente ele a solta sem graça.
- Não precisa agradecer, somos amigos.
- Mesmo assim, obrigada. - sorri sincera, ele empurra ela até a beirada ficando de frente um para o outro, muito perto. - O que está fazendo? - ele põe o dedo indicador nos lábios dela.
- Ele já foi.
- Quem? - Danilo se afasta saindo da piscina.
- O Inspetor. Vem, vamos. Não queremos uma suspensão. - estende a mão pra ela que aceita e sai da piscina também.
- Aula de música? - brinca olhando para os dois molhados.
- Pra casa, gracinha. - ele pisca e a puxa pela mão pra longe dali.
Samantha voltou do cemitério para casa, mas ficou trancada, e seu irmão chegou tarde o suficente para não ir falar com ela. No dia seguinte, Danilo, não vê a irmã sentada a mesa para o café da manhã, então resolve ir até o quarto dela, nota que ela estava no banheiro, abre a porta e a encontra dentro da banheira, mergulhada por um tempo, o que o assusta fazendo com que a puxasse para superfície.
- Está louca? - pergunta assustado.
- Me deixa em paz, Danilo! - fala com dificuldade voltando a respirar.
- Você não estava fazendo o que achei que estava?
- Claro que não. - ela mente com medo do que ouviria do irmão.
- Por que seria muita fraqueza, além de burrice.
- Ainda sim ia ser a minha fraqueza e burrice.
- Não fala besteira, Samantha. - Danilo não costumava chamá-la pelo nome, geralmente era por um apelido e aquilo lhe doeu.
- Você fala um monte de besteira.
- Que seja! Não vai na escola?
- Vou. Pode ir na frente. - ele dá de ombros e sai do banheiro.
No intervalo os amigos sentam juntos...
- Mari, você viu a Sam?
- Não, ela não veio hoje. - Kate escuta e palpita.
- Podia nunca mais vir!
- Kate! - Pedro a repreende, Mari e Danilo a ignoram.
- Vou ter que conversar direitinho com ela depois da escola.
- Deixa a menina, ela pagou o maior mico, precisa de um tempo pra se recompor. - Larissa fala após se desgrudar dos lábios de Matheus.
- AH, não sei não. - Anthony comenta.
- Acho que a Larissa está certa. - agora Kate quem palpita. - Daqui a pouco ela está melhor.
- Dan, você que é irmão dela o que acha? - Kaio cochicha com o amigo vendo os outros amigos mudarem de assunto.
- Eu peguei ela mergulhada na banheira, parecia que estava tentando se afogar, mas conversamos, e ela tratou do assunto como se eu estivesse maluco.
- Sério?
- Acho que eu só estou preocupado, a Sam jamais faria isso, ela sempre foi muito sensata.
- Bom, o beijo no Pedro não foi a coisa mais sensata, talvez devessemos prestar atenção.
- Vou prestar. - os dois apertam as mãos como se combinassem que fariam isso juntos, ficar de olho na Sam.
A semana se foi e o final de semana chegou, os garotos foram jogar paintball e Mari, Kate e Anthony foram nadar na piscina da casa dos James. A noite foram na lanchonete de sempre. No domingo Mari tentava ficar bem com a família, mas o pai já estava bebendo e ficando alcolizado, a mãe estava calada e cautelosa. Foi então que resolveu ligar pro Danilo e ir dar uma volta no parque. Kate foi almoçar na casa do Pedro e conhecer o sogrinho. Kaio e senhora James passaram o dia vendo filmes, algo que não faziam há muito tempo.Anthony passou dormindo recuperando as energias. Matheus e Larissa passaram o dia trancados em seu quarto namorando...
- Vamos com calma.
- Estamos indo com calma. - ele para de beijá-la a olhando.
- Não exatamente. - ela diz sem jeito.
- Não está bom?
- Sim. - confirma com um sorriso tímido.
- Então! Por que não continuar?
- Por que eu gosto de você, quero que seja em um momento especial. - Matheus gela com receio do que ela falava.
- Você não gosta de ninguém, vai! - brinca.
- Quem disse?
- E também não é... Você sabe.
- Não, não sou. Mas, não muda que quero nossa primeira vez de uma forma especial.
- Tudo bem, você quem manda. Mas, podiamos fazer ser especial agora mesmo. - beija o pescoço dela.
- Não enquanto ainda gostar da Samantha. - para de beijá-la e a encara. - Tudo bem eu sei.
- Sabe? E está tudo bem? - franzi a testa.
- Sim, eu vou fazer você se esquecer dela.
- Se está dizendo. - ela o puxa pra perto dela e voltam a se beijar.
No dia seguinte, Kaio nota a falta de Sam pela quarta vez seguida, resolve então ir buscá-la...
- Você está deitada? - ela resmunga debaixo do lençol.
- O que faz aqui?
- Vim te buscar, chega de faltar da escola.
- Eu não vou mais voltar lá.
- Posso saber por quê?
- Por que ninguém me quer lá. Ninguém sentiu minha falta.
- Eu senti. Você vai comigo agora.. - puxa o lençol dela.
- Não, Kaio. - ele puxa mais, depois abre as janelas e ela se rende. - Ok, eu vou, mas se me sentir mal volto pra casa.
- Combinado. - ele sorri. - Te espero lá embaixo, não demora. Alguns segundos ela desce as escadas vestindo uma calça jeans e a camiseta do uniforme, cabelos um pouco bagunçados.
- Vamos.
- Não vai se arrepender.
- Duvido. - caminham até a escola, e a grande maioria dos alunos já tinham entrado pra salas, pois o sinal acabava de tocar, um colega do basquete chama Kaio.
- Eu já volto, espera aqui e eu vou com você pra sala. - assim que ele falou ela se sentou para esperar. Kate vê a menina de longe e foi até ela.
- Apareceu a margarida. - fala ironicamente.
- Oi, Kate.
- Uma reijeção e some da escola?
- Não é da sua conta.
- É da minha conta sim. - se aproxima de Sam. - Sabe o beijo que deu no meu namorado? Não significou nada, aliais, rimos juntos de como você foi rídicula.
- Kate, me deixa em paz, você já conseguiu o que queria. Está namorando o Pê, ok.
- Pê? Que bonitinha, ainda acha que pode chamá-lo assim. - Sam olha pro chão. - Isso fica com vergonha mesmo, o que você fez foi rídiculo, o Pedro jamais iria gostar de você, sabe por quê? Ele sempre te viu como uma irmãzinha. Jamais te beijaria da forma como me beija. Ele sente desejo por mim.
- Faça bom proveito. - Cohen tentar cortar o assunto.
- Com certeza, hoje a noite então. Minha mãe viajou, o Kaio vai em uma festa, a casa será só nossa.
- Vocês vão transar? - Sam não consegue se conter e pergunta na lata, o que deixa Kate sorridente, pois era exatamente o que queria que a menina pensasse.
- Nossa primeira noite juntos. - suspira, e vira-se de costas saindo, mas para, se aproxima novamente e fala no ouvido de Cohen. - E o Matheus também já teve uma noite linda de amor com a Larissa, ela me contou os detalhes. Bem dizem que mais vale um pássaro na mão do que dois voando. - sai em seguida e as lágrimas começam a escorrer por seu rosto, olha para os lado não vê Kaio, então se levanta e volta para sua casa, sua cama.
- Ué, cadê ela? - olha no relógio e percebe que não dava tempo de buscá-la na casa dela novamente, vai pra aula.
CONTINUA.....
- Oi. Desculpa ter sumido, mas eu tinha preparado algo muito especial pra você, e a ... - respira fundo e volta a falar. - a Samantha estragou.
- Como assim algo especial? - ela ficou curiosa.
- Você sabe que desde que chegou a minha vida tudo mudou, não é? - ela balança a cabeça concordando. - Eu sei que em tão pouco tempo foi tudo muito intenso. - se ajoelha e ela cobre a boca com as mãos muito surpresa. - Tudo que eu quero é que aceite estar comigo oficialmente. Quer namorar comigo? - ela tira as mãos do rosto, sorri e o puxa pela mão fazendo-o levantar.
