quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

AMIZADE, LANCE E ROMANCE! ( Parte 17) especial de natal

- Matheus! - Samantha fala assim que percebe que já é dia e estão em uma praça.
- Oi, que foi? - ele responde sonolento.
- Estamos atrasados. - ela se levanta preocupada vendo a hora no aparelho celular.
- Ok. Vamos - ele levanta-se caminhando até uma padaria do outro lado da rua, ela o acompanha.

      Enquanto isso, o jogo de basquete do colégio Whitney contra o colégio Toyota começa. Anthony é obrigado a jogar pelos amigos, e não se sai bem, os jogadores adversário empurram ele todo tempo, mal consegue passar a bola para Pedro ou Danilo, os meninos se sentem desesperados, o colégio Toyota tem uma pontuação maior durante o primeiro tempo, nada muito ruim, mas uns bons pontos a frente. Quando o primeiro tempo acaba...

- O que o Anthony estava fazendo jogando? - questiona em voz alta e Sam responde.
- Matheus, depois você pergunta, corre lá! - antes de se separarem, ele a olha nos olhos.
- Obrigado por tudo e desculpa.
- Não se desculpe, qualquer tempo ao seu lado é sempre muito divertido. - beija ele no rosto e se afasta correndo para o vestiario feminino. E ele fica alguns segundos antes de também ir para o vestiario só que masculino apreciando a atitude de carinho dela.

No vestiario masculino...

- Cara! Onde você estava? - Danilo fala aliviado ao ver o amigo se aproximando.
- Depois ele explica, vai se trocar! - Pedro fala firme, e os outros jogadores admiram a responsabilidade dele. Matheus se troca rapidamente, se organizam na fila novamente.
- Eu já vou.
- Onde vai, Anthony? - Pedro questiona.
- Bom, o Matheus já chegou então...
- Hoje você faz parte do time, mesmo que fique no banco agora merece estar com gente como vencedor ou segundo lugar. - sorri e o amigo concorda com um gesto de cabeça entrando na fila.

No vestiario feminino...

- Oi, meninas. - Samantha fala pondo o uniforme, e todas a olham curiosas.
- Você estava com quem? Onde?
- Kate, quantas perguntas! Deixa ela respirar. - Mari fala pra amiga. - Respirou? Agora conta pra gente, onde estava? Com quem? Dormiu com alguém?
- Oxe! - Sam ri da amiga e Kate também. - Estava em uma praça qualquer.
- Praça, isso não faz muito sentido. - Kate afirma e se aproxima da amiga, com Mari em seu alcance.
- Salvei o Matheus contem da Larissa, mas no perdemos ao voltarmos para o hotel.
- Você e o Matheus? - Mari questiona curiosa.
- Sim.
- E não rolou nada?
- Não, Kate. Não rolou nada, somos apenas amigos.
- Você e meu irmão também eram apenas bons amigos, e agora tem um relacionamento aberto.
- Eu vou te matar, Senhora Cohen! - Larissa se aproxima assim que a vê aos berros.
- Quer parar de gritar?
- Como pode ser tão irresponsável?
- Eu estava com problemas, mas já estou aqui, nossa competição é só depois do jogo dos meninos, então não precisa desse estresse todo.
- Ok, talvez tenha razão. - abaixa o volume da voz refletindo.

          Os whitney's ganham dos Toyota's de virada, por 3 pontos, com o lance de Matheus, e comemoram a vitória no meio da quadra abraçando as líderes de torcida. Depois iniciou-se o torneio das líderes, algumas apresentações, até que anunciaram as vencedoras, o colégio Toyota ficou em primeiro lugar e o whitney em segundo para a enorme frustração de Larissa.


- E aí, perdedoras! - Malva se aproxima botando banca.
- Não somos perdedoras, alcançamos o segundo lugar. - Sam se intromete, já que Larissa mal abre a boca.
- Mas também não são vencedoras como a gente! - Pedro vendo a possível confusão se aproxima.
- Meninas, vocês foram ótimas, mereciam o primeiro lugar.
- Pedro, acho que não viu nossa apresentação direito para estar  falando isso!
- Eu vi sim. Mas elas tem algo que vocês não tem, dom, e a prática vai deixa-lá invencíveis. - pisca para as amigas que sorriem, Malva bufa e se retira com seu time.
- Oi, Mari, posso falar com você? - os dois se afastam da galera e Danilo observa de longe. - Me passa seu telefone, gostaria de manter a amizade, foi muito bacana nossa noite.
- Também achei. - ele pega o celular e digita o número dela. - Agora preciso ir estão todos entrando no ônibus. - beija a bochecha dele e entra. Danilo encara Jason antes de entrar no ônibus logo atrás de Mari.

       O final de semana foi extremamente produtivo e divertido, os meninos venceram o campeonato, as meninas passaram para próxima fase do campeonato delas, mesmo tendo ficado em segundo lugar. Durante a viagem, Pedro e Sam conversaram sobre tudo, pois se sentaram juntos. Kate e Kaio passaram um tempinho de irmãos, Mari e Danilo se paqueraram no silêncio de olhares. Matheus consolou Larissa que acabou dormindo no colo do garoto. Anthony dividiu o assento com Júio, seu ex-namorado, no início com a guarda mais fechada, mas conforme foi ficando longe da cidadezinha do jogo, ele se rendeu e até se divertiu lembrando passado.
     Uma semana depois, chegou o dia da tão esperada apresentação dos teatros com temática de preconceitos, todos se apresentaram, cada um mostrando de forma bem aberta e tranquila os preconceitos impostos pela socidade. O grupo da homossexualidade, contaram a história de um casal de namorado que estavam de mão dadas na rua e foram ofendidos verbalmente; o grupo dos machismo cotaram a história de uma mulher com roupas curtas saindo de uma balada e sendo abordada por um homem que a assediava verbalmente e às vezes encostava nela, foi salva por um outro homem sensato que a defende; o grupo do rascismo, contaram a história de uma negra que namorava um branco e foram julgados quando ele a leva para sua família conhecer. Os teatros foram um verdadeiro sucesso, realmente impressionou a professora, no entanto o grupo escolhido para o baile de sábado a noite foi da homossexualidade.
- Nem acredito que ganhamos! - Larissa comenta com os dois.
-  Fomos incríveis! - Anthony afirma com um sorriso no rosto e Kaio ri.
- Verdade, agora é preparar mais história pra contar, pois iremos apresentar no dia seguinte do baile , né!
- O Kaio tem razão, vou começar a escrever!
- Oi. - Júlio se aproxima. - Vim te pegar para um sorvete depois da aula, topa?
- Claro! - Anthony responde animado, abana a mão para Lari e Kaio e sai com Júlio.
- Ei! Está tudo bem? - Lari percebe que James estava olhando para os dois de uma forma estranha.
- O que? Claro. - tenta disfarçar. - Vou procurar a Sam.
- Ok. -  ele se afasta caminhando até o outro lado do pátio onde Sam conversava com seu grupo.
- Eles foram ótimos mesmo.
- Fato! - Sam concorda com Pedro.
- Temos que deixar uma parte do estrelado para mais pessoas.
- Como assim, Lorde?
- Mileide, nossa banda vai tocar, então nada mais justo que os meninos realizarem a peça de teatro.
- Concordo plenamente, Daves. - Kaio sorri e Matheus faz o mesmo como se esse gesto significasse trégua. - Oi, Sam. - beija a bochecha dela. - Que tal um sorvete?
- Ah, eu combinei de voltar com o Pedro...
- Vai com ele, tranquilo.
- Mesmo?
- Claro. - beija o rosto dela, Matheus faz o mesmo e se retiram.
- Sam, você me acha estranho?
- Que tipo de pergunta é essa, menino? - ela ri, mas segura o riso quando vê o semblante dele sério.
- Nada, deixa pra lá. - desiste de questionar.
- Ei! Você não é estranho. Não importa se é diferente, porque ser diferente não é ser estranho. - acaricia as bochechas dele e ele sorri sentindo-se confortável.
- Obrigado.
- Pelo que? - ela estranha.
- Por ser minha melhor amiga.
- Sempre. - beija a bochecha dele e vão para sorveteria.

   Matheus, Pedro e Danilo vão para casa dos Cohen jogar vídeo game. Mari e Kate vão ao shopping fazer compras e encontram o senhor Mário e a senhora Raquel...

- Oi, mãe.
- Oi, filha. - a mãe cumprimenta tão sem graça quanto a filha.
- Já comeram, querem sentar com a gente?
- Obrigada, tio, mas já estavamos indo pra casa da Sam, combinamos de encontrá-la.
- AH, tudo bem, Mari. - se afastam.
- Cara, que bizarro! Será que está rolando algo entre eles?
- Parece, amiga. - Mari é sincera.
- O que será que vai significar pra mim e o Pedro?
- Não vamos nos desesperar, calma.
- Tem razão. Estudou para o teste de matemática amanhã?
- Sim, e você?
- Também, finalmente a última prova antes das férias.
- Nem me fale, e aí baile, natal e ano novo.


       Alguns dias se passaram, os meninos da banda procuravam uma vocalista mulher para cantar a música que Pedro escreveu para um dueto, e finalmente encontram, mas Pedro se sente desconfortável, pois Sam era a vocalista que cantaria com ele uma música romântica.

- Tem certeza que está tudo bem pra você?
- Sam, fica sussa! A fase ciumenta já passou. - Kate diz sincera pra amiga.
- Se está dizendo. - Mari se aproxima das duas interrompendo o assunto.
- Meninas! O que eu faço?
- Por quê?
- Seu irmão não me beija, não toma iniciativa, não chama para o baile.
- Calma, o Dan, é inseguro e tímido, já já ele te procura.
- Pode ser, mas o Jason não sai do meu pé, quer me levar ao baile... E eu não sei o que responder.
- Mari, com quem quer ir?
- Ain, Kate, claro que é com o Danilo. Mas, se  ele não chamar, não quero ir sozinha ao baile.
- Vamos nos preocupar com os nossos vestidos, depois você resolve essa história. - Sam afirma e as amigas concordam.

      Um dia antes do baile...

- Ficou muito bom. - Pedro fala assim que terminam de cantar.
- Ficou sim. - Sam concorda animada.
- Seu pai estaria orgulhoso de você.
- Valeu. - ela sorri sincera e ele a abraça, se soltam do abraço se encarando. - É...
- Eu... - gaguejam sem saber o que dizer, pois o silêncio de alguns segundos próximos os deixaram constrangidos.
- Como anda o namoro com a Kate?
- Bem, não temos brigado mais, na verdade temos nos dado muito bem.
- Que bom. - começa a guarda os equipamentos.
- E você e o Kaio?
- Na verdade, terminamos.
- O que? - a olha assustado.
- Percebemos que era só amizade.
- Mas está tudo certo?
- Está sim. Eu e ele decidimos juntos.
- Vai ao baile sozinha?
- Vou. - Matheus e Danilo entram na garagem.
- E aí! - os dois cumprimentam.
- Vou indo, bom ensaio, meninos. - Sam se despede e sai.
- Dan, você sabia que a Sam e o Kaio terminaram?
- Na verdade, sim.
- Ela vai sozinha ao baile.
- É.
- Ela não está chateada com isso?
- Acho que não.
- Por que está tão preocupado, primo? - Matheus se mete na conversa.
- Nada, só não quero que ela sofra.
- Acho que deveria se preocupar mais com sua namorada.
- Por que está dizendo isso? - Pedro não entende.
- Não nada.
- Vamos ficar fofocando feito meninas ou tocar? - Danilo brinca.

     Finalmente, chega a noite do tão esperado baile de sábado a noite, as meninas se arrumam na casa dos James ...

- Que arraso, amiga! - Mari fala vendo Sam saindo do banheiro com a make pronta.
- Te digo mesmo! Cadê a Kate? - James entra no quarto usando um colar lindo com uma pedra azul  e um vestido branco de renda.
- Aqui!
- Você está maravilhosa!
- Valeu, Sam. - as duas sorriem uma pra outra.
- Esse colar é simplismente perfeito. - Mari comenta vidrada no colar.
- Minha mãe acabou de me dar. Era da mãe do meu pai. - os olhos dela se enchem de lágrimas. - Fazia muito tempo que eu e minha mãe não nos entendíamos, foi legal ve-la baixando a guarda...
- Fico muito feliz por você, amiga. Ficamos! - Sam fala e Mari concorda com um gesto de cabeça.
- Sabe, é tão bom ouvir isso de você, Samantha. Eu cheguei aqui perdida, sempre mudando de escola, nenhuma amiga ou amigo, somente o Kaio, e pra ele era o mesmo. E então vocês duas me acolharam tão bem, tudo bem que a Mari no início queria me matar. - as três sorriem lembrando do ínicio das aulas. - Foi passando o tempo e a Mari e eu nos tornamos inseparáveis, e então meu lado ciumenta tomou conta de mim, e eu estraguei tudo que poderia ter com o Pedro e com você. Me desculpa.
- Me desculpa você, eu surtei.
- Surtamos então. - elas riem novamente.
- Mas que bom que soubemos refazer a amizade, e te agradeço por ter me dado essa oportunidade. Por que você é uma amiga incrível, o Pedro sempre teve razão sobre você. Agora eu entendo porque ele te admira tanto. Você ainda é apaixonada por ele, mas apoia nós dois juntos, e eu não sei se saberia fazer isso. - Sam se assusta.
- Não sou mais...
- Não negue, dá pra ver no seu olhar. - sorri sem mostrar os dentes. - Eu aprendi a fazer o mesmo.
- Como assim? - Mari não entende.
- O Pedro e eu estamos ótimos, mas eu sei que ele está confuso, e nossos pais estão se entendendo bem, o senhor Daves faz muito bem pra minha mãe, nunca a vi tão feliz desde o meu pai. E por tudo isso, eu terminei o namoro, eu amo ele, e como amo, mas quero ele inteiro, se for pra ser, voltaremos, mas se não for, talvez ele te encontre, e eu quero que saiba que não quero que nossa amizade se desfaça por isso, pode ser?
- Não sei nem o que dizer. - Sam ainda assimilava as palavras da amiga. - Como você amadureceu nesses últimos meses.
- O que posso dizer... Meu pai por perto, era tudo que eu precisava. - Mari abraças as duas amigas.
- Um dia quero ser como vocês duas! - então elas caem na gargalhada juntas.

    Nos Cohen os meninos se arrumavam...

