quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

continuação parte 6

ANTERIORMENTE...
- Bom, na verdade você é mais o tipo de garota que eu gosto. - o que eu devo falar agora? Ai, Valentina diga algo, vamos. Vou dizer, mas o que?

- Legal? - Mel não se conformava, já era a terceira vez que ela me perguntava. - Não acredito que o garoto fala que você é o tipo dele e você responde " legal ", legal é ele saber andar de patins. Ai Valentina!
- Ainnn para! Eu já estou me sentindo uma anta de sombrinha por ter dito isso. Fiquei muito nervosa.
- Bom, pelo menos não vomitou. - Ben se divertia com a nossa conversa, estava sentado no puff do meu quarto. - Quer parar de rir Benjamin Scott !
- Mals ae! - voltou a rir, e agora gargalhava.
- Deixa ele rir da minha burrice. - escondia meu rosto com as mãos.
- Para de drama vocês duas. Vamos dar uma volta, vai.
- Volta na onde?
- Ué, vamos na cachoeira.
- Estou de castigo, não posso ir na cachoeira.- Daniel bate na porta e abre.
- Oiii. - Melissa se derreteu, eu sorri, Ben virou os olhos por ver  Mel se derretendo pelo meu primo.
- Entra aí. - ele fecha a porta e se senta.
- Do que falavam?
- Da burrice da sua prima.
- Melissa Daves! - a repreendi e Ben voltou a rir de nós.
- Burrice?
- É, Dan, um garoto que eu sou afim faz um tempão me disse ontem que eu era o tipo de garota que ele gosta e eu disse " legal ". - e ele começou a rir também, eu mereço esses meninos.
- Legal. - Melissa quem revirou os olhos agora.
- Como meninos são insensíveis.
- Vamos  dar uns piões, gurias.
- Bora, Dan, já falei pra ela! - Ben concorda e então como não queria ouvir a Mel dizendo que sou uma burra resolvi concordar também e sair de casa.
Adora o fato de ter meu primo passando uns tempos aqui, meu pai andava muito mal e eu sozinha não sabia muito como lidar com isso.
- Prima, está rolando algo entre você e o Ben? - retiro o que disse, ele mal chegou e já me vem com essa pergunta, o que anda acontecendo com as pessoas ultimamente?
- Amizade, por quê?
- Ele está te olhando diferente.
- Não viaja. Como estava o papai quando foi avisa que íamos sair?
- Ah, ele já esteve em dias melhores.
- Pelo menos agora ele voltou a trabalhar na oficina.
- É. Mas, e você como está?
- Levando. - disse e fiquei triste logo em seguida, ela fazia tanta falta e pra piorar meu estado lembrei-me do que Louise falou.
- No que está pensando?
- Nada.
- Valentina eu te conheço.
- Que droga todo mundo me conhecer bem o suficiente pra saber que está acontecendo alguma coisa. - bufei.
- Para de reclamar e me diga. - ele ri .
- Ontem a Louise me disse que a Valéria não gostava de mim, que me detestava e que morria de ciúmes de mim com o Ben.
- Sobre te detesta duvido muito, irmãs brigam mesmo.
- Esse é o grande problema, pois não brigávamos muito.
- Não pense nisso. Se eu fosse você acreditaria no que sua irmã dizia. O que ela dizia?
- Que me amava.
- Então é porque ela te ama.
- Tem razão.- Ben se aproxima trazendo Mel em suas costas.
- Vocês vão mesmo ficar sentados ao em vez de se divertirem?
- É, o Scott tem razão! - pula das costas dele.
- O que vocês estavam fazendo?
- Brincando de cavalinho - Mel respondeu com um sorriso de criança no rosto, o que me fez sorri também.
- Não estou afim de nadar.
- Por quê?
- Ah, sei lá, só não quero, Ben.
- Você veio na minha casa com agente parar nadar, então pode ir tirando essa roupa de banho.
- Não mesmo! - Ben me olhou com cara de quem aprontaria, ele não falou brincando, tenho quase certeza, por via das dúvidas tirei minha canga e percebi ele me olhando de cima até em baixo.
- Ow! Para de olhar minha prima! - Dan jogou a canga nele.
- Mew, eu nem tava olhando. - então começou a tocar uma música na rádio.
- Aaaaah, adoro essa música. - Mel gritou e logo aumentou o som. - Vem dançar primeiro. - me puxou para próximo da música.
- Agora? - perguntei e ela fez que sim com a cabeça. É,... Não teve jeito, e já que tinha que dançar com ela dancei pra valer  era uma música muito sensual, começamos a rebolar  e fazer uns passos igual da corografia, e os meninos não olhavam mais para nossos corpos se movimentando de maneira discreta, e por incrível que pareça, eu e Melissa começamos a gostar daquilo. E apenas com um olhar decidimos sermos o mais sensual que pudéssemos.
Ben parou os olhos nos meus, e por uns cinco segundos ficamos ali nos olhando.
- Chega de dança! - ele correu, me pegou no colo e pulou na piscina comigo.
- Não acredito que fez isso! - tentava me soltar de seus braços.
- Você tem que levar a vida menos a sério. - beijou meu rosto e me solto fazendo com que eu mergulhasse. Suspirei não sei ao certo porque, mas aquilo não teve um fim muito legal pra mim.
- Valentina!
- Que foi, Mel?
- Banheiro. - falou simplesmente e  seguiu pra lá, sempre em que ela dizia poucas palavras era mal sinal.
- Tudo bem?
- Você está tendo algum rolo com o  Benjamin? - perguntou de maneira totalmente agressiva.
- Não.
- Fala a verdade. - ela duvidava de mim de maneira muito séria.
- Estou falando.
- Jura? - já dizia num tom mais arrependida por ter perguntado.
- Não acredito que está me perguntando isso.
- Você está olhando pra ele diferente, e dançou pra ele.
- Estávamos somente nos divertindo, não dancei pra ele.
- Amiga, eu te amo, mas não iria conseguir aceitar uma traição dessas de você.
- Eu nunca teria um rolo com o Ben. Eu sei que gosta dele.
- Promete?
- Prometo. - nos abraçamos.
- Desculpa desconfiar de você.
- Tudo bem.
Eu precisava apagar isso que eu estava começando a sentir pelo Ben. Era algo que não podia existir.
- Demoraram no banheiro, gurias.
- Conversa de meninas, Dan. - Mel respondeu por nós duas.

