domingo, 3 de março de 2019

AMIZADE, LANCE E ROMANCE (parte 21/final)

Algumas semanas se passaram, e agora falta apenas uma para a volta as aulas do ultimo ano...

- O computador, Dan! - Mari berra pelo corredor e atende a chamada de voz de Sam. - Oi, amiga!
- Oi, Mari! Como estão as coisas por aí?
- Bom, um tédio sem você. - Danilo chega sem folêgo no quarto.
- Mentira!
- O que é mentira, amor? - Mari questiona, ele e Sam riem.
- Está tudo bem por aqui. Eu e a Mari estamos vivendo um romance de verão, Matheus só aparece pra jogar video-game, caso ao contrário se encontra com Larissa, não me pergunte fazendo o que, pois é um grande segredo. Mamãe está indo para o terceiro encontro com o tio Daves, me parece que podemos ganhar um padrasto logo. Kaio está bem sumido na verdade, só vemos eles nas noite de luau na praia quando encontramos também ... - ele pausa sem saber se deve dizer os nomes.
- Pode falar, maninho, quando se encontram com a Kate e o Pedro. Eles não são voldemort!
- E por aí, quais as novidades? - Mari muda de assunto pra evitar o clima.
- Tenho lido bastante, muito sol e água de cocô!
- Superou?
- Mari! - Danilo repreende a namorada, Sam sorri sem graça.
- Como estão as coisas com seu pai, Mari?
- Estou morrendo de sede já volto. - Mariana se retira rapidamente.
- Ela está bem mal com isso.
- Não é pra menos. Mas, chegaram a conversar?
- Não, ela não quis, maaaas ele demonstrou para mim estar muito arrependido.
- Espero que seja verdade.
- Também espero. E você superou?
- Não sei, de longe é tão ais fácil.
- Volta logo, você precisa enfrentar, e nós, mamãe e eu, sentimos sua falta, nossa família não pode ficar repartida, não mais.
- O papai já é uma falta muito grande, né? - Danilo suspira.
- Muito! Quando vem?
- Depois de amanhã.
- Não quer voltar?
- Sim e não.
- Tem outros garotos por aí!
- Espero mesmo que tenha. Bom, nos vemoslogo, manda beijo pra Mari.
- Mando. Beijo, te amo.
- Também te amo, maninho. - desligaa chamada e os dois ficam pensativos na volta de Samantha.

A noite na sala dos Cohen como toda sexta a noite nessas férias os meninos jogam video-game...

- Dan.
- Fala, Pê.
- Como está a Sam?
- Bem.
- Bem, só bem?
- É.
- Por que não está me dando informações. - Cohen encara o amigo.
- Por que quer informações?
- Me preocupo com ela.
- Olha, cara. Você não pode ser o bom amigo agora, precisa dar espaço. - Pedro olha pra baixo. - Eu sei que se importa, mas deixa os outros amigos se importarem agora.
- Talvez esteja certo.
- Eu estou, vai por mim.
- Se eu pudesse...
- O que? Amaria ela? ou faria ela deixar de te amar com a mão?
- Nossa! Você está com raiva de mim, né?
- Na verdade fico toda vez que quer ser bonzinho com minha irmã. - Pedro não retruca, apenas se sente mal. - Pê, você sabe que eu te amo, cara, certo? Só que ela é minha irmãzinha, minha menininha, eu odeio vê-la sofrer. E infelizmente você é o motivo desse sofrimento, então pro bem da nossa amizade, podemos não falar dela mais?
- Tudo bem, já perdi ela, não quero perder você.
- Vocês dois estão parecendo duas menininhas! - Matheus zoa os amigos, Pedro joga uma almofada nele.
- Existem problemas maiores e vocês ficam fazendo o maior drama.
- Tipo o que? - Cohen desafia.
- Tipo a situação da Mari, ou da Larissa..
- Ei, qual é a situação da Larissa? - Pedro questiona curioso.
- Nada que diga respeito à vocês.
- Que ogro! - Danilo brinca se fazendo de ofendido.
- Acho que a situação do Anthony complicada.
- Como assim?
- Pê, cai na real. O Anthony está apaixonado pelo Kaio, que não sabemos se corresponde ou não, na verdade talvez nem ele mesmo saiba. - comenta pensativo.
- Como pode saber disso?
- Cohen, acorda, basta olhar, se você não ficassem tão focados na vida de vocês.
- Desde quando passou a se preocupar com os outros?
- Primo, aprendi com a Sam, admiro essa qualidade nela.