- Não acredito que não teve coragem pra chamar a Mari. - Matheus comenta indgnado.
- Você já gostou de alguém tão especial que o risco de fazer qualquer merda te assustasse?
- Da sua irmã. - ele responde rapidamente lembrando de momentos ao lado dela.
- Hoje a noite é pra amizade e não pra um lance ou romance! - Pedro afirma, e os garotos concordam.
- Ué, espera, você vai com a sua namorada, nós que não! - Danilo fala não entendo o porque do amigo ter dito aquilo.
- Estou solteiro. A Kate terminou comigo. - Kaio é o único a não estar surpreso, pois sua irmã havia lhe contado.
- Cara, você está bem? - Matheus se preocupa com o primo.
- Ah, não 100%, mas estou bem. Ela me disse que temos a oportunidade de volta.
- Ué, peraí, não entendi então!
- Muito menos eu. - Danilo concorda com Matheus.
- Ela ama ele, mas ela não sabe se ele ama ela ou a Sam. Mas, nós sabemos que a Sam também ama ele. - os dois garotos que estavam por fora do assunto fica assustados com a revelação de Kaio.
- Foi por isso também que você e a minha irmã terminaram?
- Não. Eu e ela demos apenas um beijo, e descobrimos que somos amigos, somente isso. Fingimos namorar porque eu pedi pra ela. - agora Pedro que se surpreende. - Ela é uma amiga maravilhosa, minha pessoa favorita, mas como amiga.
- E por que pediu isso pra ela? - Matheus se interessa.
- A Larissa queria que eu beijasse o Anthony. Fiquei com medo, receio, sei lá. - dá de ombros.
- Acho que então hoje é mesmo dia de vivermos o lado amizade e esquecer um pouco dos lances e romances! - Danilo afirma finalizando o assunto, Pedro continuou parado por alguns instantes pensativo, confuso e talvez até perdido.

     Todos eles estavam sem pares, mas não sozinhos, pois estavam todos juntos, até mesmo Anthony que não sabia se devia dar outra chance para Júlio.

- Está muito elegante! - Kaio elogia, e o sorriso de Anthony aparece em seu rosto espontaneamente.
- Obrigado, você também. Ansioso pra apresentação amanhã?
- Um pouco nervoso.
- Eu também. - sorri sem graça.
- Achei que viria com o Júlio.
- Não, eu não sei se devo dar outra chance.
- Por quê? - o coração de Kaio se acelera com medo da resposta que Anthony pudesse dar, mas ele sorri sereno e lhe responde.
- Tem uma pessoa que mexe muito com o meu coração, e não é ele.
- Quem é então? - Kaio pergunta involuntariamente rápido.
- Não sei se devo contar, talvez eu só esteja confundindo as coisas. - Anthony recua com medo de estar enganado sobre o que pensava estar rolando entre ele e Kaio.
- Eu vivo com medo, e estou um pouco cansado disso, talvez você seja mais forte que eu, ou melhor eu sei que você é mais forte que eu, pode enfrentar qualquer coisa. Te admiro muito.
- Me admira? - sorri contente pelo elogio.
- Assumir que gosta de garotos, ser você sem medo do que vão pensar sobre você. Eu não tenho essa coragem.
- Você não é quem é? - questiona um pouco confuso.
- Acho que nem comigo mesmo. - Anthony se aproxima e pega na mão de Kaio, o olha nos olhos.
- Não se pressione, tudo tem sua hora, e seu momento. Se está tão confuso com quem é, é porque precisa de mais tempo para saber. - Kaio sorri ao ouvir o conselho. - Pode contar comigo sempre, você é muito especial pra mim. - beija a bochecha dele devagar, os olhos dos dois se fecham e os coração se aceleram, Kaio toma coragem e cochicha no ouvido do amigo.
- Não saberia dizer o quanto você mudou minha forma de ver o mundo. - solta as mãos se encarando, Anthony com os olhos arregalados por estar surpreso, e Kaio sorrindo aliviado por dizer algo que há tempo queria dizer depois se afasta indo ao encontro da irmã, em seguida Mari se aproxima de Anthony.
- O que houve aqui?
- Sinceramente ainda não sei, só espero não estar entendendo tudo errado.
- Estou torcendo por você. - Mari abraça o amigo. - Mas, hoje é dia da amizade e você vai se divertir com nossos amigos.
- Não precisa nem pedir duas vezes.

    Todos eles dançam juntos, brincando, curtindo o momento, o qual vai ficar marcado pra sempre em suas memórias, é hora de se descobrir, hora de amadurecer, de decidir as futuras profissões, hora de aproveitar o pouco que lhe restavam da adolescência. Naquela noite encontram uma resposta pra algumas dúvidas: amizade tem que valer mais que um lance, e até mesmo que um romance. E que a verdade é sempre o melhor caminho para qualquer situação. Que noite incrível tiveram, e terminaram todos abraçados sorrindo um para o outro, pulando comemorando a dádiva de um baile no sábado a noite. No dia seguinte a tarde era apresentação da peça vencedora e da final do concurso de bandas do colégio, os pais foram convidados...

- Boa tarde, Raquel. - Gil cumprimenta um tanto constrangido.
- Boa tarde, Gil, como você está?
- Muito bem e você?
- Também. Tudo bem a Kate e o Kaio dormirem lá em casa hoje?
- A Verônica estará?
- Não, estou indo com calma quanto a isso, somente quando você concordar que é a hora.
- Obrigada.
- Rah, somos amigos há muitos anos, eu amo você, só não mais como esposa, e isso faz tempo para nós dois, não é mesmo?
- Eu pedi que continuassemos fingindo ser casados mesmo não sendo, porque pra mim era muito difícil aceitar que não demos certo.
- Nós demos certo, enquanto durou, e foi ótimo. - sorri sincero.
- Eu ainda te amava quando fizemos aquele trato, eu ainda te amava quando conheceu a Verônica.
- E por que não me disse?
- Por que não queria deixar de ser sua melhor amiga, e achei que você precisasse ter outro relacionamento pra perceber que sentia falta do nosso.
- Me desculpa por não ter acontecido como você esperarva.
- Não tem que se desculpar de nada, você agiu com honestidade e sinceridade durante todo o trajeto. Eu é que peço desculpa. Agi como uma esposa traída e nós sabemos que não foi nem de perto isso.
- Mesmo assim eu te entendo. - ele diz sincero e a abraça. - Eu sinto muita falta da minha amiga. E a Verônica sabe que não abro mão de você jamais. - se soltam do abraço e Raquel sorri.
- Bom saber. - Kate e Kaio se aproximam abraçando o pai e a mãe.
- Vocês vieram! - Kaio comemora.
- Não perderíamos por nada. - Gil afirma.
- Está tudo bem entre vocês? - Kate percebe um clima diferente no ar e pergunta.
- Sim, filha. Seu pai e eu fizemos as pazes da nossa amizade. - Kate e Kaio se olham extremamente contentes.

       Enquanto isso no outro canto do pátio os Cohen e Daves  conversam...

- Acho que vou vomitar! - Sam diz com cara de enjoada, Danilo brinca.
- Vomita antes de subir no palco, se não o pessoal vai te lixar. - dá risada junto com Pedro e Matheus, mas a senhora Cohen o repreende.
- Filho, apoia sua irmã!
- Vai dar tudo certo, Samantha, você é talentosa.
- Obrigada, tio Mário.
- Despulpa o atraso, cheguei. - pai de Matheus, Liu, se aproxima.
- Está na hora, pai! - Matheus abraça o pai, e depois Liu cumprimenta o restante do pessoal.
- Sam... - Pedro se aproxima da amiga. - Eu vou estar com você, fica tranquila.
- Ain, medo do palco. - ele segura em sua mão e a encara.
- Olha pra mim e esquece das outras pessoas.
- Talvez isso funcione. - ela pensa na ideia e ele sorri.
- Vai funcionar. Se não funcionar encontra alguém que confie e encare.
- Você é essa pessoa. - ele sorri sem graça, e Matheus a abraça forte interrompendo.
- Você vai arrebentar! - ela cai na gargalhada, e Pedro também.
- Maluco!
- Cara Princesa, só estou animado!
- Obrigada pela força!
- Sempre.  - pisca pra ela, e Danilo se aproxima.
- Maninha, estamos todos juntos nessa. - abraça ela.
- Com vocês ao meu lado como sentir medo? - Matheus coloca uma mão a frente da rodinha deles.
- Um por todos! - os três olhando achando graça, mas colocam a mão em cima da dele.
- E todos por um! - os quatro gritam, e os pais sorriem.
- Que falta ele faz. - Mário encara Mel Cohen.
- Sempre fará, né? - ela sorri.
- Estaria orgulhoso das nossas crianças.
- Tenho certeza. - segura a mão dela. - Não acha que devia se deixar ser feliz também?
- Talvez tenha razão, mas ainda não sei. - Liu entra entre os dois apoiando os braços nos dois.
- Adoro ver o Matheus com seus primos. - Mel o olha confusa. - Que? Pra mim seus filhos são praticamente meus sobrinhos. - ela ri.
- Cadê sua esposa, Liu?
- Hum... Por aí com algum jardineiro.
- Nossa! Sinto muito.
- Não sinta. Pelo ela não fugiu, o que na família Daves já é um privilégio. - Mel olha sem entender para os irmãos Daves, até que Mário resolve explicar.
- Nossa bisavó fugiu com um índio, nossa avó fugiu até hoje não sabemos bem o por que, nossa mãe fugiu com o pai da nossa irmã mais nova e a deixou para nosso pai criar, e por fim minha esposa fugiu quando o Pedro tinha poucos anos de idade, mas essa parte da história você conhece.
- Meu Deus! Vocês precisam mudar esse fluxo!

     Em outro canto do pátio...
- Que roupa é essa garota? -  o senhor Lorenzato fala alto e Mari se envergonha.
- Pai, por favor, fala mais baixo. Minha roupa está normal.
- Que normal o que? Está ridícula!
- Benhê, ela está com a roupa que sua mãe deu pra ela.
- Minha mãe é uma louca, vai tirar isso! - grita e as pessoas em volta olham pra eles.
- Pai, não dá tempo de voltar pra casa. - Mari tenta amenizar a situação falando baixo.
- Fique longe de mim então! - tropeça quase caí. - Eu vou pegar uma cerveja pra mim.
- Benhê, não tem cerveja, é um evento escolar. - encosta a mão no braço dele na tentativa de acalma-lo.
- Não encosta em mim! - grita bem alto se afastando da esposa. Todos olham e Danilo que passava próximo vê a cena.
- Pai, vai pra casa por favor.
- Está me mandando embora? Eu sou seu pai, Mariana! Vou ficar, você que devia ir embora, está ridícula! - Danilo se aproxima de Mari que já está com os olhos cheios de lágrimas.
- Tudo bem aqui?
-  Quem é esse rapaz?
- Olá, senhor Lorenzato, eu sou Danilo Cohen. - estende a mão para cumprimentar, mas o pai dela quase caí novamente.
- Irmão da Samantha. Ah! Saudades dela, ótima menina!
- Realmente! Como sua filha também. - Danilo fala de forma serena. - Esse evento está caído, nenhuma cervejinha!
- Exatamente! Alguém que me entende.
- Se eu fosse o senhor ia pra casa, por que aqui vai demorar!
- Acho que vou seguir seu conselho! - toca no ombro de Danilo saindo com a esposa ao seu alcance. Assim que se retiram Mariana chora no ombro do amigo que a abraça tentando consola-la.
- Obrigada.
- Não tem que agradecer. - Samantha se aproxima.
- Ain, que vergonha!
- Mari, está tudo bem? - ela tira o rosto do ombro de Danilo e olha amiga.
- Está sim. - enxuga as lágrimas.
- O tio bebeu muito de novo? - Mari não sabe o que dizer, e Danilo responde por ela.
- Melhor vocês conversarem disso com mais tempo.
- Ok, mas vamos conversar, quero te ajudar, Má!
- Está bem. - os três caminham abraçados para frente do palco, assim como todos.

    Um pouco antes da final do concurso de bandas, Larissa chama Matheus pra conversar...

- Está tudo bem? - ele estranha os olhos dela vermelhos.
- Chorei um pouco, mas está tudo bem.
- Tem certeza? - acaricia o rosto dela de leve carinhosamente.
- Esse nosso lance, ... - respira fundo e volta a falar. - Eu sei que você não quer nada sério, mas eu mudei um pouco, ...
- Mudou? - arqueia a sobrancelha.
- Eu quero te namorar, quem sabe um dia me casar contigo. - ele arregala os olhos assustado. - Calma, um dia quem sabe, o que quero dizer é que estou apaixonada por você.
- Lari, você é linda, eu adoro passar o tempo contigo, mas...
- Gosta da Cohen.
- Não é isso. Quero curtir a vida, conhecer pessoas, aproveitar a adolescência, e também focar um pouco na escola no ano que vem, tenho levado muito no fluxo, e quase fiquei de recuperação.
- Então, acho melhor sermos amigos.
- Se prefere dessa forma, tudo bem. Amigos. - estende a mão e ela o cumprimenta.
- Sem benefícios. - ele ri junto com ela.
- Agora me conta, por que estava chorando?
- Era por isso, mas já passou.
- Eu te conheço, não era isso. Me fala. - segura a mão dela.
- Eu mudei bastante nesses últimos meses porque tive um bom motivo. - ele a observa e ela olha pra baixo tímida. - Eu tenho câncer de tireoide.
- O que? Como assim? - ele fica chocado.
- Na verdade, até então era uma suspeita, mas hoje o médico deu o diagnóstico.
- Por que não me contou?
- Não quero que fique comigo por dó. - Matheus a abraça.
- Pode contar comigo.
- Não conta pra ninguém, pode ser?
- Não vou contar. - ficam abraçados até que o diretor chama a banda ao palco, ele beija sua testa e sobe para apresentar.

        (escutem esse link para sentir a sintonia da música de Pedro e Samantha:                    https://www.youtube.com/watch?v=GvLb31QUb_E&list=RDGvLb31QUb_E&t=14)

      A música do dueto era linda, tocou a platéia e ao mesmo tempo animou todos com muita leveza, a sintonia de Sam e Pedro era nítida, a banda estava totalmente no mesmo clima, a galera se arrepeiou com a apresentação,  os olhares dos vocalistas eram impressionantemente intensos e expressivos, depois deles outras três bandas se apresentaram. O diretor contou que anunciaria a banda vendora após o teatro...