- Sim, como não aceitaria? - ela o beija, depois a roda e os dois riem felizes.
Sam e Kaio veem toda a cena caminhando pela calçada voltando da praia.
- Melhor eu não parar, agora é oficial, os dois são namorados e eu perdi. - lamenta olhando para o chão.
- Quer que eu te leve em casa?
- Não obrigada. - Kate vê o irmão com Sam se aproximando, e pede para Pedro ir ao banheiro limpar seu rosto que ela disse estar sujo, mas não estava.
- Nada separa um amor verdadeiro, queridinha! - mostra a mão com a aliança.
- Acho que está certa. Parabéns. - Sam fala entristecida, mas Kate não se convence.
- Vai se fazer de santa?
- Não é isso. Tudo bem você venceu, tem o coração dele, chegou a hora de desistir.
- Você não me engana!
- Cuida dele, tá? - começa a caminhar pra longe.
- Seu beijo não significou nada pra ele! Aliáis, ele só te ajudou no teste da líderes porque tem dó de você. Uma pobre coitada orfã de pai. - Sam não disse nada, nem olhou para trás, mas uma lágrima escorreu por seu rosto. Pedro volta lá fora.
- Kate, não achei onde estava sujo. - Kaio entende o que a irmã fez e revira os olhos. - Ah, oi, Kaio!
- Oi, Brother! Deixa eu entrar e tirar essa areia do corpo.
- Avisa a mamãe que sai, por favor.
- Hoje é o dia do jantar em família.
- Eu não estou nem aí. - Kaio segura o braço da irmã a fazendo o olhar nos olhos.
- Não está namorando agora? Devia trazer seu namorado pra realmente conhecer a nossa mãe.
- Não agora. - solta-se e sai caminhando com Pedro.
- Você não quer que sua mãe me conheça melhor?
- Não é isso. É que ela passou por muita coisa, não quero chateá-la, mais pra frente te apresento, eu prometo.
No dia seguinte pela manhã, Danilo resolve não ir falar com a irmã, pois não sabia bem o que dizer, por isso foi pra escola sozinho, também não passou no Pedro. Chegando na escola sentou-se no banco de sempre, e os amigos foram chegando sucessivamente nessa ordem, Matheus, Kaio, Kate, Pedro, Anthony, Mari.Ficaram falando de bobagens como o festival de sábado a noite da escola, todos notaram que Sam não estava, mas ninguém teve a coragem de perguntar. Nem mesmo depois quando tiveram certeza de que ela não foi a escola.
- Então você e a Larissa voltaram? - Pedro pergunta vendo ela mandando beijos pro primo.
- Na verdade é sem compromisso. Não queremos nos perder. - Matheus responde mandando piscadinhas pra Larissa.
- E a Sam?
- Ela não quer nada comigo, hora de superar.
- Sei. - Pedro fica pensativo, mas acha melhor não opinar.
- O que o Danilo tanto conversa com a Mari?
- Não tenho a menor ideia, mas ela parece beeeeem triste. - os dois comentam observando Mariana e Danilo do outro lado da cantina.
- Oi, meu amor. - Kate chega beijando Pedro na boca, Matheus nem liga. - O que estão fazendo?
- Vigiando a vida alheia.
- Como assim, Ma?
- Mari está muito mal, Danilo consola, mas porque será? Será por causa da briga com a melhor amiga?
- Acho que não. Ela parece muito abatida. - Pedro conclui.
- Melhor deixarmos o Danilo cuidar dela e nós cuidarmos da nossa própria vida. Depois eu vou falar com ela. Maas que tal irmos na festinha da Larissa hoje?
- Vocês também vão?
- Voltou a ser o popular convidado pra todas as festas? - Pedro pergunta assim que seu primo afirma ir na festa.
- Nunca deixei de ser. - dá de ombros.
- Vamos? - Kate faz olhinhos do gato do shrek para que Pedro dissesse sim. - Diga que sim? Sim?
- Está bem, você ganhou. - sorri pra ela e beija sua bochecha.
Samantha não levantou da cama durante a manhã inteira, chorou a noite toda e quando resolveu levantar foi até o cemitério ver sua pessoa favorita no mundo, seu pai...
- Oi, pai. - olha pra lápide e se senta no banco próximo, no meio do papo lágrimas começaram a escorrer por seu rosto. - Eu fiz merda. Muita merda. Briguei com os meus dois melhores amigos, e um deles também era o amor da minha vida. Falei um monte de idiotices, tantas que o Dan nem veio falar comigo hoje de manhã. Acho que ele não sabe lidar comigo surtada. A mamãe tem trabalhado muito e não notou como estou e nem que não fui na escola, mas tudo bem, ela tem feito o possível e o impossível pra manter nossa vida como era quando você estava. Eu só queria que essa dor que estou sentindo desde que você se foi passasse, mas parece que um ano não foi suficiente. talvez seja melhor eu ir embora. Ninguém me quer aqui depois do que fiz. - a menina chora desolada, muito culpada pelas atitudes e com uma imensa saudade do pai.
Enquanto isso na escola na aula extra de música...
- Quer saber, vem comigo! - Danilo fala alguns metros antes de entrar na sala, e Mari o olha confusa.
- Está maluco?
- Confia em mim?
- Confio, mas o que vamos fazer?
- Não iremos assistir a aula. - estende a mão, ela pensa alguns segundos e segura a mão dele o acompanhando para longe da aula de música.
- Eu nunca matei aula.
- Mais é nerd hem! - zoa ela rindo.
- Você e seus amigos que nunca levam nada a sério.
- Eu sou um bom aluno.
-Ok, não posso discordar disso.
- E também temos um bom motivo.
- Qual?
- Esse. - chegam até a piscina do colégio e ele mostra com um gesto das mãos.
- Por que estamos na piscina da escola? - ela arqueia a sobrancelha direita.
- O que acha? - coloca as mãos na cintura indignado com a pergunta dela.
- Não trouxemos biquini, engraçadinho.
- Pra que?
- Como pra que?
- Relaxa. - ele sorri maroto se aproximando dela, ela sente seu estômago gelar. - Eu não gosto de te ver triste.
- Legal! - ela evita olhar nos olhos dele. - Eu acho.
- Que bom que acha legal. - antes que ela pudesse perguntar o por que ele a puxa pela cintura jogando a amiga e a si mesmo junto dentro da piscina.
- Seu maluco! - Mari fala assim que põe a cabeça na superfície.
- Temos algo em comum. - zoa ela e começa a jogar água na menina que faz o mesmo, os dois se divertem brincando por alguns minutos. - Trégua! - Danilo pede e ela para, mas era só brincadeira e ele volta a jogar água nela.
- Seu mentiroso. - fala rindo e jogando água nele também.
- Ei! - vai se aproximando dela. - Mentiroso não! Vem cá! - segura ela com os braços presos pra baixo, e assim os dois ficam bem próximo, o suficiente para não pensarem em nada pra falar. Por alguns segundos ficam se encarando com os corações acelerados, até que ela pede pra que ele a solte.
- Obrigada, você me animou, mas pode me soltar agora. - ela fala delicadamente, vagarosamente ele a solta sem graça.
- Não precisa agradecer, somos amigos.
- Mesmo assim, obrigada. - sorri sincera, ele empurra ela até a beirada ficando de frente um para o outro, muito perto. - O que está fazendo? - ele põe o dedo indicador nos lábios dela.
- Ele já foi.
- Quem? - Danilo se afasta saindo da piscina.
- O Inspetor. Vem, vamos. Não queremos uma suspensão. - estende a mão pra ela que aceita e sai da piscina também.
- Aula de música? - brinca olhando para os dois molhados.
- Pra casa, gracinha. - ele pisca e a puxa pela mão pra longe dali.