Não consegui mais me divertir, fiquei triste, eu estava gostando do namorado da minha irmã, e do garoto que minha melhor amiga gosta. Me sentia uma pessoa horrível. Eu tinha que matar tudo que eu começava a sentir. resolvi então que iria focar no Tom. Todos perceberam que eu não estava muito bem, mas não me perguntaram nada, acho que pensavam ser por causa da Valéria. Era até melhor que pensassem assim.

- Se divertiram?
- Sim, papai. - ele me abraçou.
- Desculpa.
- Pelo o que?
- Por ter sido mal contigo. Já pode sair do castigo.
- Tudo bem, eu sei que está difícil para você também.
- Sim, está. - beijou minha testa. - Só quero que saiba que eu te amo muito.
- Eu também te amo muito.
- Ooh, gente assim eu vou chorar. - Dan se pronunciou, e veio logo nos abraçar.
- Agora chega antes que vire um chororo!
- É verdade, pai. Bom, já vou dormir. Boa noite, rapazes. - eles responderam e eu fui para meu quarto.
Deitei-me e chorei, chorei e chorei. Um pouco mais tarde ouvi um barulho na janela, levantei-me e fui ver o que era,  não podia acreditar no que via, Benjamin estava lá em minha janela.
- Seu maluco! Já é tarde.
- Preciso falar contigo.
- O que houve?
- Eu estou gostando de você.
- Não fala isso.
- Mais eu gosto. Eu sempre gostei.
- Para! Eu não sou a Valéria.
- Eu sei. Eu confundi as coisas com sua irmã.
- Não, você está confundindo agora.
- Não estou confundindo, eu gosto de você desde sempre.
- Se gosta desde sempre por que nunca me disse antes e ainda por cima começou a namorar a minha irmã?
- Por causa da sua não resposta.
- Que não resposta?
- Eu te mandei uma carta me declarando pedi para Valéria te entregar. E a sua resposta nunca chegou, mas sua irmã disse que você não queria estragar nossa amizade e que não sabia como me dizer que não gostava de mim do mesmo jeito que eu.
- Nunca disse isso. Nunca nem recebi essa carta. - ficamos mudos por uns minutos, acho que estava difícil assimilar o que acabamos de descobrir. Então talvez Louise estivesse dizendo a verdade, ela me detestava.
- Fica comigo?
- Não posso.
- Por quê?
-Tem a Mel, e tem essa história toda, não consigo acreditar que ela mentiu para nós, tramou.
- Olha pra mim. - segurou meu rosto. - Você gosta de mim? - se aproximou.
- Eu... - ele encostou seus lábios nos meus, senti sua respiração, mas me afastei. - falo com você depois. - fechei a janela e deitei na minha cama. Ele ficou alguns segundos parado olhando pela vidraça da janela, eu não o olhava, mas senti seu olhar me observando. E agora? Acho  que vou começar a enlouquecer, e o pior é que não posso nem ao menos compartilhar com a minha melhor amiga.


