domingo, 3 de março de 2019

AMIZADE, LANCE E ROMANCE (parte 21/final)

Algumas semanas se passaram, e agora falta apenas uma para a volta as aulas do ultimo ano...

- O computador, Dan! - Mari berra pelo corredor e atende a chamada de voz de Sam. - Oi, amiga!
- Oi, Mari! Como estão as coisas por aí?
- Bom, um tédio sem você. - Danilo chega sem folêgo no quarto.
- Mentira!
- O que é mentira, amor? - Mari questiona, ele e Sam riem.
- Está tudo bem por aqui. Eu e a Mari estamos vivendo um romance de verão, Matheus só aparece pra jogar video-game, caso ao contrário se encontra com Larissa, não me pergunte fazendo o que, pois é um grande segredo. Mamãe está indo para o terceiro encontro com o tio Daves, me parece que podemos ganhar um padrasto logo. Kaio está bem sumido na verdade, só vemos eles nas noite de luau na praia quando encontramos também ... - ele pausa sem saber se deve dizer os nomes.
- Pode falar, maninho, quando se encontram com a Kate e o Pedro. Eles não são voldemort!
- E por aí, quais as novidades? - Mari muda de assunto pra evitar o clima.
- Tenho lido bastante, muito sol e água de cocô!
- Superou?
- Mari! - Danilo repreende a namorada, Sam sorri sem graça.
- Como estão as coisas com seu pai, Mari?
- Estou morrendo de sede já volto. - Mariana se retira rapidamente.
- Ela está bem mal com isso.
- Não é pra menos. Mas, chegaram a conversar?
- Não, ela não quis, maaaas ele demonstrou para mim estar muito arrependido.
- Espero que seja verdade.
- Também espero. E você superou?
- Não sei, de longe é tão ais fácil.
- Volta logo, você precisa enfrentar, e nós, mamãe e eu, sentimos sua falta, nossa família não pode ficar repartida, não mais.
- O papai já é uma falta muito grande, né? - Danilo suspira.
- Muito! Quando vem?
- Depois de amanhã.
- Não quer voltar?
- Sim e não.
- Tem outros garotos por aí!
- Espero mesmo que tenha. Bom, nos vemoslogo, manda beijo pra Mari.
- Mando. Beijo, te amo.
- Também te amo, maninho. - desligaa chamada e os dois ficam pensativos na volta de Samantha.

A noite na sala dos Cohen como toda sexta a noite nessas férias os meninos jogam video-game...

- Dan.
- Fala, Pê.
- Como está a Sam?
- Bem.
- Bem, só bem?
- É.
- Por que não está me dando informações. - Cohen encara o amigo.
- Por que quer informações?
- Me preocupo com ela.
- Olha, cara. Você não pode ser o bom amigo agora, precisa dar espaço. - Pedro olha pra baixo. - Eu sei que se importa, mas deixa os outros amigos se importarem agora.
- Talvez esteja certo.
- Eu estou, vai por mim.
- Se eu pudesse...
- O que? Amaria ela? ou faria ela deixar de te amar com a mão?
- Nossa! Você está com raiva de mim, né?
- Na verdade fico toda vez que quer ser bonzinho com minha irmã. - Pedro não retruca, apenas se sente mal. - Pê, você sabe que eu te amo, cara, certo? Só que ela é minha irmãzinha, minha menininha, eu odeio vê-la sofrer. E infelizmente você é o motivo desse sofrimento, então pro bem da nossa amizade, podemos não falar dela mais?
- Tudo bem, já perdi ela, não quero perder você.
- Vocês dois estão parecendo duas menininhas! - Matheus zoa os amigos, Pedro joga uma almofada nele.
- Existem problemas maiores e vocês ficam fazendo o maior drama.
- Tipo o que? - Cohen desafia.
- Tipo a situação da Mari, ou da Larissa..
- Ei, qual é a situação da Larissa? - Pedro questiona curioso.
- Nada que diga respeito à vocês.
- Que ogro! - Danilo brinca se fazendo de ofendido.
- Acho que a situação do Anthony complicada.
- Como assim?
- Pê, cai na real. O Anthony está apaixonado pelo Kaio, que não sabemos se corresponde ou não, na verdade talvez nem ele mesmo saiba. - comenta pensativo.
- Como pode saber disso?
- Cohen, acorda, basta olhar, se você não ficassem tão focados na vida de vocês.
- Desde quando passou a se preocupar com os outros?
- Primo, aprendi com a Sam, admiro essa qualidade nela.


Enquanto isso em chamada de vídeo...

- Kaio, fala logo!
- Não me pressiona, Sam!
- Eu quero detalhes, poxa.
- A gente deu uns amassos... - ele cora. - Foi muito bom, acho que nunca dei amassos desse tipo com nenhuma menina.
- Uuuuh! - Sam acha o máximo. - Mais qual a diferença?
- Não sei... - fica pensativo. - Ele me olha de verdade, não precisamos dizer nada, é como se fossemos um só, ou sei lá, lessemos mente. Ele me beija como se não pudesse beijar mais ninguém. Ele me toca como se eu fosse algo mágico. E até quando não estamos nesse amasso louco, quando só estamos vendo filme ou comendo, parece que nada mais existe.
- Amigo, acho que está apaixonado. - ela olha sorridente pra ele.
- Não posso. - ele olha pra baixo.
- Por que não?
- Ele é um garoto.
- E o que que tem? Você também é um garoto.
- Por isso mesmo!
- Kaio, você vai escolher não viver esse sonho que me contou, porque eu com certeza gostaria de viver um amor assim, por causa de um preconceito da sua cabeça.
- Não é só isso.
- O que é então?
- E se eu não gostar que ele, você sabe, quando rolar sexo.
- Talvez ele goste. Ou sei lá, não acho que precise saber sobre isso agora. Vocês não estão transando.
- Não, não estamos.
- E se você não gostar ou não quiser é só não fazer. Seu corpo suas regras.
- Que gay eu serei?
- O Kaio! E talvez você não seja gay, ou seja, isso não importa. Pelo menos não agora. A única coisa que importa é que você não deixe de sentir, viver o que deseja por medo do que significa. Tira o peso.
- Eu não sei se consigo tirar o peso.
- A Kate sabe?
- Claro que não, ninguém além de você.
- E me fala uma coisa, por que eu posso saber e os outros não?
- Não sei.
- Tenta contar pra Kate. Se ela descobrir sem ser por você, vai se sentir traída por não confiar nela.
- Eu não estou pronto.
- Bom, ok então. Quando estiver pronto.
- Sam...
- Que foi? - ela pergunta carinhosa.
- Você acha que o Anthony pode se cansar desse segredo e terminar tudo?
- Pode, mas também talvez não aconteça.
- Mas e você como está?
-Não consigo parar de pensar em dois beijos.
- Pedro e você?
- Não. Pedro e Kate .
- E o outro?
- Meu e do Matheus.
- WHAT? Quando beijou o Matheus?
- O dia que dormimos na praça.
- Me conta isso?
-  Estava frio, deitamos próximo pra nos esquentar. Ele estava quase dormindo com a cabeça no meu ombro, bom,... - Kaio espera pelo restante da história, ela respira fundo e volta a contar. - Ele achou que eu estava dormindo, beijou minha testa e depois encostou os lábios nos meus de leve, só isso.
- AH, não foi bem um beijo então.
- Não, mas meu coração acelerou.
- Está me dizendo que gosta dele?
- Não!
- Então?
- Só estou sentindo saudade dele. Do jeito leve, do sorriso, do olhar...
- Hummmm....
- Para! Ele é um bom amigo.
- Devo ficar com ciúmes? - ele brinca e ela ri.
- Jamais.
- Bom, quanto Pedro e Kate, esquece esses dois, deixa eles pra lá, você é gata consegue qualquer outro gato.
-Eu gata?
- Sam, para, olha pra você.
- Vai me buscar no aeroporto amanhã cedo?
- Não sei, talvez eu durma no Anthony.
- Hummmmm...
- Para! Não tem maldade nenhuma.
- Se você diz, mas o que seu pai achou disso?
- Meu pai vai estar viajando e minha irmã só olha pro Pedro, então ela nem me perguntou.
- Ainda acho que deveria me buscar.
- O Danilo não vai?
- Acho que sim. Ele e a Mari.
- Juro que farei o máximo, mas se eu não for assim que acordar vou na sua casa.
- Beleza.


No dia seguinte no aeroporto Sam leva um susto quando vê Pedro a esperando e não Danilo com a Mariana...

- Oi, Sam. - Pedro diz carinhoso e com um sorriso no rosto.
- Cadê o Dan?
- Nossa, eu estou bem e você? - ele brinca e ela sorri sem graça, mas espera por sua resposta. - O Dan não pode vir, o pai da Mari apareceu na sua casa, teve uma conversa com a sua mãe, enfim, muita coisa rolando na sua casa. E como eu me ofereci vim te buscar.
- Ah...
- Posso te dar um abraço, ou é muito estranho? - ela assente com um movimento de sua cabeça, então ele a abraça, de início um tanto estranho depois eles sorriem aliviados. - Desculpa!
- PARA!  - se olham. - Não tem que se desculpar.
- Estamos bem?
- Estamos sim. A Kate não veio com você?
- Não. Eu queria saber se estavamos bem primeiro. - andam abraçados de lado.
- Senti sua falta. Ainda bem que eu tenho o Kaio.
- EI! - os dois riem. - Também senti a sua, e o Dan também fez uma greve de amizade então não tive ninguém.
- E o seu primo?
- Ele joga video-game, mas não quer falar de você, Kate, essa história toda.
- E por quê?
- Ah, Sam, você nem desconfia?
- Não. - ela faz cara de boba, e ele revira os olhos.
- Ele é louco por você, então sei lá, acho que o encomoda saber que mesmo eu não gostando de você desse jeito, sou eu quem tenho a sorte de você gostar de mim.
- E quem foi que disse que ainda tem essa sorte? - ela brinca e ele sorri.
- Não gosta mais de mim?
- Acho que alimentei mais meus sentimentos fantasiosos do que realment eos verdadeiros.
- E está gostando de outro alguém?
- Outro alguém?
- É! Alguém lá da onde você estava, talvez.
- Eu não diria gostando,... - ela abre a boca e para de falar.
- Diria?
-  Diria que eu já gostava de alguém, mas precisava de um motivo pra ficar triste, então decidi que ainda era você. Até porque deixar de gostar de você de certo modo era virar a página, e a página anterior tinha meu pai... - ela para reflexiva. - Eu não queria que as coisas mudassem, porque se mudassem, seria mais real que ele.. - os olhos dela enche de lágrimas e ele a abraça.
- Não está mais aqui.
- Sim. - ela seca as lágrimas.
- Ele sempre vai estar aqui. Bom, pelo menos é assim que você deve sentir. Eu sinto minha mãe aqui comigo e ela nem morre, ela só me deixou mesmo.
- Mesmo assim acredito que ela pense em você todos os dias da vida dela.
- Talvez. - ele abaixa a cabeça e depois levanta. - Tem alguém que vai te levar pra casa.
- Ué, você!
- Não, eu não vou. - beija a bochecha dela. - Fecha os olhos.
- Ah, não!
- Fecha, por favor. - ele pede com jeitinho e ela fecha. - Te vejo mais tarde. - quando ela abre, duas mãos cobrem seu rosto, ela não sabe quem é, então fica calada, ela e a pessoa que cobre seus olhos em um profundo silêncio por alguns segundos, um jeito muito gostoso entra por seu nariz, ela tenta reconhecer, e então se lembra.
- Matheus? - ele a encara assim que tira as mãos dos olhos dela, ela sorri instantaneamente.
- Sinto saudade! - ela o abraça, e agora ele sorri involuntariamente.
- Por que dessa surpresa? - ela o encara soltando-se do abraço.
- Eu e o Pedro  passamos a noite toda acordados, ele pensando em como estariam as coisas pra vocês dois, e eu em você apenas. Conversamos muiiiiiiito, e então... - ele pausa e o coração dela acelera. - Eu preciso tentar de tudo, me desculpa se estou forçando a barra, mas eu não paro de pensar em você, em estar com você, eu já sai com outras meninas, muitas outras, mas é você. E eu quero muito saber se você quer ficar comigo, só ficar, se gostar a gente namora, mas também...
- Eu quero.
- Se você não quiser eu vou entender e teriei que te esquecer, o Pedro me deu a maior força, então assim tive coragem,... - ele para de falar vendo-a sorrir. - Você está sorrindo?
- Sim. - ela ri e ele paralisado. - Eu te disse que quero ficar com você, e você continuou a falar como um metralhadora, foi engra... - ele segura a cintura dela com firmesa a fazendo parar de falar por causa do arrepio que sentiu com o toque dele, se aproximam e entãos e beijam no meio do aeroporto, muitas pessoas passando, mas eles nem as notam.

Enquanto isso no carro do lado de fora do aeroporto...

- Alô.
- Oi, Pê.
- Oi, linda.
- Estou nervosa com a volta da Sam.
- Fica tranquila, eu e ela somos amigos de novo.
- Sério?
- Sim. - ele ri sozinho. - Nem imagina ocmo estou feliz.
- Imagino, porque estou tão feliz quanto, porque se vocês são amigos, ela com certeza continua minha amiga.
- Você sabe que não é bem certeza, né?
- Por quê? - ela pergunta preocupada.
- Estou brincando. - ele ri e ela se sente aliviada. - A Sam é mesmo um amiga e tanto, hem, pra nos deixar assim tão preocupados.
- Ela é especial, a vida perde o brilho não sendo amiga dela.
- HAHAHAHA tá profunda, hem. E bem puxa saco também. - ela ri.
- Quis ser profunda.

Quando Sam e Matheus chegam a casa dos Cohen são recepcionados por todos os amigos, a Sra. Cohen e o Sr. Daves...