Samantha voltou do cemitério para casa, mas ficou trancada, e seu irmão chegou tarde o suficente para não ir falar com ela. No dia seguinte, Danilo, não vê a irmã sentada a mesa para o café da manhã, então resolve ir até o quarto dela, nota que ela estava no banheiro, abre a porta e a encontra dentro da banheira, mergulhada por um tempo, o que o assusta fazendo com que a puxasse para superfície.
- Está louca? - pergunta assustado.
- Me deixa em paz, Danilo! - fala com dificuldade voltando a respirar.
- Você não estava fazendo o que achei que estava?
- Claro que não. - ela mente com medo do que ouviria do irmão.
- Por que seria muita fraqueza, além de burrice.
- Ainda sim ia ser a minha fraqueza e burrice.
- Não fala besteira, Samantha. - Danilo não costumava chamá-la pelo nome, geralmente era por um apelido e aquilo lhe doeu.
- Você fala um monte de besteira.
- Que seja! Não vai na escola?
- Vou. Pode ir na frente. - ele dá de ombros e sai do banheiro.
No intervalo os amigos sentam juntos...
- Mari, você viu a Sam?
- Não, ela não veio hoje. - Kate escuta e palpita.
- Podia nunca mais vir!
- Kate! - Pedro a repreende, Mari e Danilo a ignoram.
- Vou ter que conversar direitinho com ela depois da escola.
- Deixa a menina, ela pagou o maior mico, precisa de um tempo pra se recompor. - Larissa fala após se desgrudar dos lábios de Matheus.
- AH, não sei não. - Anthony comenta.
- Acho que a Larissa está certa. - agora Kate quem palpita. - Daqui a pouco ela está melhor.
- Dan, você que é irmão dela o que acha? - Kaio cochicha com o amigo vendo os outros amigos mudarem de assunto.
- Eu peguei ela mergulhada na banheira, parecia que estava tentando se afogar, mas conversamos, e ela tratou do assunto como se eu estivesse maluco.
- Sério?
- Acho que eu só estou preocupado, a Sam jamais faria isso, ela sempre foi muito sensata.
- Bom, o beijo no Pedro não foi a coisa mais sensata, talvez devessemos prestar atenção.
- Vou prestar. - os dois apertam as mãos como se combinassem que fariam isso juntos, ficar de olho na Sam.
A semana se foi e o final de semana chegou, os garotos foram jogar paintball e Mari, Kate e Anthony foram nadar na piscina da casa dos James. A noite foram na lanchonete de sempre. No domingo Mari tentava ficar bem com a família, mas o pai já estava bebendo e ficando alcolizado, a mãe estava calada e cautelosa. Foi então que resolveu ligar pro Danilo e ir dar uma volta no parque. Kate foi almoçar na casa do Pedro e conhecer o sogrinho. Kaio e senhora James passaram o dia vendo filmes, algo que não faziam há muito tempo.Anthony passou dormindo recuperando as energias. Matheus e Larissa passaram o dia trancados em seu quarto namorando...
- Vamos com calma.
- Estamos indo com calma. - ele para de beijá-la a olhando.
- Não exatamente. - ela diz sem jeito.
- Não está bom?
- Sim. - confirma com um sorriso tímido.
- Então! Por que não continuar?
- Por que eu gosto de você, quero que seja em um momento especial. - Matheus gela com receio do que ela falava.
- Você não gosta de ninguém, vai! - brinca.
- Quem disse?
- E também não é... Você sabe.
- Não, não sou. Mas, não muda que quero nossa primeira vez de uma forma especial.
- Tudo bem, você quem manda. Mas, podiamos fazer ser especial agora mesmo. - beija o pescoço dela.
- Não enquanto ainda gostar da Samantha. - para de beijá-la e a encara. - Tudo bem eu sei.
- Sabe? E está tudo bem? - franzi a testa.
- Sim, eu vou fazer você se esquecer dela.
- Se está dizendo. - ela o puxa pra perto dela e voltam a se beijar.
No dia seguinte, Kaio nota a falta de Sam pela quarta vez seguida, resolve então ir buscá-la...
- Você está deitada? - ela resmunga debaixo do lençol.
- O que faz aqui?
- Vim te buscar, chega de faltar da escola.
- Eu não vou mais voltar lá.
- Posso saber por quê?
- Por que ninguém me quer lá. Ninguém sentiu minha falta.
- Eu senti. Você vai comigo agora.. - puxa o lençol dela.
- Não, Kaio. - ele puxa mais, depois abre as janelas e ela se rende. - Ok, eu vou, mas se me sentir mal volto pra casa.
- Combinado. - ele sorri. - Te espero lá embaixo, não demora. Alguns segundos ela desce as escadas vestindo uma calça jeans e a camiseta do uniforme, cabelos um pouco bagunçados.
- Vamos.
- Não vai se arrepender.
- Duvido. - caminham até a escola, e a grande maioria dos alunos já tinham entrado pra salas, pois o sinal acabava de tocar, um colega do basquete chama Kaio.
- Eu já volto, espera aqui e eu vou com você pra sala. - assim que ele falou ela se sentou para esperar. Kate vê a menina de longe e foi até ela.
- Apareceu a margarida. - fala ironicamente.
- Oi, Kate.
- Uma reijeção e some da escola?
- Não é da sua conta.
- É da minha conta sim. - se aproxima de Sam. - Sabe o beijo que deu no meu namorado? Não significou nada, aliais, rimos juntos de como você foi rídicula.
- Kate, me deixa em paz, você já conseguiu o que queria. Está namorando o Pê, ok.
- Pê? Que bonitinha, ainda acha que pode chamá-lo assim. - Sam olha pro chão. - Isso fica com vergonha mesmo, o que você fez foi rídiculo, o Pedro jamais iria gostar de você, sabe por quê? Ele sempre te viu como uma irmãzinha. Jamais te beijaria da forma como me beija. Ele sente desejo por mim.
- Faça bom proveito. - Cohen tentar cortar o assunto.
- Com certeza, hoje a noite então. Minha mãe viajou, o Kaio vai em uma festa, a casa será só nossa.
- Vocês vão transar? - Sam não consegue se conter e pergunta na lata, o que deixa Kate sorridente, pois era exatamente o que queria que a menina pensasse.
- Nossa primeira noite juntos. - suspira, e vira-se de costas saindo, mas para, se aproxima novamente e fala no ouvido de Cohen. - E o Matheus também já teve uma noite linda de amor com a Larissa, ela me contou os detalhes. Bem dizem que mais vale um pássaro na mão do que dois voando. - sai em seguida e as lágrimas começam a escorrer por seu rosto, olha para os lado não vê Kaio, então se levanta e volta para sua casa, sua cama.
- Ué, cadê ela? - olha no relógio e percebe que não dava tempo de buscá-la na casa dela novamente, vai pra aula.
CONTINUA.....
terça-feira, 10 de outubro de 2017
AMIZADE, LANCE E ROMANCE! ( Parte 11)
- Pedro? Pedro! - Danilo chamava pelo amigo que parecia estar em outro mundo.
- Oi. Foi mal, estava distraído.
- A Kate tem esse dom com os rapazes, né. - brinca, e Pedro sorri de leve, mas Cohen percebe que algo não está bem. - O que foi?
- Ela se recusou em me ver.
- Ah, talvez aconteceu algo, cara!
- Ela acha que o pai a abandonou.
- Dá um tempo pra ela, deve ser isso.
- Mas, ela não quis me ver porque a mãe dela não concorda com o nosso relacionamento.
- Então quer dizer que ela queria te ver, é bom, não é?
- Não, não é! Significa que agora ela quer se dar bem com a mãe, e se for necessário terminar comigo por isso, é o que ela fará.
- Isso é só uma possibilidade, véi. Não é a relidade.
- Você tem razão. Isso não devia estar me afetando. - olha pro amigo e sorri. - Senti falta das nossas conversas.
- Eu também. - Danilo sorri de volta e fazem o toque especial da amizade, Matheus chega a garagem dos Cohen vendo o toque bizarro dos amigos e tira o sarro rindo.