- Amor, olha que filme bacana! - Anthony entra de braços dados com Kaio no palco dizendo sua primeira fala.
- Vamos assistir, então! - Kaio beija o rosto de Anthony, e Larissa se aproxima por trás deles.
- Aqui é um ambiente público, viu? - os dois viram-se pra ela.
- O que quer dizer? - Anthony questiona.
- Que essa demonstração de afeto pode ser feita na casa de você, meu querido.
- Não fizemos nada demais! - Kaio argumenta indignado e Larissa começa a rir.
- Você acha normal as crianças, outras pessoas, idosos verem vocês assim?
- Desculpa, queridinha, pode se rmais específica, porque não estou te entendendo.
- Muito simples, sua biba tapada! Não sou obrigada a ver vocês de mão dadas, se beijando. - fala grosseiramente, e Kaio a empurra de leve.
- Andar de mão dada é algo normal!
- Para um homem e uma mulher.
- Para qualquer um! - Anthony segura Kaio que encena estar muito bravo, furioso.
- Cai na real, vocês se tocando é bizarro! São aberrações!
- Aberração é.... - Kaio parte pra cima, mas Anthony segura e ela cai no chão.
- Meu marido está chegando e vai arrebentar vocês dois, quem sabe assim não viram homens! - Anthony começa chorar desesperado com a situação.
- Você é muito preconceituosa! - Kaio fala olhando-a nos olhos.
- Se eu perguntar pra qualquer um aqui dúvido que vão querer filme ao lado de vocês.
- Também não é assim. -  as vozes que gravaram no rádio começa a soar representando outras pessoas na cena. - Vão embora!
- Vamos pra casa, amor. - Anhtony puxa Kaio para longe de Larissa.
- Que absurdo ficarem se agarrando no meio do shopping. - pega o celular.  - Nossa, cadê o José? Que demora pra estacionar.
- Alguns dias depois no mesmo cinema. - Kaio fala com um cartaz escrito o mesmo.
- Ai, amiga, esse filme vai ser ótimo. - Larissa de braços dados  com Kate.
- Vamos ver, então.
- Amiga, obrigada por estar me apoiando, essa situação com o José, nossa...
- Eu sempre estarei contigo. O José foi um cafajeste, nem acredito que arrumou outra.
- Pois é, ainda bem que tenho você. - beija o rosto da amiga, Kaio se aproxima atrás delas.
- Será que dá para demonstrarem afeto em casa, que horror!
- O que? - Larissa encena que não entende.
- Ninguém aqui é obrigado a ver essa cena lesbiana.
- Não somos lésbicas.
- Magina! E eu sou o papa, se assumam!
- Seu ridículo! E mesmo que eu fosse o que você tem a ver com a minha vida? - Kate questiona.
- Eu nada, por isso mesmo que não quero ver. - Larissa se mantem calada olhando para o público. - Apesar que se quiserem ir lá pra casa eu não me importaria! - abraça Kate que o empurra.
- Seu nojento, vamos embora, amiga. - puxa Larissa. - Você está legal?
- Não, acho que tive uma atitude muito parecida semana passada.
- Como assim?
- Fui grosseira com duas bichinhas.
- Por quê?
- Não sei bem, mas passando por algo semelhante mesmo não sendo, sei lá, mexeu comigo. - olha pra platéia e caminha próximo. - A regra do respeito é simples: não faça ao outro o que não gostaria que fizesse contigo, não é preciso aceitar ou achar bonito, no entanto qualquer tipo de agressão com certeza não deve e não é normal ! - Kaio entra de mão dadas com Anthony, para ao meio e se abraçam romanticamente e continuam assim enquanto Larissa fala. - Qualquer tipo de amor deve ser levado em consideração! - os dois soltam-se do abraço e se olham fixamente ainda bem próximos por alguns segundos, se aproximam mais com os corações acelerados, Kaio quase encosta os lábios, mas beija a bochecha.

    Todos na platéia estranham, mas acreditam ser parte da peça, Larissa e Kate se entreolham sem entender, a senhora Raquel e o senhor Gil se olham preocupados notando que aquele final não era parte da encenação. O diretor entra no palco e anuncia a banda dos meninos como vencedora e eles sobem ao palco comemorando com o grito da galera ao fundo.
    Kaio e Kate foram dormir no pai, mas de uma maneira estranha nenhum dos três ocnseguiam pensar em algo pra falar, pois a única ocisa que lhes passavam na cabeça era o quase beijo de Kaio e Anthony...
- Querem pizza? - pergunta entrando em casa.
- Pode ser. - Kate responde e Kaio nem escuta.
- Beleza. Você liga, filha? - Kate confirma e se retira indo até o telefone da cozinha. - Filho.
- Fala, pai.
- A peça foi excelente, eu realmente acreditei que era real.
- O Anthony é mesmo um excelente ator. - fala sem nem olhar o pai.
- Estava falando de você. - Kaio o encara.
- Obrigado. Vou tomar um banho, hoje estava muito quente. - se levanta subindo as escadas e o pai fica sentado no sofá ainda confuso.

        ENFIM É NATAL... A família James é convidada a passar nos Daves assim como os Cohen, uma grande ceia, os adultos dano-se muito bem, e os jovens sentados no sofá da sala jogando vídeo game.

- Com quem tanto fala nesse celular, Matheus? - Pedro pergunta.
- Com as crush! - brinca, e Samantha pega o celular de sua mão rápido e lê a mensagem. - EI! Dá aqui!. - puxa da mão dela de volta bravo, todos estranham, pois não o veem praticamente nunca bravo, mas resolveram deixar pra lá, e Sam que havia lido a mensagem de Larissa pra ele acha melhor não falar nada.
- Sua vez Kate. - Pedro avisa, e ela pega o controle do video game com o Danilo.
- Vocês Daves tem uma tradição tão boba. - Sam reclama.
- Ué, por quê? - Pedro pergunta ja rindo, pois sabia o que ela diria.
- Estou faminta, pra que esperar até meia noite? - Kaio a abraça de lado.
- Mocréia linda, para de ser esfomeada, já é quase meia noite. - ela sorri, e o beija no rosto.
- Posso esperar cinco minutos, vai.
- Crianças, venham, vamos contar, falta pouco. - Liu os chamam animado, e todos caminha até a mesa da ceia. - Todos aqui?
- Peraí, paizão. Cheguei! - Matheus se aproxima com pressa.
- Vamos agradecer por mais um ano abençoado, por toda essa comida, pelos novos amigos, pela conservação dos antigos, e por Jesus ter caminhado junto a nós durante todo o ano. - Mário agradece. - Por isso em agradecimento vamos proferir a oração... - todos oram o pai nosso e em seguida conta até dar meia noite, võa se abraçando e cumprimentando dando feliz natal. Sentam-se para comer, e então a campainha toca, Pedro vai atender.
- Mari? - ele se assusta em vê-la, não somente por ser estranho ela em sua porta no natal, mas pelo estado em que ela estava.
- Eu preciso do Danilo. - seus olhos estava inundados de lágrimas, Pedro olha pra Danilo que sem entender vai até a porta.
- O que foi? - vê Mari. - O que aconteceu? Entra.
- Não posso, não quero que ninguém me veja assim. - Os dois meninos se olham pensando no que fazer.
- Quem é, filho?  - Mário questiona.
- Um senhor pedindo leite. Vou buscar. - Pedro responde o pai e cochicha pra Mari. - Pelos fundos. - fecha a porta . - Dan, ela quer você, vai lá. - Danilo corre para os fundos sem que ninguém perceba seu sumiço.
- Ué, não vai buscar o leite? - Sam pergunta vendo Pedro parado feito estátua no meio da sala.
- Oi? - se faz de distraído. - Que fome! - volta para a mesa.

   Na garagem....

- Mari! - ela corre para seus braços chorando. - Me conta o que aconteceu?
- Meu pai. - se encaram. - Ele me bateu. - acaricia o rosto dela.
- Ele quem fez isso com seu olho?
- Sim, e também... - levanta a blusa mostrando as costas com marcar e pedaços de vidro, ele observa assustado.
- Temos que te levar ao hospital.
- Não! - se afasta um pouco.
- Ok, o que quer fazer então? - tenta fazê-la se sentir segura.




CONTINUAAAAAA.....



ATÉ 2018, UM FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO!

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

AMIZADE, LANCE E ROMANCE! ( Parte 16)

- Somos um trio agora, né? - Mari pergunta animada para as amigas assim que chegam na recepção do hotel, e Anthony se aproxima reclamando em tom de brincadeira.
- Quarteto, né! Estão me excluíndo? - as três abraçam ele juntas comemorando sua presença e os meninos se aproximam notando a farra.
- Pra ele toda essa animação e pra mim nada! - Matheus brinca.
- Queridinho, eu sou especial! - beija o ombro zombando e todos riem. Pedro abraça a namorada e a beija na bochecha carinhosamente.
- Sou mais especial que você.
- Pra Kate só! - Anthony comenta com desdém.
- Já é o suficiente! - Pedro pisca e volta a beijar Kate na bochecha.
- Girl!! - Larissa chama as líderes. - Venham pegar suas chaves.
- Vou atormentá-la! - Anthony cochicha com os amigos e caminha com as meninas até ela.
- Kate comigo no quarto 1, Mari e Sam quarto 2, ... - continuou lendo a lista com os nomes e quartos, quando terminou.
- E eu queridinha?
- Você tem que ficar com os meninos, queridinho! - ela responde Anthony simplismente sem raciocinar.
- Eu sou parte desse grupo!
- Cara, acho que está certo. - fala reflexiva. - Vou ver com os pais responsáveis como fazer. - antes que ela começasse a caminhar, ele a para.
- Ei! Tudo bem, eu não vim com a escola. Tenho um quarto separado.
- Ah ok! - se retira e Mari se aproxima do amigo.
- Larissa sendo sensata, o mundo vai acabar! - os dois riem.
- Pois é. Me surpreendeu. - Anthony comenta.
- Eu tinha que dividir o quarto com ela. - Kate se aproxima reclamando com Sam em seu alcance.
- Que azar! - Sam lamenta, instantes em seguida Malva a capitã das líderes do colégio Toyota chega com toda sua equipe em direção a eles.
- Larissa, querida!
- Malva! - Larissa revira os olhos.
- Prontas para perder da gente?
- Vocês quem deveriam estar prontas! - sua voz era agressivamente raivosa, as Toyotas começam a rir ironicamente.
- Vocês não tem a menor chance. - Kaio se aproxima puxando Samantha, mas Malva o nota.
- Jogador novo? - o olha fazendo todos prestarem atenção nele. - Deixa eu me apresentar, sou Malva. - estende a mão e ele cumprimenta.
- Kaio.
- Eu não deveria, mas talvez eu torça por você.
- Ele já tem quem torça por ele. - Larissa se mete.
- Posso saber quem?
- Eu, queridinha. A namorada dele. - Samantha responde com o peito estufado, e todas a olham surpresos pelo rótulo.
- Por enquanto. - dá de ombros e beija a bochecha dele. - Nos vemos. - se retira com sua equipe.
- Que garota insuportável! - Mari comenta.
- Por isso foco! Temos que vencer!  Treino as 15, não se atrasem! - Larissa avisa se retirando.
- O que queria, Kaio?
- Que?
- Queria falar comigo, o que era? - um garoto muito bem vestido, com cabelos loiros se aproximam da turminha.
- Anthony. - quando Lima olha para quem o cumprimentou, sente uma onda energética passar por todo seu corpo.
- Júlio.
- Quanto tempo, não é mesmo?
- Júlio Vilage? - Mari pensa alto e todos a olham.
- Sim. - estende a mão pra ela que o cumprimenta. - Você deve ser a Mariana Lorenzato.
- O que faz aqui?
- Vim falar contigo.
-Bom, acho que devemos nos acomodar. - Kate percebe o clima e sinaliza, então ela, Samantha, Mari e Kaio se afastam os deixando sozinhos. - Ex-namorado?
- Sim, história profunda. - Mari responde a Cohen.
- Como assim profunda?
- Kaio, profunda significa que foram muito apaixonados, rolou uma mega treta e foi difícil superar.
- Por que será que ele voltou? - Kaio se interessa.
- Pelo jeito quer Anthony de volta. - Sam palpita, e as duas amigas concordam.
- E será que vão voltar?
- Maninho, isso eu não sei, mas que a história não foi superada é claro, olha o jeito que se olham.
- Que exagero, Kate. - Kaio discorda.
- Posso roubar minha namorada por um instante? - Pedro pergunta segurando a mão dela.
- Nós levamos suas coisas. - Sam oferece tentando ser gentil e disfarçar a pontada no coração de vê-los juntos e felizes.

Mais tarde depois do treino das líderes e do time de basquete, Kaio e Danilo continuam treinando sozinhos, e os outros vão jantar encontrando com o pessoal da escola Toyota.

- Ai! Desculpa. - Mari esbarra em um garoto fazendo seu prato quase cair.
- Tudo bem. - o menino sorri encantadoramente. - Jason. - se apresenta, e ela sorri sem graça.
- Mariana.
- Que nome bonito.
- Obrigada.
- Assim como a dona.
- Dá linceça. - sem graça tenta se afastar, mas ele a segura pelo braço levemente.
- Desculpa, foi uma cantada idiota.
- Tudo bem.
- É do colégio Whitney?
- Sou sim, arquirival do seu colégio. - ri do que fala. - Ain, desculpa, estou sendo competitiva.
- Gosto de garotas competitivas. - ela sorri. - Que jantar comigo?
- Claro, por que não? - terminam de colocar comida e se sentam juntos.
- Mari, você viu, tem escondidinho de carne seca... - Sam para de falar notando um garoto estranho sentado com sua amiga. - Oi...
- Sam, esse é o Jason, Jason, essa é a Sam.
- Oi. - ele sorri e ela retribui.
- Não quero atrapalhar, vou sentar com...
- Nem pense nisso, senta com a gente. - Jason interrompe fazendo questão da presença dela.
- É fica. - Breno se senta não notando elas, e Sam resolve sentar.
- Breno, essas são Mariana e Sam. - ele cumprimenta elas dando um lindo sorriso.
- Pelo que vejo o colégio Whitney vem sendo melhor frequentado. - Breno comenta.

O pai de Pedro e a mãe de Kate organizam todos para dormirem, mas os planos do pessoal não era bem dormir, pelo menos não de todos...

- Partiu baladinha?
- Matheus, precisamos descansar. - Danilo discorda da ideia.
- Somos jovens, cara! - Pedro e Danilo olham sem acreditar que Kaio queria ir pra balada. - Que é? Eu também gosto de me divertir.
- E a Sam?
- Pedro, nós temos um lance só.
- Ela está ciente disso?
- Ei, primo, o irmão dela aqui é o Danilo, sabia? - Matheus brinca tentando amenizar o clima.
- A Sam está tranquila com isso, te garanto. Não se preocupe.
- Eu me preocupo sim, não quero vê-la magoada.
- Você aqui é o único que a magoa.
- O que quer dizer com isso? - Pedro fica bravo e  se aproxima de Kaio, mas Danilo o segura pelo braço o contendo, e fala.
- Vão vocês se divertirem, então. - Kate se aproxima.
- Oi, lindos! - repara na cara dos quatro. - Está tudo bem?
- Está sim, partiu balada senhorita James?
- Senhor Daves, a nossa capitã sabe dessa sua saidinha? - brinca e ele ri.
- Não sabe, e nem precisa saber. Não temos nada sério, aliais eu não curto nada sério, só diversão.
- Que safadinho! - continua brincando. - Bom, mas eu passo. Vim roubar meu gatinho.
- Eu? - Pedro pergunta sorridente e ela confirma balançando a cabeça, pegam na mão um do outro e dizem tchau para os amigos.
- Vamos, Cohen, prometo que estaremos inteiro amanhã!
- Ah, Matheus, não sei não!
- Parece que a Mari e a Sam vão se divertir nessa noite também. - Kaio comenta assim que vê as duas saindo pela recepção acompanhadas por Jason e Breno.
- A Mari e o Jason? - Danilo se surpreende. - Pensando melhor, vamos pra essa balada aí!
- Ae! - os dois comemoram batendo as mãos.