                                                                                                        CONTINUA...

continuação parte 5

ANTERIORMENTE....

- Senhor da glória!
- Que foi, doida?
- Ele chegou.
- Aeee.
- Sem brincadeiras. Vou abrir a porta, e prepare-se para me ouvir. Abri a porta.
- E então?
- Daniel?


- Oi, guria! - ouvi ele dizer, mas não ouvi ela respondendo.
- Responde ele, Mel, vai!
- Mel? Você está linda! - continuei ouvindo ele, mas nada dela.
- Melissa Daves responda ele agora mesmo, vamos! - ela precisava sair do transe agora mesmo, mas o que eu podia fazer.
- Você de volta da na cidade, que legal! Nossa estou surpresa! - Amém ela começou a falar.
- Voltei, meu tio está precisando de uma forcinha, e a Valentina também.
- É realmente. ah... falando em Valentina, esqueci de desligar o telefone com ela, espera um pouquinho.
- Claro.  Vou esperar lá no carro.
- Não demoro. - ele provavelmente saiu e ela voltou a falar comigo. - Aaaaaaaaaaaaaah!
- Não grita louca! - ri sozinha.
- Ele voltou, não é possível!
- Calma, respira! Vamos contar de novo.
- Não! Já estou calma. Obrigada, amiga.
- Não fiz nada. Ele voltou então disse que você estava sem par e rapidinho ele se ofereceu.
- Ele é muito gato!! Por que não tenho primos assim. - suspirou.
- Por que você não é gata como eu, e ele puxou pra mim.
- HAHAHA engraçadinha. Bom, vou lá, não vou deixar ele esperando.
- É, cuida bem do meu primo.
- Se quiser até trago pra casa.
- Besta, vai logo. - então a campainha toca. - O Tom chegou.
- Respira. Vai dar tudo certo.
- Eu espero mesmo, não quero gaguejar , ou sei lá tropeçar.
- Isso é o de menos, mas o que de ruim pode acontecer?
- Eu vomitar de nervoso.
- Para de graça! Relaxa, pelo amor de Deus!
- Você sabe que vomito quando me sinto muito pressionada.
- É infelizmente eu sei, você já vomito duas vezes no meu sapato. E em uma delas no meu sapato novo de camurça.
- Desculpe.
- Atende a porta logo, beijo.
- Beijo. - desliguei, me olhei no espelho que fica ao lado da porta e então abri-a. - Ben? O que faz aqui?
- Vim lhe desejar boa sorte.
- Mais já desejou.
- Nossa você está linda. Muito mesmo. - fiquei tímida.
- Obrigada, mas você é suspeito.
- Por quê?
- Oras, porque você era apaixonado pela minha irmã gêmea.
- Você pode ser muito parecida com a Valéria, mas vocês duas tem detalhes de beleza diferentes, e pode ter certeza faz a maior diferença.
- Sei. Que papo  é esse? Somos iguaizinhas. Até meu pai confundia a gente quando queríamos.
- A forma de olhar é um detalhe muito importante, e o sorriso também.
- Meu sorriso é diferente do dela?
- Sim.  Muito diferente por sinal.
- Achei que fosse diferente apenas quando eu usava aparelho e ela não. - ele riu do que disse.
- Só passei pra te dar uma força, sei que deve estar muito nervosa. E também sei o que acontece quando está nervosa.
- Eu vomito. - começamos a rir. - Obrigada.
- Pelo que?
- Por se preocupar.
- Magina. Melhores amigos servem pra isso. Bom, agora que está calma e não vai vomitar no sapato do Tom, eu já vou indo tenho que buscar meu par.
- Louise. - fiz careta e ele riu. - Qual é? Ela nunca foi legal por que aceitou ir com ela?
- Por que não tinha par.
- E a Mel?
- A Mel gosta de mim, não é legal eu levar ela como meu par. Eu não quero machuca-la.
- Mais por que não dá uma chance pra ela?
- Por que estou muito confuso já.
- Confuso - Tom se aproxima.
- Oi, galera! - beijou me rosto, quase derreti. - Vamos, gatinha?
- Vamos.
- Depois continuamos nossa conversa. Até na festa. - Ben disse já se afastando de nós dois.
- Qual é a dele?
- Como assim?
- Ah, parece que gosta de você.
- Não, impressão sua. Ele namorava minha irmã lembra?
- É, e como me lembro. Mais sempre pareceu que ele era afim de você.
- Jura?
- Aham. A Valéria inclusive morria de ciúmes de você.
- Sério? Não sabia.
- Bom, vamos mudar de assunto, hoje eu quero te conhecer melhor.
- Por quê?
- Porque você parece ser alguém bem legal.
- Olha, obrigada, mas se você está saindo comigo porque pensa que sou como a minha irmã, desculpe, sou muito diferente dela, e não posso ser ela.
- Bem direta, em! Tranquilo. Não estou te usando como válvula de escape pra curar minha paixonite pela sua irmã.
- Que bom. - nossa além de lindo, ele era sincero e pelo jeito muito gente boa.
Seguimos pra festa, era um baile de carnaval, portanto estamos todos fantasiados, eu estava vestida de anjo, Tom de diabo, eu diria que até que combinou de uma maneira sarcástica. Minha melhor amiga vestiu-se de Cleópatra, ficou bem interessante, meu melhor amigo era um anjo como eu, a querida Louise era uma diabinha, diria que combinava bem com o perfil dela, o Daniel era um soldado, bem criativo.