Enquanto isso em chamada de vídeo...

- Kaio, fala logo!
- Não me pressiona, Sam!
- Eu quero detalhes, poxa.
- A gente deu uns amassos... - ele cora. - Foi muito bom, acho que nunca dei amassos desse tipo com nenhuma menina.
- Uuuuh! - Sam acha o máximo. - Mais qual a diferença?
- Não sei... - fica pensativo. - Ele me olha de verdade, não precisamos dizer nada, é como se fossemos um só, ou sei lá, lessemos mente. Ele me beija como se não pudesse beijar mais ninguém. Ele me toca como se eu fosse algo mágico. E até quando não estamos nesse amasso louco, quando só estamos vendo filme ou comendo, parece que nada mais existe.
- Amigo, acho que está apaixonado. - ela olha sorridente pra ele.
- Não posso. - ele olha pra baixo.
- Por que não?
- Ele é um garoto.
- E o que que tem? Você também é um garoto.
- Por isso mesmo!
- Kaio, você vai escolher não viver esse sonho que me contou, porque eu com certeza gostaria de viver um amor assim, por causa de um preconceito da sua cabeça.
- Não é só isso.
- O que é então?
- E se eu não gostar que ele, você sabe, quando rolar sexo.
- Talvez ele goste. Ou sei lá, não acho que precise saber sobre isso agora. Vocês não estão transando.
- Não, não estamos.
- E se você não gostar ou não quiser é só não fazer. Seu corpo suas regras.
- Que gay eu serei?
- O Kaio! E talvez você não seja gay, ou seja, isso não importa. Pelo menos não agora. A única coisa que importa é que você não deixe de sentir, viver o que deseja por medo do que significa. Tira o peso.
- Eu não sei se consigo tirar o peso.
- A Kate sabe?
- Claro que não, ninguém além de você.
- E me fala uma coisa, por que eu posso saber e os outros não?
- Não sei.
- Tenta contar pra Kate. Se ela descobrir sem ser por você, vai se sentir traída por não confiar nela.
- Eu não estou pronto.
- Bom, ok então. Quando estiver pronto.
- Sam...
- Que foi? - ela pergunta carinhosa.
- Você acha que o Anthony pode se cansar desse segredo e terminar tudo?
- Pode, mas também talvez não aconteça.
- Mas e você como está?
-Não consigo parar de pensar em dois beijos.
- Pedro e você?
- Não. Pedro e Kate .
- E o outro?
- Meu e do Matheus.
- WHAT? Quando beijou o Matheus?
- O dia que dormimos na praça.
- Me conta isso?
-  Estava frio, deitamos próximo pra nos esquentar. Ele estava quase dormindo com a cabeça no meu ombro, bom,... - Kaio espera pelo restante da história, ela respira fundo e volta a contar. - Ele achou que eu estava dormindo, beijou minha testa e depois encostou os lábios nos meus de leve, só isso.
- AH, não foi bem um beijo então.
- Não, mas meu coração acelerou.
- Está me dizendo que gosta dele?
- Não!
- Então?
- Só estou sentindo saudade dele. Do jeito leve, do sorriso, do olhar...
- Hummmm....
- Para! Ele é um bom amigo.
- Devo ficar com ciúmes? - ele brinca e ela ri.
- Jamais.
- Bom, quanto Pedro e Kate, esquece esses dois, deixa eles pra lá, você é gata consegue qualquer outro gato.
-Eu gata?
- Sam, para, olha pra você.
- Vai me buscar no aeroporto amanhã cedo?
- Não sei, talvez eu durma no Anthony.
- Hummmmm...
- Para! Não tem maldade nenhuma.
- Se você diz, mas o que seu pai achou disso?
- Meu pai vai estar viajando e minha irmã só olha pro Pedro, então ela nem me perguntou.
- Ainda acho que deveria me buscar.
- O Danilo não vai?
- Acho que sim. Ele e a Mari.
- Juro que farei o máximo, mas se eu não for assim que acordar vou na sua casa.
- Beleza.