No jardim do hotel Kate e Pedro namoravam e olhavam as estrelas.

- Seu beijo é uma delícia. - Kate diz abrindo os olhos olhando nos do namorado que sorri marotamente.
- Não mais que o seu. - ela deita no peito dele olhando o céu.
- Finalmente paz...
- Paz? Achei que estavamos em um clime calhente. - brinca e ela sorri o olhando novamente nos olhos.
- Eu me sinto tão feliz ao seu lado.
- E eu ao seu. - se aproximam lentamente voltando a beijar. Deitado na grama o clima esquenta, os beijos ficam mais selvagens, as mãos seguram o corpo um do outro com mais firmeza, mas nada além disso, no entanto parece algo a mais para a Senhora James e o Senhor Daves.
- O que estão fazendo? - os dois se levantam assustados após o grito de Raquel.
- Nada, mãe.
- Isso não me parece nada. - responde brava. - Você deve se dar ao respeito.
- Desculpa, senhora James, mas não estavamos fazendo nada de mais, só nos beijando.
- Você fique quieto, garoto.
- Calma aí, Raquel, o nome dele é Pedro.
- Sim, claro, me desculpa, Mário.
- Tudo bem. Melhor vocês irem dormir. - os dois saem sem dizer mais nada.
- Mário, eu não quis tratá-lo mal, só...
- Só está descontando toda a sua raiva do seu marido em todos a sua volta. - ela se surpreende por ele entender. - Sei bem como é, já passei por isso.

No corredor dos quartos Kate e Pedro se despedem.

- Seu pai é bem legal.
- Sua mãe só está passando por um momento ruim. - segura a mão dela carinhoso.
- Espero que sim, pois ela vem sendo uma megera.
- Não fala isso dela. - ela se assusta com a reação dele; em seguida ele sorri. - Eu vou começar a imaginar. - os dois riem juntos - Boa noite, linda. - beija a testa dela.
- Boa noite, gatinho. - dão um selinho e se afastam seguindo para seus quartos.
- Isso são horas? - Kate dá de ombros caminhando para o banheiro. - Vai me ignorar?
- Larissa, por favor, se acalma, vai ter um ataque cardíaco desse jeito.
- As meninas sumiram, e você quer que eu me acalme? - quase grita, e Kate fala sem querer.
- Imagina se soubesse do ... - coloca a mão na boca parando de falar e Viera franzi a testa desconfiada.
- Soubesse de quem?
- Ninguém. - tenta disfarçar ligando o chuveiro, mas Larissa fecha.
- Onde o Matheus foi?
- Quem? Ele saiu?
- Não se faça de boba. Se não me contar vou entregar ele para o seu sogrinho.
- Ok. - bufa frustrada. - Foram numa balada aqui perto, não sei qual.
- Vamos atrás deles.
- Oi? - é sarcástica. - Eu não vou.
- Claro que vai. - coloca um vestido branco decotado e uma sandália de salto alto, Kate a observa tendo certeza que não escaparia de ir, por isso manda um sms para o namorado.

"S.o.s !!! Larissa vai atrás do Matheus e vai me levar"
" Oi? Te encontro na recepção"

- Tudo bem, se não tenho outra opção.
- Ai de você se avisar o Matheus, me dá esse celular. - pega da mão de Kate.
- Ei!
- Não posso correr o risco, vem. - saem do quarto.

Os meninos dançavam na boate, Kaio e Matheus paqueravam, Danilo observava Mari e Jason de longe sem ser visto, e Sam dançava com Breno.

- Danilo? - Mari vê o garoto atrás dela quando se vira de repente.
- É... Oi. Mari, o que faz por aqui? - finge surpresa, Jason ri. - Está rindo do que?
- Cara, você estava nos seguindo?
- Claro que não, estou com os meus amigos. - aponta pra Matheus e Kaio não muito distante deles.
- Legal. - Mari diz simplismente.
- Adoro essa música. - Jason comenta assim que muda de música. - Dança comigo?
- Claro. - pega na mão dele e vão pra pista.
- Odeio deixar rolar. - Danilo reclama alto, e Sam se aproxima.
- Maninho?
- Oi, Sam. - nem a olha por estar chateado.
- Está tudo bem? - ela estranha o desanimo.
- Por que a Mari está saindo com o Jason?
- Eles se conheceram no jantar.
- Por que eu fiquei treinando?!
- Você está gostando dela? - pergunta dando risada.
- Não importa mais, afinal pelo jeito ela não está mais afim de mim.
- Pirou? - é sarcástica. - A Mari é apaixonada por você, me atormentou praticamente a vida toda falando dos seus olhos, do seu cabelo, das suas bochechas, etc, etc.
- Então por que ela está dançando com ele?
- É uma boa pergunta.  - Sam não sabe a resposta pra esta pergunta, de repente o celular de Danilo vibra. - Quem é?
- Nossa! - fala alto lendo o sms de Pedro. - Larissa está vindo pra cá, cadê o Matheus? - olha para os lados. - Ele estava bem ali!
- Deve estar ficando com alguma garota.
- Sam, me ajuda. A Larissa não pode encontrar com ele.
- Ué, por quê? Eles não são namorados.
- Falando nisso você e ele são estranhos.
- O que? Eu?
- É! Você está aqui com outro cara, o Kaio paquerando ali do outro lado. - Danilo raciocina rapidamente. - Ah! Talvez ele esteja paquerando por estar chateado com você. Agora faz mais sentido ele querer vir na balada.
- Vamos procurar o Matheus? - Sam muda de assunto, então se separam procurando Matheus. Danilo esbarra com Larissa.
- Oi, Danilo!
- Larissa? - gagueja.
- Cadê ele?
- Ele quem? - franzi a testa fingindo não entender do que ela falava.
- Pode parar de fingir, só quero vê-lo.
- Você está com cara de quem vai fazer um barraco. - Kate diz sincera.
- Eu não sou barraqueira. - revira os olhos.
- Pera aí! Aquele ali é o Anthony? - Pedro comenta vendo o amigo beijando Júlio, Kaio se aproxima também vendo a cena.
- Que fita errada!
- Errada por quê, Kaio? - Danilo questiona.
- Nada a ver esse Júlio com ele. - os amigos se olham sem entender o comentário.
- Vocês são patéticos, vou encontra o Matheus. - sai de perto deles.
- Espero que a Sam tenha encontrado ele. - Danilo comenta.
- Por que ele está fugindo dela?
- Kate, maninha, não é porque ela fará barraco, é porque ela vai estragar as novas ficadas.
- Aff! - Kate revira os olhos. - Se eu fosse ela pegaria outros cara isso sim. - Pedro a encara. - Se nosso relacionamento fosse aberto feito o deles.
- Relacionamento aberto é muito bizarro, não serve pra mim. Não sei como serve pra minha irmã, sinceramente.
- Ué! É um relacionamento aberto?
- Kate, agora não. - Kaio foge voltando a dançar.

Enquanto isso fora da boate Sam encontra Matheus, ele estava quase beijando uma garota quando ela o chama.

- A Larissa está aí!
- Gatinha, vou ter que ir! - lasca-lhe um beijão na garota do vestido vermelho e sai com Sam pela rua, a garota os observa sem fôlego. - Obrigado, por me avisa.
- Não entendo, por que está fugindo dela? - continuam caminhando.
- Acho que ela quer algo sério.
- Ué, fala que não quer.
- Já falei, mas ela parece não ligar para o que eu digo e só com o que ela quer que aconteça.
- Entendi. Ela é mesmo um pouco temperamental.
- Ela é gatinha, divertida, gooosss... - Sam o interrompe.
- Já entendi! - ri dele que a acompanha rindo também. - Por que não namora ela?
- Meu coração não bate por ela.
- Você e suas frases filosóficas. - ele sorri maroto.
- Minha querida Princesa, eu sou do mundo, o dia que eu parar será por alguém que eu realmente goste.
- Acho que você está certo.
- Acha?
- Por que a surpresa? - olha pra ele que faz o mesmo.
- Por que está namorando o Kaio, bom, na verdade não sei bem se está.
- Não estou namorando ele, é só um lance. Diversão, como você. - desvia o olhar, ele franzi a testa.
- Não achei que fosse o tipo de garota que fizesse isso.
- Vocês homens podem, nós não? Se não somos piriguete, né?
- Não, não é isso. - ele pausa a olhando novamente. - Por que não quis se divertir comigo, então?
- Por que você dizia gostar de mim. - desvia o olhar novamente.
- Não mente pra mim. - pega no queixo dela a fazendo o olhar e também parar de frente pra ele.
- Não estou mentindo.
- O Kaio também gosta de você, qual a diferença? Pode ser sincera, eu aguento!
- O Kaio é um amigo, você... - faz um pausa pensando exatamente que palavras deveria usar. - Você é assim, galanteador, eu com certeza iria me apaixonar, e você não se apaixona, eu ia terminar de coração partido. - ele solta o queixo dela.
- Não acredita mesmo em mim, né?
- Não pode me culpar! E o beijo que deu naquela garota só me prova que eu estava certa. Podia ser eu no lugar da Larissa.
- Ou talvez eu me apaixonasse e você não. Ops! Isso aconteceu, né? - ele brinca rindo na tentativa de esconder sua frustração pela resposta dela.
- Tá vendo não leva nada a sério. - ela brinca também e voltam a caminhar. - Você sabe onde estamos?
- Você não sabe?
- Eu estava te acompanhando.
- Não, eu estava.
- Daves, não é hora de brincar. - ela olha pra ele e percebe que não é brincadeira.
- Fica calma, vamos achar.
- Essas ruas são todas iguais, é de madrugada, não tem ninguem pra perguntar.
- Gps do celular. - pega o dele no bolso, olha o visor. - Droga.
- Que foi?
- Acabou a bateria. Olha o seu.
- Eu não tenho crédito de qualquer forma.
- Mas podemos ligar pra alguém. - ela pega o celular no bolso da calça jeans.
- Sem sinal. Odeio cidades pequenas!
- Ah, que isso! Se fosse uma cidade grande estaríamos sendo assaltados. - ela revira os olhos.
- Eu só quero reclamar e por a culpa em outra coisa que não seja você!
- Cara, eu não tenho culpa.
- Claro que tem! Eu só estou aqui fora por sua causa.
- Ah, te livrei daquele Breno chato.
- Ele é bem legal, fique sabendo. E além do mais, sabe o caminho de volta.
- Claro ele mora aqui! - ele revira os olhos.
- O que faremos? - ela muda a voz de brava para uma de criança, e ele sorri achando bonitinho.
- Lábios de morango, para de me seduzir.
- Eu? - ela ri.
- Você. - ela faz biquinho com os lábios brincando, se aproxima dele, bem pertinho.
- Ainda está curioso para saber se tem gosto de morango realmente?
- Samantha, isso é maldade. - ela ri se afastando.
- Você merecia, afinal estamos perdido por sua causa.
- Ok, já paguei por isso agora. - ouvem um barulho nos lixos e ela segura a mão dele com medo, ele sorri satisfeito. - Está tudo bem. Fica tranquila.


No dia seguinte, todos acordam e se arrumam para a grande competição, primeiro o jogo, depois o tornei das líderes. Todos na quadra onde aconteceria o evento.
- Cadê a Samantha? - Larissa grita com sua equipe.
- Ela não voltou para o quarto ontem. - Mari cochicha com Kate.
- Deixa eu ligar pra ela. - pega o celular e disca. - Caixa postal. - as duas se olham preocupadas.
- Vou ligar pro Danilo, talvez esteja com os meninos do outro lado da quadra. - pega o celular e disca. - Oi, Dan, você está com a  Sam?
- Não, ela também sumiu?
- Também?
- O Matheus sumiu, não voltou para o hotel.
- Será que estão juntos?
- É bem possível.
- O que fazemos?
- O jogo já vai começar, não sei.
- Eu e a Kate vamos procurar, e vocês jogam.
- Não podemos com dois a menos. Já íamos jogar com um a menos por que o Liu está doente. - Mari pensa e Anthony se aproxima cumprimentando.
- Não tem dois a menos, o Anthony joga.
- Oi? - Anthony fala confuso ouvindo o que a amiga dizia no celular.
- O Anthony não joga, vai ser um peso morto no time.
-  Melhor que não jogar.
- Beleza, mas por favor faz o que puder pra achar o Matheus.
- Ok. - desliga.
- Sem chance, eu não vou jogar.
- Você vai, por que somos amigos e nos ajudamos. - os três saem de perto do chilique que Larissa dava com a equipe sem que ela percebesse.

CONTINUA....





terça-feira, 31 de outubro de 2017

AMIZADE, LANCE E ROMANCE! ( Parte 15)

- Então vocês já estavam separados há três anos? - Kate fala tentando assimilar.
- E por quê não nos contaram?
- Kaio, eu e sua mãe nos gostamos muito, sempre fomos melhores amigos, e achamos melhor por vocês que não nos separassemos publicamente. - o pai explica.
- Há três anos vocês começaram a viajar o tempo todo, e nos fazer mudar de cidade quase sempre. - Kate reflete alto.
- Não sabíamos como lidar com a situação, desculpa.
- Pai,... - os olhos de Kate cheios de lágrimas começam a escorrer por sua face. - Você está com alguém?
- Sim. O nome dela é Verônica.
- Uma pivete de vinte anos. - a mãe se pronuncia.
- Ela é jovem sim, mas me faz muito feliz, e nós moramos na cidade.
- Por isso vamos nos mudar.
- O que? - os filhos se assustam com a notícia.
- Raquel, pelo amor de Deus, nossos filhos já sofreram muito!
- Gil, se sofreram foi por sua culpa.
- Eu não vou me mudar! - Kate grita chamando a atenção dos pais.
- Ah, claro, vai ficar com seu pai, sempre fica do lado dele.
- Mãe, sem drama, você sabe que eu te amo, mas não aguento mais me mudar.
- Exato, e por isso seu pai deveria se mudar e nos deixar aqui, mas ele é um egoísta. - Kaio observa tudo sentindo tudo a sua volta girando.
- Meu namorado mora aqui não quero ficar longe dele, e a namorada do Kaio também é daqui.
- Vocês estão namorando? - Gil pergunta com um sorriso nos lábios. - Preciso conhecer.
- Kate, por favor, aquele menininho não é seu namorado, é um ficante qualquer.
- Não fala assim dele.
- Crianças, deixem eu e sua mãe conversarmos à sós um pouco.
- Não queremos ser excluído novamente!
- Vamos resolver a situação e então passamos tudo pra vocês, prometemos. - beija Kate na testa a convencendo, Kaio de repente cai no chão da sala. - Kaio! - os três correm até o menino assustados.