- E ai como está indo com o Tom?
- Amiga, ele é um fofo!
- Que bom, então hoje é nossa noite de sorte.
- Certeza. - Louise se aproximou.
- Olá, clone.
- O que quer?
- Dizer que se depender de mim você não vai roubar a vida da minha amiga.
- Claro,né, porque isso você já está fazendo. - eu vi em sua face que o ódio estava dentro dela, por um segundo até me bateu um medo.
- Ela não gostava de você.
- Não acredito em você.
- Ela me falava tudo. Te detestava, dizia que você sempre disputava tudo com ela, inclusive a atenção do namorado dela.
- Mentira. - será que minha irmã pensava isso mesmo.
- Cala a sua boca, Louise! Deixa minha amiga em paz.
- Que lindo! A nerd defendendo a amiga clone.
- Escuta só, eu não vou falar de novo. Deixa a Valentina em paz.
- Uiii! Que medo.
- Vai rindo. Quando você morrer igual a Valéria não irá mais rir. - acho que Louise assustou tanto quanto eu, olhamos-a assustadas com os olhos arregalados. - Está assustada? Deveria mesmo, pois fui em quem deu um jeitinho na sua amiga. Agora vaza. - Louise saiu meio pasma, e eu fiquei em choque.
- Para de me olhar com essa cara. Eu não matei sua irmã.
- Que história é essa de dar um jeitinho na minha irmã?
- Ain, Valentina, estava falando de quando armei pra sua irmã e pintei o cabelo dela de azul.
- Nossa é verdade, eu me lembro.
- Só falei daquele jeito pra assustar ela, quem sabe ela não  para de enche o saco.
- Valeu. - abracei-a - Você é a melhor amiga do mundo.
- Sempre soube. - rimos. - Agora volta pro sue gato que eu vou voltar pro meu.
- Mel.
- Que foi?
- Você gosta mesmo do Ben?
- Gosto. Por quê?
- Nada. Perguntei por perguntar.
- Você é tão estranha as vezes. - se afastou rindo. Caminhei até onde tinha deixado Tom, e quando me aproximei dele...
- Voltou.
- Voltei sim. E ai se divertiu muito sem mim?
- A verdade? - fiz que sim com a cabeça. - Nem um pouco.
- Viu o Ben por aí?
- Vi ele indo lá pra fora com a Louise. Será que eles vão começar a namorar?
- O que? Por que começariam?
- Ah, natural, não é. Ele sofrendo a perda da namorada, ela a perda da amiga, estão se aproximando, aí você sabe né.
- Não sei dizer. - ela não podia namorar ele.
- Você está legal?
- Sim.
- Tem certeza? Não parece. Você gosta do Ben?
- Nãoo, claro que não. Ele era meu cunhado.
- E daí? Ninguém escolhe quem ama.
- Vamos dançar um pouco?
- Claro.
Tentei me divertir, eu juro. Mas, ... O que a Louise me disse não sai da minha cabeça, será que minha irmã não gostava de mim? Será que ela era fútil  e não gostava de ninguém que não fosse popular como a Melissa sempre me disse? Não, ela deve ter inventado isso pra pegar no meu pé. Ou não.