- Ainda esse toque de quando eram crianças?
- Primo, amizade verdadeira é isso! - Pedro se defende.
- Lá vem você com essa viadeza sentimental!
- Matheus, se eu fosse você media essas piadinha homofóbicas. - Danilo caçoa do amigo.
- É meio rude mesmo, né? - mas Matheus se preocupa real com a possibilidade de ser homofóbico.
- Acho que sim, nunca tinha parado pra pensar. - o primo comenta, agora pegando as baquetas da bateria.
- Vou perguntar pro Anthony. - conclui ainda reflexivo.
- Boa ideia, mas agora vamos ensaiar. Quando foi que ficaram tão sentimentais, vocês dois? - Danilo corta o assunto de Matheus olhando para os dois primos, que se movimentam para seus devidos lugares.
- 1, 2, 3, ... - Pedro conta e começa a tocar com seus amigos ao seu alcance. Matheus ficava no baixo, Danilo na guitarra e vocal.
No dia seguinte cedo, as coisas voltavam as suas rotinas, Sam e Danilo atravessava a rua para chamar Pedro para ir a escola...
- Você chegou tarde ontem, onde estava? - pergunta enquanto tranca a porta.
- É meu dono agora? - Sam dá uma patada com vergonha de contar, Danilo não entende porque, os dois atravessam a rua batendo na casa de Pedro.
- Nossa, precisa ser tão grossa?
- Não fui grossa. - Pedro sai lá fora.
- A Samantha grossa que novidade é essa? - fala zombando.
- Pedro, me erra.
- Ou ela está na tpm ou está nos escondendo algo, porque só isso explica essas patadas aleatórias e sequênciais. - Danilo conclui falando alto e seu amigo concorda com um movimento de cabeça.
- Uma garota não pode nem ter vida pessoal. - ela bufa e os dois caem na gargalhada, agora já caminhando para escola.
- Com o Matheus não era, ele estava com a gente. - Danilo começa a refletir alto como se ela não estivesse ao lado deles.
- Verdade, Dan.
- Eu estava com o Kaio, não que eu deva alguma satisfação pra vocês dois. - ela conta se sentindo pressionada e os dois abrem as bocas surpresos.
- Afinal de contas, é Kaio, é Matheus, é Pedro, quem vai realmente ser meu cunhado? - os dois coram quando Danilo brinca com a possibilidade de Sam e Pê serem mais que amigos.
- Cunhado? Está louco? Foi só um beijo.
- Beijo? Em quem? Hummm.. - o irmão zoa ela.
- Em mim que não foi. - Pedro brinca, os três avistam Mari e Anthony sentados no banco de sempre.
- Mari, fala aí, quem minha irmã beijou?
- Oi? Ela beijou alguém e não me contou? - Mari se surpreeende com a fala de Danilo e encara amiga com um olhar de magoada.
- Eu teria te contado se não estivesse com sua amiga Kate sempre.
- Sobre isso, porque você e a Kate brigaram? - Pedro se faz de bobo e todos na roda reviram os olhos.
- Você não sabe, Pê? - Sam se aproxima dele de uma forma sensual. - Como é que você não percebe que sou ... - faz uma pausa vendo Kate e Matheus se aproximando. - Na verdade eu acho que você sabe, mas gosta de me ter na reserva. - ele a olha assustado e os outros amigos tentam entender a situação.
- Tudo bem por aqui? Por que essa bruaca está tão perto do meu gato? - Kate pergunta vendo o clima tenso.
- Tudo perfeito. - sem pensar duas vezes Sam lasca um beijaço no Pedro na frente de todos, e ele fica parado sem reação por alguns segundos até que a afasta segurando sua cintura para trás.
- Sam? - a olha chocado e ela se intimida com o olhar decepcionado dele. - Essa não é você. - ele simplismente se retira a deixando no meio de todos para lidar sozinha com o que tinha feito.
- Se chegar mais que trinta centímentros do Pedro, arrebento a sua cara! - Kate se aproxima dela e ameaça.
- Eu não tenho medo de você! - Kate fica enfurecida e avança em Sam, mas Matheus a segura.
- Sua bruaca, fura olho!
- Fura olho o catos! Que eu saiba vocêS não são namorados, e nem nada parecido. - Sam fala como se nada houvesse.
- Danilo, tira ela daqui. - Kaio fala assim que se aproxima vendo a confusão e ajuda Matheus a segurar a irmã.
- Vamos sair daqui. - Danilo puxa Sam e se retiram do recinto.
- Essa garota enlouqueceu? - Kate fala por fim soltando-se dos meninos ainda muito brava.
- Acho que sim, nunca vi a Cohen assim. - Matheus fala assustado com as atitudes da menina que gosta, o sinal toca.
- Melhor irmos pra aula. - Anthony sugere.
- Eu vou atrás da Sam. - Mari fala já saindo atrás de Danilo e Sam do outro lado do pátio.
- Eu preciso falar com o Pedro. - Kate fala também já se afastando dos amigos.
- Vem muita treta por aí. - Anthony diz e Matheus mais Kaio concordam.
Kate procura por Pedro, mas não o encontra e resolve ir pra aula. Samantha, Danilo e Mari matam aula no jardim da escola...
- Quem abduziu a minha irmãzinha doce, gentil e sensata? - Danilo corta o silêncio perguntando incrédulo.
- Danilo, me deixa em paz.
- Amiga, desculpa, mas ele tem razão, você não é assim.
- Quer saber, agora eu sou! Estou cansada de todo me dizendo o que devo sentir ou deixar de sentir. Eles não são namorados.
- Mas estão juntos, nós sabemos.
- Ah, eu esqueci que agora você é amiga da Kate e não minha!
- Não é isso. Eu estou com você agora, não estou?
- Pra me criticar! Eu não preciso de criticas agora!
- Do que precisa então? - as duas falam se encarando, e Danilo só observa tentando entender porque parecia que elas iriam sair no tapa.
- Você não quer saber! Vai atrás da sua amiguinha! Afinal, ela só não era legal quando gostava do seu crush, quando é o meu não importa!
- Você quis ser amiga dela mesmo quando a possibilidade era dela estar gostando do meu crush.
- Mais você era minha prioridade. Já nesse momento é nítido que sua prioridade é a Kate.
- Isso não é verdade.
- Não me arrependo do beijo no Pedro, e também não vou me arrepender das próximas palavras.
- Quais? - Mari fica confusa.
- Estamos rompendo. Não quero mais ser sua amiga.
- Somos amigas desde pequenas, pirou?
- Pelo que vejo isso não significa algo pra você realmente.
- Está sendo injusta.
- Vai viver sua vida perfeita com sua nova melhor amiga e sua família perfeita.
- Que família perfeita?
- Mamãe e papai, filha única, todos vivos.
- Só porque estão todos vivos não significa que tenho uma família perfeita! - os olhos de Mari enchem de lágrimas lembrando da última noite.
- Sam, você está muito nervosa. - Danilo tenta conter o que a irmã poderia falar da família da amiga.
- Meu pai morreu, e sabe qual foi a última coisa que eu disse pra ele? - todos ficam em silêncio. - Prefiro qualquer coisa a ir contigo. Tudo porque ele me proibiu de ir em uma festa com você.
- Você não tinha como saber.
- Eu sei. Mas desde sempre você é minha prioridade, e eu te pergunto pra que? Se eu não sou a sua.
- Você está fazendo drama.
- Eu posso. O cara que eu amo agora deve me odiar, a minha melhor amiga é amiga da minha arquirival, meu pai morreu.
- Eu sei que anda difícil, mas agindo assim só vai piorar.
- Que piore! - Pedro se aproxima e os três o olham. - Pê,...
- Você lembra que ficou me devendo por entrar na equipe de líderes? - ele fala aleatoriamente após ouvir toda a discussão das duas.
- Sei.
- Eu quero que não fale mais comigo.
- O que?
- Você ouviu. Você vai deixar de falar comigo em troca de ter entrado na equipe.