- BEM-VINDA!
- Vocês são incríveis! - Sam fala e sorri.
- Filha, que saudade!! - se abraçam. - Nunca mais quero deixar você ir viajar! - a filha ri.
- Oi, maninha! - se abraçam forte e ele tira ela do chão rodopiando-a.
- Saudades, gatinho! - dá risada e se soltam.
- Best! - Mari abraça ela sorridente.
- Best cunhadinha! - as duas riem.
- Mocréia linda! - Kaio abraça a amiga e rodopia também.
- Morreu de saudades de mim! - pisca pra ele e se soltam.
- Graças à Deus voltou pra por ordem nesse dois, que ficam perdidos sem vocês. - Sr. Daves a abraça.
- Obrigada, Sr. Daves, por notar que sou eu quem levo essa turma nas costas. - ela ri do que fala, assim como todos na sala.
- Oi, gatona! - Anthony abraça ela sorridente.
- Aaah fofuxo! - se soltam e Kate se aproxima.
- Oi, Sam.
- Oi, Kate. - Sam sorri largamente e abraça a amiga que se sente aliviada de ainda serem amigas.

A recepção de Sam continuou apenas com os jovens, pois a Sra. Cohen e o Sr. Daves foram jantar fora. A brincadeira da vez: verdade ou desafio...

- Minha vez. - Kate sorri maldosa. - Maninho, me conta, quem tem sido sua companhia nessa férias?
- A Sam?
- Falo pessoalmente, né. - revira os olhos, enquanto Sam, Mari e Anthony se encaram preocupados. - Lembrando que como eu perguntei quem, deve dizer um nome.
- Anthony. - Kate se mostra surpresa, mas fica em silêncio, pensativa.
- Minha vez de girar a garrafa. - Mari diz já girando a tal garrafa. - Matheus, me conta, o que você tanto faz na Larissa?
- Companhia. - ele sorri marotamente, e ela revira os olhos. - Que? Respondi sua pergunta, não pode revirar os olhos, outros riem. - Vai, minha vez. - gira. - Anthony! Por que não voltou com seu ex? Você pareciam tão apaixonados.
- Tem outra pessoa. - Anthony pisca após responder, e Matheus abre a boca fingindo uma mega surpresa.
- Podemos saber quem é?
- Queridinho, isso não faz parte da pergunta. - manda beijo no ar e todos riem. - Minha vez. - gira. - Sam! Arrumou algum boy nessa viagem?
- Não exatamente na viagem, mas arrumei um.
- AAAAH! tem que nos contar!
- Não faz parte da pergunta. - pisca pra ele e todos riem. Matheus pisca pra ela que sorri e pisca de volta. - Minha vez. - gira. - Kate! Hum, vamos ver... - fica pensativa. - O que já fez e se arrepende?
- Hum... Colocar meninos acima das amigas. - as três se abraçam nesse momento em coro: "ownnnnnnnnnn". E os meninos balança a cabeça em sinal negativo dando risada. - Minha vez. - gira. - Kaio, de novo. Hum... Você conhece o novo boy do Anthony? Já que passou bastante tempo com ele nessas férias.
- É... - ele olha pra Anthony, depois para Sam. - Conheço.
- Está bem curiosa com a minha vida, hem? - Anthony brinca tentando tirar a tensão dos ombros de Kaio.
- Kaio, Você é o novo boy dele? - Kate não consegue se segurar e pergunta abertamente, todos ficam mudos, alguns até surpresos.
- Kate, não é sua vez mais. - Sam tenta falar num tom doce, mas o clima continua pesado, ninguém fala.
- Me responde, Kaio. - ela encara o irmão.
- Por que está me perguntando isso? Pirou? - com medo é tudo que Kaio consegue dizer.
- Kate, acho melhor vocês dois conversarem sozinhos. - Sam fala. - vamos deixar os dois sozinhos, gente. - se levanta e o pessoal também, mas antes que saiam.
- Você contou pra Sam antes de contar pra mim? - Kate altera a voz, demonstra sua irritação pela maneira que fala.
- Não precisam ir! - diz de repente. - Eu não devo satisfação a ela só porque é minha irmã, até porque eu nasci primeiro.
- Sou sua irmã, deveria saber, pra me preparar.
- Se preparar? Preparar pra quê? A vida é minha, e se eu beijo o Anthony ou não, com certeza, não te diz respeito.
- Então você beija ele?
- Beijo. - fala envergonhado, olhando para baixo. Danilo, Pedro e Matheus ficam boa e aberta.
- Eu vou pra casa. Me leva, Pê?
- Claro. - Pedro e Kate se retiram.
- Desculpa por isso, Sam e Danilo.
- Não precisa se desculpar, cara. 
- É, não precisa. - sam concorda com o irmão.
- Quer carona? - Anthony oferece.
- Sim. - seguram as mãos e dizem tchau para os amigos que também dizem o mesmo.
- Caramba! - Matheus diz por fim.
- Kaio, gay, jamais, imaginaria. - Danilo fala e seguida.
- E a gente fica imaginando essa coisas? - Mariana questiona.
- Não é isso, só, só estou surpreso.
- Não culpe o cara, ele só disse que está surpreso, ninguém aqui liga pra quem o Kaio beija, mas até outro dia eu disputava a Sam com ele, então é sim algo chocante, isso sem contar que ele reclamava direto do teatro que teve que fazer com o Anthony.
- Mari, guarda as armas, eles não estão criticando, se estivessem, pode ter certeza que eu seria a primeira a brigar aqui. - Mari dá de ombros.
- Eu só não entendo porque a Kate fez tanta cena.
- Por que é um assunto delicado, ela não esperava, né. E vocês sabem que ela e o irmão são muito ligados, talvez se sentiu traída.
- Mais não é uma coisa fácil de falar, né, - Sam defende Kaio. - Ela precisa entender.
- Espero que entenda. - Matheus conclui.
- Estou mais preocupado com o Anthony.
- Oxi, por quê, amor? - Danilo questiona a namorada.
- Kaio está saindo do armário, e se foi tão difícil assumir pra nós, amigos dele, imagina pro resto do mundo, os pais, a escola. E na verdade só assumiu pra gente porque não teve outro jeito.
- Ele gosta muito do Anthony, não o magoaria, amiga.
- Sam, talvez não de propósito, mas Anthony passou exatamente isso com o ex.
- Temos que viver a vida, não dá pra sermos poupados, essa é a vida.
- Isso é. - Mari acaba concordando.
- Vamos ver sua mãe? - Danilo chama Mari.
- Vamos sim, por que eu não quero encontrar o traste do meu pai. - os dois seam de mãos dadas após se despedirem.
- Ficamos nós. - Matheus diz segurando a cintura de sua amada.
- Sim, sozinhos. - ela diz achando graça, e apoiando os braços nos ombros dele.
- Uhhh...- beija a testa dela. - Me diz uma coisa, namorada?
- Até duas.
- Quando contaremos pra todos?
- Quando você quiser.
- Amanhã então.
- Ué, por que não hoje?
- Namorar escondido tem um gostinho mais atraente. - lasca-lhe um beijão.

Enquanto isso nos James...

- Linda, vai com calma. Não é nada demais.
- Ai, Pê! Eu não quero me sentir assim, mas é como me sinto, é tão estranho. E também dói, dói pensar em como meus pais vão receber essa notícia, ou em como o Kaio vai ficar após se assumir pra eles.
- Ninguém escolhe o que sente, mas a gente pode escolher como agir ou reagir. Você precisa ficar do lado do seu irmão nesse momento.
- Não sei se consigo.
- Consegue. - segura os rosto dela com as pontas dos dedos. - Ele precisa de você mais do que nunca precisou antes, cuida dele.
- Tá bom. - ela sorri fraco. - Eu não quero ser essa que estou sendo agora.
- Então não seja!
- Obrigada.
- Pelo que?
- Por abrir meus olhos.
- Sempre estarei por aqui. Agora vai conversar com ele. - dá um selinho demorado nela. - E qualquer coisa me liga. - ela desce do carro e Kaio chega com Anthony, ela encara o carro a espera do irmão.
- Oi. - Kate diz assim que o irmão sai do carro.
- Oi.
- Me desculpa. Eu não quero ser preconceituosa, mas é bem difícil quando é alguém da nossa família.
- Tudo bem, é bem difícil pra mim não ser comigo mesmo.
- Você sente isso por você mesmo?
- Quase o tempo todo. Acho que talvez seja a nossa criação.
- Vamos mudar isso a partir de agora! MAAS, você precisa contar para os nossos pais.
- Não hoje, e nem amanhã...
- Calma! Logo, mas eu vou estar com você. - ela se aproxima e o abraça forte.
- Eu não contei pra Sam e não pra você por não confiar em você, foi porque estava envergonhado de ser como eu sou, e a Sam viu quem sou sem eu precisar dizer muito.
- Eu estive bem desligada, pensando apenas em mim. Desculpa.
- Magina, maninha. Sua vida ficou mesmo de ponta cabeça. - ela concorda rindo. - Vamos entrar? - ela assente com a cabeça e os dois entram.


       Kaio conta para os pais algumas semanas depois desse dia, não foi fácil, sua mãe chorou muito e seu pai foi bem compreensivo e disse que desconfiava. Kaio sabia que a aceitação de sua mãe levaria um tempo, ela sempre foi muito tradicionalista e essa situação era algo muito complicado com relação a tudo que ela acredita. Mas, após contar aos pais, deu início ao seu namoro oficialmente com Anthony, fez o pedido em uma reunião de video-game na casa dos Cohen como de costume. Mariana passou mais que algumas semana pra acreditar que seu pai estava mesmo seguindo o tratamento dos alcoolatras anônimos, agora ela dorme na casa dos pais aos fins de semana, testando se tudo pode mesmo coltar ao normal, Danilo apoia muito que ela se reconciliei com seu pai. Samantha e Matheus resolveram contar a todos no dia seguinte da volta dela, e revelaram se cumprimentando com um mega beijo no meio do jardim dos Cohen. Matheus contou para Sam sobre a doença da Larissa e ela começou a ser a companhia dela também. Pedro, Danilo e Sam, voltaram a ser o inseparáveis que vão sempre juntos pra escola, que passam todos os fins de semana juntos, até porque agora os pais deles também passam muito tempo juntos.
      A vida dessa turminha continuou com seus dramas e aventuras, que toda vida adolescente tem direito, e a cada nova situação eles foram amadurecendo um pouco mais. E com o amadurecimento tudo mudava um pouquinho, afinal mudar é evoluir! Aprederam que a amizade vale mais que um lance e até mesmo que um romance, mas isso não significa que não podem viver intensamente os lances errônios (que só descobrimos quando dá errado), os romances incertos (como tudo na vida), com tanto que sejam sempre sinceros com o que sentem e com quem são!



FIMMMMM...





sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

AMIZADE, LANCE E ROMANCE (penúltima parte - 20)

- Migo, se joga! - Samantha aconselha e Kaio dá risada.
- Falar é fácil.
- Eu sei, mas se gosta dele, arrisca, ninguém precisa saber, só vocês dois, só até você ter certeza do que sente.
- Talvez mante segredo não seja uma má ideia.
- Viu? Eu dou bons conselhos. - ela ajeita o óculos de sol e ele na cadeira de piscina virando-se pra ela.
- Mais aonde conseguiríamos nos encontrar em segredo? Não sei se é realmente uma boa ideia, e se ele se sentir usado. - Cohen revira os olhos.
- Cai na real, Kaio! Lasca-lhe um beijão e pode ter certeza que ele esquecerá da parte " estou sendo usado", e também você pode ser sincero, ele escolhe se quer ter um relacionamento assim ou não.
- Tá, você tem razão. - pega o celular em cima da mesa ao lado, e começa a discar e deixa no viva-voz pra Sam ouvir. - Oi, Anthony.
- Oi, não achei que fosse falar comigo tão cedo.
- Eu não consigo parar de pensar no que quase aconteceu.
- Eu também não, mas quero que saiba que não quero te pressionar de maneira nenhuma.
- Fica tranquilo. Eu estou com vergonha, mas quero ser sincero contigo.
- Não precisa ter vergonha pode me dizer qualquer coisa.
- Eu quero descobrir o que estou sentindo por você, mas eu não quero que ninguém saiba,... - Anthony fica em silêncio, então Kaio volta a falar. - Pelo menos até eu saber o que sou, o que sinto. MAS, quero que saiba que eu entenderei totalmente se você não quiser tentar comigo dessa forma, e espero que não se sinta ofendido... - Anthony o interrompe.
- Eu topo! - os três sorriem e sentem o estômago com borboletas. - Que tal vir aqui em casa a noite? Meus pais estão viajando, podemos ficar a vontade e manter o que for que acontecer em segredo. - Kaio olha pra amiga ocm um olhar desesperado, e não consegue falar nada.
- Ele estará aí, beijo, migo. - Sam responde por Kaio e desliga a ligação.
- Ficou louca?
- Eu não podia deixar você estragar tudo.
- Ele vai querer me matar! - Kaio cobre o rosto com as mãos, então seu celular vira, uma mensagem, Cohen lê em voz alta..
- Se Sam pode saber, será que a Mari também?rsrs
- Para de ler a risada. - ele ri. - Digita que pode. Ou melhor, diz que não.
- Se decide, amigo. - a menina ri do estado nervoso do amigo.
- Tudo bem.
- Ok, vou digitar.

Enquanto isso na praia...

- Pronto, estamos sentados, agora me conta o que se passa nesse coração. - ela o encara, e ele cora com o olhar dela.
- Eu nunca tive dúvidas do que sinto por você.
- Você me disse, mas eu não acreditei. - encaram o mar.
- E por isso eu duvidei das minhas certezas, porque se você me sentia distante talvez tivesse razão e tivesse percebido algo que eu não percebi.
- Eu estava certa?
- Mais ou menos. - ela se vira pra ele que a olha.
- Como assim?
- A Sam sempre foi minha melhor amiga, uma garota que eu admirava muito, que ainda admiro, na verdade. E quando eu descobri que uma garota como ela me amava, e que meu melhor amigo estava apaixonado pela minha namorada, talvez fosse o universo me mostrando que eu devia seguir por outro caminho.
- E o universo estava certo?
- Claro que não foi difícil sentir atração por ela, ter vontade de beijá-la. - Kate volta a encarar o mar, mas ele pega em seu queixo e força com delicadeza que o olhe. - Mas meu coração estava contra o universo. Então você terminou comigo, o Danilo demonstrou interesse na Mariana, não qualquer interesse apenas pra te esquecer, um interesse real. No entanto, eu dei um passo na direção de Sam, porque acreditei que ela me amava mais que você, afinal você me deixou.
- Porque eu quero que seja feliz e sincero com você mesmo. - se aproximam.
- Kate, meu coração tem medo, medo de perder minha melhor amiga.
- Eu não posso falar pela Cohen, mas se escolher ela, eu sempre serei sua amiga, é melhor te ter por perto sendo apenas um amigo do que te ter longe.
- Eu amo você. - os olhos dele enche de lágrimas e os dela também. - Eu quero ficar contigo, volta pra mim? - ela não consegue dizer nada, apenas se aproxima mais com os olhos fechados e então se beijam, James interrompe o beijo.
- Você tem certeza disso?
- Tenho, total! - ele sorri e ela sorri de volta, então se abraçam.