- Adorei a noite. Obrigada.
- Também adorei. Pensando melhor você é uma pessoa muito mais interessante que sua irmã. - Tom me deixou surpresa.
- Você acha?
- Bom, na verdade você é mais o tipo de garota que eu gosto. - o que eu devo falar agora? Ai, Valentina diga algo, vamos. Vou dizer, mas o que?



                                                                                          CONTINUA....
                                                                                                        



continuação parte 4

ANTERIORMENTE ...
- Retire o que disse!!
- Não! E faça um favor para si mesma. Pare de dar de cima do namorado da sua irmã morta! - não me aguentei e virei um soco em seu olho..


Brigamos feio! Era tapa na orelha, no braço, na cara, entre muito empurrões, e ainda por cima rolamos no chão.
- Eu não acredito que brigou na escola, Valentina! - meu pai esbravejava comigo, e andava de um lado para o outro.
- Mais pai ela.. -  isso sem contar que andava de um lado para o outro.
- Mas nada! Isso é  inaminicivel!
- Inaminicivel?
- É... Inamenisivel..
- Que?
- AH não consigo dizer essa palavra, você me deixou muito nervoso. - segurei o riso, mas ele percebeu e ficou mais bravo ainda. - Está de castigo! Duas semanas se ir até a cachoeira!
- Mas, pa ...
- 3 semanas! - abri a boca para reclamar, mas então ele terminou de falar. - Se falar mais alguma coisa serão 4 semanas, e tenho dito! - ia saindo da sala quando virou-se novamente. - Não brigue mais na escola. Você  não pode ser a Valéria, isso era coisa dela não sua, querida.
Saiu da sala. Eu não acredito que ele também achava que eu queria ocupar o lugar da minha irmã, longe de mim isso.Bom, de tudo não foi tão mal assim, pois meu pai me proibiu de fazer algo que eu já havia combinado com o Ben de não fazer mais, ou seja, não iria mais a cachoeira tão cedo. Mais tarde resolvi ir até a casa da Melissa lhe pedir desculpas fui muito grosseira.