No dia seguinte no aeroporto Sam leva um susto quando vê Pedro a esperando e não Danilo com a Mariana...

- Oi, Sam. - Pedro diz carinhoso e com um sorriso no rosto.
- Cadê o Dan?
- Nossa, eu estou bem e você? - ele brinca e ela sorri sem graça, mas espera por sua resposta. - O Dan não pode vir, o pai da Mari apareceu na sua casa, teve uma conversa com a sua mãe, enfim, muita coisa rolando na sua casa. E como eu me ofereci vim te buscar.
- Ah...
- Posso te dar um abraço, ou é muito estranho? - ela assente com um movimento de sua cabeça, então ele a abraça, de início um tanto estranho depois eles sorriem aliviados. - Desculpa!
- PARA!  - se olham. - Não tem que se desculpar.
- Estamos bem?
- Estamos sim. A Kate não veio com você?
- Não. Eu queria saber se estavamos bem primeiro. - andam abraçados de lado.
- Senti sua falta. Ainda bem que eu tenho o Kaio.
- EI! - os dois riem. - Também senti a sua, e o Dan também fez uma greve de amizade então não tive ninguém.
- E o seu primo?
- Ele joga video-game, mas não quer falar de você, Kate, essa história toda.
- E por quê?
- Ah, Sam, você nem desconfia?
- Não. - ela faz cara de boba, e ele revira os olhos.
- Ele é louco por você, então sei lá, acho que o encomoda saber que mesmo eu não gostando de você desse jeito, sou eu quem tenho a sorte de você gostar de mim.
- E quem foi que disse que ainda tem essa sorte? - ela brinca e ele sorri.
- Não gosta mais de mim?
- Acho que alimentei mais meus sentimentos fantasiosos do que realment eos verdadeiros.
- E está gostando de outro alguém?
- Outro alguém?
- É! Alguém lá da onde você estava, talvez.
- Eu não diria gostando,... - ela abre a boca e para de falar.
- Diria?
-  Diria que eu já gostava de alguém, mas precisava de um motivo pra ficar triste, então decidi que ainda era você. Até porque deixar de gostar de você de certo modo era virar a página, e a página anterior tinha meu pai... - ela para reflexiva. - Eu não queria que as coisas mudassem, porque se mudassem, seria mais real que ele.. - os olhos dela enche de lágrimas e ele a abraça.
- Não está mais aqui.
- Sim. - ela seca as lágrimas.
- Ele sempre vai estar aqui. Bom, pelo menos é assim que você deve sentir. Eu sinto minha mãe aqui comigo e ela nem morre, ela só me deixou mesmo.
- Mesmo assim acredito que ela pense em você todos os dias da vida dela.
- Talvez. - ele abaixa a cabeça e depois levanta. - Tem alguém que vai te levar pra casa.
- Ué, você!
- Não, eu não vou. - beija a bochecha dela. - Fecha os olhos.
- Ah, não!
- Fecha, por favor. - ele pede com jeitinho e ela fecha. - Te vejo mais tarde. - quando ela abre, duas mãos cobrem seu rosto, ela não sabe quem é, então fica calada, ela e a pessoa que cobre seus olhos em um profundo silêncio por alguns segundos, um jeito muito gostoso entra por seu nariz, ela tenta reconhecer, e então se lembra.
- Matheus? - ele a encara assim que tira as mãos dos olhos dela, ela sorri instantaneamente.
- Sinto saudade! - ela o abraça, e agora ele sorri involuntariamente.
- Por que dessa surpresa? - ela o encara soltando-se do abraço.
- Eu e o Pedro  passamos a noite toda acordados, ele pensando em como estariam as coisas pra vocês dois, e eu em você apenas. Conversamos muiiiiiiito, e então... - ele pausa e o coração dela acelera. - Eu preciso tentar de tudo, me desculpa se estou forçando a barra, mas eu não paro de pensar em você, em estar com você, eu já sai com outras meninas, muitas outras, mas é você. E eu quero muito saber se você quer ficar comigo, só ficar, se gostar a gente namora, mas também...
- Eu quero.
- Se você não quiser eu vou entender e teriei que te esquecer, o Pedro me deu a maior força, então assim tive coragem,... - ele para de falar vendo-a sorrir. - Você está sorrindo?
- Sim. - ela ri e ele paralisado. - Eu te disse que quero ficar com você, e você continuou a falar como um metralhadora, foi engra... - ele segura a cintura dela com firmesa a fazendo parar de falar por causa do arrepio que sentiu com o toque dele, se aproximam e entãos e beijam no meio do aeroporto, muitas pessoas passando, mas eles nem as notam.