Pedro e Kate aproveitaram a manhã na praia, depois ele prometeu que iria conversar com Samantha. Sam passou o dia com Kaio, o ajudando escolher uma roupa para o encontro a noite.

- Amigo, boa sorte e depois me conta tudo! - abraça Kaio forte.
- Obrigada, mocréia. De verdade! - ela sorri pra ele, ele não sorri de volta pois avista sua irmã de mãos dadas com Pedro se aproximando, Sam se vira pra ver o que tirou a atenção do amigo e vê o mesmo que ele.
- Oi. - Pedro fala e Kate no mesmo instante que vê Cohen solta a mão dele. Kaio e Sam também dizem oi.
- Bom, eu já vou. Tchau pra vocês.
- Espera, Sam. O Pedro te acompanha.
- Acho que ele talvez queira ficar mais com você. Eu vou sozinha. - sorri sem mostrar os dentes.
- Eu já estava indo, na verdade ia até sua casa pra falar contigo.
- Se é assim. - Kate e Kaio observam Pedro e Sam caminhando para longe.
- Você voltaram? - Kaio não se contem e a irmã confirma balançando a cabeça.

Mariana e Danilo vão até a casa dela buscar umas roupas e sondar o terreno.

- Mariana. - o pai dela abre a porta surpreso.
- Só vim buscar algumas roupas. - ela nem olha pra ele.
- Certo. - ele dá espaço e ela entra sem dizer mais nada.
- Entra, rapaz. - o pai convida e Danilo aceita se sentando no sofá. - Então, vocês estão juntos?
- Estamos sim, senhor.
- Cuida bem dela.
- Eu cuido sim.
- Eu não tenho mais como fazer isso.
- Isso não é verdade, se quiser você pode. - o pai dela olha pra baixo envergonhado.
- Às vezes você comete um erro tão grande que não há maneira de consertar.
- Sempre a tempo pra consertar. - ela desce as escadas.
- Vamos, Dan. - ele se levanta e a acompanha até a porta.
- Filha, liga pra sua mãe, ela está com saudades.
- Eu ligo. - o pai fecha a porta.
- Tudo bem?
- Tudo. - ela fecha os olhos ocm força depois abre. - Eu só queria que ele parasse de dar desculpas e fizesse algo pra recuperar nossa família.
- Não perca a fé, gatinha. - Dan segura a mão dela.
- Estou tentando.

Na porta dos Cohen, Pedro e Sam conversam sentados na escadinha da entrada.

- Pê, relaxa. No fundo eu já sabia.
- Me desculpa.
- Pelo quê?
- Por te confundir, por te dar esperanças, por ser esse idiota que fui, sei lá, por tudo.
- Não se manda no coração.
- Se eu mandasse com certeza... - ela o interrompe colocando o dedo na boca dele.
- Não me diga isso.
- Por quê?
- Pê,... - os olhos dela enche de lágrimas, ela pausa por uns segundos e volta a falar. - Eu passei muito tempo achando que nós dois éramos perfeito um para o outro, e na verdade, eu só perdi tempo, fantasiei algo que não era real, e não porque não éramos perfeitos um para o outro, mas porque nada na vida é perfeito então como seríamos, não é mesmo? Seja feliz com a Kate, sem culpa, vocês merecem, fui eu quem me meti na história de vocês e não ao contrário. Eu vou superar, eu sei que vou. Só vou precisar de um tempo, e espero que me entenda.
- Não podemos mais nos ver? - agora os olhos dele que enchem de lágrimas.
- Não. - uma lágrima escorre. - Eu sinto muito, mas eu preciso te esquecer pra valer pra continuar sendo amiga de vocês dois.
- Era disso que eu tinha medo. - uma lágrima escorre.
- Pensa que é só um tempo e não um fim. - ela beija a bochecha dele vagarozamente. - Por favor, seja feliz com ela, não se breque por mim. - ela entra e ele deixa outras lágrimas cairem quando Mari e Dan se aproximam.
- Eu vou ver ela. - Mari beija a bochecha do namorado e entra, Dan se senta ao lado do amigo.
- Você precisa aprender a seguir esse seu coração desde o começo.
- Me desculpa, cara.
- Ela te perdoou? - Pedro faz que sim com um gesto de balançar a cabeça. - Se ela pode fazer isso porque eu não poderia. - eles se abraçam após um toque de mãos.
- Ela não quer me ver por um tempo.
- Dê tempo à ela. - sorri sem mostrar os dentes. - Enquanto isso conta comigo pra ser seu único melhor amigo.
- Mais que isso, somos irmãos. - se abraçam novamente.
- Tá bom, chega! Você está muito sentimental e você sabe, eu  não gosto muito de contato íntimo. - Dan brinca e Pedro o abraça de novo rindo.

A noite Kate resolve ir ver Samantha.

- Kate?
- Oi, Mari. A Sam está aí?
- Na verdade, ela acabou de sair pelo jardim.
- Onde ela vai?
- Melhor correr até ela se quer conversar. - Kate sem discutir vai até o jardim.
- Sam! - Cohen se vira e as duas se encaram. - Onde você está indo com essa mala?
- Vou passar uns dias na casa de praia do meu tio.
- Está brava comigo?
- Não, não estou.
- Mais ia sem se despedir.
- Nós duas já tinhamos nos resolvido, lembra? Sermos maduras. - Kate sorri sem mostrar os dentes. - Eu preciso de um tempo. Eu o amo muito, tanto que chega a doer, mas eu sei que esse amor precisa morrer.
- Eu sinto muito.
- Não sinta. - Sam pega na mão da amiga. - A culpa não é de ninguém, e se fosse seria minha, afinal eu demorei muito pra me declarar, não é mesmo? - sorri de leve.
- Continuaremos sendo amigas?
- Eu espero que sim, como espero continuar sendo amiga do Pê. Mas eu não posso prometer, eu preciso sentir pra te dizer com certeza. - Kate abraça a amiga.
- Eu tenho certeza que toda essa dor se curará!
- Assim espero. E vê se faz um favor, seja feliz, e faça ele feliz como eu sei que você pode. - se soltam do abraço e Sam continua andando até o carro e sai pelo portão.



CONTINUA...


quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

AMIZADE, LANCE E ROMANCE (parte 19)


- Dan, não me entenda mal, eu amei o que acabou de acontecer, mas o que mudou?
- Eu enfrentei meu medo. Você se tornou alguém bem importante, sempre por perto, e eu não sabia como dizer que meus sentimentos por você se tornaram mais que amizade.
- Sabe a quanto tempo eu espero ouvir isso de você? - ele sorri pra ela.
- Desculpa ter demorado tanto. - beija ela, e depois ficam deitados no sofá abraçadinhos.

Enquanto isso na piscina...

- Finalmente seu irmão tomou coragem!
- Finalmente a Mari teve seu final feliz! - Sam brinca e as duas sorriem.
- Ela merece.
- Kate, todas nós merecemos. - Kate olha pra baixo e depois para a amiga.
- Sam, está rolando algo entre você e o Pê?
- Houve apenas uma beijo. - Kate não parece surpresa, mas seu coração aperta com a notícia. - Me desculpa ser tão direta, mas não sei outra maneira de te dizer isso.
- Ele que te beijou?
- Eu. Bom, nós dois.
- Então acho que ele gosta de você.
- Eu não teria tanta certeza, se gostasse já teria conversado sobre o beijo.
- Talvez você tenha razão, mas é agonizante essa ausência de escolha dele.
- Nisso eu concordo. Eu acho que ele sabe de quem gosta, mas está com medo de perder a outra. - as duas olham pra Pedro do outro lado do quintal sentado pensativo ao lado de Matheus, Anthony e Kaio que brincam cantarolando.
- Sabe o que acho? Nós duas devíamos seguir em frente, quem sabe assim ele enfrenta logo o que sente.
- Não é má ideia. - Sam começa a rir.
- Que foi? - Kate também começa a rir.
- Estamos unidas em um momento onde deveríamos estar disputando, é engraçado.
- É mesmo, acho que isso é amizade madura. Até uma de nós ficar com ele pelo menos.
- Kate! - repreende a amiga rindo. - Eu sinceramente espero que continuemos maduras.
- E aí, gatinhas? - Matheus se aproxima delas. - Qual o assunto?
- Pedro. - elas respondem juntas.
- O que meu primo tem pra ter duas gatas como vocês aos pés dele? - elas riem.
- Acho que é de família esse charme, viu? - Sam se levanta ao falar e abraça ele de lado.
- Se fosse assim você estaria comigo. - ele pisca pra Sam que fica sem graça, mas Kate cai na gargalhada.
 Enquanto isso na cozinha Anthony e Kaio conversavam...

- Eu aposto na Samantha.
- Ah, Kaio, acho que ele fica com sua irmã.
- Por que ele não decide logo?
- Bom, talvez esteja com medo de arriscar e depois descobrir que fez a escolha errada.
- Somos adolescentes, nada é tão permanente.
- Nisso você tem razão. Mesmo assim na nossa idade sentimos que é tudo ou nada. - Kaio apoia no mármore que servia como balcão.
- Mesmo assim você é corajoso e enfrenta seus medos.
- Do que está falando? Eu estou completamente apaixonado por um menino e nunca me declaro, eu também tenho meus medos. - se aproxima de Kaio, e ele não recua.
- Mais você não tem medo de se assumir gay, e tem certeza disso.
- Ah, lindo, isso porque meus pais sempre foram muito modernos e eu me senti seguro pra ser quem eu sou.
- Não sei se meus pais seriam modernos no lugar dos seus. - se aproximam mais e se olham nos olhos.
- Acho que seriam.
- Por que acha isso? - Kaio se surpreende.
- Bom, você fez uma peça onde representava um homossexual, e eu não vi eles achando ruim de alguma forma.
- Mais era só um personagem e não a vida real.
- Bom, mas você não precisa se preocupar com isso, afinal você gosta de meninas, né?! - Kaio segura a mão de Anthony que com essa atitude sente seu estômago gelar.
- Eu gosto, mas e se eu não gostar só de meninas?
- Se gostar de meninos também, é o que quer dizer? - se encaram.
- Se eu gostar de um cara em especial e não de todos...
- Está dizendo que gosta de mim? - Anthony pergunta espontaneamente, e na mesma hora põe a mão na boca achando ter falado demais.
- Eu não sei bem. - Kaio olha pra baixo envergonhado. - Eu nem sei porque disse isso. Esquece! - solta a mão de Anthony e se afasta virando-se de costas.
- Eu não posso esquecer! - Anthony segura o braço de Kaio fazendo-o virar-se de frente pra ele. - Kaio, você não precisa saber o que sente agora, mas eu acho que é a hora de saber o que eu sinto. E eu gosto de você, gosto muito. - Kaio sente seu corpo paralisar ao ouvir as palavras de Anthony, ele fecha os olhos com medo do que está sentindo, Anthony se aproxima devagar, os dois respiram o mesmo ar com os olhos fechados, os lábios se encontram no silêncio de suas falas, mas no barulho de seus corações acelerados, mas antes que possam realmente dar um beijo, são interrompidos por Danilo e Mariana que entram na cozinha, os dois rapazes se afastam praticamente de imediato por se assustarem.
- Tudo bem? - Danilo questiona notando um clima tenso na cozinha.
- Claro. - Kaio responde e se retira do recinto, Danilo acha estranho, mas dá de ombros.

Kaio e Kate vieram logo embora pra casa, Kate tentou conversar com o irmão, mas ele não abriu a boca nenhuma vez, ela se preocupou e ligou para Sam lhe pedindo que tentasse ajudar Kaio. Pedro foi para casa de Matheus, mas os dois também não conversaram muito, havia muitas coisas pendentes entre os dois. Sam, Danilo e Mari dormiram na sala dos Cohen...


- Sam. - Mari chama a amiga que estava deitada ao seu lado.
- Oi.
- Obrigada.
- Você é minha melhor amiga desde sempre, pode sempre contar comigo e não precisa agradecer.
- Isso não muda por eu ser sua futura cunhada, muda?
- Jamais. - Sam sorri e abraça a amiga.
- Como está as coisas com o Pedro?
- Logo ele irá voltar com a Kate.
- Como tem tanta certeza? - mari não entende. - Vocês até se beijaram.
- Amiga, sempre foi a Kate. Eu que me meti no meio. Se ele gostasse de mim, teria percebido isso beeeem antes, não acha?
- Ah, não sei, olha seu irmão quando foi perceber. - ela sorri olhando Danilo dormir.
- O Danilo não teve a oportunidade de te conhecer realmente pra se apaixonar, já o Pê... Bom, sempre fomos melhores amigos, acho que ele teve temposuficiente pra descobrir que gostava de mim.
- Está mal com isso?
- Ah, feliz não estou, mas pelo menos posso seguir em frente de verdade dessa vez.
- Na verdade você ainda não pode, até ele conversar contigo. Afinal, você pode estar enganada e ele gostar de você.
- Será?
- Pode acontecer.
- Maaaas, mudando de assunto, conversou com sua mãe?
- Sim, eu liguei e disse que ia ficar por aqui por um tempo.
- E ela? - Sam se preocupa.
- Chorou, disse que tentaria conversar com meu pai, mas ela já me disse isso outras vezes e não cumpriu.
- Vamos torcer pra que dessa vez cumpra.
- Amiga, eu não posso voltar pra aquela casa. - Sam segura a mão de Mari.
- Enquanto não puder vamos dando um jeito.
- Não sei não, acho que a Senhora Cohen pode achar ruim agora que sou namorada do Dan. Não me entenda mal, mas talvez tenha sido um momento ruim para estarmos namorando.
- Relaxa, nós temos a Kate e o Anthony pra despistar, além do Matheus e do Pê se necessário.
- Falando em Matheus, o que houve no dia que chegaram atrasados no jogo, você nunca nos contou.
- Porque não aconteceu nada,apenas dormimos abraçados.
- Abraçados? - Mari sorri maliciosa.
- Estava frio, então nos abraçados para nos esquentar, rolou um clima, mas ele me respeito todo tempo, não tentou nada.
- Matheus sendo um bom moço, você com certeza despertar o melhor dele. - Sam ri.
- Talvez.
- Não gosta nem um pouquinho dele?
- Claro que gosto, ele me faz rir, me faz sentir leve, e super levanta minha auto-estima.
- Mas?
- Eu não disse nada.
- Mas é a típica frase que vem com um " mas".
- Mas preciso solucionar o problema chamado Pedro antes de me envolver com qualquer um, e também tem a Larissa.
- Ele não gosta mais dela.
- Mais ela gosta dele, e acho que no momento precisa mais dele do que eu.
- Como assim?
- Nossa! Está tarde melhor dormirmos. - Sam desconversa e as duas dormem.

