- Ei, para. - me soltei dele.
- Você não quer? - me olhou sem entender.
-Eu quero, mas tem o Tom.
- O que tem esse cara?
- Ele gosta de mim, e um pouco antes de você chegar estávamos tendo um lance.
- Dane-se ele. - veio me beijando novamente, eu o beijei.
- Sério. Eu não quero que ele sofra.
- Tudo bem, podemos namorar escondido, o que acha? - era exatamente o que ele queria, e agora o que eu também queria.
- Ótima ideia.
- Mais não por muito tempo.
- Claro. É até bom, para que nos conhecermos melhor.
- É. Você me surpreende sempre, sabia?
- Por quê?
- Não sei explicar. - me acariciou, e realmente parecia estar começando a gostar de mim, o cara era mesmo um ator.
- Preciso ir.
Semanas foram se passando, eu e Dante estávamos cada dia mais próximos e "amigos", eu precisava que ele pensasse que eu confiava nele; e ao mesmo tempo eu e Tom também nos aproximamos muito. Enquanto isso Melissa voltou para escola, ela e minha irmã estavam tranquilas novamente, eu estava até ocm ciúmes da amizade,mas não admitiria nunca.
- Amiga, você não imagina, ontem eu e o Ben...
- Ain, Valentina, para de fofocar. - bufei.
- O que tem? É sobre minha vida.
- E daí?
- Iii, a Valéria brigou como Dante pelo jeito. - Melissa opinou.
- O que?
- Para, maninha, eu e a mel não somos bobas, já sabemos que você e o Dante estão praticamente amando.
- Claro que não, Vale.
- Ah, para de mentir, ele te olha o tempo todo.
- Somos apenas amigos. - Dante se aproxima.
- Olá, meninas!
- E aí! - nos três respondemos. Ben logo chegou também acompanhado de Tom.
- Prontas pras provas?
- Tom, nunca estamos prontas. - Mel brincou.
- Fale por você, eu estudei muito como Ben ontem. - Valentina se gabou.
- Ah, eu e a Valéria também estudamos muito ontem. - Dante falou e Melissa mais a Valentina piscaram pra mim na tentativa de me zuar.
- É, Mel parece que eu e você não fomos informados que também devíamos ter estudado juntos. - brincou Tom.
- Fato, fica pra próxima. - Piscou pra ele.
Louise se jogava cada dia mais pra Tom, mas ele nunca dava bola. E eu me aproximava o máximo que podia dela, talvez eu pudesse descobrir alguma coisa a mais.
- Está apaixonada é?
- AH, acho que sim. O Dante é perfeito demais.
- Parece mesmo. - perfeito demais, tão perfeito que não era real. O que era uma pena, sei lá, ele me fazia tão bem. Valéria, cai na real, ele é um bandido, e você não gosta dele.- Falando nele, aí vem ele. Estou indo, friend! Não esqueceu da nossa festinha do pijama,né?
- Claro que não. - nos beijamos no rosto e ela se retirou, Dante aproximou-se.
- Oi, garotinha indefesa. - piscou pra mim.
- Oi, garotinho assustado. - pisquei de volta.
- Queria poder te beijar aqui e agora..
- Eu também, mas ainda não dá.
- E quando vai dar?
- Logo.
- Logo quando? - bufou.
- Ain, juro que vou falar com ele. - ele se aproximou me abraçando e falou no pé do meu ouvido.
- Não demora, essa espera só me deixa mais louco por você.
- Então vou te fazer esperar mais. - beijei seu ombro.
- Vai se arrepender.
- Por quê?
- Porque eu vou te querer só pra mim. - beijou meu pescoço. - Eu já gosto muito de você. - Tom nos interrompeu, graças a Deus, aquele garoto tinha o poder de me fazer esquecer o porque estava com ele.
- Atrapalho?
- Atrapalhar o que? Estávamos só... - gaguejei.
- Nos abraçando, amigos se abraçam, sabia? - Dante me salvou, explicando o que eu não sabia explicar.
- Sabia, mas quando ela for minha namorada pra valer não irá mais abraçar qualquer um. - Dante se enfureceu, e eu não entendi aonde Tom queria chegar.
- Beleza, cara. Mais será sempre minha amiga, mesmo sem abraços.
- Talvez não. Valéria, vamos?
- Ela não vai.
- Por quê?
- Porque vai me ajudar no dever de casa.
- Hoje não. - ia se aproximando, e eu fui salva pela minha gêmea querida.
- Val, vamos pra casa organizar as coisas da festa do pijama?
- Vamos. Meninos, desculpa tenho que ir. - beijei os dois nos rosto e sair quase que correndo com a Valentina.
- Mana, valeu!
- Magina, irmãs são pra essas coisas.
- Mesmo assim, valeu.
- Me conta. Está apaixonada pela Tom ou pelo Dante?
- Nenhum.
- Você quis dizer os dois? - brincou.
- Ain, não faz pergunta que eu não sei responder.
- É bom você saber responder logo, viu!
- É, eu sei.
Mesmo que a resposta fosse Dante, eu não poderia seguir meu coração, e se fosse Tom, eu teria que esperar um bom tempo para que ficássemos juntos.
- Val? - fui tirada dos meus pensamentos por Louise.
- Oi.
- Você está bem?
- Sim.
- O que estava pensando?
- Eu acho que gosto do Benjamin ainda.
- O que? - ela engasgou.
- Maas, está fora de cogitação, Ben é namorado da minha irmã. - ela ficou abismada, e que bom, pois era exatamente isso que eu queria. Queria ela confusa, muito confusa.
- Não te entendo às vezes.
- Nem eu me entendo, às vezes.
- E as mensagens anonimas?
- Param. Devia ser alguém brincando com a gente.
- É. - eu sabia que era ela quem mandava as mensagens, e sabia também que ela ainda mandava sempre, mas se eu quisesse enlouquecê-la, devia deixá-la confusa. Tipo como é que ela mandava e eu não recebia? Sabia que ela ficaria pensando isso.
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