Enquanto isso no carro do lado de fora do aeroporto...

- Alô.
- Oi, Pê.
- Oi, linda.
- Estou nervosa com a volta da Sam.
- Fica tranquila, eu e ela somos amigos de novo.
- Sério?
- Sim. - ele ri sozinho. - Nem imagina ocmo estou feliz.
- Imagino, porque estou tão feliz quanto, porque se vocês são amigos, ela com certeza continua minha amiga.
- Você sabe que não é bem certeza, né?
- Por quê? - ela pergunta preocupada.
- Estou brincando. - ele ri e ela se sente aliviada. - A Sam é mesmo um amiga e tanto, hem, pra nos deixar assim tão preocupados.
- Ela é especial, a vida perde o brilho não sendo amiga dela.
- HAHAHAHA tá profunda, hem. E bem puxa saco também. - ela ri.
- Quis ser profunda.

Quando Sam e Matheus chegam a casa dos Cohen são recepcionados por todos os amigos, a Sra. Cohen e o Sr. Daves...

- BEM-VINDA!
- Vocês são incríveis! - Sam fala e sorri.
- Filha, que saudade!! - se abraçam. - Nunca mais quero deixar você ir viajar! - a filha ri.
- Oi, maninha! - se abraçam forte e ele tira ela do chão rodopiando-a.
- Saudades, gatinho! - dá risada e se soltam.
- Best! - Mari abraça ela sorridente.
- Best cunhadinha! - as duas riem.
- Mocréia linda! - Kaio abraça a amiga e rodopia também.
- Morreu de saudades de mim! - pisca pra ele e se soltam.
- Graças à Deus voltou pra por ordem nesse dois, que ficam perdidos sem vocês. - Sr. Daves a abraça.
- Obrigada, Sr. Daves, por notar que sou eu quem levo essa turma nas costas. - ela ri do que fala, assim como todos na sala.
- Oi, gatona! - Anthony abraça ela sorridente.
- Aaah fofuxo! - se soltam e Kate se aproxima.
- Oi, Sam.
- Oi, Kate. - Sam sorri largamente e abraça a amiga que se sente aliviada de ainda serem amigas.

A recepção de Sam continuou apenas com os jovens, pois a Sra. Cohen e o Sr. Daves foram jantar fora. A brincadeira da vez: verdade ou desafio...