Logo pela manhã Kate resolveu caminhar pela praia e encontra Pedro caminhando também...

- Oi. - ela diz sem jeito, e ele sorri.
- Oi, Kate.
- O dia está lindo.
- Sim, o sol está extremamente brilhante hoje.
- Mesmo assim me surpreende te ver acordado tão cedo.
- Não consegui dormir.
- Por quê?
- Minha cabeça ficou martelando sobre o dilema da minha vida.
- Kate ou Samantha? - ela brinca e ele sorri sem graça.
- Pois é, já virou novela.
- E conseguiu chegar a uma escolha?
- Na verdade eu acho que sei, mas...
- Mas? - ela arqueia a sobrancelha direta curiosa.
-  Quando eu escolher vou perder a amizade de uma.
- Talvez por um tempo, mas somos um grupo, não vai perder pra sempre, só até uma de nós superar.
- Não é tão simples.
- Pê, é simples, você está complicando e quanto mais enrola mais eu e a Sam sofremos, puxa o curativo! - ele sorri.
- Você é incrível.
- Sou?
- Sempre me surpreendendo.
- Sou mesmo surpreendente. - ri do que diz e ele a acompanha.
- Sinto falta de nós.
- Sente? - ela para de sorrir e o encara.
- Melhor eu ir. - ela segura o braço dele.
- De quem você gosta afinal de contas? - se encaram por alguns segundos.





CONTINUA....

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

AMIZADE, LANCE E ROMANCE (parte 18)

Danilo, Pedro e Sam cuidam dos machucados de Sam...
- Vai com calma, isso dói! - Mari reclama .
- Você quem não quis ir no médico. - Sam responde, Kate, Kaio e Matheus entram na garagem animados.
- Morreram na garagem? - Kate para de falar vendo Mari sendo cuidada por Sam. - Está tudo bem?
- Meu pai me bateu. Meu pai é um alcoolatra, e eu uma covarde. - diz toda envergonhada.
- Ei! - Danilo fala levantando o rosto dela. - Você não é covarde. Você é só uma menina doce passando por um situação difícil. - ela sorri sem mostrar os dentes e Sam também por achar linda a atitude do irmão.
- Bom! Prontinho, amiga. Fiz meu melhor, acredito que vai cicatrizar logo. Vamos subir pra festa?
- Não! Seus pais... - Pedro interrompe.
- Eles não vão saber.
- Pedro, eu tenho um olho roxo.
- A Mari tem razão. Eu vou ficar aqui com ela e vocês sobem pra eles não disconfiarem.
- Está bem, eu digo a mamãe que você foi dar feliz natal pra Mari. - Sam concorda com a ideia do irmão e sobe acompanhada dos amigos todos em silêncio.
- Se quiser subir não tem problema, viu, Dan?
- Eu não quero. - puxa ela pra deitar em seu colo. - Eu só quero ficar com você agora. - acaricia os cabelos dela e ela fecha os olhos se sentindo segura.

Enquanto isso na sala...

- Sam, desculpa por ter sido rude quando pegou meu celular. - Matheus fala baixo pra Sam que estava sentada ao seu lado.
- Eu entendi. Sem problemas. Que exame é essa que a Larissa precisa fazer?
- É um segredo.
- É grave? - ele respira fundo e assente com um gesto, balançando a cabeça.
- Que fim de ano tenso!
- Não conta pra ninguém, ok?
- Contar o que? - ele sorri e ela aperta as bochechas dele carinhosamente.
- Você é incrível. - beija a bochecha dela. Pedro se aproxima dos dois.
- Sam, vem comigo um pouco? - estende a mão pra ela, que agarra e levanta do sofá. Matheus e Kate observam curiosos e um tanto enciumados. Sam e Pedro sobem as escadas.
- Onde estamos indo? - Sam questiona assim que viram no corredor dos quartos.
- Quero te dar uma coisa. - ele abre a porta do quarto dele e os dois entram.
- Estou curiosa! - ele abre uma gaveta de sua cômoda, ainda de costas fala.
- Por que não me contou que seu namoro com o Kaio era falso? - ele continua mexendo na gaveta e ela sente um frio no estômago.
- Não queria te causar mais problemas com a Kate por minha causa. - ele se vira com um embrulho nas mãos, e caminha até ela, se encaram.
- Você nunca será um problema na minha vida, ok?
- ok. - ela sente o ar faltar, mas não se afastam. - Como soube?
- O Kaio me contou, bom, na verdade ele disse ao explicar sobre o fim do meu relacionamento.
- Por que não me contou que você e Kate terminaram? - ele fica sem ar agora também, e a distancia parece menor.
- Acho que por que te contando isso teria que lidar com o que venho sentindo.
- O que vem sentindo, Pê? - ele pega a mão dela e coloca no coração dele.
- Algo diferente por você. - ela fecha os olhos nesse momento por não conseguir mais olhá-lo.
- Diferente? Mais e a Kate?
- Eu não quero mentir, sinto algo por ela também. Mas, sei que não é possível estar apaixonado por duas pessoas. - ela abre os olhos.
- Então precisa descobrir. - ele se afasta um pouco pelo que ela diz.
- Me desculpa.
- Não se desculpe. - ela se aproxima quase o beijando. - Eu não sei o que será depois do que farei, mas jamais me perdoaria se perdesse essa oportunidade.
- O que fará? - e então ela encosta os lábios nos dele, ele segura a cintura dela com firmesa a trazendo pra mais perto, grudando seus corpos, e e beijam apaixonadamente. Quando eles se soltam ela volta a falar.
- Sempre seremos amigos, mas eu tinha que saber como é beijar quando se está apaixonada. Agora Lide com tudo que está aí dentro. - beija o rosto dele. - Seja sincero com você agora. - começa a a caminhar pra fora do quarto quando se vira novamente pra ele. - Obrigada pelo presente, o seu está embaixo do travesseiro. - se retira do quarto e ele ainda fica alguns segundos estático.
- Pedro, você tem duas garotas incríveis na sua, escolha logo ou ficará sem nenhuma. - ele fala alto pra si mesmo.

No corredor Sam abre o embrulho e vê uma corrente com um pingente que abre e dentro tem duas fotos, de um lado sua família ( pai, mãe, irmão e ela) e do outro vazio, ela sorri contente com o presente. No quarto ele acha o presente dela, um porta-retrato com uma foto dos três (Danilo, Sam e Pedro), ele sorri recordando de tantos momentos que viveram juntos.

- Que colar lindo! - Sam sorri pra Matheus. - O Pedro me deu.
- Meu primo tem bom gosto! Quer que eu coloque? - ela assenti e se vira para que ele coloque. - Saiu da pista?
- Ainda Solteira. - ela rir da maneira que ele pergunta.
- Quem sabe ainda tenho chance.
- Amizade, lance ou romance?
- Com você topo qualquer um dos três. - pisca e ela sorri, Pedro os encontra.
- O que é tão engraçado?
- O humor do Matheus. - Sam responde sem olhá-lo.
- Esse menino e seu carisma natural. - Pedro aperta as bochechas do primo que sorri fazendo pôse.
- Estou vendo que as meninas vão cair em cima dos Daves esse ano, lindos, carismáticos, e musicos.
- Diga por ele, porque eu sempre tenho várias gatas aos meus pés, só você que não me nota. - Matheus brinca e os três caem na gargalhada.


Enfim o natal se foi, e todos foram para suas casas, menos Mari que dormiu nos Cohen. Aliáis, dormiu por lá durante alguns bons dias.

- Seu olho está melhor!
- Obrigada, amiga. - Mari coloca os óculos de sol, e Danilo se aproxima delas que tomam sol na beira da piscina.
- Bom dia, meninas. - elas respondem em coral.
- Maninho, passa protetor nas minhas costas? - ele pega o protetor e começa a passar.
- Cheguei! - Pedro aparece de bermuda carregando a toalha nas costas.
- Cadê o Daves Segundo? - Mari pergunta por Matheus.
- Não sei bem, ele disse que tinha algo pra fazer antes.
- Encontro com as paqueras? - Mari questiona.
- Meio cedo pra paquerar não? - Danilo arqueia a sobrancelha esquerda, Pedro dá de ombros.
- Deixa o menino, às vezes só está dormindo até mais tarde, afinal, estamos de férias. - Sam tentar dispistar, sabia que ele foi em um consulta com Larissa.
- E aí, guy? - Anthony chega acompanhado de Kate e Kaio.

Mais tarde Matheus chega com Larissa e eles curtem o dia todo na piscina, mesmo os amigos não tendo gostado muito da presença da capitã das líderes de torcida.

- Danilo, pelo amor de Deus, dá o próximo passo. - Pedro fala.
- Ah, falou o cara dos passos. - Danilo é irônico, Matheus e Kaio riem dos dois.
- Primo, o Dan, está certo. Você ainda não se decidiu?
- Ah, cara, não é assim tão fácil.
- O que tem de tão difícil? Você deve gostar mais de uma. - Kaio recrimina.
- Eu acho que você está com medo de perder um quando escolher a outra. - Matheus é sincero.
- Na verdade, vai acabar perdendo as duas se demorar muito. - Danilo quem fala agora.
- Fato, eu já estou de olho na Sam faz tempo, qualquer oportunidade eu roubo ela pra mim, foi mal. - Kaio ri da cara de Pedro pro primo.
- Ok, isso eu já sei!
- Você não pode me julgar, eu gosto dela a mais tempo, e você ficou de olha na Kate, então eu tenho privilégios.
- Eu sei. - Pedro concorda.
- Vamos te ajudar, qual beija melhor? - Kaio pergunta.
- Ele não beijou a Sam... - Danilo para de falar por um instante e volta a falar. - Você beijou minha irmã?
- Tecnicamente ela me beijou na noite de natal. - Pedro confessa sem graça, Danilo fica vermelho de ciúmes.
- Sorte sua eu não te matar agora.
- Ei, Cohen, relaxa. Sua irmã tem direito de dar beijos. - Matheus fala brincando e Danilo lhe mostra o dedo.
- Certo, surtos a parte, e aí? Quem beija melhor? Tá, deixa eu refazer, quem tem mais química contigo?
- A... - ele abre e fecha a boca sem responder, e cobre o rosto.
- Medroso! - Matheus exclama.
- Elas não vão esperar pra sempre.
- Serve pra você também, Cohen! - Matheus afirma depois de Kaio.
- Eu estou apaixonado pela Mari, eu só estou indo com calma, esperando o momento certo.
- Cara, ela está sofrendo, problemas de família, tudo que ela quer é um namorado pra se apoiar, ainda mais sendo você que ela é fanática desde ... Sempre. - Pedro que aconselha agora.
- Talvez você tenha razão. - Danilo concorda e olha pra Mari que está sentada na beira da piscina vendo as amigas e Anthonyy jogando água um no outro. - Quer saber? - os amigos o encaram. - A vida é muito curta pra ficar esperando! - ele se levanta, vai até Lorenzato. - Mariana Lorenzato, eu demorei eu sei. - ela o olha surpresa como todos os amigos. - Eu não sei como nunca percebi, como meu coração foi idiota de demorar tanto pra perceber... - ele estende a mão pra ela, que levanta um tanto receosa. - Eu quero ser, ou melhor, eu quero que seja minha namorada, você quer? - ela sorri estantaneamente.
- Você é completamente louco! - pula nele apoiando as pernas na cintura dele e o beija, os amigos fazem festa, e gritam em comemoração. Quando soltam os lábios, Danilo pega a mão dela e caminham pra dentro deixando pra trás a zueira dos amigos.
- Sua vez cara! - Matheus brinca com o primo e Kaio ri.
- Por quê minha? É sua.
- Se eu tivesse certeza que Sam me diria sim, eu não estaria te passando a vez! - Matheus se levanta e pula na piscina, e nada até Sam, fala algo no ouvido dela que a faz ri.
- Daves, as duas são ótimas, afinal, uma é minha irmã e a outra é minha melhor amiga, só não faz merda, ok? Porque se não serei obrigado a te bater se machucar qualquer um delas por escolher com medo e não com o coração. - Kaio se levanta e pula na piscina e nada até os amigos. Pedro olha de Kate pra Sam preocupado, se levanta e sai caminhando para o gramado.




continua.....

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

AMIZADE, LANCE E ROMANCE! ( Parte 17) especial de natal

- Matheus! - Samantha fala assim que percebe que já é dia e estão em uma praça.
- Oi, que foi? - ele responde sonolento.
- Estamos atrasados. - ela se levanta preocupada vendo a hora no aparelho celular.
- Ok. Vamos - ele levanta-se caminhando até uma padaria do outro lado da rua, ela o acompanha.

      Enquanto isso, o jogo de basquete do colégio Whitney contra o colégio Toyota começa. Anthony é obrigado a jogar pelos amigos, e não se sai bem, os jogadores adversário empurram ele todo tempo, mal consegue passar a bola para Pedro ou Danilo, os meninos se sentem desesperados, o colégio Toyota tem uma pontuação maior durante o primeiro tempo, nada muito ruim, mas uns bons pontos a frente. Quando o primeiro tempo acaba...