- Oi. - ela me fitou triste, o que me deu um aperto no peito.
- Me desculpa! Não queria ter falado daquele jeito com você! - me desculpei e a abracei.
- Me desculpa você, fiz um comentário idiota.
- Tudo bem. Eu sei que não fez por mal.
- Vamos dar um volta?
- Volta? Por quê?
- Ah, fiquei sabendo que o pessoal da escola  estão organizando uma festa de carnaval lá na praça.
- Então vamos até lá.
- Ok. Mãe estou saindo com a Valentina! - ela gritou pra mãe e fechou a porta, começamos a caminhar até a praça.
- Odeio festas.
- Eu sei, sempre temos que encontrar acompanhantes e ninguém nunca convida agente.
- É! Mais quem sabe dessa vez o Tom não olha pra mim. - Tom era o cara mais gato da escola, tinha cabelos loiros, olhos verdes, corpo escultural, sorriso perfeito, e tinha uma covinha só do lado direito do rosto. Completamente perfeito, só tinha um defeito: Não me enxergava!
- Ele sempre foi afim da Valéria!
- E ela nunca deu bola.
- Bom, então temos que fazer ele te ver hoje.
- Como?
- Isso não sei. - fez careta, minha amiga é sempre muito comédia, ela consegue deixar tudo divertido, quer dizer, quase sempre.
- Se o Tom me enxergar, podemos ter a esperança do Ben também olhar pra você.
- Você acha que ele já superou a morte da sua irmã?
- Superar não, mas esta disposto a seguir em frente.
- Pelo menos agora posso contar com a sua ajudinha, afinal agora você não precisa mais ser imparcial por causa da sua irmã. - alguém tampa meus olhos.
- Quem é? - perguntei.
- Iiii, amiga, fácil, fácil.
 - Ben? - ele soltou as mãos do meu rosto.
- Como acertou?
- Só podia ser você. - sorri.
- E aí já tem acompanhantes pra festa de hoje a noite? - Melissa e eu nos entre olhamos, pensei então que era o momento de dar a ideia do Ben chamar a Mel, desse modo, todos deixariam de pensar que e quero ocupar o lugar da minha irmã, e ficará claro que eu e o Benjamin somos apenas amigos.
- Bom, ainda não, mas você pode ir com uma de nós..
- É verdade.
- Pra gente que é mais difícil, mas fica tranquila que vamos dar um jeito do Tom chamar você, Vale.
- Você quer ir com o Tom  Rios ? - ele me pareceu meio decepcionado.
- Na ver... - antes que eu terminasse de falar Tom  aproximou-se falando conosco.
- Olá, galera!
- Oi - respondemos todos juntos.
- Valentina, eu andei pensando: quem sabe a Valentina não quer ir comigo na festa?!
- Eu adoraria.
- Que bom, te pego as oito. - da mesma maneira que chegou saiu de perto.
- Eu não acredito! Nem fizemos esforço.
- Né. - concordei, mas não sei por que não estava feliz com isso, se fosse a três meses atrás estaria pulando de felicidade.
- Boa sorte, Vale.
- Obrigada, Ben.
- Então quer dizer que você vai co... - Loiuse chegou cortando o que a Melissa iria dizer..
- Beeen! O que acha de ir ao baile com alguém como eu, é tão ruim assim?
- Não, é algo bem legal.
- Ownn, então me pegue as oito. Oi e tchau, clone da Valéria e comida de urso.
- Odeio ela. - Melissa bufou assim que ela se afastou.
- Meninas, eu já vou. - beijou nossos rosto e foi embora.
- Droga! A Louise estragou tudo!
- O que ela não estraga? - falei.
- É... Vou ter que vim sozinha como sempre.
- Sem essa. Você tem um acompanhante.
- Quem?
- Você vai ver.
- Não vai me arrumar um cara nerd e esquisito. Pelo amor de Deus!
- Relaxa. Você vai adorar ele.
- Lá vem você.
- Mel, confia em mim.
- Não sei se devo. - fiz cara de piedade. - Está bem. Mas olha se for nerd eu não vou.
- Não é nerd, juro. Ele te pega as oito.
- Olha lá hem to confiando em você.

Ajudamos nas arrumações e fomos pra casa nos arrumar. Eu estava muito nervosa, sair com Tom Rios não é qualquer coisa, afinal ele é o cara mais popular da escola, jogador de futebol, sem contar que sempre tive uma super quedinha por ele, se bem que agora não sei mais, pois antes meu coração acelerava quando Tom falava um simples "oi ", porém dessa vez não senti nada, talvez seja porque estou muito angustiada com a suposta morte da minha irmã. Estava pronta, e faltavam 10 minutos para Tom chegar, o telefone tocou tive medo de ser ele desmarcando, mas era a Mel.