- Por causa de um beijo?
- Por que eu estou te fazendo mal, você não é essa pessoa ciumenta, rancorosa, irritada com o mundo.
- Não estou irritada com o mundo. - se aproxima dele e o encara. - Estou irritada com você! Sabe o que eu acho? Está pedindo isso não por mim, mas por você.
- Como assim? - ele não entende.
- Gostou do meu beijo, e está com medo do que está sentindo. Afinal, se descobrir que gosta de mim, toda a treta entre você e meu irmão foi a toa.
- Não viaja, Sam!
- Eu também não preciso de você, de nenhum de vocês. - sai chorando.
- Eu...
- Vai atrás dela. - Mari fala interrompendo Danilo que não sabia o que fazer.
- O que está havendo com ela?
- Ela está sofrendo. Mas, ela está certa, acho que o que pediu a ela é mais por estar com medo do que sentiu ao beijá-la.
- Você também, para!
- Pode mentir pra mim o quanto quiser, mas não vai poder mentir para seu coração. - Mari sai o deixando sozinho e reflexivo.
Danilo não encontra Sam, então se senta no banco de sempre esperando pelo intervalo, e Mari o encontra.
- Oi. - se senta ao lado dele.
- Oi. - ele sorri pra ela. - Por que deixou ela falar sobre sua família perfeita que sabemos que não é?
- Não ia mudar nada.
- Como consegue?
- O que? - ela o olha sem entender.
- Agir como se não tivesse problemas, da onde vem sua força?
- Era o momento dela ser fraca, não o meu, apesar de eu precisar.
- O que houve? - segura a mão dela preocupado.
- Meu pai... - fecha os olhos com vergonha. - Bateu de novo na minha mãe.
- Ele encostou em você?
- Não. Mas espancou minha mãe. - ela começa a deixar as lágrimas cairem, ele a abraça.
- Eu estou aqui. - ela continua a chorar no peito dele.
Enquanto isso na sala de aula do 2º ano...
- Eu vou matar aquela garota! - enfia o lápis no caderno.
- Calma, amiga.
- Anthony, não consigo ficar calma.
- Devia. Daqui a pouco vai ter um infarto.
- Eu devia ter matado ela, em pedacinhos.
- Talvez, mas não fez isso, o que significa que ainda há um pouco de juízo.
- Talvez. - olha para os lados. - Cadê o Kaio?
- Boa pergunta, ele evaporou. - fala também procurando pela sala. O sinal do intervalo toca. - Falou com o Pedro?
- Não. Ele sumiu.
- Não vai brigar com ele, hem.
- Por que eu brigaria? - Anthony cobre a boca.
- Por nada.
- Fala. - ela percebe que ele achava que tinha algo bom o suficiente para que ela brigasse com Pedro.
- Bom, ele demorou um pouco a se afastar, e deixou ela se aproximar por bastante tempo sendo bem sensual.
- Verdade. - ela concorda pensativa, mas se distrai vendo Matheus do outro lado do pátio. - É o Matheus e a Larissa?
- Onde? - Anthony pergunta procurando, mas logo avista os dois no maior pega sendo apartados pela inspetora. - Babado! - coloca a mão na boca.
- O que está acontecendo com o mundo hoje?
- Dor de cotovelo talvez?
O fim das aulas chega, todos vão pra suas devidas casas, menos Samanthe e Kaio, que por conhecidência se encontram na praia.
- Kaio? - ela chama vendo ele se aproximando de frente.
- Sam? - ele surpreende-se a olhando nos olhos.
- Me desculpa? - ele sorri e ela o abraça.
- Relaxa. - é tudo que ele diz se soltando do abraço.
- Mesmo?
- Eu sei que você é apaixonada pelo Pedro.
- Mas, nos beijamos ontem e hoje eu beijo ele na sua frente praticamente.
- Eu te beijei, e você recuou, lembra?
- É, ... Mas eu adoro sua companhia, e não quero ficar sozinha.
- Não vou te abandonar. Juro. - faz sinal com os dedos e ela sorri. - Tudo bem. Eu sei que ainda vai esquecer o Pedro.
- Como tem tanta certeza?
- Tudo na vida passa. - se sentam na areia, primeiro ele se esticando e ela em seguida.
- Pode ser. - os dois ficam em silêncio observando o pôr do sol....
CONTINUA....
- Oi. Foi mal, estava distraído.
- A Kate tem esse dom com os rapazes, né. - brinca, e Pedro sorri de leve, mas Cohen percebe que algo não está bem. - O que foi?
- Ela se recusou em me ver.
- Ah, talvez aconteceu algo, cara!
- Ela acha que o pai a abandonou.
- Dá um tempo pra ela, deve ser isso.
- Mas, ela não quis me ver porque a mãe dela não concorda com o nosso relacionamento.
- Então quer dizer que ela queria te ver, é bom, não é?
- Não, não é! Significa que agora ela quer se dar bem com a mãe, e se for necessário terminar comigo por isso, é o que ela fará.
- Isso é só uma possibilidade, véi. Não é a relidade.
- Você tem razão. Isso não devia estar me afetando. - olha pro amigo e sorri. - Senti falta das nossas conversas.
- Eu também. - Danilo sorri de volta e fazem o toque especial da amizade, Matheus chega a garagem dos Cohen vendo o toque bizarro dos amigos e tira o sarro rindo.
- Ainda esse toque de quando eram crianças?
- Primo, amizade verdadeira é isso! - Pedro se defende.
- Lá vem você com essa viadeza sentimental!
- Matheus, se eu fosse você media essas piadinha homofóbicas. - Danilo caçoa do amigo.
- É meio rude mesmo, né? - mas Matheus se preocupa real com a possibilidade de ser homofóbico.
- Acho que sim, nunca tinha parado pra pensar. - o primo comenta, agora pegando as baquetas da bateria.
- Vou perguntar pro Anthony. - conclui ainda reflexivo.
- Boa ideia, mas agora vamos ensaiar. Quando foi que ficaram tão sentimentais, vocês dois? - Danilo corta o assunto de Matheus olhando para os dois primos, que se movimentam para seus devidos lugares.
- 1, 2, 3, ... - Pedro conta e começa a tocar com seus amigos ao seu alcance. Matheus ficava no baixo, Danilo na guitarra e vocal.
No dia seguinte cedo, as coisas voltavam as suas rotinas, Sam e Danilo atravessava a rua para chamar Pedro para ir a escola...
- Você chegou tarde ontem, onde estava? - pergunta enquanto tranca a porta.
- É meu dono agora? - Sam dá uma patada com vergonha de contar, Danilo não entende porque, os dois atravessam a rua batendo na casa de Pedro.
- Nossa, precisa ser tão grossa?
- Não fui grossa. - Pedro sai lá fora.
- A Samantha grossa que novidade é essa? - fala zombando.
- Pedro, me erra.
- Ou ela está na tpm ou está nos escondendo algo, porque só isso explica essas patadas aleatórias e sequênciais. - Danilo conclui falando alto e seu amigo concorda com um movimento de cabeça.
- Uma garota não pode nem ter vida pessoal. - ela bufa e os dois caem na gargalhada, agora já caminhando para escola.
- Com o Matheus não era, ele estava com a gente. - Danilo começa a refletir alto como se ela não estivesse ao lado deles.
- Verdade, Dan.
- Eu estava com o Kaio, não que eu deva alguma satisfação pra vocês dois. - ela conta se sentindo pressionada e os dois abrem as bocas surpresos.
- Afinal de contas, é Kaio, é Matheus, é Pedro, quem vai realmente ser meu cunhado? - os dois coram quando Danilo brinca com a possibilidade de Sam e Pê serem mais que amigos.
- Cunhado? Está louco? Foi só um beijo.
- Beijo? Em quem? Hummm.. - o irmão zoa ela.
- Em mim que não foi. - Pedro brinca, os três avistam Mari e Anthony sentados no banco de sempre.
- Mari, fala aí, quem minha irmã beijou?