- O que o Anthony estava fazendo jogando? - questiona em voz alta e Sam responde.
- Matheus, depois você pergunta, corre lá! - antes de se separarem, ele a olha nos olhos.
- Obrigado por tudo e desculpa.
- Não se desculpe, qualquer tempo ao seu lado é sempre muito divertido. - beija ele no rosto e se afasta correndo para o vestiario feminino. E ele fica alguns segundos antes de também ir para o vestiario só que masculino apreciando a atitude de carinho dela.

No vestiario masculino...

- Cara! Onde você estava? - Danilo fala aliviado ao ver o amigo se aproximando.
- Depois ele explica, vai se trocar! - Pedro fala firme, e os outros jogadores admiram a responsabilidade dele. Matheus se troca rapidamente, se organizam na fila novamente.
- Eu já vou.
- Onde vai, Anthony? - Pedro questiona.
- Bom, o Matheus já chegou então...
- Hoje você faz parte do time, mesmo que fique no banco agora merece estar com gente como vencedor ou segundo lugar. - sorri e o amigo concorda com um gesto de cabeça entrando na fila.

No vestiario feminino...

- Oi, meninas. - Samantha fala pondo o uniforme, e todas a olham curiosas.
- Você estava com quem? Onde?
- Kate, quantas perguntas! Deixa ela respirar. - Mari fala pra amiga. - Respirou? Agora conta pra gente, onde estava? Com quem? Dormiu com alguém?
- Oxe! - Sam ri da amiga e Kate também. - Estava em uma praça qualquer.
- Praça, isso não faz muito sentido. - Kate afirma e se aproxima da amiga, com Mari em seu alcance.
- Salvei o Matheus contem da Larissa, mas no perdemos ao voltarmos para o hotel.
- Você e o Matheus? - Mari questiona curiosa.
- Sim.
- E não rolou nada?
- Não, Kate. Não rolou nada, somos apenas amigos.
- Você e meu irmão também eram apenas bons amigos, e agora tem um relacionamento aberto.
- Eu vou te matar, Senhora Cohen! - Larissa se aproxima assim que a vê aos berros.
- Quer parar de gritar?
- Como pode ser tão irresponsável?
- Eu estava com problemas, mas já estou aqui, nossa competição é só depois do jogo dos meninos, então não precisa desse estresse todo.
- Ok, talvez tenha razão. - abaixa o volume da voz refletindo.

          Os whitney's ganham dos Toyota's de virada, por 3 pontos, com o lance de Matheus, e comemoram a vitória no meio da quadra abraçando as líderes de torcida. Depois iniciou-se o torneio das líderes, algumas apresentações, até que anunciaram as vencedoras, o colégio Toyota ficou em primeiro lugar e o whitney em segundo para a enorme frustração de Larissa.


- E aí, perdedoras! - Malva se aproxima botando banca.
- Não somos perdedoras, alcançamos o segundo lugar. - Sam se intromete, já que Larissa mal abre a boca.
- Mas também não são vencedoras como a gente! - Pedro vendo a possível confusão se aproxima.
- Meninas, vocês foram ótimas, mereciam o primeiro lugar.
- Pedro, acho que não viu nossa apresentação direito para estar  falando isso!
- Eu vi sim. Mas elas tem algo que vocês não tem, dom, e a prática vai deixa-lá invencíveis. - pisca para as amigas que sorriem, Malva bufa e se retira com seu time.
- Oi, Mari, posso falar com você? - os dois se afastam da galera e Danilo observa de longe. - Me passa seu telefone, gostaria de manter a amizade, foi muito bacana nossa noite.
- Também achei. - ele pega o celular e digita o número dela. - Agora preciso ir estão todos entrando no ônibus. - beija a bochecha dele e entra. Danilo encara Jason antes de entrar no ônibus logo atrás de Mari.

       O final de semana foi extremamente produtivo e divertido, os meninos venceram o campeonato, as meninas passaram para próxima fase do campeonato delas, mesmo tendo ficado em segundo lugar. Durante a viagem, Pedro e Sam conversaram sobre tudo, pois se sentaram juntos. Kate e Kaio passaram um tempinho de irmãos, Mari e Danilo se paqueraram no silêncio de olhares. Matheus consolou Larissa que acabou dormindo no colo do garoto. Anthony dividiu o assento com Júio, seu ex-namorado, no início com a guarda mais fechada, mas conforme foi ficando longe da cidadezinha do jogo, ele se rendeu e até se divertiu lembrando passado.
     Uma semana depois, chegou o dia da tão esperada apresentação dos teatros com temática de preconceitos, todos se apresentaram, cada um mostrando de forma bem aberta e tranquila os preconceitos impostos pela socidade. O grupo da homossexualidade, contaram a história de um casal de namorado que estavam de mão dadas na rua e foram ofendidos verbalmente; o grupo dos machismo cotaram a história de uma mulher com roupas curtas saindo de uma balada e sendo abordada por um homem que a assediava verbalmente e às vezes encostava nela, foi salva por um outro homem sensato que a defende; o grupo do rascismo, contaram a história de uma negra que namorava um branco e foram julgados quando ele a leva para sua família conhecer. Os teatros foram um verdadeiro sucesso, realmente impressionou a professora, no entanto o grupo escolhido para o baile de sábado a noite foi da homossexualidade.
- Nem acredito que ganhamos! - Larissa comenta com os dois.
-  Fomos incríveis! - Anthony afirma com um sorriso no rosto e Kaio ri.
- Verdade, agora é preparar mais história pra contar, pois iremos apresentar no dia seguinte do baile , né!
- O Kaio tem razão, vou começar a escrever!
- Oi. - Júlio se aproxima. - Vim te pegar para um sorvete depois da aula, topa?
- Claro! - Anthony responde animado, abana a mão para Lari e Kaio e sai com Júlio.
- Ei! Está tudo bem? - Lari percebe que James estava olhando para os dois de uma forma estranha.
- O que? Claro. - tenta disfarçar. - Vou procurar a Sam.
- Ok. -  ele se afasta caminhando até o outro lado do pátio onde Sam conversava com seu grupo.
- Eles foram ótimos mesmo.
- Fato! - Sam concorda com Pedro.
- Temos que deixar uma parte do estrelado para mais pessoas.
- Como assim, Lorde?
- Mileide, nossa banda vai tocar, então nada mais justo que os meninos realizarem a peça de teatro.
- Concordo plenamente, Daves. - Kaio sorri e Matheus faz o mesmo como se esse gesto significasse trégua. - Oi, Sam. - beija a bochecha dela. - Que tal um sorvete?
- Ah, eu combinei de voltar com o Pedro...
- Vai com ele, tranquilo.
- Mesmo?
- Claro. - beija o rosto dela, Matheus faz o mesmo e se retiram.
- Sam, você me acha estranho?
- Que tipo de pergunta é essa, menino? - ela ri, mas segura o riso quando vê o semblante dele sério.
- Nada, deixa pra lá. - desiste de questionar.
- Ei! Você não é estranho. Não importa se é diferente, porque ser diferente não é ser estranho. - acaricia as bochechas dele e ele sorri sentindo-se confortável.
- Obrigado.
- Pelo que? - ela estranha.
- Por ser minha melhor amiga.
- Sempre. - beija a bochecha dele e vão para sorveteria.

   Matheus, Pedro e Danilo vão para casa dos Cohen jogar vídeo game. Mari e Kate vão ao shopping fazer compras e encontram o senhor Mário e a senhora Raquel...

- Oi, mãe.
- Oi, filha. - a mãe cumprimenta tão sem graça quanto a filha.
- Já comeram, querem sentar com a gente?
- Obrigada, tio, mas já estavamos indo pra casa da Sam, combinamos de encontrá-la.
- AH, tudo bem, Mari. - se afastam.
- Cara, que bizarro! Será que está rolando algo entre eles?
- Parece, amiga. - Mari é sincera.
- O que será que vai significar pra mim e o Pedro?
- Não vamos nos desesperar, calma.
- Tem razão. Estudou para o teste de matemática amanhã?
- Sim, e você?
- Também, finalmente a última prova antes das férias.
- Nem me fale, e aí baile, natal e ano novo.


       Alguns dias se passaram, os meninos da banda procuravam uma vocalista mulher para cantar a música que Pedro escreveu para um dueto, e finalmente encontram, mas Pedro se sente desconfortável, pois Sam era a vocalista que cantaria com ele uma música romântica.

- Tem certeza que está tudo bem pra você?
- Sam, fica sussa! A fase ciumenta já passou. - Kate diz sincera pra amiga.
- Se está dizendo. - Mari se aproxima das duas interrompendo o assunto.
- Meninas! O que eu faço?
- Por quê?
- Seu irmão não me beija, não toma iniciativa, não chama para o baile.
- Calma, o Dan, é inseguro e tímido, já já ele te procura.
- Pode ser, mas o Jason não sai do meu pé, quer me levar ao baile... E eu não sei o que responder.
- Mari, com quem quer ir?
- Ain, Kate, claro que é com o Danilo. Mas, se  ele não chamar, não quero ir sozinha ao baile.
- Vamos nos preocupar com os nossos vestidos, depois você resolve essa história. - Sam afirma e as amigas concordam.

      Um dia antes do baile...

- Ficou muito bom. - Pedro fala assim que terminam de cantar.
- Ficou sim. - Sam concorda animada.
- Seu pai estaria orgulhoso de você.
- Valeu. - ela sorri sincera e ele a abraça, se soltam do abraço se encarando. - É...
- Eu... - gaguejam sem saber o que dizer, pois o silêncio de alguns segundos próximos os deixaram constrangidos.
- Como anda o namoro com a Kate?
- Bem, não temos brigado mais, na verdade temos nos dado muito bem.
- Que bom. - começa a guarda os equipamentos.
- E você e o Kaio?
- Na verdade, terminamos.
- O que? - a olha assustado.
- Percebemos que era só amizade.
- Mas está tudo certo?
- Está sim. Eu e ele decidimos juntos.
- Vai ao baile sozinha?
- Vou. - Matheus e Danilo entram na garagem.
- E aí! - os dois cumprimentam.
- Vou indo, bom ensaio, meninos. - Sam se despede e sai.
- Dan, você sabia que a Sam e o Kaio terminaram?
- Na verdade, sim.
- Ela vai sozinha ao baile.
- É.
- Ela não está chateada com isso?
- Acho que não.
- Por que está tão preocupado, primo? - Matheus se mete na conversa.
- Nada, só não quero que ela sofra.
- Acho que deveria se preocupar mais com sua namorada.
- Por que está dizendo isso? - Pedro não entende.
- Não nada.
- Vamos ficar fofocando feito meninas ou tocar? - Danilo brinca.

     Finalmente, chega a noite do tão esperado baile de sábado a noite, as meninas se arrumam na casa dos James ...

- Que arraso, amiga! - Mari fala vendo Sam saindo do banheiro com a make pronta.
- Te digo mesmo! Cadê a Kate? - James entra no quarto usando um colar lindo com uma pedra azul  e um vestido branco de renda.
- Aqui!
- Você está maravilhosa!
- Valeu, Sam. - as duas sorriem uma pra outra.
- Esse colar é simplismente perfeito. - Mari comenta vidrada no colar.
- Minha mãe acabou de me dar. Era da mãe do meu pai. - os olhos dela se enchem de lágrimas. - Fazia muito tempo que eu e minha mãe não nos entendíamos, foi legal ve-la baixando a guarda...
- Fico muito feliz por você, amiga. Ficamos! - Sam fala e Mari concorda com um gesto de cabeça.
- Sabe, é tão bom ouvir isso de você, Samantha. Eu cheguei aqui perdida, sempre mudando de escola, nenhuma amiga ou amigo, somente o Kaio, e pra ele era o mesmo. E então vocês duas me acolharam tão bem, tudo bem que a Mari no início queria me matar. - as três sorriem lembrando do ínicio das aulas. - Foi passando o tempo e a Mari e eu nos tornamos inseparáveis, e então meu lado ciumenta tomou conta de mim, e eu estraguei tudo que poderia ter com o Pedro e com você. Me desculpa.
- Me desculpa você, eu surtei.
- Surtamos então. - elas riem novamente.
- Mas que bom que soubemos refazer a amizade, e te agradeço por ter me dado essa oportunidade. Por que você é uma amiga incrível, o Pedro sempre teve razão sobre você. Agora eu entendo porque ele te admira tanto. Você ainda é apaixonada por ele, mas apoia nós dois juntos, e eu não sei se saberia fazer isso. - Sam se assusta.
- Não sou mais...
- Não negue, dá pra ver no seu olhar. - sorri sem mostrar os dentes. - Eu aprendi a fazer o mesmo.
- Como assim? - Mari não entende.
- O Pedro e eu estamos ótimos, mas eu sei que ele está confuso, e nossos pais estão se entendendo bem, o senhor Daves faz muito bem pra minha mãe, nunca a vi tão feliz desde o meu pai. E por tudo isso, eu terminei o namoro, eu amo ele, e como amo, mas quero ele inteiro, se for pra ser, voltaremos, mas se não for, talvez ele te encontre, e eu quero que saiba que não quero que nossa amizade se desfaça por isso, pode ser?
- Não sei nem o que dizer. - Sam ainda assimilava as palavras da amiga. - Como você amadureceu nesses últimos meses.
- O que posso dizer... Meu pai por perto, era tudo que eu precisava. - Mari abraças as duas amigas.
- Um dia quero ser como vocês duas! - então elas caem na gargalhada juntas.

    Nos Cohen os meninos se arrumavam...