Mariana e Anthony conversam na casa da árvore dos Lorenzatos...

- Está tudo uma bagunça.
- Pois é! E esse trabalho de teatro só fez tudo piorar.  - Mari concorda com Anthony.
- Aquela Larissa é uma cobra!
- Você falando mal de alguém, senhor Lima? Que milagre. - brinca.
- Não gosto não, mas aquela garota me tirou do sério! Para de me chamar de senhor Lima, dona Lorenzato! - brinca de volta e os dois riem. - Agora a senhorita que levou sorte, grupo do Danilo.
- Ah, não quero criar expectativas.
- Por que, boba?
- Gosto muito dele pra ter outra decepção.
- Talvez esteja certa, mas deixa rolar.
- Mas você também está com sorte. Grupo do Kaio.
- Ele surtou com ideia de me beijar na peça. - fala triste. - Talvez ele não goste de meninos.
- É! Parece que ele está namorando a Samantha, ou pelo menos é o que ele quer.
- Vou continuar na minha.
- Melhor. - celular de Mariana toca e ela atende. - Alô.
- Oi, Mari, tudo bem?
- Oi, Dan. Tudo sim e você?
- Também, estou precisando da sua ajuda.
- Com o quê?
- Está chegando o aniversário da minha irmã, e como ela anda tristinha, eu queria fazer algo para que ela se sinta querida.
- Que bacana da sua parte, mas ela não tem mais falado comigo.
- Eu sei disso, mas você é a melhor amiga dela, só estão passando por uma fase ruim.
- Não sei.
- Vai desistir da amizade dela?
- Não é isso, é... - a interrompe.
- Você vem sendo mesmo mais amiga da Kate do que dela.
- O que? Não venho não. - sua voz se altera.
- Mari, estou falando numa boa. Talvez você não tenha feito de propósito, mas se afastou. Conta mais seus segredos pra mim do que pra ela. Desculpa estar te dizendo isso, mas acho que você precisa tentar voltar a amizade.
- Vou te ajudar sim. - concorda em ajudar refletindo melhor sobre o que ele lhe dizia.

A família James foi para o hospital, e quem atendeu Kaio foi a mãe de Danilo e Samantha...

- Ele só nos deu um susto. Está bem!
- Graças a Deus! - Raquel abraça Gil sentindo-se aliviada.
- Tem mais uma coisa. - senhora Cohen fala séria. - O desmaio foi causado possivelmente por estresse, procurem ficar de olho.
- Pode deixar, Doutora Cohen.
- Mais hoje ele vai dormir no hospital para nós ficarmos de olho, é um procedimento padrão. - se retira deixando a família a vontade.
- Eu fico com ele, vai pra casa com a Kate. - Senhor James sugeri.
- Tudo bem. - os três se despendem e Gil entra no quarto do filho.

No dia seguinte a senhora Cohen avisa Sam que Kaio estava no hospital, então ela vai para escola com seu irmão e Pedro.

- Cara, vocês podem por favor dirigir a palavra um ao outro. - Danilo fala cansado de ter conversar separadas com cada um deles.
- Já chegamos. - Pedro sorri calmo.
- Bom dia! - Mari e Anthony cumprimentam se aproximando dos três.
- Ué cadê o Kaio? - Kate se aproxima junto com Matheus.
- Ele está no hospital, Lima. Vou ver ele depois da aula, quer ir?
- Quero sim, Sam. Mas está tudo bem com ele?
- Ele está bem, vai pra casa de manhã, melhor visitá-lo em casa. - Kate avisa.
- O que houve com o cara?
- Muito estresse, estamos passando por algo difícil em casa. Descobrimos que nossos pais estava separados, mas fingiam estar juntos, e então meu pai encontrou alguém e quer tornar o divórcio oficial, mas minha mãe não aceitou bem.
- Nossa, Kate, sinto muito. - Matheus fala e Pedro a abraça.
- Valeu. - o sinal toca e cada um vai pra sua sala.
- Sam. - ela apenas olha pra Mari sem responder. - Podemos conversar?
- Tudo bem.
- Não quero fingir que você é uma estranha...
- Não finja.
- Desculpa.
- Pelo que? - franzi a testa.
- Por ter te deixado de lado, por não ter te ajudado quando precisou.
- Vamos esquecer isso, ok?
- Amigas então?
- Vamos só voltar a conversar e deixar rolar, sem rótulos.
- Ótimo. Posso sentar com você?
- A Kate não vai ficar chateada.
- Acho que ela vai entender.
- Ok, então. - caminha para o lugar, e Mari vai falar com Kate.
- Vou sentar com a Sam hoje, tudo bem?
- São amigas agora?
- Estamos tentando.
- Tudo bem. Não vou impedir que façam as pazes, talvez até eu deveria tentar fazer o mesmo.
- Eu ia gostar muito.
- Uma hora eu e ela vamos nos resolver, mas acho que precisamos de mais tempo.

Mari e Danilo saíram mais cedo da aula pra organizar a festa surpresa de Sam...

- Está ficando ótimo. - ela afirma terminando de arruma a mesa do bolo.
- Você é ótima com decorações, em! - ele comenta olhando o ambiente.
- Ela merece o melhor. - sorri sem graça.
- Obrigado pela ajuda. - se aproxima dela.
- Magina. Obrigada você pelo conselho ontem.
- Vocês são amigas a vida toda, não podia ficar quieto vendo vocês se distanciarem.
- Mas por que os outros não vieram nos ajudar?
- O Pedro tinha um DR pra resolver, o Anthony foi com ela ver o Kaio e, bom, o Matheus não chegou ainda não sei por quê. - a menina ri.
- Ainda bem que você tem a mim.
- Ainda bem mesmo. - se aproximam mais.
- Posso te fazer uma pergunta?
- Claro.
- O que está rolando aqui, entre nós. - faz um gesto com as mãos e ele sorri se aproximando ainda mais.
- Sinceramente, eu não sei bem o que é, mas não quero que pare.
- Senhor Cohen,... - ela para de falar por estar sem ar com o toque da mão dele em sua cintura. - Tem certeza disso?
- Mari,... - fecha os olhos e ela o acompanha, acaricia os cabelos dela, e seus lábios se encontram lentamente, mas antes que realmente se beijassem Matheus e Pedro entram interrompendendo sem querer.
- Ops! - Pedro diz apenas, os dois se afastam tímidos e Matheus acha engraçado.
- Não parem por nós. Fiquem a vontade pombinhos. - os dois meninos vão pra cozinha rindo deixando novamente Danilo e Mari a sós, mas antes que pudesse falar qualquer coisa a senhora Cohen chega.

Enquanto isso a Cohen e o Lima foram para casa dos James ver Kaio, passaram a tarde lá, rindo, vendo séries e comendo muita pipoca.

- Obrigado por virem!
- Não precisa agradecer mocréio! - Sam brinca e joga um almofada no amigo.
- A gente gosta de ver Flash, não é nenhum sacrifício. - Anthony completa. - O Danilo e o Pedro não vieram por que tinham que ensaiar com o Matheus. E a Mari mandou um beijo, mas está de castigo por algum motivo.
- Que eles não saibam, mas vocês são os meus favoritos então tudo bem. - ele fala brincando e pisca.
- A pipoca acabou, vou pegar mais. - Sam avisa deixando os meninos sozinhos conversando sobre o seriado, quando ela ia descer as escadas vê Pedro e Kate conversando na sala, por algum motivo que ela não entende seu coração acelera e se esconde.
- Eu não queria fazer o que fiz com a Sam.
- Mais você falou coisas horríveis pra ela, e usou termos inaprópriados. - Pedro fala calmo a olhando nos olhos.
- Eu sei, e me arrependo. Somos muito novos pra falar de sexo e ainda mais da forma como eu tratei o assunto. Eu só estava com muito ciúmes, e também frustrada com o fato do meu pai nao querer me ver. Sai descontando em tudo e todos.
- Eu entendo, problemas na família é algo complicado realmente.
- Desculpa por ter te afastado, prometo que vou te apresentar meus pais.
- Isso significa que...
- Não quero terminar com você, mas se for o que quer vou entender. - ele segura em suas mãos e se aproxima.
- Eu gosto de você.
- E eu de você.
- Podemos passar por isso, mas você precisa pedir desculpa pra Sam.
- O que? - solta as mãos dele e se levanta. - Mas ela beijou o meu namorado.
- Eu sei que ela também errou, mas eu não converso mais com ela pra pedir isso que estou lhe pedindo. - levanta e anda até a menina.
- Por que está me pedindo isso? - olha nos olhos dele.
- Por que você é minha namorada, e eu sei que você é o tipo de pessoa que pede desculpas quando erra.
- Tudo bem, vou falar com ela. Você está certo, tenho que consertar o que eu errei, os erros dela só dependem dela para serem consertados.
- Isso. - sorri pra ela que sorri de volta. - Obrigada por ser esse cara que me mostra o que a raiva e o ciúmes cobre das minhas vistas.
- Pode contar sempre comigo. - se aproxima dela e a beija de leve na boca, Sam volta para o quarto.
- Está tudo bem? - Kaio pergunta vendo a amiga com um olhar distante assim que entra no quarto.
- Ué, cadê a pipoca? - Anthony pergunta, mas logo nota a feição do rosto dela.
- A Kate é legal.
- Às vezes. - Kaio brinca.
- E está beijando o Pedro nesse exato momento.
- Ah, agora entendi a cara de velório.
- Anthony!  - ela repreende o amigo.
- Mas, eu só pensei que vocês estavam namorando. - olha de um para o outro confuso, e antes que Sam pudesse responder Kaio fala.
- Estamos de certa forma. É que eu gosto dela e estou disposto a fazer ela esquecer do Pedro.
- Entendi. - o menino acha estranho toda aquela história, mas resolve não se intrometer, seu celular toca, no visor "Mariana".
- Oi, Má.
- Gatinho, tudo pronto aqui, mas pede pro Kaio enrolar ela mais um pouco, o Pedro e a Kate estão vindo pra cá.
- Beleza. - desliga.
- A Mari está pedindo s.o.s, vou ter que ir lá. - beija no rosto Sam e Kaio.
- Eu te levo na porta. - Kaio se pronuncia caminhando pra fora do quarto enquanto sua amiga deitava na cama pensativa.
- Assim que eu chegar te aviso.
- Ok. - tocam em despedida, e James volta para o quarto. - Para de pensar na minha irmã e no Daves.
- Os dois são perfeitos juntos, como não vi isso antes?
- Sabia que amanhã é meu aniversário?
- Jura? Quantos anos? - finge surpresa.
- 16 anos, perdi minha dança de pai e filha aos 15. - ele a abraça.
- Sem tristeza, temos que celebrar sua vida.
- Celebrar? Não tem nada de bom para celebrar.
- A vida é assim mesmo, temos que aprender a não nos abater.
- Verdade. - sorri, e Kaio recebe um sms. - Quem é?
- Minha mãe.  Ela está vindo pra casa. Podíamos ir pra sua casa, né?
- Não quer ver sua mãe?
- Não agora.
- Mas você desmaiou ontem, tem certeza que deve sair?
- Tenho, vamos. - pega um casaco e saem do quarto até a casa dos Cohen.
- Ué está tudo escuro, onde será que meu irmão foi? - ela estranha destrancando a porta e vendo tudo escuro, então abre se surpreendendo com todos os amigos gritando "SURPRESA",  uma lágrima escorre por seu rosto de emoção. - Vocês... - fica sem fala sorrindo pra eles.
- Nós fizemos isso, porque você merece muito! - Danilo fala se aproximando da irmã para um abraço bem forte, aqueles tipo urso, e então sussura no ouvido dela. - Desculpa ter me afastado, prometo que estarei sempre com você. - começa a falar alto novamente. - Minha pequena, tudo de bom hoje e sempre, que nunca seja maior do que eu para que eu possa te dar esses abraços de urso a vida toda.
- Obrigada, brother. Te amo! - beija a bochecha dele, se soltam do abraço e na sequência vem sua mãe.
- Filha, parabéns! - a abraça. - Continue sendo essa garota que me dá muito orgulho!
- Vou tentar. - as duas riem, e se soltam, e depois  sucessivamente vem cumprimentá-la outras pessoas como, o senhor Daves, Mari, Kaio, Anthony e Matheus. Pedro e Kate ficaram um tanto afastados, até que Kate se aproxima pedindo para conversarem, então seguem para o jardim buscando privacidade.
- Pode falar.
- Sam, desculpa, não consigo nem olhar nos seus olhos, estou envergonhada. - fala rapidamente como se estivesse metralhando as palavras.
- Tudo bem, desculpa também. - fala serena, Kate estranha a reação e a olha nos olhos.
- Sério?
- Se pra você estiver tudo bem, pra mim também vai estar, afinal eu fiz pior, né.
- Na verdade não sei.
- Vamos fazer assim. Não importa quem errou mais, vamos passar uma borracha, eu sei que dizer que seremos amigas é um pouco demais, porém podemos ser colegas, fazer parte do mesmo grupo de amigos... - Kate a interrompe.
- E cunhadas.
- Vamos com calma quanto a isso.
- Ok. - sorri. - Mais que fique claro, torço por vocês dois.
- Meio óbvio. - revira os olhos rindo.
- Não por isso, bom, esse é um bom motivo, mas também porque você é legal e meu irmão está precisando de alguém legal nesse momento.
- Eu vou sempre estar do lado dele, afinal ele fez o mesmo por mim. - Kate sorri satisfeita e estende a mão, Samantha cumprimenta. - Paz!
- Paz! - Pedro se aproxima.
- Que bom ouvir essa palavra: paz! - as duas sorriem.
- Eu vou deixar vocês conversarem. - Kate fala já se afastando e deixando os dois à sós.
- Estão na paz realmente?
- Eu devo fala com você? - ela brinca e ele sorri.
- Eu sei que exagerei.
- Não, não exagerou. Fez o que era preciso pra ficar bem com as pessoas que ama. Me desculpa pelo beijo e por tudo mais.
- Me desculpa você. - se aproxima mais.
- Pelo quê? - ela não entende.
- Por não retribuir seus sentimentos. - olha pra baixo.
- Para com isso! - levanta o rosto dele com o dedo indicador. - Não mandamos no coração.
- Por que se eu mandasse com certeza escolheria você. - ela arregala os olhos sem saber interpretar o que ele dizia. - O que seria melhor do que namorar a melhor amiga, não é mesmo?
- Namorar uma garota sexy que você é apaixonado? - sorri do que fala e ele a acompanha.
- Eu tenho muita sorte mesmo. - os dois se olham em silêncio por alguns segundos. - Senti falta de você na minha vida, não quero nunca mais brigar com você, pode ser?
- Não posso prometer nada, você é meio irritante às vezes. - fala séria depois cai na gargalhada. - Brincadeira.
- Que bom que está com senso de humor.
- Ah, acabei de receber uma surpresa linda, fazer as pazes com a Mari, Kate e você. Está tudo ótimo.
- Tem razão. Posso? - abre os braços, ela entende o que ele quer, e com um gesto movimentando a cabeça lhe dá permissão para abraçá-la.
-Você também me fez muita falta.
- Feliz aniversário!
- Obrigada. - soltam-se do abraço.
- Muitas alegrias, conquistas, muito dinheiro,... - abraça ela de lado e caminham para dentro. - Muito Pedro na sua vida, afinal amigo como eu não existe...
- Que metido! - brinca e os dois riem.
- Muito Kaio também, afinal é seu ...
- Lance, nada de namorado.
- Ok, eu nem ia dizer isso. - brinca e ela sorri sem graça, pois Kaio se aproximava.
- Sam.
- Vou deixar os pombinhos. - Pedro diz antes de se afastar.
- Gostou da surpresa? Fiquei um pouco preocupado com a presença da minha irmã, se ia te agradar... - Cohen o interrompe impaciente.
- Tudo bem isso. Por que estamos fingindo ser namorados? Lance, sei lá o que eles pensam que somos.
- Ohh, calma! Eu preciso que a Larissa acredite e não me faça ter que beijar o Anthony.
- É por isso? Kaio, pelo amor de Deus, só diga que não quer fazer e não faça.
- Eu não quero que o Anthony se sinta mal, ele pode pensar sei lá que sou homofóbico.
- Amigo, ele não vai pensar isso. Bom, tudo bem, eu não me importo muito, mas se começar a estragar futuros pretendentes, paramos com isso.
- É só por um mês, e você ainda é apaixonada pelo Pedro. Aliáis, esse namoro de mentirinha é bom para nós dois, assim minha irmã e o Pedro ficam mais sossegados com suas próximas atitudes.
- Talvez tenha razão. - fica pensativa, mas logo nota os amigos jogando video game. - Partiu jogar?
- Agora mesmo.