- Oi? Ela beijou alguém e não me contou? - Mari se surpreeende com a fala de Danilo e encara amiga com um olhar de magoada.
- Eu teria te contado se não estivesse com sua amiga Kate sempre.
- Sobre isso, porque você e a Kate brigaram? - Pedro se faz de bobo e todos na roda reviram os olhos.
- Você não sabe, Pê? - Sam se aproxima dele de uma forma sensual. - Como é que você não percebe que sou ... - faz uma pausa vendo Kate e Matheus se aproximando. - Na verdade eu acho que você sabe, mas gosta de me ter na reserva. - ele a olha assustado e os outros amigos tentam entender a situação.
- Tudo bem por aqui? Por que essa bruaca está tão perto do meu gato? - Kate pergunta vendo o clima tenso.
- Tudo perfeito. - sem pensar duas vezes Sam lasca um beijaço no Pedro na frente de todos, e ele fica parado sem reação por alguns segundos até que a afasta segurando sua cintura para trás.
- Sam? - a olha chocado e ela se intimida com o olhar decepcionado dele. - Essa não é você. - ele simplismente se retira a deixando no meio de todos para lidar sozinha com o que tinha feito.
- Se chegar mais que trinta centímentros do Pedro, arrebento a sua cara! - Kate se aproxima dela e ameaça.
- Eu não tenho medo de você! - Kate fica enfurecida e avança em Sam, mas Matheus a segura.
- Sua bruaca, fura olho!
- Fura olho o catos! Que eu saiba vocêS não são namorados, e nem nada parecido. - Sam fala como se nada houvesse.
- Danilo, tira ela daqui. - Kaio fala assim que se aproxima vendo a confusão e ajuda Matheus a segurar a irmã.
- Vamos sair daqui. - Danilo puxa Sam e se retiram do recinto.
- Essa garota enlouqueceu? - Kate fala por fim soltando-se dos meninos ainda muito brava.
- Acho que sim, nunca vi a Cohen assim. - Matheus fala assustado com as atitudes da menina que gosta, o sinal toca.
- Melhor irmos pra aula. - Anthony sugere.
- Eu vou atrás da Sam. - Mari fala já saindo atrás de Danilo e Sam do outro lado do pátio.
- Eu preciso falar com o Pedro. - Kate fala também já se afastando dos amigos.
- Vem muita treta por aí. - Anthony diz e Matheus mais Kaio concordam.
Kate procura por Pedro, mas não o encontra e resolve ir pra aula. Samantha, Danilo e Mari matam aula no jardim da escola...
- Quem abduziu a minha irmãzinha doce, gentil e sensata? - Danilo corta o silêncio perguntando incrédulo.
- Danilo, me deixa em paz.
- Amiga, desculpa, mas ele tem razão, você não é assim.
- Quer saber, agora eu sou! Estou cansada de todo me dizendo o que devo sentir ou deixar de sentir. Eles não são namorados.
- Mas estão juntos, nós sabemos.
- Ah, eu esqueci que agora você é amiga da Kate e não minha!
- Não é isso. Eu estou com você agora, não estou?
- Pra me criticar! Eu não preciso de criticas agora!
- Do que precisa então? - as duas falam se encarando, e Danilo só observa tentando entender porque parecia que elas iriam sair no tapa.
- Você não quer saber! Vai atrás da sua amiguinha! Afinal, ela só não era legal quando gostava do seu crush, quando é o meu não importa!
- Você quis ser amiga dela mesmo quando a possibilidade era dela estar gostando do meu crush.
- Mais você era minha prioridade. Já nesse momento é nítido que sua prioridade é a Kate.
- Isso não é verdade.
- Não me arrependo do beijo no Pedro, e também não vou me arrepender das próximas palavras.
- Quais? - Mari fica confusa.
- Estamos rompendo. Não quero mais ser sua amiga.
- Somos amigas desde pequenas, pirou?
- Pelo que vejo isso não significa algo pra você realmente.
- Está sendo injusta.
- Vai viver sua vida perfeita com sua nova melhor amiga e sua família perfeita.
- Que família perfeita?
- Mamãe e papai, filha única, todos vivos.
- Só porque estão todos vivos não significa que tenho uma família perfeita! - os olhos de Mari enchem de lágrimas lembrando da última noite.
- Sam, você está muito nervosa. - Danilo tenta conter o que a irmã poderia falar da família da amiga.
- Meu pai morreu, e sabe qual foi a última coisa que eu disse pra ele? - todos ficam em silêncio. - Prefiro qualquer coisa a ir contigo. Tudo porque ele me proibiu de ir em uma festa com você.
- Você não tinha como saber.
- Eu sei. Mas desde sempre você é minha prioridade, e eu te pergunto pra que? Se eu não sou a sua.
- Você está fazendo drama.
- Eu posso. O cara que eu amo agora deve me odiar, a minha melhor amiga é amiga da minha arquirival, meu pai morreu.
- Eu sei que anda difícil, mas agindo assim só vai piorar.
- Que piore! - Pedro se aproxima e os três o olham. - Pê,...
- Você lembra que ficou me devendo por entrar na equipe de líderes? - ele fala aleatoriamente após ouvir toda a discussão das duas.
- Sei.
- Eu quero que não fale mais comigo.
- O que?
- Você ouviu. Você vai deixar de falar comigo em troca de ter entrado na equipe.
- Por causa de um beijo?
- Por que eu estou te fazendo mal, você não é essa pessoa ciumenta, rancorosa, irritada com o mundo.
- Não estou irritada com o mundo. - se aproxima dele e o encara. - Estou irritada com você! Sabe o que eu acho? Está pedindo isso não por mim, mas por você.
- Como assim? - ele não entende.
- Gostou do meu beijo, e está com medo do que está sentindo. Afinal, se descobrir que gosta de mim, toda a treta entre você e meu irmão foi a toa.
- Não viaja, Sam!
- Eu também não preciso de você, de nenhum de vocês. - sai chorando.
- Eu...
- Vai atrás dela. - Mari fala interrompendo Danilo que não sabia o que fazer.
- O que está havendo com ela?
- Ela está sofrendo. Mas, ela está certa, acho que o que pediu a ela é mais por estar com medo do que sentiu ao beijá-la.
- Você também, para!
- Pode mentir pra mim o quanto quiser, mas não vai poder mentir para seu coração. - Mari sai o deixando sozinho e reflexivo.
Danilo não encontra Sam, então se senta no banco de sempre esperando pelo intervalo, e Mari o encontra.
- Oi. - se senta ao lado dele.
- Oi. - ele sorri pra ela. - Por que deixou ela falar sobre sua família perfeita que sabemos que não é?
- Não ia mudar nada.
- Como consegue?
- O que? - ela o olha sem entender.
- Agir como se não tivesse problemas, da onde vem sua força?
- Era o momento dela ser fraca, não o meu, apesar de eu precisar.
- O que houve? - segura a mão dela preocupado.
- Meu pai... - fecha os olhos com vergonha. - Bateu de novo na minha mãe.
- Ele encostou em você?
- Não. Mas espancou minha mãe. - ela começa a deixar as lágrimas cairem, ele a abraça.
- Eu estou aqui. - ela continua a chorar no peito dele.
Enquanto isso na sala de aula do 2º ano...
- Eu vou matar aquela garota! - enfia o lápis no caderno.
- Calma, amiga.
- Anthony, não consigo ficar calma.
- Devia. Daqui a pouco vai ter um infarto.
- Eu devia ter matado ela, em pedacinhos.
- Talvez, mas não fez isso, o que significa que ainda há um pouco de juízo.
- Talvez. - olha para os lados. - Cadê o Kaio?
- Boa pergunta, ele evaporou. - fala também procurando pela sala. O sinal do intervalo toca. - Falou com o Pedro?
- Não. Ele sumiu.
- Não vai brigar com ele, hem.
- Por que eu brigaria? - Anthony cobre a boca.
- Por nada.
- Fala. - ela percebe que ele achava que tinha algo bom o suficiente para que ela brigasse com Pedro.