- Não acredito que não teve coragem pra chamar a Mari. - Matheus comenta indgnado.
- Você já gostou de alguém tão especial que o risco de fazer qualquer merda te assustasse?
- Da sua irmã. - ele responde rapidamente lembrando de momentos ao lado dela.
- Hoje a noite é pra amizade e não pra um lance ou romance! - Pedro afirma, e os garotos concordam.
- Ué, espera, você vai com a sua namorada, nós que não! - Danilo fala não entendo o porque do amigo ter dito aquilo.
- Estou solteiro. A Kate terminou comigo. - Kaio é o único a não estar surpreso, pois sua irmã havia lhe contado.
- Cara, você está bem? - Matheus se preocupa com o primo.
- Ah, não 100%, mas estou bem. Ela me disse que temos a oportunidade de volta.
- Ué, peraí, não entendi então!
- Muito menos eu. - Danilo concorda com Matheus.
- Ela ama ele, mas ela não sabe se ele ama ela ou a Sam. Mas, nós sabemos que a Sam também ama ele. - os dois garotos que estavam por fora do assunto fica assustados com a revelação de Kaio.
- Foi por isso também que você e a minha irmã terminaram?
- Não. Eu e ela demos apenas um beijo, e descobrimos que somos amigos, somente isso. Fingimos namorar porque eu pedi pra ela. - agora Pedro que se surpreende. - Ela é uma amiga maravilhosa, minha pessoa favorita, mas como amiga.
- E por que pediu isso pra ela? - Matheus se interessa.
- A Larissa queria que eu beijasse o Anthony. Fiquei com medo, receio, sei lá. - dá de ombros.
- Acho que então hoje é mesmo dia de vivermos o lado amizade e esquecer um pouco dos lances e romances! - Danilo afirma finalizando o assunto, Pedro continuou parado por alguns instantes pensativo, confuso e talvez até perdido.

     Todos eles estavam sem pares, mas não sozinhos, pois estavam todos juntos, até mesmo Anthony que não sabia se devia dar outra chance para Júlio.

- Está muito elegante! - Kaio elogia, e o sorriso de Anthony aparece em seu rosto espontaneamente.
- Obrigado, você também. Ansioso pra apresentação amanhã?
- Um pouco nervoso.
- Eu também. - sorri sem graça.
- Achei que viria com o Júlio.
- Não, eu não sei se devo dar outra chance.
- Por quê? - o coração de Kaio se acelera com medo da resposta que Anthony pudesse dar, mas ele sorri sereno e lhe responde.
- Tem uma pessoa que mexe muito com o meu coração, e não é ele.
- Quem é então? - Kaio pergunta involuntariamente rápido.
- Não sei se devo contar, talvez eu só esteja confundindo as coisas. - Anthony recua com medo de estar enganado sobre o que pensava estar rolando entre ele e Kaio.
- Eu vivo com medo, e estou um pouco cansado disso, talvez você seja mais forte que eu, ou melhor eu sei que você é mais forte que eu, pode enfrentar qualquer coisa. Te admiro muito.
- Me admira? - sorri contente pelo elogio.
- Assumir que gosta de garotos, ser você sem medo do que vão pensar sobre você. Eu não tenho essa coragem.
- Você não é quem é? - questiona um pouco confuso.
- Acho que nem comigo mesmo. - Anthony se aproxima e pega na mão de Kaio, o olha nos olhos.
- Não se pressione, tudo tem sua hora, e seu momento. Se está tão confuso com quem é, é porque precisa de mais tempo para saber. - Kaio sorri ao ouvir o conselho. - Pode contar comigo sempre, você é muito especial pra mim. - beija a bochecha dele devagar, os olhos dos dois se fecham e os coração se aceleram, Kaio toma coragem e cochicha no ouvido do amigo.
- Não saberia dizer o quanto você mudou minha forma de ver o mundo. - solta as mãos se encarando, Anthony com os olhos arregalados por estar surpreso, e Kaio sorrindo aliviado por dizer algo que há tempo queria dizer depois se afasta indo ao encontro da irmã, em seguida Mari se aproxima de Anthony.
- O que houve aqui?
- Sinceramente ainda não sei, só espero não estar entendendo tudo errado.
- Estou torcendo por você. - Mari abraça o amigo. - Mas, hoje é dia da amizade e você vai se divertir com nossos amigos.
- Não precisa nem pedir duas vezes.

    Todos eles dançam juntos, brincando, curtindo o momento, o qual vai ficar marcado pra sempre em suas memórias, é hora de se descobrir, hora de amadurecer, de decidir as futuras profissões, hora de aproveitar o pouco que lhe restavam da adolescência. Naquela noite encontram uma resposta pra algumas dúvidas: amizade tem que valer mais que um lance, e até mesmo que um romance. E que a verdade é sempre o melhor caminho para qualquer situação. Que noite incrível tiveram, e terminaram todos abraçados sorrindo um para o outro, pulando comemorando a dádiva de um baile no sábado a noite. No dia seguinte a tarde era apresentação da peça vencedora e da final do concurso de bandas do colégio, os pais foram convidados...

- Boa tarde, Raquel. - Gil cumprimenta um tanto constrangido.
- Boa tarde, Gil, como você está?
- Muito bem e você?
- Também. Tudo bem a Kate e o Kaio dormirem lá em casa hoje?
- A Verônica estará?
- Não, estou indo com calma quanto a isso, somente quando você concordar que é a hora.
- Obrigada.
- Rah, somos amigos há muitos anos, eu amo você, só não mais como esposa, e isso faz tempo para nós dois, não é mesmo?
- Eu pedi que continuassemos fingindo ser casados mesmo não sendo, porque pra mim era muito difícil aceitar que não demos certo.
- Nós demos certo, enquanto durou, e foi ótimo. - sorri sincero.
- Eu ainda te amava quando fizemos aquele trato, eu ainda te amava quando conheceu a Verônica.
- E por que não me disse?
- Por que não queria deixar de ser sua melhor amiga, e achei que você precisasse ter outro relacionamento pra perceber que sentia falta do nosso.
- Me desculpa por não ter acontecido como você esperarva.
- Não tem que se desculpar de nada, você agiu com honestidade e sinceridade durante todo o trajeto. Eu é que peço desculpa. Agi como uma esposa traída e nós sabemos que não foi nem de perto isso.
- Mesmo assim eu te entendo. - ele diz sincero e a abraça. - Eu sinto muita falta da minha amiga. E a Verônica sabe que não abro mão de você jamais. - se soltam do abraço e Raquel sorri.
- Bom saber. - Kate e Kaio se aproximam abraçando o pai e a mãe.
- Vocês vieram! - Kaio comemora.
- Não perderíamos por nada. - Gil afirma.
- Está tudo bem entre vocês? - Kate percebe um clima diferente no ar e pergunta.
- Sim, filha. Seu pai e eu fizemos as pazes da nossa amizade. - Kate e Kaio se olham extremamente contentes.

       Enquanto isso no outro canto do pátio os Cohen e Daves  conversam...

- Acho que vou vomitar! - Sam diz com cara de enjoada, Danilo brinca.
- Vomita antes de subir no palco, se não o pessoal vai te lixar. - dá risada junto com Pedro e Matheus, mas a senhora Cohen o repreende.
- Filho, apoia sua irmã!
- Vai dar tudo certo, Samantha, você é talentosa.
- Obrigada, tio Mário.
- Despulpa o atraso, cheguei. - pai de Matheus, Liu, se aproxima.
- Está na hora, pai! - Matheus abraça o pai, e depois Liu cumprimenta o restante do pessoal.
- Sam... - Pedro se aproxima da amiga. - Eu vou estar com você, fica tranquila.
- Ain, medo do palco. - ele segura em sua mão e a encara.
- Olha pra mim e esquece das outras pessoas.
- Talvez isso funcione. - ela pensa na ideia e ele sorri.
- Vai funcionar. Se não funcionar encontra alguém que confie e encare.
- Você é essa pessoa. - ele sorri sem graça, e Matheus a abraça forte interrompendo.
- Você vai arrebentar! - ela cai na gargalhada, e Pedro também.
- Maluco!
- Cara Princesa, só estou animado!
- Obrigada pela força!
- Sempre.  - pisca pra ela, e Danilo se aproxima.
- Maninha, estamos todos juntos nessa. - abraça ela.
- Com vocês ao meu lado como sentir medo? - Matheus coloca uma mão a frente da rodinha deles.
- Um por todos! - os três olhando achando graça, mas colocam a mão em cima da dele.
- E todos por um! - os quatro gritam, e os pais sorriem.
- Que falta ele faz. - Mário encara Mel Cohen.
- Sempre fará, né? - ela sorri.
- Estaria orgulhoso das nossas crianças.
- Tenho certeza. - segura a mão dela. - Não acha que devia se deixar ser feliz também?
- Talvez tenha razão, mas ainda não sei. - Liu entra entre os dois apoiando os braços nos dois.
- Adoro ver o Matheus com seus primos. - Mel o olha confusa. - Que? Pra mim seus filhos são praticamente meus sobrinhos. - ela ri.
- Cadê sua esposa, Liu?
- Hum... Por aí com algum jardineiro.
- Nossa! Sinto muito.
- Não sinta. Pelo ela não fugiu, o que na família Daves já é um privilégio. - Mel olha sem entender para os irmãos Daves, até que Mário resolve explicar.
- Nossa bisavó fugiu com um índio, nossa avó fugiu até hoje não sabemos bem o por que, nossa mãe fugiu com o pai da nossa irmã mais nova e a deixou para nosso pai criar, e por fim minha esposa fugiu quando o Pedro tinha poucos anos de idade, mas essa parte da história você conhece.
- Meu Deus! Vocês precisam mudar esse fluxo!

     Em outro canto do pátio...
- Que roupa é essa garota? -  o senhor Lorenzato fala alto e Mari se envergonha.
- Pai, por favor, fala mais baixo. Minha roupa está normal.
- Que normal o que? Está ridícula!
- Benhê, ela está com a roupa que sua mãe deu pra ela.
- Minha mãe é uma louca, vai tirar isso! - grita e as pessoas em volta olham pra eles.
- Pai, não dá tempo de voltar pra casa. - Mari tenta amenizar a situação falando baixo.
- Fique longe de mim então! - tropeça quase caí. - Eu vou pegar uma cerveja pra mim.
- Benhê, não tem cerveja, é um evento escolar. - encosta a mão no braço dele na tentativa de acalma-lo.
- Não encosta em mim! - grita bem alto se afastando da esposa. Todos olham e Danilo que passava próximo vê a cena.
- Pai, vai pra casa por favor.
- Está me mandando embora? Eu sou seu pai, Mariana! Vou ficar, você que devia ir embora, está ridícula! - Danilo se aproxima de Mari que já está com os olhos cheios de lágrimas.
- Tudo bem aqui?
-  Quem é esse rapaz?
- Olá, senhor Lorenzato, eu sou Danilo Cohen. - estende a mão para cumprimentar, mas o pai dela quase caí novamente.
- Irmão da Samantha. Ah! Saudades dela, ótima menina!
- Realmente! Como sua filha também. - Danilo fala de forma serena. - Esse evento está caído, nenhuma cervejinha!
- Exatamente! Alguém que me entende.
- Se eu fosse o senhor ia pra casa, por que aqui vai demorar!
- Acho que vou seguir seu conselho! - toca no ombro de Danilo saindo com a esposa ao seu alcance. Assim que se retiram Mariana chora no ombro do amigo que a abraça tentando consola-la.
- Obrigada.
- Não tem que agradecer. - Samantha se aproxima.
- Ain, que vergonha!
- Mari, está tudo bem? - ela tira o rosto do ombro de Danilo e olha amiga.
- Está sim. - enxuga as lágrimas.
- O tio bebeu muito de novo? - Mari não sabe o que dizer, e Danilo responde por ela.
- Melhor vocês conversarem disso com mais tempo.
- Ok, mas vamos conversar, quero te ajudar, Má!
- Está bem. - os três caminham abraçados para frente do palco, assim como todos.

    Um pouco antes da final do concurso de bandas, Larissa chama Matheus pra conversar...

- Está tudo bem? - ele estranha os olhos dela vermelhos.
- Chorei um pouco, mas está tudo bem.
- Tem certeza? - acaricia o rosto dela de leve carinhosamente.
- Esse nosso lance, ... - respira fundo e volta a falar. - Eu sei que você não quer nada sério, mas eu mudei um pouco, ...
- Mudou? - arqueia a sobrancelha.
- Eu quero te namorar, quem sabe um dia me casar contigo. - ele arregala os olhos assustado. - Calma, um dia quem sabe, o que quero dizer é que estou apaixonada por você.
- Lari, você é linda, eu adoro passar o tempo contigo, mas...
- Gosta da Cohen.
- Não é isso. Quero curtir a vida, conhecer pessoas, aproveitar a adolescência, e também focar um pouco na escola no ano que vem, tenho levado muito no fluxo, e quase fiquei de recuperação.
- Então, acho melhor sermos amigos.
- Se prefere dessa forma, tudo bem. Amigos. - estende a mão e ela o cumprimenta.
- Sem benefícios. - ele ri junto com ela.
- Agora me conta, por que estava chorando?
- Era por isso, mas já passou.
- Eu te conheço, não era isso. Me fala. - segura a mão dela.
- Eu mudei bastante nesses últimos meses porque tive um bom motivo. - ele a observa e ela olha pra baixo tímida. - Eu tenho câncer de tireoide.
- O que? Como assim? - ele fica chocado.
- Na verdade, até então era uma suspeita, mas hoje o médico deu o diagnóstico.
- Por que não me contou?
- Não quero que fique comigo por dó. - Matheus a abraça.
- Pode contar comigo.
- Não conta pra ninguém, pode ser?
- Não vou contar. - ficam abraçados até que o diretor chama a banda ao palco, ele beija sua testa e sobe para apresentar.

        (escutem esse link para sentir a sintonia da música de Pedro e Samantha:                    https://www.youtube.com/watch?v=GvLb31QUb_E&list=RDGvLb31QUb_E&t=14)

      A música do dueto era linda, tocou a platéia e ao mesmo tempo animou todos com muita leveza, a sintonia de Sam e Pedro era nítida, a banda estava totalmente no mesmo clima, a galera se arrepeiou com a apresentação,  os olhares dos vocalistas eram impressionantemente intensos e expressivos, depois deles outras três bandas se apresentaram. O diretor contou que anunciaria a banda vendora após o teatro...

