ANTERIORMENTE...
- Bom, na verdade você é mais o tipo de garota que eu gosto. - o que eu devo falar agora? Ai, Valentina diga algo, vamos. Vou dizer, mas o que?
- Legal? - Mel não se conformava, já era a terceira vez que ela me perguntava. - Não acredito que o garoto fala que você é o tipo dele e você responde " legal ", legal é ele saber andar de patins. Ai Valentina!
- Ainnn para! Eu já estou me sentindo uma anta de sombrinha por ter dito isso. Fiquei muito nervosa.
- Bom, pelo menos não vomitou. - Ben se divertia com a nossa conversa, estava sentado no puff do meu quarto. - Quer parar de rir Benjamin Scott !
- Mals ae! - voltou a rir, e agora gargalhava.
- Deixa ele rir da minha burrice. - escondia meu rosto com as mãos.
- Para de drama vocês duas. Vamos dar uma volta, vai.
- Volta na onde?
- Ué, vamos na cachoeira.
- Estou de castigo, não posso ir na cachoeira.- Daniel bate na porta e abre.
- Oiii. - Melissa se derreteu, eu sorri, Ben virou os olhos por ver Mel se derretendo pelo meu primo.
- Entra aí. - ele fecha a porta e se senta.
- Do que falavam?
- Da burrice da sua prima.
- Melissa Daves! - a repreendi e Ben voltou a rir de nós.
- Burrice?
- É, Dan, um garoto que eu sou afim faz um tempão me disse ontem que eu era o tipo de garota que ele gosta e eu disse " legal ". - e ele começou a rir também, eu mereço esses meninos.
- Legal. - Melissa quem revirou os olhos agora.
- Como meninos são insensíveis.
- Vamos dar uns piões, gurias.
- Bora, Dan, já falei pra ela! - Ben concorda e então como não queria ouvir a Mel dizendo que sou uma burra resolvi concordar também e sair de casa.
Adora o fato de ter meu primo passando uns tempos aqui, meu pai andava muito mal e eu sozinha não sabia muito como lidar com isso.
- Prima, está rolando algo entre você e o Ben? - retiro o que disse, ele mal chegou e já me vem com essa pergunta, o que anda acontecendo com as pessoas ultimamente?
- Amizade, por quê?
- Ele está te olhando diferente.
- Não viaja. Como estava o papai quando foi avisa que íamos sair?
- Ah, ele já esteve em dias melhores.
- Pelo menos agora ele voltou a trabalhar na oficina.
- É. Mas, e você como está?
- Levando. - disse e fiquei triste logo em seguida, ela fazia tanta falta e pra piorar meu estado lembrei-me do que Louise falou.
- No que está pensando?
- Nada.
- Valentina eu te conheço.
- Que droga todo mundo me conhecer bem o suficiente pra saber que está acontecendo alguma coisa. - bufei.
- Para de reclamar e me diga. - ele ri .
- Ontem a Louise me disse que a Valéria não gostava de mim, que me detestava e que morria de ciúmes de mim com o Ben.
- Sobre te detesta duvido muito, irmãs brigam mesmo.
- Esse é o grande problema, pois não brigávamos muito.
- Não pense nisso. Se eu fosse você acreditaria no que sua irmã dizia. O que ela dizia?
- Que me amava.
- Então é porque ela te ama.
- Tem razão.- Ben se aproxima trazendo Mel em suas costas.
- Vocês vão mesmo ficar sentados ao em vez de se divertirem?
- É, o Scott tem razão! - pula das costas dele.
- O que vocês estavam fazendo?
- Brincando de cavalinho - Mel respondeu com um sorriso de criança no rosto, o que me fez sorri também.
- Não estou afim de nadar.
- Por quê?
- Ah, sei lá, só não quero, Ben.
- Você veio na minha casa com agente parar nadar, então pode ir tirando essa roupa de banho.
- Não mesmo! - Ben me olhou com cara de quem aprontaria, ele não falou brincando, tenho quase certeza, por via das dúvidas tirei minha canga e percebi ele me olhando de cima até em baixo.
- Ow! Para de olhar minha prima! - Dan jogou a canga nele.
- Mew, eu nem tava olhando. - então começou a tocar uma música na rádio.
- Aaaaah, adoro essa música. - Mel gritou e logo aumentou o som. - Vem dançar primeiro. - me puxou para próximo da música.
- Agora? - perguntei e ela fez que sim com a cabeça. É,... Não teve jeito, e já que tinha que dançar com ela dancei pra valer era uma música muito sensual, começamos a rebolar e fazer uns passos igual da corografia, e os meninos não olhavam mais para nossos corpos se movimentando de maneira discreta, e por incrível que pareça, eu e Melissa começamos a gostar daquilo. E apenas com um olhar decidimos sermos o mais sensual que pudéssemos.