- Bom, ele demorou um pouco a se afastar, e deixou ela se aproximar por bastante tempo sendo bem sensual.
- Verdade. - ela concorda pensativa, mas se distrai vendo Matheus do outro lado do pátio. - É o Matheus e a Larissa?
- Onde? - Anthony pergunta procurando, mas logo avista os dois no maior pega sendo apartados pela inspetora. - Babado! - coloca a mão na boca.
- O que está acontecendo com o mundo hoje?
- Dor de cotovelo talvez?
O fim das aulas chega, todos vão pra suas devidas casas, menos Samanthe e Kaio, que por conhecidência se encontram na praia.
- Kaio? - ela chama vendo ele se aproximando de frente.
- Sam? - ele surpreende-se a olhando nos olhos.
- Me desculpa? - ele sorri e ela o abraça.
- Relaxa. - é tudo que ele diz se soltando do abraço.
- Mesmo?
- Eu sei que você é apaixonada pelo Pedro.
- Mas, nos beijamos ontem e hoje eu beijo ele na sua frente praticamente.
- Eu te beijei, e você recuou, lembra?
- É, ... Mas eu adoro sua companhia, e não quero ficar sozinha.
- Não vou te abandonar. Juro. - faz sinal com os dedos e ela sorri. - Tudo bem. Eu sei que ainda vai esquecer o Pedro.
- Como tem tanta certeza?
- Tudo na vida passa. - se sentam na areia, primeiro ele se esticando e ela em seguida.
- Pode ser. - os dois ficam em silêncio observando o pôr do sol....
CONTINUA....
domingo, 8 de outubro de 2017
AMIZADE, LANCE E ROMANCE! ( Parte 10)
- Que roupa é essa? - senhora James fala inconformada quando vê sua filha descer as escadas e Kaio cai na gargalhada.
- Significa que não estou nem aí.
- O que? - a mãe não entende.
- Eu não estou nem aí para o que você quer para mim!
- Isso é porque não quero que namore aquele garoto sem classe? - Kate fica furiosa com as palavras da mãe.
- AH! Você não quer? Pois saiba que estou namorando já!
- Só pra me contestar, sério? - Senhora James debocha e Kaio só observa as duas.
- Não! Porque eu gosto dele, acho que você não sabe o que é isso, não é mesmo?
- Você nem sabe o que é gostar. - é irônica. - Seu pai se apaixonou por outra mulher e veja o que ele fez com a nossa família, você é igual a ele só pensa em você.
- Que família? Mãe, nunca fomos uma família, vocês viviam viajando e nem ao menos nos telefonavam.
- Ela está certa. - Kaio finalmente palpita.
- Você sempre tiveram do bom e do melhor. Alguém precisava trabalhar.
- Bela desculpa. Então volta a trabalhar e nos deixe em paz. - caminha para porta batendo os pés.
- Jantar as sete meia não se atrase. - grita vendo Kaio acompanhar a filha.
- Tchau, mãe. - ele fala antes de fechar a porta. - Kate, pega leve com a mamãe.
- Por quê? Ela tem o direito de se meter na minha vida só porque o papai colocou um par de chifres nela?
- Quando foi que ficou tão insensível? - ele fala calmamente e ela respira fundo.
- Eu sei que é difícil pra ela, o papai com certeza foi um idiota, mas o que eu e o Pedro temos com isso? Ele finalmente está nos levando realmente a sério... - fala mais baixo e triste, Kaio passa a mão nos cabelos dela tentando consolá-la.
- Ela vai aceitar ele, só não precisa bater de frente. E nem ir rídicula pra escola. - ela ri olhando pra sua própria roupa.
- Essa roupa de dormir é por causa da Sam.
- Oi? Como assim?
- Você vai ver.
Na escola...
- Cara, você não acha que está na hora de voltar a falar com o Pedro? - Matheus pergunta.
- Acho. Até porque pelo jeito ele e Kate é sério.
- Espero que sim.
- Por quê? - Danilo arqueia a sobrancelha direita confuso.
- Por que a Sam gosta dele.
- O que ele tem?
- Deve ser o mel que a titia passou. - fala sério.
- Oi? Mel?
- Nunca ouvi falar nisso? - ri da cara que Danilo faz ao entender que era só uma maneira de falar.
- Só falta a Mari gostar dele também.
- E o Anthony. - Matheus brinca e os dois caem na gargalhada.
- Tudo é possível. - Danilo fala e Pedro se aproxima dos dois cumprimentando. - Partiu ensaiar hoje?
- Nós três? - o amigo não entende o Cohen falando com ele depois de semanas sem trocar uma palavra.
- Sim, primo! - Matheus dá um tapinha nas costas de Pedro. - O Danilo superou! - se retira deixando os dois sozinhos.
- Vamos ficar numa boa?
- Claro. - Pedro concorda quase que imediatamente.
- Vamos pra aula? - se levanta do banco e os dois caminham para sala falando das músicas que deveriam começar a ensaiar.
Kate e Kaio observam Danilo e Pedro caminhando até a sala de aula juntos e acham estranho.
- Ué, que capítulo eu perdi? - Kate brinca e Mari se aproxima ouvindo a conversa dos dois.
- Amiga, a vida é louca!
- Tenho que concordar.
- A vida não é louca, a gente só começa a amadurecer.
- Kaio, você é especial, como consegue sempre ser tão maduro? - Mari falando rindo, porém era sério.
- Sei lá, acho que a Kate robou toda a imaturidade pra ela. - Kate abre a boca indignada.
- Sabe o que é, Mari? Meu irmão é um medroso.
- Eu?
- Você. Desistiu da Sam, não enfrenta a mamãe ou então o papai. Vive com medo.
- Nada a ver.
- Xi, DR de irmãos agora, tão cedo?!
- Sem DR, boa aula. - Kaio responde Mari se afastando das duas.
- Cara, é sério essa aposta sua com a Sam? - olha agora reparando o look da amiga.
- Eu sou poderosa não importa qual roupa eu use.
- Que poder, hem! - a amiga zomba, a fazendo rir.
- Não sou modesta, desculpa. - brinca e as duas gargalham. - Ei, hoje é o meu dia ou da Sam?
- Quem ouve acha que eu me divido em dias pra vocês duas.
- É quase isso.
- Vocês não são mais amigas, então eu tenho que conversar separadamente, ué.
- Quem diria que eu e você ficaríamos amigas.
- Por quê? - não entende.
- Você queria me matar quando me conheceu.
- Ah, não me culpe, você é uma gata, era carne nova no pedaço e o meu crush estava na sua.
- Parece que agora está na sua, o que me lembra que é um tremendo disperdício de tempo eu estar fazendo o poema com ele e você com o meu gatinho.
- Nem me fale. Falando nisso hoje é apresentação, como ficou a de vocês?
- Ah, o Danilo é muito bom, foi fácil. MAAAAS, o nosso poema, cara, como vou dizer isso.
- O que? Fala logo. - Kate ri e se cala. - Não vai falar?
- Não, depois da apresentação você me fala.
- Você nunca deixa de ser misteriosa?
- É o meu charme. - beija o ombro ainda rindo e Sam as olha de longe, do outro lado da sala, também vestida em um pijama.
- Ciúmes das duas idiotas? - Larissa cochicha pra Sam, a fazendo voltar pra realidade e esquecer seus sentimentos.
- Ciúmes? Não. Bom, a Mari é minha melhor amiga, nem gostava da Kate e foi só eu romper com a bruaca pra Mariana ser amiga dela.
- Amigas nem sempre são sensatas.
- Pois é.
- Se quiser podemos passar o intervalo juntas.
- Eu e você?
- Claro, agora somos parceiras de equipe.
- Elas também são.
- Você tem mais potencial.
- Tenho?
- Eu votei em você, não na Kate.
- Quem votou nela?
- Votação é confidencial, queridinha. Desculpa.
- Não, tudo bem, de boa.
- A aula vai começar. - começa a caminhar pra se afastar.