- Amor, olha que filme bacana! - Anthony entra de braços dados com Kaio no palco dizendo sua primeira fala.
- Vamos assistir, então! - Kaio beija o rosto de Anthony, e Larissa se aproxima por trás deles.
- Aqui é um ambiente público, viu? - os dois viram-se pra ela.
- O que quer dizer? - Anthony questiona.
- Que essa demonstração de afeto pode ser feita na casa de você, meu querido.
- Não fizemos nada demais! - Kaio argumenta indignado e Larissa começa a rir.
- Você acha normal as crianças, outras pessoas, idosos verem vocês assim?
- Desculpa, queridinha, pode se rmais específica, porque não estou te entendendo.
- Muito simples, sua biba tapada! Não sou obrigada a ver vocês de mão dadas, se beijando. - fala grosseiramente, e Kaio a empurra de leve.
- Andar de mão dada é algo normal!
- Para um homem e uma mulher.
- Para qualquer um! - Anthony segura Kaio que encena estar muito bravo, furioso.
- Cai na real, vocês se tocando é bizarro! São aberrações!
- Aberração é.... - Kaio parte pra cima, mas Anthony segura e ela cai no chão.
- Meu marido está chegando e vai arrebentar vocês dois, quem sabe assim não viram homens! - Anthony começa chorar desesperado com a situação.
- Você é muito preconceituosa! - Kaio fala olhando-a nos olhos.
- Se eu perguntar pra qualquer um aqui dúvido que vão querer filme ao lado de vocês.
- Também não é assim. -  as vozes que gravaram no rádio começa a soar representando outras pessoas na cena. - Vão embora!
- Vamos pra casa, amor. - Anhtony puxa Kaio para longe de Larissa.
- Que absurdo ficarem se agarrando no meio do shopping. - pega o celular.  - Nossa, cadê o José? Que demora pra estacionar.
- Alguns dias depois no mesmo cinema. - Kaio fala com um cartaz escrito o mesmo.
- Ai, amiga, esse filme vai ser ótimo. - Larissa de braços dados  com Kate.
- Vamos ver, então.
- Amiga, obrigada por estar me apoiando, essa situação com o José, nossa...
- Eu sempre estarei contigo. O José foi um cafajeste, nem acredito que arrumou outra.
- Pois é, ainda bem que tenho você. - beija o rosto da amiga, Kaio se aproxima atrás delas.
- Será que dá para demonstrarem afeto em casa, que horror!
- O que? - Larissa encena que não entende.
- Ninguém aqui é obrigado a ver essa cena lesbiana.
- Não somos lésbicas.
- Magina! E eu sou o papa, se assumam!
- Seu ridículo! E mesmo que eu fosse o que você tem a ver com a minha vida? - Kate questiona.
- Eu nada, por isso mesmo que não quero ver. - Larissa se mantem calada olhando para o público. - Apesar que se quiserem ir lá pra casa eu não me importaria! - abraça Kate que o empurra.
- Seu nojento, vamos embora, amiga. - puxa Larissa. - Você está legal?
- Não, acho que tive uma atitude muito parecida semana passada.
- Como assim?
- Fui grosseira com duas bichinhas.
- Por quê?
- Não sei bem, mas passando por algo semelhante mesmo não sendo, sei lá, mexeu comigo. - olha pra platéia e caminha próximo. - A regra do respeito é simples: não faça ao outro o que não gostaria que fizesse contigo, não é preciso aceitar ou achar bonito, no entanto qualquer tipo de agressão com certeza não deve e não é normal ! - Kaio entra de mão dadas com Anthony, para ao meio e se abraçam romanticamente e continuam assim enquanto Larissa fala. - Qualquer tipo de amor deve ser levado em consideração! - os dois soltam-se do abraço e se olham fixamente ainda bem próximos por alguns segundos, se aproximam mais com os corações acelerados, Kaio quase encosta os lábios, mas beija a bochecha.

    Todos na platéia estranham, mas acreditam ser parte da peça, Larissa e Kate se entreolham sem entender, a senhora Raquel e o senhor Gil se olham preocupados notando que aquele final não era parte da encenação. O diretor entra no palco e anuncia a banda dos meninos como vencedora e eles sobem ao palco comemorando com o grito da galera ao fundo.
    Kaio e Kate foram dormir no pai, mas de uma maneira estranha nenhum dos três ocnseguiam pensar em algo pra falar, pois a única ocisa que lhes passavam na cabeça era o quase beijo de Kaio e Anthony...
- Querem pizza? - pergunta entrando em casa.
- Pode ser. - Kate responde e Kaio nem escuta.
- Beleza. Você liga, filha? - Kate confirma e se retira indo até o telefone da cozinha. - Filho.
- Fala, pai.
- A peça foi excelente, eu realmente acreditei que era real.
- O Anthony é mesmo um excelente ator. - fala sem nem olhar o pai.
- Estava falando de você. - Kaio o encara.
- Obrigado. Vou tomar um banho, hoje estava muito quente. - se levanta subindo as escadas e o pai fica sentado no sofá ainda confuso.

        ENFIM É NATAL... A família James é convidada a passar nos Daves assim como os Cohen, uma grande ceia, os adultos dano-se muito bem, e os jovens sentados no sofá da sala jogando vídeo game.

- Com quem tanto fala nesse celular, Matheus? - Pedro pergunta.
- Com as crush! - brinca, e Samantha pega o celular de sua mão rápido e lê a mensagem. - EI! Dá aqui!. - puxa da mão dela de volta bravo, todos estranham, pois não o veem praticamente nunca bravo, mas resolveram deixar pra lá, e Sam que havia lido a mensagem de Larissa pra ele acha melhor não falar nada.
- Sua vez Kate. - Pedro avisa, e ela pega o controle do video game com o Danilo.
- Vocês Daves tem uma tradição tão boba. - Sam reclama.
- Ué, por quê? - Pedro pergunta ja rindo, pois sabia o que ela diria.
- Estou faminta, pra que esperar até meia noite? - Kaio a abraça de lado.
- Mocréia linda, para de ser esfomeada, já é quase meia noite. - ela sorri, e o beija no rosto.
- Posso esperar cinco minutos, vai.
- Crianças, venham, vamos contar, falta pouco. - Liu os chamam animado, e todos caminha até a mesa da ceia. - Todos aqui?
- Peraí, paizão. Cheguei! - Matheus se aproxima com pressa.
- Vamos agradecer por mais um ano abençoado, por toda essa comida, pelos novos amigos, pela conservação dos antigos, e por Jesus ter caminhado junto a nós durante todo o ano. - Mário agradece. - Por isso em agradecimento vamos proferir a oração... - todos oram o pai nosso e em seguida conta até dar meia noite, võa se abraçando e cumprimentando dando feliz natal. Sentam-se para comer, e então a campainha toca, Pedro vai atender.
- Mari? - ele se assusta em vê-la, não somente por ser estranho ela em sua porta no natal, mas pelo estado em que ela estava.
- Eu preciso do Danilo. - seus olhos estava inundados de lágrimas, Pedro olha pra Danilo que sem entender vai até a porta.
- O que foi? - vê Mari. - O que aconteceu? Entra.
- Não posso, não quero que ninguém me veja assim. - Os dois meninos se olham pensando no que fazer.
- Quem é, filho?  - Mário questiona.
- Um senhor pedindo leite. Vou buscar. - Pedro responde o pai e cochicha pra Mari. - Pelos fundos. - fecha a porta . - Dan, ela quer você, vai lá. - Danilo corre para os fundos sem que ninguém perceba seu sumiço.
- Ué, não vai buscar o leite? - Sam pergunta vendo Pedro parado feito estátua no meio da sala.
- Oi? - se faz de distraído. - Que fome! - volta para a mesa.

   Na garagem....

- Mari! - ela corre para seus braços chorando. - Me conta o que aconteceu?
- Meu pai. - se encaram. - Ele me bateu. - acaricia o rosto dela.
- Ele quem fez isso com seu olho?
- Sim, e também... - levanta a blusa mostrando as costas com marcar e pedaços de vidro, ele observa assustado.
- Temos que te levar ao hospital.
- Não! - se afasta um pouco.
- Ok, o que quer fazer então? - tenta fazê-la se sentir segura.




CONTINUAAAAAA.....



ATÉ 2018, UM FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO!

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

AMIZADE, LANCE E ROMANCE! ( Parte 16)

- Somos um trio agora, né? - Mari pergunta animada para as amigas assim que chegam na recepção do hotel, e Anthony se aproxima reclamando em tom de brincadeira.
- Quarteto, né! Estão me excluíndo? - as três abraçam ele juntas comemorando sua presença e os meninos se aproximam notando a farra.
- Pra ele toda essa animação e pra mim nada! - Matheus brinca.
- Queridinho, eu sou especial! - beija o ombro zombando e todos riem. Pedro abraça a namorada e a beija na bochecha carinhosamente.
- Sou mais especial que você.
- Pra Kate só! - Anthony comenta com desdém.
- Já é o suficiente! - Pedro pisca e volta a beijar Kate na bochecha.
- Girl!! - Larissa chama as líderes. - Venham pegar suas chaves.
- Vou atormentá-la! - Anthony cochicha com os amigos e caminha com as meninas até ela.
- Kate comigo no quarto 1, Mari e Sam quarto 2, ... - continuou lendo a lista com os nomes e quartos, quando terminou.
- E eu queridinha?
- Você tem que ficar com os meninos, queridinho! - ela responde Anthony simplismente sem raciocinar.
- Eu sou parte desse grupo!
- Cara, acho que está certo. - fala reflexiva. - Vou ver com os pais responsáveis como fazer. - antes que ela começasse a caminhar, ele a para.
- Ei! Tudo bem, eu não vim com a escola. Tenho um quarto separado.
- Ah ok! - se retira e Mari se aproxima do amigo.
- Larissa sendo sensata, o mundo vai acabar! - os dois riem.
- Pois é. Me surpreendeu. - Anthony comenta.
- Eu tinha que dividir o quarto com ela. - Kate se aproxima reclamando com Sam em seu alcance.
- Que azar! - Sam lamenta, instantes em seguida Malva a capitã das líderes do colégio Toyota chega com toda sua equipe em direção a eles.
- Larissa, querida!
- Malva! - Larissa revira os olhos.
- Prontas para perder da gente?
- Vocês quem deveriam estar prontas! - sua voz era agressivamente raivosa, as Toyotas começam a rir ironicamente.
- Vocês não tem a menor chance. - Kaio se aproxima puxando Samantha, mas Malva o nota.
- Jogador novo? - o olha fazendo todos prestarem atenção nele. - Deixa eu me apresentar, sou Malva. - estende a mão e ele cumprimenta.
- Kaio.
- Eu não deveria, mas talvez eu torça por você.
- Ele já tem quem torça por ele. - Larissa se mete.
- Posso saber quem?
- Eu, queridinha. A namorada dele. - Samantha responde com o peito estufado, e todas a olham surpresos pelo rótulo.
- Por enquanto. - dá de ombros e beija a bochecha dele. - Nos vemos. - se retira com sua equipe.
- Que garota insuportável! - Mari comenta.
- Por isso foco! Temos que vencer!  Treino as 15, não se atrasem! - Larissa avisa se retirando.
- O que queria, Kaio?
- Que?
- Queria falar comigo, o que era? - um garoto muito bem vestido, com cabelos loiros se aproximam da turminha.
- Anthony. - quando Lima olha para quem o cumprimentou, sente uma onda energética passar por todo seu corpo.
- Júlio.
- Quanto tempo, não é mesmo?
- Júlio Vilage? - Mari pensa alto e todos a olham.
- Sim. - estende a mão pra ela que o cumprimenta. - Você deve ser a Mariana Lorenzato.
- O que faz aqui?
- Vim falar contigo.
-Bom, acho que devemos nos acomodar. - Kate percebe o clima e sinaliza, então ela, Samantha, Mari e Kaio se afastam os deixando sozinhos. - Ex-namorado?
- Sim, história profunda. - Mari responde a Cohen.
- Como assim profunda?
- Kaio, profunda significa que foram muito apaixonados, rolou uma mega treta e foi difícil superar.
- Por que será que ele voltou? - Kaio se interessa.
- Pelo jeito quer Anthony de volta. - Sam palpita, e as duas amigas concordam.
- E será que vão voltar?
- Maninho, isso eu não sei, mas que a história não foi superada é claro, olha o jeito que se olham.
- Que exagero, Kate. - Kaio discorda.
- Posso roubar minha namorada por um instante? - Pedro pergunta segurando a mão dela.
- Nós levamos suas coisas. - Sam oferece tentando ser gentil e disfarçar a pontada no coração de vê-los juntos e felizes.

Mais tarde depois do treino das líderes e do time de basquete, Kaio e Danilo continuam treinando sozinhos, e os outros vão jantar encontrando com o pessoal da escola Toyota.

- Ai! Desculpa. - Mari esbarra em um garoto fazendo seu prato quase cair.
- Tudo bem. - o menino sorri encantadoramente. - Jason. - se apresenta, e ela sorri sem graça.
- Mariana.
- Que nome bonito.
- Obrigada.
- Assim como a dona.
- Dá linceça. - sem graça tenta se afastar, mas ele a segura pelo braço levemente.
- Desculpa, foi uma cantada idiota.
- Tudo bem.
- É do colégio Whitney?
- Sou sim, arquirival do seu colégio. - ri do que fala. - Ain, desculpa, estou sendo competitiva.
- Gosto de garotas competitivas. - ela sorri. - Que jantar comigo?
- Claro, por que não? - terminam de colocar comida e se sentam juntos.
- Mari, você viu, tem escondidinho de carne seca... - Sam para de falar notando um garoto estranho sentado com sua amiga. - Oi...
- Sam, esse é o Jason, Jason, essa é a Sam.
- Oi. - ele sorri e ela retribui.
- Não quero atrapalhar, vou sentar com...
- Nem pense nisso, senta com a gente. - Jason interrompe fazendo questão da presença dela.
- É fica. - Breno se senta não notando elas, e Sam resolve sentar.
- Breno, essas são Mariana e Sam. - ele cumprimenta elas dando um lindo sorriso.
- Pelo que vejo o colégio Whitney vem sendo melhor frequentado. - Breno comenta.

O pai de Pedro e a mãe de Kate organizam todos para dormirem, mas os planos do pessoal não era bem dormir, pelo menos não de todos...