Comeram muitos salgadinhos, beberam suco e refrigerante, jogaram video game por muitas horas, tudo em perfeita harmonia, a paz reinava e todos estavam muito felizes com isso. No dia seguinte, tudo normal, os três mosqueteiros juntos novamente para caminharem até a escola.

- Quem diria que um dia iríamos pra escola com uma idosa.
- Cala boca, Danilo! - Sam repreende o irmão por estar zuando-a.
- É, Danilo! Não se desrespeita os mais velhos. - Pedro brinca e ela lhe mostra a língua, mas os dois tocam em comemoração por estarem conseguindo zoar ela.
- Você não prestam! - revira os olhos, chegam até o banco de sempre encontrando Kate e Kaio, Pedro cumprimenta com um selinho sua namorada, e esperam a mesma reação entre Kaio e Samantha, mas o que vêem é um beijo no rosto.
- Ué, estão com vergonha de beijar na nossa frente?
- Kate, sai do meu pé. - Kaio responde.
-Qual é? É realmente esquisito. - Pedro comenta.
- Nós não vamos nos beijar por que agora vocês querem isso. - Sam fala cortando o assunto, Pedro estava pronto pra contestar, mas Mari chegou eufórica com o jogo de basquete da semana seguinte.
- Não se esqueçam do ensaio mais tarde, precisamos arrebentar.
- Mari, está no papo.
- Kate, não se sinta confiante demais, é um torneio regional.
- Desse jeito parece que você é a capitã! - Kaio se intromente no assunto tirando o sarro da amiga que nem liga.
- Temos que ganhar, e vocês também, vê se não nos envergonha. - os três meninos olham pra ela achando graça de seu jeito mandão, Pedro cochicha com Danilo.
- Quem vai aguentar ter uma namorada mandona dessas?
- Mandona e gata, combinações que muitos caras iriam gostar. - Cochicha de volta e o amigo percebe seus olhos brilhando ao olhá-la.
- Tem alguém apaixonado aqui?
- Que? Claro que não. - para de olhá-la disfarçando, e Anthony junto com Matheus chegam cumprimentando.
- Animados com o jogo do fim de semana? - Matheus vai logo perguntando.
- Opa! - todos responde juntos.

Vão para aula, depois para seus devidos treinos, até mesmo Anthony, só que apenas utilizando dos aparelhos de ginástica do time de basquete para manter a forma. A senhora James e o senhor Daves, pais de Kate e Pedro, respectivamente, foram convocados a serem os pais responsáveis pela equipe de torcida e basquete.

- Raquel. - cumprimenta senhor Daves com um aperto de mão.
- Mário, prazer. - sorriem um para o outro.
- Espero que não dêem o trabalho que eu dava na escola. - ele ri.
- Líder de torcida?
- Jogador de basquete? - os dois caem na gargalhada, Kate e Pedro observam do outro lado do estacionamento na fila para entrar no ônibus de viagem.
- Isso é bom?
- Relaxa, é sim, eles vão se dar bem. - Pedro responde, depois beija a testa da namorada.
- Tem razão.
- Nada de sentar com o namorado, dona James! - Larissa chega puxando Kate para longe de Pedro. - Temos que focar no torneio! Sorry, Daves. - manda beijo pra ele no ar e entra no ônibus do lado com todas as líderes em seu alcance.
- A Larissa estragou sua vibe? - Matheus se aproxima do primo rindo.
- Aham. Você deveria ter convencido sua namorada de líderes e jogadores irem no mesmo ônibus.
- Técnicamente ela não é minha namorada, mas eu fiz questão de concordar, precisamos focar.
- Você queria só espaço, isso sim. - revira os olhos e depois acampanha Matheus na gargalhada.


Enquanto isso, Danilo e Mari conversavam.

- Melhor eu ir antes que a Larissa me puxe pelos cabelos. - os dois riem.
- Vai lá. - beija o rosto dela devagar. - Precisamos falar sobre ontem.
- Falar o quê?
- Quase nos... - ela o interrompe.
- Deixa acontecer, sem pressão de palavras, pelo menos por enquanto, ok?
- Ok. - ele sorriu, mas na verdade não sabia  se era bom ou ruim não conversar sobre o assunto do quase beijo, ela saiu em direção a Larissa, e ele aos seus amigos Pedro e Matheus.


CONTINUA...

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

AMIZADE, LANCE E ROMANCE! ( Parte 14)

- Os temas serão, grupo 1 homossexualidade, grupo 2 rascismo, grupo 3 machismo e grupo 4 rótulos. Podem se sentar juntos e começarem a organizar o trabalho, pessoal. - a professora manda e todos vão para próximo de seus grupos.

Grupo 1...

- Eu já tenho uma história sobre o tema, e ainda bem, já que vocês são praticamente vegetais, né! - Larissa fala assim que senta juntando-se a Anthony e Kaio.
- Fofa, quem você pensa que é? - Anthony fala nervoso com a arrogância da menina.
- Sou a garota mais popular da escola, e vocês dois não sabem nada sobre romance.
- Eu sou homossexual, então eu sou quem mais sabe sobre esse assunto.
- Você namora, queridinho? - ela o olha de cima abaixo com desdém.
- Você namora? - ela fica sem resposta, e Kaio interfere na conversa.
- Mostra sua história pra nós, vemos se é realmente boa e se condiz com o tema.
- Aqui. - ela pega os papéis de dentro de sua bolsa cara de couro e entrega, alguns minutos depois.
- Parece boa.
- Anthony, eu sei escrever.
- Também sabe ser arrogante demais.
- Eu posso.
- Será que vocês dois conseguem parar de brigar por  quinze minutos para discutirmos o trabalho? - Kaio fala tentando aparta a confusão, e volta a ler. - Espera! Tem um beijo no final?
- Sim. - ela fala com tranquilidade. - Algum problema em dar um beijinho no bichinha aqui?
- Bichinha é seu passado, patricinha arrogante. - ela revira os olhos após as palavras ditas por Anthony.
- Eu não vou beijar ele! - Kaio usa um tom sério e talvez um pouco desesperado, mas só Anthony percebe.
- Claro que vai. É só um selinho.
- Beija você.
- Eu sou uma menina, não seria um beijo gay, acorda!
- Eu posso sim fazer o cara apaixonado por ele, mas beijar é demais. Eu com certeza passo. - se levanta caminhando até a mesa com materias de ajuda para criatividade.

Grupo 2...

- A Samantha nasceu virada pra lua não é possível! - Kate afirma olhando pra arqui-inimiga do outro lado da sala sentada com Pedro e Matheus em um profundo silêncio.
- Amiga, o que falamos sobre seu ciúmes possessivo? - Mari lembra a amiga e Danilo cai na gargalhada.
- Do que está rindo?
- Kate, cai na real! Nascer pra lua é fazer um trabalho com seu ex-melhor amigo atual paixonite que não fala mais contigo e com seu ex-paquera que aparentemente também não quer falar contigo?
- O Dan tem razão. A situação ali está claramente tensa. - Mariana constata olhando para mesa do grupo 3 também.
- É... Eu estou pirando mesmo!
- O Pedro é apaixonado por você, por que a nóia? - Cohen pergunta não entendo tanto ciúmes.
- Ele não demonstra isso.
- Não? Ele arriscou terminar uma amizade comigo, melhor amigo dele da vida toda, parou de falar com a melhor amiga pra acalmar as coisas, te pediu em namoro com uma aliança, o que mais ele tem que fazer pra demonstrar? Vocês garotas são muito complicadas.
- Nós garotas não! Algumas de nós. - Mari se defende. - No caso a Kate. - ele ri e Kate fecha a cara pra amiga.
- Não sou complicada. Ele olha pra ela de uma forma muito... Diferente, não sei explicar.
- Diferente? Mew, ele só admira a minha irmã, porque ela é sensata, nunca magoa alguém de próposito, e é uma amiga incrível, nós admiramos nossos amigos, é algo comum.
- Talvez você tenha razão, pelo menos espero que sim. - Mari não diz nada, mas ela também achava que Kate tinha um pouco de razão em ter ciúmes, porém achou melhor ficar calada.


Grupo 3...

- Pegamos um tema relativamente fácil. - Pedro corta o silêncio e os outros dois o olham sem saber o que dizer.
- Principalmente pela colega de grupo que temos.
- Como assim, Matheus? - ela não entende o que ele quis dizer.
- É uma feminista nata.
- Sou mesmo, mas por que parece que você está querendo me ofender?
- Por que você é o tipo que sai pela rua pelada buscando direitos, ou beija muitos caras pra provar que pode fazer o mesmo que os homens.
- Não, eu não sou!
- Ah, desculpa, você não beijou três garotos na mesma semana, foi outra garota. - Matheus é irônico.
- Primeiro, não beijei três garotos, beijei apenas um, e um outro garoto me robou um beijo, o que nas minhas contas são dois. Segundo, não estou entendendo o porque da ironia comigo. E terceiro se está contando você como o terceiro garoto, lembre-se que foi quase um beijo, não nos beijamos.
- Isso não importa, você flerta com todos!
- Eu não faço isso nada! Todo mundo sabia que eu sempre fui apaixonada pelo Pedro. - Pedro engasga com a própria saliva e tosse.
- Oi, tudo certo por aqui? - Kaio se aproxima puxando assunto.
- Pra que quer saber, seu fura olho?
- Oi? Matheus, você está legal?
- Você sabia que eu e a Samantha estavamos tendo um lance, porque roubar um beijo dela, pensei que eramos meu amigo!
- Cara, você estava querendo um lance com ela, não estava tendo.
- Amigos não fazem esse tipo de coisa.
- Nós nem somos realmente amigos, e foi você mesmo que disse "que vença o melhor".
- Eu não estou entendendo esse showzinho, Matheus! Você nem estava tão interessado. - Samantha afirma sem entender porque seu amigo estava tão bravo.
- O que? Eu não estava? Como é que sabe disso?
- Por que já está em outra, inclusive alguém que você disse que não queria mais saber.
- Samantha, você é igualzinha a ela, são duas fáceis. - Kaio fica furioso e parte pra cima, mas Pedro o segura. - Está nervoso por quê? É o namorado dela?
- Véi, não provoca! - Pedro fala para o primo e os outros amigos se aproximam notando a confusão.
- Você estão querendo uma advertência? - Mari chega dando bronca e o sinal toca antes que a professora pudesse notar o que realmente acontecia.
- Vamos embora, Sam. Ele é um idiota. - Kaio fala antes de sair de mão das com ela.
- Eles estão namorando? - Mari questiona Kate que dá de ombros.
- Meninas, depois nos vemos. - Pedro fala olhando pra Matheus e Danilo que logo entendem o recado e o acompanham para fora da sala.
- Que babado! Essa turma realmente não tem um momento de tédio.
- Anthony!
- Mari, não o repreenda! Ele está certo!
- Pior que é. - concorda com Kate.

Enquanto isso na quadra da escola Kaio e Samantha conversavam ...

- Eu nunca tinha visto o Matheus bravo.
- Ele surtou, com certeza.
- Acho que devo falar com ele.
- Não, ele vai falar um monte de merda pra você e eu vou ter que arrebentar a cara dele. - ela pega nas mão do amigo chamando a atenção para que olhasse ela nos olhos.
- Obrigada por ser esse amigo protetor, mas eu consigo me defender. Fica calmo.
- Ok. - olha pra baixo, ela solta as mãos e levanta-se. - Não desmente sobre estarmos namorando.
- Por quê? - pergunta surpresa com o pedido do amigo.
- Só faz isso por mim.
- Ok, mas depois vai me contar essa história certinha. - ele concorda com um gesto e ela sai a procura de Matheus pela escola, encontrando-o no refeitório. - Oi. - os meninos olham pra ela.
- Sam, acho que não é o momento... - interrompe o irmão.
- Não vim brigar, Dan.
- Se é assim. - dá de ombros e vai sentar com Pedro em uma mesa um pouco distante.
- Podemos conversar?
- Já estamos conversando. - Matheus responde com a voz mansa, mas ainda bravo.
- Desculpa se eu te magoei, mas eu sempre fui sincera contigo.
- É você foi.
- Você sabia que eu era apaixonada pelo seu primo, eu sei que agi por impulso e magoei muita gente, mas de todos, você com certeza era o que menos merecia.
- Por que beijou o Kaio e não me beijou?
- Ele me robou um beijo. - ele olha pra baixo pensativo. - Desculpa.
- Desculpa eu pelo drama, eu não sou assim. - volta a olhar nos olhos dela.
- Tudo bem. - sorri sem mostrar os dentes. - Bom, era isso. Queria resolver.
- Você é incrível. - levanta-se e beija o rosto dela.
- Não sou. - levanta-se também, e ele a olha nos olhos.
- Eu não estava com raiva de você, estava com raiva por não ter conseguido fazer você se apaixonar por mim. Espero que o Kaio te faça feliz.
- É... Espero que a Larissa também te faça feliz. - ele sorri.
- Dúvido muito, mas com certeza ela me diverte.
- Você merece se divertir, afinal de contas é seu lema, não é? - ela sorri pra ele que faz o mesmo.
- É sim. Só lamento por uma coisa.
- O que? - arqueia a sobrancelha direita.
- Por não ter experimentado dos seus lábios de morango. - ela dá uma gargalha.
- Estou vendo que seu bom humor voltou.
- Tenho que seguir meu lema. - pisca pra ela e caminha para onde os amigos estão, ela sorri e caminha na direção contraria se retirando do refeitório.
- Tudo bem?
- Sim, primo. Nos resolvemos.
- Que bom, porque você bravo é muito estranho.
- Tenho que concordar. - Cohen concorda. - Vamos ensaiar, então?
- Partiu, capitão! - Matheus confirma fazendo referência, e os amigos sorriem não pela brincadeira, mas pelo bom humor dele ter voltado ao normal.