- Amigaaaaaa.
- Calma. O que foi?
- Me conta quem você chamou pra ser meu acompanhante.
- Surpresa.
- Fala agora! -ela gritou.
- Calma.
- Ain, desculpa, estou muito aflita, é a primeira festa do ano, faz toda a diferença quem é seu par.
- Relaxa. Comigo, vai. - e nós duas começamos a contar. - Um, dois, três, quatro, cinco, seis, se...
- Chega! Já estou relaxada. - comecei a rir.
- Não é o que parece.
- JÁ DISSE QUE ESTOU!
- Ok, se diz.
- Senhor da glória!
- Que foi, doida?
- Ele chegou.
- Aeee.
- Sem brincadeiras. Vou abrir a porta, e prepare-se para me ouvir. Abri a porta.
- E então?
- Daniel?


                                                                                               CONTINUA.....

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

continuação parte 3

- Não sei se devo contar, Valentina. - minha melhor amiga adoro fazer um drama, mas naquele momento estava começando a me irritar, ultimamente não andava com muita paciência.
- Fala logo.
- É melhor se sentar.
- Melissa, para com esse melodrama e diga logo o que aconteceu?
- Não estou com melodrama. - emburrou.
- Que seja. - Ben se aproximou.
- Olá, meninas. Vocês já estão sabendo que a Louise publicou no jornal da escola sobre a Valéria?
- O que foi que ela publicou? - olhei para os dois.
- Dizia que a Valéria morreu. - Mel se pronunciou com receio, mas não estava entendendo por quê.
- E ? - Mel fechou os olhos assim que perguntei.
- E disse que ela se foi, mas...
- Que? Mas, o que? - comecei a ficar confusa.
- E que você está feliz com isso. - os dois disseram juntos.
- Como ela pode dizer isso?
- Calma, amiga.
- Calma? Vou agora falar com a diretora.
- Não vai adiantar muita coisa.
- Posso saber por que não Ben?
- Por que isso não vai fazer ela parar de te infernizar.
- Essa Louise só pode estar pirando! Como ela faz isso? Divulga a morte da minha irmã dessa maneira.
- Eu sei. Porém tente entende, Valentina.
- Entender o que ?
- Que a Louise deve estar muito mal, e talvez meio revoltada. A sua irmã era melhor amiga dela.
- Amiga, fica tranquila que não serei como ela quando você morrer. - Ben e eu a olhamos incrédulos.
- O que? Não acredito que estou ouvindo isso. Devia ter ficado em casa. Obrigada por me fazer vir, Ben. - sai os deixando sozinhos, estava muito estressada para continuar aquela conversa, e além do mais Louise precisava me ouvir.
- Louise! - bati em seu ombro com um pouco de força.
- Oi, clone.
- Já lhe disse pra não me chamar assim!
- Eu falo como quiser.
- Não sei como a minha irmã conseguia ser sua amiga.
- Claro que não sabe, você é apenas um clone da Valéria, clones não serve para nada! Se bem que agora você pode fingir ser ela com o Ben, anda dando certo?
- Retire o que disse!!
- Não! E faça um favor para si mesma. Pare de dar de cima do namorado da sua irmã morta! - não me aguentei e virei um soco em seu olho...