- Eu vou sentar contigo.
- Antes, só me responde uma coisa. Por que está de pijama? - arqueia a sobrancelha vendo Samantha de pijama de skate.
- Aposta com a Kate. - Larissa não comenta achando melhor não entender sobre o que era aquilo.
No intervalo Larissa e Sam sentam-se juntas, e Matheus não gosta nem um pouquinho.
- Por que não estão com a Sam? - Matheus pergunta pras amigas, e antes que elas respondam ele olha pra Kate. - Isso é um pijama?
- Meio que o pijama dela e da Sam responde que as duas não são mais amigas.
- Ué, por quê? - ele não entende, então resolve sentar.
- Cara, má notícia. Sam admitiu ser apaixonada por Pedro, e que vai lutar.
- Mas,... - ele para raciocinando sobre o que Kate falava. - Quase nos beijamos três dias atrás.
- Devia ter beijado. - Mari dá um tapinha nos ombros dele.
- Não conta isso para o Pedro, tá? - Kate mal pergunta e em seguida Pedro, Danilo e Kaio chegam sentando.
- Ué, Sam e Larissa? É miragem? - Danilo comenta vendo a irmã em outra mesa.
- Se é miragem eu não sei, mas se for, também estou vendo ela e a Kate de pijama.
- Não é miragem, man's. - Kaio responde a piadinha de Pedro.
- Qual o problema com o meu pijama?
- Nenhum, gatinha. - Pedro responde lhe dando um selinho.
- Até o Anthony lá? - Mari fala vendo o amigo sentando na outra mesa.
- O mundo está perdido. - Matheus suspira.
- Bom, perdido ou não. Preciso falar com a Sam sobre o trabalho da aula de pct. - caminha até a menina e os amigos observam.
A primeira dupla a apresentar são Mari e Pedro, que fizeram um poema sobre como o amor é complicado, mas maravilhoso. Sam e Kaio apresentam algo sobre querer uma vida leve, rodeada de amigos. Danilo e Kate apresentaram com o violão, os dois cantaram o poema que falava sobre uma garota incrível pela qual o fazia se sentir vivo.
- Eu estou enganda ou essa música parece sobre mim? - cochicha com Pedro que ri.
- Me parece inteiramente você. " Essa menina vive brava e animada, não sei como ela consegue ser tudo que um cara quer" - canta pra ela uma parte da música. - Vai virar namoro, "menina singela".- finaliza a piada usando outra parte da letra da música.
- Para! - começa a sorri olhando Danilo ainda cantando junto com Kate.
Por último, mas não menos importante, Matheus foi se apresentar, também era uma música, mas a professora tocava o teclado e ele aparentemente iria cantar.
- Bom, pessoal. Meu poema é uma velha serenata boba e muito romântica. Mas é claro, que existe uma musa inspiradora. Essa é pra você Samantha Cohen. - manda um beijo no ar pra ela que fica envergonhada, então começar a cantar.
A música era animada, falava sobre ele se sentir invencível ao lado dela, e sobre como sempre soube das suas qualidades, mas se encontrava cego, porque o amor ainda não havia lhe tocado o coração. Todos acompanharam com palmas, e assim a aula chegou ao fim.
- Gostou da música que o Matheus fez pra você?
- Gostei, mais da música do que dele. - ela ri, e Kaio sorri.
- Ah, que isso vai. Você gosta dele.
- Gosto, ele é impressionante.
- Mas?
- Eu não disse mas.
- Sei que pensou. - ri dela que também ri.
- Não confio nesse jeito dele todo divertido, me dá medo. Será que ele realmente sente como nós?
- Boa pergunta. - vê Matheus se aproximando. - Ele vem vindo.
- Oi, gostou da música?
- Gostei, é linda. - sorri sincera.
- Que bom. Quer tomar um sorvete?
- Ah, eu adoraria, mas já combinei de ir no Kaio.
- De pijama?
- Não posso tirar o pijama, pelo menos não por hoje.
- O que apostou?
- Que não falaria com o Pedro por cinco dias se ninguém me paquerasse ridícula dessa forma.
- Você é linda até de pijamas. - Kaio se intromente no assunto.
- É mesmo. - Matheus concorda a olhando feito um bobo apaixonado.
- Bom, vamos, Kaio?
- Vamos. - ele faz referência para Daves em brincadeira e Sam sorri.
- Nos vemos, lorde. - os dois se afastam, Pedro se aproxima do primo.
- Tudo na boa, primo?
- Não. A Sam está me evitando.
- Ué! Por quê?
- Acho que ela não curte minha popularidade, e prefere você.
- Ah, cara, eu estou com a Kate.
- Mas isso não inpede ela de querer estar contigo. - bufa. - Cara,a tia nem pra me dar um pouco do mel. - Pedro ri.
- Nem triste você consegue ser sério.
- Sorri na alegria e na tristeza.
- Você é maluco.
- Será esse o problema?
- Acho que não. Vamos ensaiar?
- Sim.
Kaio e Sam chegam a casa James e encontram várias malas na sala.
- Vocês vão viajar? - Sam pergunta inocente vendo as malas.
- Não. - ele ouve os pais descendo as escadas e puxa Sam para dentro do closet da sala, ela não entende até também ouvir os pais dele na sala.
- Eu tenho o direito de ver eles!
- Você nos abandonou não tem direiro a nada! - senhora James fala firme.
- Não abandonei ninguém e você sabe disso.
- Seus filhos estão extremamente bravos contigo, não querem te ver.
- Eu sou o pai deles.
- Deixou de ser no dia que... - ela para de falar o encarando.
- Que dia? Pode falar.
- Como acha que eles vão encarar você namorando uma garota da idade deles praticamente.
- O amor não tem idade, e nós já estavamos separados a anos.
- Combinamos que continuaríamos casados e separados.
- Me desculpa, mas eu não pude mais cumprir, eu me apaixonei por ela.
- Então fique com ela.
- Eu não vou sair dessa cidade.
- Nós vamos então.
- Raquel, por favor, não faça as coisas no impulso.
- Gil, não finja que se importa.
- Eu me importo, com eles e com você.
- Não, não se importa.
- Você é a minha melhor amiga, sempre foi, isso não mudou.
- Pra mim mudou. Pegue suas coisas e vá embora.
- Tudo bem, mas eu volto.
- Não volte ninguém aqui precisa de você. - sobe as escadas e ele pegas algumas das malas saindo, Kaio abre a porta do closet.
- Eles já estavam separados.
- Parece que sim. - Sam dá de ombros.
- Kate, vai pirar. - não olha Sam, que segura as mãos dele e o força com um puxão que ele a olhasse.
- Calma, vai ficar tudo bem.
- Como sabe?
- Por que é obvio que seus pais amam vocês, só estão um pouco perdidos.
- Oi. - Kate entra. - Você aqui?
- Eu estou de saída.
- Não, ela está comigo. - Kaio não deixa Samantha ir embora e a puxa para seu quarto, sobe as escadas e Kate os observa, depois vê as malas na sala e fica pensativa, resolve então ir falar com sua mãe.
- Mãe, que malas são aquelas? O papai vem aqui hoje?
- Seu pai não vem, ele nos abandonou.
- Ele não faria isso.
- Acorda, Kate, olhe bem essa situação. Ele não volta mais. Ele por acaso te ligou?- Kate não consegue dizer mais nada, sai do quarto da mãe com os olhos cheios de lágrimas, entra em seu quarto e Pedro liga para ela.
- Oi, lindo.
- Oi, linda. - sua voz sai fanha e ele nota.- Está tudo bem?
- Não. Acho que meu pai realmente me abandonou.
- Por que diz isso?
- Ele não vem nos ver, não liga.
- Calma, tenta você ligar pra ele.
- Não sei.
- Quer que eu vá até aí?
- Melhor não. - ela queria, mas por sua mãe achou melhor ele não ir.
- Nos vemos na escola então?
- Sim. Tchau. - desligou antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa.
CONTINUA....
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