Kaio encontra a irmã no meio do caminho e seguem para casa juntos, mas chegando lá...

- Pai? - Kaio estranha a presença dele na sala, mas a irmã corre pra abraçar o pai.
- Minha filha, que saudade!
- Por que demorou tanto para vir nos ver. - Senhora James chega da viagem naquele momento.
- O que faz aqui?
- Ele veio nos ver. - Kate fala e depois olha para o pai pra ter uma confirmação.
- Isso.
- Não quero você aqui na minha casa!
- Essa casa é dos nossos filhos, você tem muitas outras. - antes que a mãe começasse a brigar Kaio se pronuncia.
- Já não nos deixou longe dele o suficiente, mãe. Está na hora de nos contarem a verdade.
- Como assim? Que verdade? -  Kate pergunta e os pais se olham surpresos. - Falem!



CONTINUA...

terça-feira, 17 de outubro de 2017

AMIZADE, LANCE E ROMANCE! ( Parte 13)

Kaio entra na sala de aula, Kate nota que Sam não veio com ele, por um momento se sente culpada e Mari percebe.
- Tudo bem, amiga?
- Acho que sou uma pessoa má.
- Como assim, guria?
- Falei um monte de besteira pra Sam.
- O que foi que você falou?
- Que eu e o Pedro iamos transar, que rimos da cena rídicula dela... - conta e se sente ainda mais culpada.
- E vocês vão?
- Não, quer dizer acho que não. Ah, É cedo pra saber. - as duas se olham pensativas, até que Mari volta a falar.
- Caraca!Ela é apaixonada nele desde a educação infantil praticamente, não precisava ser tão cruel. Kate, você já está namorando o Pedro, deixasse a menina sofrer em paz.
- Ain, eu sei... Mas é que eu vejo ela e o ciúmes cresce aqui no peito e não me controlo. - Mari dá risada.
- Desculpa. - cobre a boca com a mão. - Mas me fala, por que tanto ciúmes da Sam?
- Ela é linda, loira, inteligente, melhor amiga dele, é sensata...
- Ok, ok, já entendi, você quem está apaixonada pela Sam. - zoa a amiga que lhe dá um tapinha, mas ri junto.
- Sua sem graça!
- Sério agora. Tem que relaxar, e deixar a Sam em paz, ela não vai tentar mais nada, agora vocês são namorados, antes ela queria tentar qualquer coisa pra não perder o garoto que ela é apaixonada a vida toda praticamente.
- É, eu acho que eu fui ainda mais ruim, e ela não merecia.
- Mais ruim?
- Deixa quieto, melhor.
- Agora me fala, né!. - a professora chama a atenção das duas por estarem conversando e Kate é salva pelo gongo.

Depois da aula Kaio vai até os Cohen saber porque Samantha foi embora.

- Pijama, sério?
- Pra que roupa se vou passar o dia todo na cama?
- Que depressão meu Deus! - ele levanta as mãos pro alto e ela sorri sentando-se na cama.
- Melhor eu ficar por aqui por um tempo, ou talvez pra sempre.
- Sempre? Vai ficar burra? - ele senta na poltrona grande e azul da amiga.
- Talvez eu mude de escola.
- Pra qual? Aqui só tem uma, esqueceu?
- Mudo de cidade?
- Jura que vai fugir? - os dois ficam em silêncio se olhando até que ele corta o clima depressivo. - Por que foi embora da escola?
- Nada não.
- Como nada não? Me fala.
- Esquece.- ela deita na cama evitando olhá-lo.
- Quem mecheu com você? Fala.
- Já passou, estou bem. - cobre o rosto com o cobertor.
- Se não me contar quem foi, vou contar pra sua mãe que não tem ido na escola. - ela levanta-se sentando na cama novamente.
- Foi a Kate. Me disse que o Pedro e ela riram de mim, que ele me vê como uma irmãzinha. Que até o Matheus partiu pra outra e eu sobrei. Que ela e o Pê vão namorar de forma mais intensa hoje, e tipo, ele era meu melhor amigo, e eles fazerem amor significa muito.
- Por quê? Ele é homem. - dá de ombros.
- Ele é virgem, sempre disse esperar por uma pessoa muito especial, os meninos zoavam até, mas eu achava fofo. - suspira apaixonada e Kaio revira os olhos.
- Minha irmã é uma verdadeira idiota.
- Uma idiota que diz a verdade.  - se cobre novamente deitando. - Não posso nunca mais voltar pra escola e ver ela com o  Daves sabendo que ela é a garota que ele idealizava pra... Enfim, não serei eu.
- Ele nem é tudo isso, véi. - ela fica em silêncio por um tempo, até que levanta caminha até o amigo e pergunta.
- Kaio, o que sentiu quando me robou um beijo?
- Ah, como assim? - ele fica corado e envergonhado.
- Ah, você beija bem, mas meu coração não acelerou, foi só bom, nada de sentimental.
- Acho que pra mim também foi assim.
- Somos só amigos, nada além disso, né?
- Acho que sim. Como foi com o Pedro?
- AH, foi muito rápido, mas meu corpo gelou por inteiro, o coração quase saiu pela boca. Eu daria qualquer coisa pra beijá-lo de novo.
- Oxi! - ele ri e ela o acompanha.
- Obrigada.
- Pelo que? - ele arqueia a sobrancelha direita em dúvida.
- Por ser um bom amigo pra mim.
- Não precisa agradecer, sua mocreia linda. - aperta as bochechas dela.
- Mocreia linda? - ela cai na gargalhada.
- Não pode?
-  Sei lá... - ela sorri e volta pra cama.
- Cama não!
- Cama sim, ela é minha melhor amiga.
- Mais que eu?
- Mais que você, sorry!
- Posso saber por quê?
- Por que estou triste. A Kate tem razão o Pedro tem dó de mim porque sou uma orfãzinha de pai.
- A Kate não sabe de nada.


A noite na casa dos James....

- Cadê sua mãe?
- Foi viajar. - Kate responde Pedro sentando-se no sofá branco como neve da sala.
- Quando vai me apresentar oficialmente pra ela?
- Logo, prometo. - levanta e beija os lábios dele vagarosamente.
- Ok. - ele puxa ela pra se sentar no sofá voltando a beijá-lo.
- Vamos aproveitar enquanto somos só nós dois.
- Já ouvi essas palavras em algum lugar? - ele brinca lembrando de quando disse isso pra ela.
- Aprendi com o melhor. - ela pisca e beija o pescoço dele.
- Você é impossível, sabia?
- Eu? Por quê? - ri e ele sorri, mas antes que pudesse responder Kaio entra na sala furioso.
- Sua louca! Qual o seu problema?
- Do que está falando? - Kate se levanta assustada, Pedro só observa.
- Por que foi contar pra Sam sobre sua transa ou futura transa, sei lá, com o Pedro.
- What? - Pedro praticamente cospe as palavras.
- Essa idiota, falou isso pra Sam, além de chamá-la de orfã de pai, e dizer que o Matheus também não a quer.
- Ela foi te fofocar? - Kate tenta inverter os papéis.
- Não! Eu forcei ela me contar o por que não ficou na escola hoje.
- Ela foi embora por sua causa, Kate? - Pedro começa a ficar indignado.
- Eu não sei porque fez isso, mas se fizer de novo eu juro que vai ter consequências.
- Vai mesmo ficar do lado dela  ao invés do meu que sou sua irmã?
- Não ficarei do seu lado enquanto continuar cruela! - sobe as escadas bravíssimo, ela olha pra Pedro que demonstra também estar bravo.
- Por que fez isso?
- Ué, vamos mesmo transar um dia.
- Eu sou virgem. E sempre disse que seria com alguém que eu tivesse algo muito sério, e mesmo que fosse você eu jamais esfregaria na cara da minha melhor amiga que é apaixonada por mim.
- Por quê? Quer poder namorar com ela depois?
- Para de viajar!
- Por que se importa?
- Por quê? Você quer mesmo saber? - fala mais alto nervoso.
- Quero. - ela faz pôse de ofendida.
- Quando eu tinha  cinco anos e minha mãe fugiu pra ser modelo, ela me abandonou na frente do serviço do meu pai dizendo que só ia estacionar o carro e voltava, nunca mais voltou. Na cidade eu era conhecido como a criança que nem a mãe gostava, todos me zoavam, sabe quem fez amizade comigo e passou a me proteger? A Sam e o Danilo. Quando meu pai estava depressivo e não sai da cama, quem me buscava pra jantar era os Cohen. Então por tudo isso que ela e a família dela fez por mim que me importo de magoa-los, e mesmo que não, jamais sairia por aí magoando qualquer um a torto e a direita. Não acredito que você seja esse tipo de pessoa.
- O que quer dizer com isso? - fala baixinho e muito triste.
- Não sei se fiz a escolha certa ao enfrentar tudo pra estar contigo.
- Está terminando comigo? - ela aumenta o tom de voz brava. - Vai logo atrás dela então, você nunca fica do meu lado mesmo. Você ficou do lado dela no teste das líderes , e... - ele a interrompe.
- O sonho dela sempre foi ser líder, o pai dela sempre dizia que achava lindo ela querer ser como a mãe, e ela pedeu o teste no primeiro ano do ensino médio. Por que o pai dela foi para o hospital no dia do teste, e morreu algumas horas depois. Ela não conseguiu prestar no meio do ano, não queria perder mais alguma coisa que lembrasse o pai dela. Ela precisava mais de mim do que você.
- Ela sempre precisa. - começa a chorar. - Só por que o pai dela morreu, ela é a pobre coitada. Meu pai foi embora me abandonou e ninguém se importa.
- EU me importo. Mas você nunca quer falar disso, me exclui dessa parte da só vida. Só quer me beijar, mas me apresentar pra sua mãe, ou conversar sobre sua família eu não sirvo.
- Não é isso.
- Claro que é! Você queria tanto que estivessemos namorando, mas na minha vida você é minha namorada, na sua eu sou só um ficante.
- Sem drama!
- EU FAÇO DRAMA? - praticamente grita indignado. - Você que vive surtando por nada, eu estou sempre te mostrando o quanto eu gosto de você, mas de nada serve, vive com ciúmes da Sam, e pior, enlouquece e fala coisas absurdas pra menina.
- Eu surto? Você demorou uma eternidade pra oficializar esse namoro.
- Eternidade? - ele ri sarcasticamente. - três meses é uma eternidade? Pra mim já deu.
- Já deu?
- Estou indo embora. - ele sai pisando firme, ela se joga no sofá chorando ainda mais.


No dia seguinte, Kaio toca a campainha da casa de Sam, e Danilo abre.

- Kaio? O que faz aqui?
- Vim buscar sua irmã pra ir na escola.
- Será que consegue tirar ela da cama? - Samantha desce as escadas pronta pra escola.
- Vou com Kaio, então pode ir com o Pedro. - beija a bochecha do irmão e sai com ele  a observando confuso.
- Está melhor? - Kaio perguntando enquanto caminham pra escola.
- Não, mas eu finjo bem.
- Tem que parar de fingir, e balançar a poeira de verdade.
- Prometo tentar, mas não garanto. - ele bagunça o cabelo dela de forma carinhosa.
- Vai fazer as pazes com a Mari?
- Não.
- Por quê?
- Ela me abandonou, não tenho uma conversa significativa com ela por dias.
- Vocês estavam brigada, né.
- Antes disso.
- Se diz. - ele dá de ombros. - E o Pedro?
- Ele me exclui do grupo de amigos dele. Eu estava devendo ele por ter me treinado pro teste da torcida, e me pediu pra não falar mais com ele, ou seja, só se ele vier falar comigo, e namorando a sua irmã eu duvido.
- Quer dizer que vai sentar comigo na aula?
- Não tenho outra escolha. A Larissa namorando o Matheus de novo, deve me querer beeeeem longe, então só sobrou você.
- Obrigado pela parte que me toca. - brinca e ela sorri, entram na escola e vão direto para sala de aula, passando pelo banco de sempre vendo os amigos todos lá, Kaio abana a mão em um cumprimento, mas não para.

Mais tarde na aula extra de poesia, teatro e canto a professora conta que tem outro trabalho em grupo pra eles...

- Dessa vez vocês vão montar peças pequenas sobre preconceito, eu vou sortear o tema e os integrantes do grupo. Serão trios, e a apresentação que for o melhor grupo vai terminar de montar a peça e apresentar para escola toda. Animados? - ela fala muito animada, mas os alunos a olham sem um pingo de animo. - O que vai gerar média dez nesse bimestre independente de todas as outras atividades que eu passar até o fim do bimestre. - pega dois potes um cheio de papéis com nomes dos alunos e outro com temas. - Primeiro grupo, Anthony, Kaio e Larissa. - os três se olham sem saber se era bom ou ruim. - Segundo, Mariana, Danilo e Kate. - esse já se olham cumplices. - Terceiro, Samantha, Pedro e Matheus. -  nenhum dos três se olham, abaixam a cabeça frustrados e com medo do que seria esse grupo.


CONTINUA....