- Minha vez. - Kate sorri maldosa. - Maninho, me conta, quem tem sido sua companhia nessa férias?
- A Sam?
- Falo pessoalmente, né. - revira os olhos, enquanto Sam, Mari e Anthony se encaram preocupados. - Lembrando que como eu perguntei quem, deve dizer um nome.
- Anthony. - Kate se mostra surpresa, mas fica em silêncio, pensativa.
- Minha vez de girar a garrafa. - Mari diz já girando a tal garrafa. - Matheus, me conta, o que você tanto faz na Larissa?
- Companhia. - ele sorri marotamente, e ela revira os olhos. - Que? Respondi sua pergunta, não pode revirar os olhos, outros riem. - Vai, minha vez. - gira. - Anthony! Por que não voltou com seu ex? Você pareciam tão apaixonados.
- Tem outra pessoa. - Anthony pisca após responder, e Matheus abre a boca fingindo uma mega surpresa.
- Podemos saber quem é?
- Queridinho, isso não faz parte da pergunta. - manda beijo no ar e todos riem. - Minha vez. - gira. - Sam! Arrumou algum boy nessa viagem?
- Não exatamente na viagem, mas arrumei um.
- AAAAH! tem que nos contar!
- Não faz parte da pergunta. - pisca pra ele e todos riem. Matheus pisca pra ela que sorri e pisca de volta. - Minha vez. - gira. - Kate! Hum, vamos ver... - fica pensativa. - O que já fez e se arrepende?
- Hum... Colocar meninos acima das amigas. - as três se abraçam nesse momento em coro: "ownnnnnnnnnn". E os meninos balança a cabeça em sinal negativo dando risada. - Minha vez. - gira. - Kaio, de novo. Hum... Você conhece o novo boy do Anthony? Já que passou bastante tempo com ele nessas férias.
- É... - ele olha pra Anthony, depois para Sam. - Conheço.
- Está bem curiosa com a minha vida, hem? - Anthony brinca tentando tirar a tensão dos ombros de Kaio.
- Kaio, Você é o novo boy dele? - Kate não consegue se segurar e pergunta abertamente, todos ficam mudos, alguns até surpresos.
- Kate, não é sua vez mais. - Sam tenta falar num tom doce, mas o clima continua pesado, ninguém fala.
- Me responde, Kaio. - ela encara o irmão.
- Por que está me perguntando isso? Pirou? - com medo é tudo que Kaio consegue dizer.
- Kate, acho melhor vocês dois conversarem sozinhos. - Sam fala. - vamos deixar os dois sozinhos, gente. - se levanta e o pessoal também, mas antes que saiam.
- Você contou pra Sam antes de contar pra mim? - Kate altera a voz, demonstra sua irritação pela maneira que fala.
- Não precisam ir! - diz de repente. - Eu não devo satisfação a ela só porque é minha irmã, até porque eu nasci primeiro.
- Sou sua irmã, deveria saber, pra me preparar.
- Se preparar? Preparar pra quê? A vida é minha, e se eu beijo o Anthony ou não, com certeza, não te diz respeito.
- Então você beija ele?
- Beijo. - fala envergonhado, olhando para baixo. Danilo, Pedro e Matheus ficam boa e aberta.
- Eu vou pra casa. Me leva, Pê?
- Claro. - Pedro e Kate se retiram.
- Desculpa por isso, Sam e Danilo.
- Não precisa se desculpar, cara. 
- É, não precisa. - sam concorda com o irmão.
- Quer carona? - Anthony oferece.
- Sim. - seguram as mãos e dizem tchau para os amigos que também dizem o mesmo.
- Caramba! - Matheus diz por fim.
- Kaio, gay, jamais, imaginaria. - Danilo fala e seguida.
- E a gente fica imaginando essa coisas? - Mariana questiona.
- Não é isso, só, só estou surpreso.
- Não culpe o cara, ele só disse que está surpreso, ninguém aqui liga pra quem o Kaio beija, mas até outro dia eu disputava a Sam com ele, então é sim algo chocante, isso sem contar que ele reclamava direto do teatro que teve que fazer com o Anthony.
- Mari, guarda as armas, eles não estão criticando, se estivessem, pode ter certeza que eu seria a primeira a brigar aqui. - Mari dá de ombros.
- Eu só não entendo porque a Kate fez tanta cena.
- Por que é um assunto delicado, ela não esperava, né. E vocês sabem que ela e o irmão são muito ligados, talvez se sentiu traída.
- Mais não é uma coisa fácil de falar, né, - Sam defende Kaio. - Ela precisa entender.
- Espero que entenda. - Matheus conclui.
- Estou mais preocupado com o Anthony.
- Oxi, por quê, amor? - Danilo questiona a namorada.
- Kaio está saindo do armário, e se foi tão difícil assumir pra nós, amigos dele, imagina pro resto do mundo, os pais, a escola. E na verdade só assumiu pra gente porque não teve outro jeito.
- Ele gosta muito do Anthony, não o magoaria, amiga.
- Sam, talvez não de propósito, mas Anthony passou exatamente isso com o ex.
- Temos que viver a vida, não dá pra sermos poupados, essa é a vida.
- Isso é. - Mari acaba concordando.
- Vamos ver sua mãe? - Danilo chama Mari.
- Vamos sim, por que eu não quero encontrar o traste do meu pai. - os dois seam de mãos dadas após se despedirem.
- Ficamos nós. - Matheus diz segurando a cintura de sua amada.
- Sim, sozinhos. - ela diz achando graça, e apoiando os braços nos ombros dele.
- Uhhh...- beija a testa dela. - Me diz uma coisa, namorada?
- Até duas.
- Quando contaremos pra todos?
- Quando você quiser.
- Amanhã então.
- Ué, por que não hoje?
- Namorar escondido tem um gostinho mais atraente. - lasca-lhe um beijão.