                                                                                                  CONTINUA...
- Não você está certo. Ela morreu não irá voltar.
Minha irmã gêmea adorava velejar, e eu gostava um pouco e na maioria das vezes ia com ela, mas dessa última vez não fui. Não fui e me sinto muito mal por isso, talvez se eu tivesse ido com ela nada teria acontecido.
- Você sente muito a falta dela, não é?
- Sinto. Fazíamos tudo juntas,... É como se uma parte de mim tivesse sido morta.
Valéria nasceu alguns poucos segundo antes de mim, por isso sempre dizia que era a mais velha e que precisava cuidar de mim, mas na realidade era sempre eu quem cuidava dela, isso porque a Val era amiga de todos, já eu... Quase não tinha amigos. Somos gêmeas univitelinas  pra quem não sabe isso significa que somos idênticas fisicamente.
- Também sinto muito a falta dela.
Ben era namorado da minha irmã, e meu melhor amigo. Nós dois agora sofríamos juntos a suposta morte de minha irmã, suposto porque o barco em que ela velejava naufragou à 3 meses e não encontraram seu corpo. Eu tinha esperanças que talvez ela tivesse sobrevivido, mas Ben tinha certeza de sua morte.
- Mas quem sabe ela não... - ele me interrompeu meio nervoso.
- Valentina! - me olhou como se me repreendesse. - Você viu como encontramos seu barco, os especialistas disseram que era impossível ela ter sobrevivido, e já fazem 3 meses.
- Por que não acredita que ela possa estar viva?
- Porque os fatos só mostram isso. Já dói demais não te-la mais comigo em minha vida, não preciso criar ilusões para sofrer ainda mais daqui alguns meses.
- Eu sinto que ela ainda vive. E nós duas sempre tivemos esses pressentimentos.
- Isso não é pressentimento ou intuição, isso é  o sentimento de não querer aceitar que ela se foi.
- Talvez tenha razão. - abaixei a cabeça.
- Aceite isso. - me abraçou. - Vamos fazer uma coisa, não iremos mais vir até aqui chorar todas as noites, ok?
- Está bem.
Íamos todas as noite até a cachoeira chorar a falta da minha irmã, acho que sentíamos que ali estaríamos mais perto dela, pois ali era seu lugar favorito no mundo. Ben Scott me levou para casa. Ele é alto, tem pele clara, cabelo escuro, sorriso bonito, olhos azuis, vocês devem pensar que todas as meninas do colégio são afim dele, não é? Mas não é assim, apesar de ser muito bonito ele era o tipo de garoto que estudava muito, pra dizer a verdade ele era muito parecido comigo, tinha tudo pra ser popular, mas era nerd demais. Vocês vão achar que sou muito metida por me achar bonita, mas é que isso eu puxei da minha irmã, porém ela era muito melhor que eu, sabia se arrumar, era líder de torcida, todos na escola a amavam, e eu? Era somente a irmã da Valéria.
- Fica bem. - beijou minha testa.
- Obrigada por me trazer em casa.
- Tudo bem. Até amanhã na escola.
- Não sei se vou.
- Você vai sim! Já faltou muito.
- Por que tem cuidado tanto de mim?
- Porque eu gosto de você. - ele falou naturalmente e eu o olhei meio sem entender. - Não abandonaria a minha eterna cunhadinha.
- Obrigada, conte sempre comigo também.
Não sei, mas por um momento queria que ele gostasse de mim como gostava da minha irmã. Não deveria estar querendo isso, ainda mais nessas condições. Me despedi beijando sua bochecha depois de meu pensamento ridículo de querer que ele gostasse de mim. Dormi como um anjo e no dia seguinte no colégio, assim que cheguei Melissa, minha melhor amiga, se aproximou muito aflita...

- O que foi, Mel?
- Não vai acreditar.
- O que foi?

                                                                                           CONTINUA.....

O sol sempre nasce outra vez. - de Grace Rodrigues.

Era de noite, Ben chorava, estava sentado próximo a cachoeira e eu não tinha coragem de ir falar com ele, foi então que de repente...
- Valentina? Você está aqui a quanto tempo? - Ben disse após me ver o observando.
- Eu estava te procurando. - menti.
- Já achou. O que foi?
- Você estava chorando?
- Não, claro que não. - limpou os olhos.
- Não minta pra mim. - abaixei a cabeça. - Eu sei que chorava.
- Então suponho que saiba também o motivo.
- Sei sim. Não chore. Eu sei também que ela irá voltar.
- E como sabe?
- Bom,... É,... Sabendo!
- Não se iluda. Ela jamais voltará!
- Não diga isso.
- Aceite de uma vez! - ele me olhou nos olhos sério e eu não conseguia olha-lo direito. - Ela morreu! Não vai voltar. - senti-me fraca, sem chão. Ele tinha razão, minha querida nunca mais estaria entre nós, pois Deus agora a fazia companhia. Não aguentei, chorei, Ben por sua vez chorou novamente e veio ao meu encontro. - Desculpa. Não queria ter dito dessa maneira.




                                                                                                           CONTINUA....