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

AMIZADE, LANCE E ROMANCE! ( Parte 12)

- Pedro? - Kate abre a porta e se surpreende vendo o rapaz.
- Oi. Desculpa ter sumido, mas eu tinha preparado algo muito especial pra você, e a ... - respira fundo e volta a falar. - a Samantha estragou.
- Como assim algo especial? - ela ficou curiosa.
- Você sabe que desde que chegou a minha vida tudo mudou, não é? - ela balança a cabeça concordando. - Eu sei que em tão pouco tempo foi tudo muito intenso. - se ajoelha e ela cobre a boca com as mãos muito surpresa. - Tudo que eu quero é que aceite estar comigo oficialmente. Quer namorar comigo? - ela tira as mãos do rosto, sorri e o puxa pela mão fazendo-o levantar.
- Sim, como não aceitaria? - ela o beija, depois a roda e os dois riem felizes.

Sam e Kaio veem toda a cena caminhando pela calçada voltando da praia.
- Melhor eu não parar, agora é oficial, os dois são namorados e eu perdi. - lamenta olhando para o chão.
- Quer que eu te leve em casa?
- Não obrigada. - Kate vê o irmão com Sam se aproximando, e pede para Pedro ir ao banheiro limpar seu rosto que ela disse estar sujo, mas não estava.
- Nada separa um amor verdadeiro, queridinha! - mostra a mão com a aliança.
- Acho que está certa. Parabéns. - Sam fala entristecida, mas Kate não se convence.
- Vai se fazer de santa?
- Não é isso. Tudo bem você venceu, tem o coração dele, chegou a hora de desistir.
- Você não me engana!
- Cuida dele, tá? - começa a caminhar pra longe.
- Seu beijo não significou nada pra ele! Aliáis, ele só te ajudou no teste da líderes porque tem dó de você. Uma pobre coitada orfã de pai. - Sam não disse nada, nem olhou para trás, mas uma lágrima escorreu por seu rosto. Pedro volta lá fora.
- Kate, não achei onde estava sujo. - Kaio entende o que a irmã fez e revira os olhos. - Ah, oi, Kaio!
- Oi, Brother! Deixa eu entrar e tirar essa areia do corpo.
- Avisa a mamãe que sai, por favor.
- Hoje é o dia do jantar em família.
- Eu não estou nem aí. - Kaio segura o braço da irmã a fazendo o olhar nos olhos.
- Não está namorando agora? Devia trazer seu namorado pra realmente conhecer a nossa mãe.
- Não agora. - solta-se e sai caminhando com Pedro.
- Você não quer que sua mãe me conheça melhor?
- Não é isso. É que ela passou por muita coisa, não quero chateá-la, mais pra frente te apresento, eu prometo.

No dia seguinte pela manhã, Danilo resolve não ir falar com a irmã, pois não sabia bem o que dizer, por isso foi pra escola sozinho, também não passou no Pedro. Chegando na escola sentou-se no banco de sempre, e os amigos foram chegando sucessivamente nessa ordem, Matheus, Kaio, Kate, Pedro, Anthony, Mari.Ficaram falando de bobagens como o festival de sábado a noite da escola, todos notaram que Sam não estava, mas ninguém teve a coragem de perguntar. Nem mesmo depois quando tiveram certeza de que ela não foi a escola.

- Então você e a Larissa voltaram? - Pedro pergunta vendo ela mandando beijos pro primo.
- Na verdade é sem compromisso. Não queremos nos perder. - Matheus responde mandando piscadinhas pra Larissa.
- E a Sam?
- Ela não quer nada comigo, hora de superar.
- Sei. - Pedro fica pensativo, mas acha melhor não opinar.
- O que o Danilo tanto conversa com a Mari?
- Não tenho a menor ideia, mas ela parece beeeeem triste. - os dois comentam observando Mariana e Danilo do outro lado da cantina.
- Oi, meu amor. - Kate chega beijando Pedro na boca, Matheus nem liga. - O que estão fazendo?
- Vigiando a vida alheia.
- Como assim, Ma?
- Mari está muito mal, Danilo consola, mas porque será? Será por causa da briga com a melhor amiga?
- Acho que não. Ela parece muito abatida. - Pedro conclui.
- Melhor deixarmos o Danilo cuidar dela e nós cuidarmos da nossa própria vida. Depois eu vou falar com ela. Maas que tal irmos na festinha da Larissa hoje?
- Vocês também vão?
- Voltou a ser o popular convidado pra todas as festas? - Pedro pergunta assim que seu primo afirma ir na festa.
- Nunca deixei de ser. - dá de ombros.
- Vamos? - Kate faz olhinhos do gato do shrek para que Pedro dissesse sim. - Diga que sim? Sim?
- Está bem, você ganhou. - sorri pra ela e beija sua bochecha.

 Samantha não levantou da cama durante a manhã inteira, chorou a noite toda e  quando resolveu levantar foi até o cemitério ver sua pessoa favorita no mundo, seu pai...

- Oi, pai. - olha pra lápide e se senta no banco próximo, no meio do papo lágrimas começaram a escorrer por seu rosto. - Eu fiz merda. Muita merda. Briguei com os meus dois melhores amigos, e um deles também era o amor da minha vida. Falei um monte de idiotices, tantas que o Dan nem veio falar comigo hoje de manhã. Acho que ele não sabe lidar comigo surtada. A mamãe tem trabalhado muito e não notou como estou e nem que não fui na escola, mas tudo bem, ela tem feito o possível e o impossível pra manter nossa vida como era quando você estava. Eu só queria que essa dor que estou sentindo desde que você se foi passasse, mas parece que um ano não foi suficiente. talvez seja melhor eu ir embora. Ninguém me quer aqui depois do que fiz. - a menina chora desolada, muito culpada pelas atitudes e com uma imensa saudade do pai.

Enquanto isso na escola na aula extra de música...

- Quer saber, vem comigo! - Danilo fala alguns metros antes de entrar na sala, e Mari o olha confusa.
- Está maluco?
- Confia em mim?
- Confio, mas o que vamos fazer?
- Não iremos assistir a aula. - estende a mão, ela pensa alguns segundos e segura a mão dele o acompanhando para longe da aula de música.
- Eu nunca matei aula.
- Mais é nerd hem! - zoa ela rindo.
- Você e seus amigos que nunca levam nada a sério.
- Eu sou um bom aluno.
-Ok, não posso discordar disso.
- E também temos um bom motivo.
- Qual?
- Esse. - chegam até a piscina do colégio e ele mostra com um gesto das mãos.
- Por que estamos na piscina da escola? - ela arqueia a sobrancelha direita.
- O que acha? - coloca as mãos na cintura indignado com a pergunta dela.
- Não trouxemos biquini, engraçadinho.
- Pra que?
- Como pra que?
- Relaxa. - ele sorri maroto se aproximando dela, ela sente seu estômago gelar. - Eu não gosto de te ver triste.
- Legal! - ela evita olhar nos olhos dele. - Eu acho.
- Que bom que acha legal. - antes que ela pudesse perguntar o por que ele a puxa pela cintura jogando  a amiga e a si mesmo junto dentro da piscina.
- Seu maluco! - Mari fala assim que põe a cabeça na superfície.
- Temos algo em comum. - zoa ela e começa a jogar água na menina que faz o mesmo, os dois se divertem brincando por alguns minutos. - Trégua! - Danilo pede e ela para, mas era só brincadeira e ele volta a jogar água nela.
- Seu mentiroso. - fala rindo e jogando água nele também.
- Ei! - vai se aproximando dela. - Mentiroso não! Vem cá! - segura ela com os braços presos pra baixo, e assim os dois ficam bem próximo, o suficiente para não pensarem em nada pra falar. Por alguns segundos ficam se encarando com os corações acelerados, até que ela pede pra que ele a solte.
- Obrigada, você me animou, mas pode me soltar agora. - ela fala delicadamente, vagarosamente ele a solta sem graça.
- Não precisa agradecer, somos amigos.
- Mesmo assim, obrigada. - sorri sincera, ele empurra ela até a beirada ficando de frente um para o outro, muito perto. - O que está fazendo? - ele põe o dedo indicador nos lábios dela.
- Ele já foi.
- Quem? - Danilo se afasta saindo da piscina.
- O Inspetor. Vem, vamos. Não queremos uma suspensão. - estende a mão pra ela que aceita e sai da piscina também.
- Aula de música? - brinca olhando para os dois molhados.
- Pra casa, gracinha. - ele pisca e a puxa pela mão pra longe dali.


     Samantha voltou do cemitério para casa, mas ficou trancada, e seu irmão chegou tarde o suficente para não ir falar com ela. No dia seguinte, Danilo, não vê a irmã  sentada a mesa para o café da manhã, então resolve ir até o quarto dela, nota que ela estava no banheiro, abre a porta e a encontra dentro da banheira, mergulhada por um tempo, o que o assusta fazendo com que a puxasse para superfície.
- Está louca? - pergunta assustado.
- Me deixa em paz, Danilo! - fala com dificuldade voltando a respirar.
- Você não estava fazendo o que achei que estava?
- Claro que não. - ela mente com medo do que ouviria do irmão.
- Por que seria muita fraqueza, além de burrice.
- Ainda sim ia ser a minha fraqueza e burrice.
- Não fala besteira, Samantha. - Danilo não costumava chamá-la pelo nome, geralmente era por um apelido e aquilo lhe doeu.
- Você fala um monte de besteira.
- Que seja! Não vai na escola?
- Vou. Pode ir na frente. - ele dá de ombros e sai do banheiro.


No intervalo os amigos sentam juntos...

- Mari, você viu a Sam?
- Não, ela não veio hoje. - Kate escuta e palpita.
- Podia nunca mais vir!
- Kate! - Pedro a repreende, Mari e Danilo a ignoram.
- Vou ter que conversar direitinho com ela depois da escola.
- Deixa a menina, ela pagou o maior mico, precisa de um tempo pra se recompor. - Larissa fala após se desgrudar dos lábios de Matheus.
- AH, não sei não. - Anthony comenta.
- Acho que a Larissa está certa. - agora Kate quem palpita. - Daqui a pouco ela está melhor.
- Dan, você que é irmão dela o que acha? - Kaio cochicha com o amigo vendo os outros amigos mudarem de assunto.
- Eu peguei ela mergulhada na banheira, parecia que estava tentando se afogar, mas conversamos, e ela tratou do assunto como se eu estivesse maluco.
- Sério?
- Acho que eu só estou preocupado, a Sam jamais faria isso, ela sempre foi muito sensata.
- Bom, o beijo no Pedro não foi a coisa mais sensata, talvez devessemos prestar atenção.
- Vou prestar. - os dois apertam as mãos como se combinassem que fariam isso juntos, ficar de olho na Sam.

A semana se foi e o final de semana chegou, os garotos foram jogar paintball e Mari, Kate e Anthony foram nadar na piscina da casa dos James. A noite foram na lanchonete de sempre. No domingo Mari tentava ficar bem com a família, mas o pai já estava bebendo e ficando alcolizado, a mãe estava calada e cautelosa. Foi então que resolveu ligar pro Danilo e ir dar uma volta no parque. Kate foi almoçar na casa do Pedro e conhecer o sogrinho. Kaio e senhora James passaram o dia vendo filmes, algo que não faziam há muito tempo.Anthony passou dormindo recuperando as energias. Matheus e Larissa passaram o dia trancados em seu quarto namorando...

- Vamos com calma.
- Estamos indo com calma. - ele para de beijá-la a olhando.
- Não exatamente. - ela diz sem jeito.
- Não está bom?
- Sim. - confirma com um sorriso tímido.
- Então! Por que não continuar?
- Por que eu gosto de você, quero que seja em um momento especial. - Matheus gela com receio do que ela falava.
- Você não gosta de ninguém, vai! - brinca.
- Quem disse?
- E também não é... Você sabe.
- Não, não sou. Mas, não muda que quero nossa primeira vez de uma forma especial.
- Tudo bem, você quem manda. Mas, podiamos fazer ser especial agora mesmo. - beija o pescoço dela.
- Não enquanto ainda gostar da Samantha. - para de beijá-la e a encara. - Tudo bem eu sei.
- Sabe? E está tudo bem? - franzi a testa.
- Sim, eu vou fazer você se esquecer dela.
- Se está dizendo. - ela o puxa pra perto dela e voltam a se beijar.

No dia seguinte, Kaio nota a falta de Sam pela quarta vez seguida, resolve então ir buscá-la...

- Você está deitada? - ela resmunga debaixo do lençol.
- O que faz aqui?
- Vim te buscar, chega de faltar da escola.
- Eu não vou mais voltar lá.
- Posso saber por quê?
- Por que ninguém me quer lá. Ninguém sentiu minha falta.
- Eu senti. Você vai comigo agora.. - puxa o lençol dela.
- Não, Kaio. - ele puxa mais, depois abre as janelas e ela se rende. - Ok, eu vou, mas se me sentir mal volto pra casa.
- Combinado. - ele sorri. - Te espero lá embaixo, não demora. Alguns segundos ela desce as escadas vestindo uma calça jeans e a camiseta do uniforme, cabelos um pouco bagunçados.
- Vamos.
- Não vai se arrepender.
- Duvido. - caminham até a escola, e a grande maioria dos alunos já tinham entrado pra salas, pois o sinal acabava de tocar, um colega do basquete chama Kaio.
- Eu já volto, espera aqui e eu vou com você pra sala. - assim que ele falou ela se sentou para esperar. Kate vê a menina de longe e foi até ela.
- Apareceu a margarida. - fala ironicamente.
- Oi, Kate.
- Uma reijeção e some da escola?
- Não é da sua conta.
- É da minha conta sim. - se aproxima de Sam. - Sabe o beijo que deu no meu namorado? Não significou nada, aliais, rimos juntos de como você foi rídicula.
- Kate, me deixa em paz, você já conseguiu o que queria. Está namorando o Pê, ok.
- Pê? Que bonitinha, ainda acha que pode chamá-lo assim. - Sam olha pro chão. - Isso fica com vergonha mesmo, o que você fez foi rídiculo, o Pedro jamais iria gostar de você, sabe por quê? Ele sempre te viu como uma irmãzinha. Jamais te beijaria da forma como me beija. Ele sente desejo por mim.
- Faça bom proveito. - Cohen tentar cortar o assunto.
- Com certeza, hoje a noite então. Minha mãe viajou, o Kaio vai em uma festa, a casa será só nossa.
- Vocês vão transar? - Sam não consegue se conter e pergunta na lata, o que deixa Kate sorridente, pois era exatamente o que queria que a menina pensasse.
- Nossa primeira noite juntos. - suspira, e vira-se de costas saindo, mas para, se aproxima novamente e fala no ouvido de Cohen. - E o Matheus também já teve uma noite linda de amor com a Larissa, ela me contou os detalhes. Bem dizem que mais vale um pássaro na mão do que dois voando. - sai em seguida e as lágrimas começam a escorrer por seu rosto, olha para os lado não vê Kaio, então se levanta e volta para sua casa, sua cama.
- Ué, cadê ela? - olha no relógio e percebe que não dava tempo de buscá-la na casa dela novamente, vai pra aula.


CONTINUA.....