Ben parou os olhos nos meus, e por uns cinco segundos ficamos ali nos olhando.
- Chega de dança! - ele correu, me pegou no colo e pulou na piscina comigo.
- Não acredito que fez isso! - tentava me soltar de seus braços.
- Você tem que levar a vida menos a sério. - beijou meu rosto e me solto fazendo com que eu mergulhasse. Suspirei não sei ao certo porque, mas aquilo não teve um fim muito legal pra mim.
- Valentina!
- Que foi, Mel?
- Banheiro. - falou simplesmente e seguiu pra lá, sempre em que ela dizia poucas palavras era mal sinal.
- Tudo bem?
- Você está tendo algum rolo com o Benjamin? - perguntou de maneira totalmente agressiva.
- Não.
- Fala a verdade. - ela duvidava de mim de maneira muito séria.
- Estou falando.
- Jura? - já dizia num tom mais arrependida por ter perguntado.
- Não acredito que está me perguntando isso.
- Você está olhando pra ele diferente, e dançou pra ele.
- Estávamos somente nos divertindo, não dancei pra ele.
- Amiga, eu te amo, mas não iria conseguir aceitar uma traição dessas de você.
- Eu nunca teria um rolo com o Ben. Eu sei que gosta dele.
- Promete?
- Prometo. - nos abraçamos.
- Desculpa desconfiar de você.
- Tudo bem.
Eu precisava apagar isso que eu estava começando a sentir pelo Ben. Era algo que não podia existir.
- Demoraram no banheiro, gurias.
- Conversa de meninas, Dan. - Mel respondeu por nós duas.
Não consegui mais me divertir, fiquei triste, eu estava gostando do namorado da minha irmã, e do garoto que minha melhor amiga gosta. Me sentia uma pessoa horrível. Eu tinha que matar tudo que eu começava a sentir. resolvi então que iria focar no Tom. Todos perceberam que eu não estava muito bem, mas não me perguntaram nada, acho que pensavam ser por causa da Valéria. Era até melhor que pensassem assim.
- Se divertiram?
- Sim, papai. - ele me abraçou.
- Desculpa.
- Pelo o que?
- Por ter sido mal contigo. Já pode sair do castigo.
- Tudo bem, eu sei que está difícil para você também.
- Sim, está. - beijou minha testa. - Só quero que saiba que eu te amo muito.
- Eu também te amo muito.
- Ooh, gente assim eu vou chorar. - Dan se pronunciou, e veio logo nos abraçar.
- Agora chega antes que vire um chororo!
- É verdade, pai. Bom, já vou dormir. Boa noite, rapazes. - eles responderam e eu fui para meu quarto.
Deitei-me e chorei, chorei e chorei. Um pouco mais tarde ouvi um barulho na janela, levantei-me e fui ver o que era, não podia acreditar no que via, Benjamin estava lá em minha janela.
- Seu maluco! Já é tarde.
- Preciso falar contigo.
- O que houve?
- Eu estou gostando de você.
- Não fala isso.
- Mais eu gosto. Eu sempre gostei.
- Para! Eu não sou a Valéria.
- Eu sei. Eu confundi as coisas com sua irmã.
- Não, você está confundindo agora.
- Não estou confundindo, eu gosto de você desde sempre.
- Se gosta desde sempre por que nunca me disse antes e ainda por cima começou a namorar a minha irmã?
- Por causa da sua não resposta.
- Que não resposta?
- Eu te mandei uma carta me declarando pedi para Valéria te entregar. E a sua resposta nunca chegou, mas sua irmã disse que você não queria estragar nossa amizade e que não sabia como me dizer que não gostava de mim do mesmo jeito que eu.
- Nunca disse isso. Nunca nem recebi essa carta. - ficamos mudos por uns minutos, acho que estava difícil assimilar o que acabamos de descobrir. Então talvez Louise estivesse dizendo a verdade, ela me detestava.
- Fica comigo?
- Não posso.
- Por quê?
-Tem a Mel, e tem essa história toda, não consigo acreditar que ela mentiu para nós, tramou.
- Olha pra mim. - segurou meu rosto. - Você gosta de mim? - se aproximou.
- Eu... - ele encostou seus lábios nos meus, senti sua respiração, mas me afastei. - falo com você depois. - fechei a janela e deitei na minha cama. Ele ficou alguns segundos parado olhando pela vidraça da janela, eu não o olhava, mas senti seu olhar me observando. E agora? Acho que vou começar a enlouquecer, e o pior é que não posso nem ao menos compartilhar com a minha melhor amiga.
CONTINUA...