- Partiu baladinha?
- Matheus, precisamos descansar. - Danilo discorda da ideia.
- Somos jovens, cara! - Pedro e Danilo olham sem acreditar que Kaio queria ir pra balada. - Que é? Eu também gosto de me divertir.
- E a Sam?
- Pedro, nós temos um lance só.
- Ela está ciente disso?
- Ei, primo, o irmão dela aqui é o Danilo, sabia? - Matheus brinca tentando amenizar o clima.
- A Sam está tranquila com isso, te garanto. Não se preocupe.
- Eu me preocupo sim, não quero vê-la magoada.
- Você aqui é o único que a magoa.
- O que quer dizer com isso? - Pedro fica bravo e  se aproxima de Kaio, mas Danilo o segura pelo braço o contendo, e fala.
- Vão vocês se divertirem, então. - Kate se aproxima.
- Oi, lindos! - repara na cara dos quatro. - Está tudo bem?
- Está sim, partiu balada senhorita James?
- Senhor Daves, a nossa capitã sabe dessa sua saidinha? - brinca e ele ri.
- Não sabe, e nem precisa saber. Não temos nada sério, aliais eu não curto nada sério, só diversão.
- Que safadinho! - continua brincando. - Bom, mas eu passo. Vim roubar meu gatinho.
- Eu? - Pedro pergunta sorridente e ela confirma balançando a cabeça, pegam na mão um do outro e dizem tchau para os amigos.
- Vamos, Cohen, prometo que estaremos inteiro amanhã!
- Ah, Matheus, não sei não!
- Parece que a Mari e a Sam vão se divertir nessa noite também. - Kaio comenta assim que vê as duas saindo pela recepção acompanhadas por Jason e Breno.
- A Mari e o Jason? - Danilo se surpreende. - Pensando melhor, vamos pra essa balada aí!
- Ae! - os dois comemoram batendo as mãos.

No jardim do hotel Kate e Pedro namoravam e olhavam as estrelas.

- Seu beijo é uma delícia. - Kate diz abrindo os olhos olhando nos do namorado que sorri marotamente.
- Não mais que o seu. - ela deita no peito dele olhando o céu.
- Finalmente paz...
- Paz? Achei que estavamos em um clime calhente. - brinca e ela sorri o olhando novamente nos olhos.
- Eu me sinto tão feliz ao seu lado.
- E eu ao seu. - se aproximam lentamente voltando a beijar. Deitado na grama o clima esquenta, os beijos ficam mais selvagens, as mãos seguram o corpo um do outro com mais firmeza, mas nada além disso, no entanto parece algo a mais para a Senhora James e o Senhor Daves.
- O que estão fazendo? - os dois se levantam assustados após o grito de Raquel.
- Nada, mãe.
- Isso não me parece nada. - responde brava. - Você deve se dar ao respeito.
- Desculpa, senhora James, mas não estavamos fazendo nada de mais, só nos beijando.
- Você fique quieto, garoto.
- Calma aí, Raquel, o nome dele é Pedro.
- Sim, claro, me desculpa, Mário.
- Tudo bem. Melhor vocês irem dormir. - os dois saem sem dizer mais nada.
- Mário, eu não quis tratá-lo mal, só...
- Só está descontando toda a sua raiva do seu marido em todos a sua volta. - ela se surpreende por ele entender. - Sei bem como é, já passei por isso.

No corredor dos quartos Kate e Pedro se despedem.

- Seu pai é bem legal.
- Sua mãe só está passando por um momento ruim. - segura a mão dela carinhoso.
- Espero que sim, pois ela vem sendo uma megera.
- Não fala isso dela. - ela se assusta com a reação dele; em seguida ele sorri. - Eu vou começar a imaginar. - os dois riem juntos - Boa noite, linda. - beija a testa dela.
- Boa noite, gatinho. - dão um selinho e se afastam seguindo para seus quartos.
- Isso são horas? - Kate dá de ombros caminhando para o banheiro. - Vai me ignorar?
- Larissa, por favor, se acalma, vai ter um ataque cardíaco desse jeito.
- As meninas sumiram, e você quer que eu me acalme? - quase grita, e Kate fala sem querer.
- Imagina se soubesse do ... - coloca a mão na boca parando de falar e Viera franzi a testa desconfiada.
- Soubesse de quem?
- Ninguém. - tenta disfarçar ligando o chuveiro, mas Larissa fecha.
- Onde o Matheus foi?
- Quem? Ele saiu?
- Não se faça de boba. Se não me contar vou entregar ele para o seu sogrinho.
- Ok. - bufa frustrada. - Foram numa balada aqui perto, não sei qual.
- Vamos atrás deles.
- Oi? - é sarcástica. - Eu não vou.
- Claro que vai. - coloca um vestido branco decotado e uma sandália de salto alto, Kate a observa tendo certeza que não escaparia de ir, por isso manda um sms para o namorado.

"S.o.s !!! Larissa vai atrás do Matheus e vai me levar"
" Oi? Te encontro na recepção"

- Tudo bem, se não tenho outra opção.
- Ai de você se avisar o Matheus, me dá esse celular. - pega da mão de Kate.
- Ei!
- Não posso correr o risco, vem. - saem do quarto.

Os meninos dançavam na boate, Kaio e Matheus paqueravam, Danilo observava Mari e Jason de longe sem ser visto, e Sam dançava com Breno.

- Danilo? - Mari vê o garoto atrás dela quando se vira de repente.
- É... Oi. Mari, o que faz por aqui? - finge surpresa, Jason ri. - Está rindo do que?
- Cara, você estava nos seguindo?
- Claro que não, estou com os meus amigos. - aponta pra Matheus e Kaio não muito distante deles.
- Legal. - Mari diz simplismente.
- Adoro essa música. - Jason comenta assim que muda de música. - Dança comigo?
- Claro. - pega na mão dele e vão pra pista.
- Odeio deixar rolar. - Danilo reclama alto, e Sam se aproxima.
- Maninho?
- Oi, Sam. - nem a olha por estar chateado.
- Está tudo bem? - ela estranha o desanimo.
- Por que a Mari está saindo com o Jason?
- Eles se conheceram no jantar.
- Por que eu fiquei treinando?!
- Você está gostando dela? - pergunta dando risada.
- Não importa mais, afinal pelo jeito ela não está mais afim de mim.
- Pirou? - é sarcástica. - A Mari é apaixonada por você, me atormentou praticamente a vida toda falando dos seus olhos, do seu cabelo, das suas bochechas, etc, etc.
- Então por que ela está dançando com ele?
- É uma boa pergunta.  - Sam não sabe a resposta pra esta pergunta, de repente o celular de Danilo vibra. - Quem é?
- Nossa! - fala alto lendo o sms de Pedro. - Larissa está vindo pra cá, cadê o Matheus? - olha para os lados. - Ele estava bem ali!
- Deve estar ficando com alguma garota.
- Sam, me ajuda. A Larissa não pode encontrar com ele.
- Ué, por quê? Eles não são namorados.
- Falando nisso você e ele são estranhos.
- O que? Eu?
- É! Você está aqui com outro cara, o Kaio paquerando ali do outro lado. - Danilo raciocina rapidamente. - Ah! Talvez ele esteja paquerando por estar chateado com você. Agora faz mais sentido ele querer vir na balada.
- Vamos procurar o Matheus? - Sam muda de assunto, então se separam procurando Matheus. Danilo esbarra com Larissa.
- Oi, Danilo!
- Larissa? - gagueja.
- Cadê ele?
- Ele quem? - franzi a testa fingindo não entender do que ela falava.
- Pode parar de fingir, só quero vê-lo.
- Você está com cara de quem vai fazer um barraco. - Kate diz sincera.
- Eu não sou barraqueira. - revira os olhos.
- Pera aí! Aquele ali é o Anthony? - Pedro comenta vendo o amigo beijando Júlio, Kaio se aproxima também vendo a cena.
- Que fita errada!
- Errada por quê, Kaio? - Danilo questiona.
- Nada a ver esse Júlio com ele. - os amigos se olham sem entender o comentário.
- Vocês são patéticos, vou encontra o Matheus. - sai de perto deles.
- Espero que a Sam tenha encontrado ele. - Danilo comenta.
- Por que ele está fugindo dela?
- Kate, maninha, não é porque ela fará barraco, é porque ela vai estragar as novas ficadas.
- Aff! - Kate revira os olhos. - Se eu fosse ela pegaria outros cara isso sim. - Pedro a encara. - Se nosso relacionamento fosse aberto feito o deles.
- Relacionamento aberto é muito bizarro, não serve pra mim. Não sei como serve pra minha irmã, sinceramente.
- Ué! É um relacionamento aberto?
- Kate, agora não. - Kaio foge voltando a dançar.

Enquanto isso fora da boate Sam encontra Matheus, ele estava quase beijando uma garota quando ela o chama.

- A Larissa está aí!
- Gatinha, vou ter que ir! - lasca-lhe um beijão na garota do vestido vermelho e sai com Sam pela rua, a garota os observa sem fôlego. - Obrigado, por me avisa.
- Não entendo, por que está fugindo dela? - continuam caminhando.
- Acho que ela quer algo sério.
- Ué, fala que não quer.
- Já falei, mas ela parece não ligar para o que eu digo e só com o que ela quer que aconteça.
- Entendi. Ela é mesmo um pouco temperamental.
- Ela é gatinha, divertida, gooosss... - Sam o interrompe.
- Já entendi! - ri dele que a acompanha rindo também. - Por que não namora ela?
- Meu coração não bate por ela.
- Você e suas frases filosóficas. - ele sorri maroto.
- Minha querida Princesa, eu sou do mundo, o dia que eu parar será por alguém que eu realmente goste.
- Acho que você está certo.
- Acha?
- Por que a surpresa? - olha pra ele que faz o mesmo.
- Por que está namorando o Kaio, bom, na verdade não sei bem se está.
- Não estou namorando ele, é só um lance. Diversão, como você. - desvia o olhar, ele franzi a testa.
- Não achei que fosse o tipo de garota que fizesse isso.
- Vocês homens podem, nós não? Se não somos piriguete, né?
- Não, não é isso. - ele pausa a olhando novamente. - Por que não quis se divertir comigo, então?
- Por que você dizia gostar de mim. - desvia o olhar novamente.
- Não mente pra mim. - pega no queixo dela a fazendo o olhar e também parar de frente pra ele.
- Não estou mentindo.
- O Kaio também gosta de você, qual a diferença? Pode ser sincera, eu aguento!
- O Kaio é um amigo, você... - faz um pausa pensando exatamente que palavras deveria usar. - Você é assim, galanteador, eu com certeza iria me apaixonar, e você não se apaixona, eu ia terminar de coração partido. - ele solta o queixo dela.
- Não acredita mesmo em mim, né?
- Não pode me culpar! E o beijo que deu naquela garota só me prova que eu estava certa. Podia ser eu no lugar da Larissa.
- Ou talvez eu me apaixonasse e você não. Ops! Isso aconteceu, né? - ele brinca rindo na tentativa de esconder sua frustração pela resposta dela.
- Tá vendo não leva nada a sério. - ela brinca também e voltam a caminhar. - Você sabe onde estamos?
- Você não sabe?
- Eu estava te acompanhando.
- Não, eu estava.
- Daves, não é hora de brincar. - ela olha pra ele e percebe que não é brincadeira.
- Fica calma, vamos achar.
- Essas ruas são todas iguais, é de madrugada, não tem ninguem pra perguntar.
- Gps do celular. - pega o dele no bolso, olha o visor. - Droga.
- Que foi?
- Acabou a bateria. Olha o seu.
- Eu não tenho crédito de qualquer forma.
- Mas podemos ligar pra alguém. - ela pega o celular no bolso da calça jeans.
- Sem sinal. Odeio cidades pequenas!
- Ah, que isso! Se fosse uma cidade grande estaríamos sendo assaltados. - ela revira os olhos.
- Eu só quero reclamar e por a culpa em outra coisa que não seja você!
- Cara, eu não tenho culpa.
- Claro que tem! Eu só estou aqui fora por sua causa.
- Ah, te livrei daquele Breno chato.
- Ele é bem legal, fique sabendo. E além do mais, sabe o caminho de volta.
- Claro ele mora aqui! - ele revira os olhos.
- O que faremos? - ela muda a voz de brava para uma de criança, e ele sorri achando bonitinho.
- Lábios de morango, para de me seduzir.
- Eu? - ela ri.
- Você. - ela faz biquinho com os lábios brincando, se aproxima dele, bem pertinho.
- Ainda está curioso para saber se tem gosto de morango realmente?
- Samantha, isso é maldade. - ela ri se afastando.
- Você merecia, afinal estamos perdido por sua causa.
- Ok, já paguei por isso agora. - ouvem um barulho nos lixos e ela segura a mão dele com medo, ele sorri satisfeito. - Está tudo bem. Fica tranquila.


No dia seguinte, todos acordam e se arrumam para a grande competição, primeiro o jogo, depois o tornei das líderes. Todos na quadra onde aconteceria o evento.
- Cadê a Samantha? - Larissa grita com sua equipe.
- Ela não voltou para o quarto ontem. - Mari cochicha com Kate.
- Deixa eu ligar pra ela. - pega o celular e disca. - Caixa postal. - as duas se olham preocupadas.
- Vou ligar pro Danilo, talvez esteja com os meninos do outro lado da quadra. - pega o celular e disca. - Oi, Dan, você está com a  Sam?
- Não, ela também sumiu?
- Também?
- O Matheus sumiu, não voltou para o hotel.
- Será que estão juntos?
- É bem possível.
- O que fazemos?
- O jogo já vai começar, não sei.
- Eu e a Kate vamos procurar, e vocês jogam.
- Não podemos com dois a menos. Já íamos jogar com um a menos por que o Liu está doente. - Mari pensa e Anthony se aproxima cumprimentando.
- Não tem dois a menos, o Anthony joga.
- Oi? - Anthony fala confuso ouvindo o que a amiga dizia no celular.
- O Anthony não joga, vai ser um peso morto no time.
-  Melhor que não jogar.
- Beleza, mas por favor faz o que puder pra achar o Matheus.
- Ok. - desliga.
- Sem chance, eu não vou jogar.
- Você vai, por que somos amigos e nos ajudamos. - os três saem de perto do chilique que Larissa dava com a equipe sem que ela percebesse.

CONTINUA....