Enquanto isso nos James...

- Linda, vai com calma. Não é nada demais.
- Ai, Pê! Eu não quero me sentir assim, mas é como me sinto, é tão estranho. E também dói, dói pensar em como meus pais vão receber essa notícia, ou em como o Kaio vai ficar após se assumir pra eles.
- Ninguém escolhe o que sente, mas a gente pode escolher como agir ou reagir. Você precisa ficar do lado do seu irmão nesse momento.
- Não sei se consigo.
- Consegue. - segura os rosto dela com as pontas dos dedos. - Ele precisa de você mais do que nunca precisou antes, cuida dele.
- Tá bom. - ela sorri fraco. - Eu não quero ser essa que estou sendo agora.
- Então não seja!
- Obrigada.
- Pelo que?
- Por abrir meus olhos.
- Sempre estarei por aqui. Agora vai conversar com ele. - dá um selinho demorado nela. - E qualquer coisa me liga. - ela desce do carro e Kaio chega com Anthony, ela encara o carro a espera do irmão.
- Oi. - Kate diz assim que o irmão sai do carro.
- Oi.
- Me desculpa. Eu não quero ser preconceituosa, mas é bem difícil quando é alguém da nossa família.
- Tudo bem, é bem difícil pra mim não ser comigo mesmo.
- Você sente isso por você mesmo?
- Quase o tempo todo. Acho que talvez seja a nossa criação.
- Vamos mudar isso a partir de agora! MAAS, você precisa contar para os nossos pais.
- Não hoje, e nem amanhã...
- Calma! Logo, mas eu vou estar com você. - ela se aproxima e o abraça forte.
- Eu não contei pra Sam e não pra você por não confiar em você, foi porque estava envergonhado de ser como eu sou, e a Sam viu quem sou sem eu precisar dizer muito.
- Eu estive bem desligada, pensando apenas em mim. Desculpa.
- Magina, maninha. Sua vida ficou mesmo de ponta cabeça. - ela concorda rindo. - Vamos entrar? - ela assente com a cabeça e os dois entram.


       Kaio conta para os pais algumas semanas depois desse dia, não foi fácil, sua mãe chorou muito e seu pai foi bem compreensivo e disse que desconfiava. Kaio sabia que a aceitação de sua mãe levaria um tempo, ela sempre foi muito tradicionalista e essa situação era algo muito complicado com relação a tudo que ela acredita. Mas, após contar aos pais, deu início ao seu namoro oficialmente com Anthony, fez o pedido em uma reunião de video-game na casa dos Cohen como de costume. Mariana passou mais que algumas semana pra acreditar que seu pai estava mesmo seguindo o tratamento dos alcoolatras anônimos, agora ela dorme na casa dos pais aos fins de semana, testando se tudo pode mesmo coltar ao normal, Danilo apoia muito que ela se reconciliei com seu pai. Samantha e Matheus resolveram contar a todos no dia seguinte da volta dela, e revelaram se cumprimentando com um mega beijo no meio do jardim dos Cohen. Matheus contou para Sam sobre a doença da Larissa e ela começou a ser a companhia dela também. Pedro, Danilo e Sam, voltaram a ser o inseparáveis que vão sempre juntos pra escola, que passam todos os fins de semana juntos, até porque agora os pais deles também passam muito tempo juntos.
      A vida dessa turminha continuou com seus dramas e aventuras, que toda vida adolescente tem direito, e a cada nova situação eles foram amadurecendo um pouco mais. E com o amadurecimento tudo mudava um pouquinho, afinal mudar é evoluir! Aprederam que a amizade vale mais que um lance e até mesmo que um romance, mas isso não significa que não podem viver intensamente os lances errônios (que só descobrimos quando dá errado), os romances incertos (como tudo na vida), com tanto que sejam sempre sinceros com o que sentem e com quem são!



FIMMMMM...